Doenças
cardíacas acometem cerca de 35% dos cachorros idosos
Campanha
Setembro Vermelho visa conscientizar sobre a importância do diagnóstico e
tratamento precoces das doenças cardíacas nos cães
O coração é a base do
funcionamento do sistema circulatório de qualquer ser humano e deve sempre
estar na lista dos check ups periódicos. No caso dos animais de
companhia não é diferente. O coração do cão tem uma estrutura semelhante à
nossa e, assim como nos humanos, o
diagnóstico e tratamento precoces das doenças cardíacas podem fazer diferença
na saúde e qualidade de vida dos bichos. Para conscientizar o tutor sobre a
importância do acompanhamento periódico do veterinário e do check up
anual para a detecção dos problemas cardíacos, a Elanco, em parceria com a
Agência Estação Brasil, lança este mês a campanha “Setembro Vermelho: se tem
amor”.
Os números mostram que o
assunto merece atenção. As cardiopatias em cães são cada vez mais comuns, já
que, assim como os humanos, eles estão vivendo mais. O problema se agrava
porque o tutor não está acostumado a cuidar dos bichinhos idosos como cuida dos
filhotes. Cerca de 35%1 dos cães serão acometidos por alguma
cardiopatia ao atingir a fase idosa. A partir dos 5 anos e desta idade até
aproximadamente 13 anos cerca de 70% deles vão desenvolver ao longo da vida a
chamada Doença Valvar Crônica Mitral (DVCM), a principal cardiopatia que
acomete os cães, sendo os mais suscetíveis os machos de pequeno porte (com até
20 quilos). A doença pode aparecer já nos primeiros cinco anos de vida do
cãozinho, sendo a prevalência, por faixa etária, de 10% em cães com cinco a
oito anos, 25% com nove a 12 anos e 35% entre os acima de 13 anos.
A doença acontece quando a
válvula mitral, responsável por controlar o fluxo do sangue do ventrículo
esquerdo ao átrio esquerdo do coração e artéria aorta, não fecha direito, o que
faz com que parte desse líquido volte ao átrio. Entre as consequências está o
chamado sopro do coração que, assim como nos humanos, é detectado através do
procedimento de auscultar o coração do animal com o estetoscópio. “O sopro é como
chamamos o som emitido quando a válvula não funciona bem, fazendo com que o
sangue que deveria ir totalmente para a artéria aorta produza um refluxo de
sangue para o átrio esquerdo. Além dele, outras consequências da doença são
aumento do volume do coração e acúmulo de líquidos nos pulmões. Ao se agravar,
a situação pode prejudicar seriamente o sistema circulatório, acometendo outros
órgãos, como os rins e o fígado”, alerta a Dra. Kátia Mitsube Tárraga, médica
veterinária professora da FMVZ/USP e membro da Sociedade Brasileira de
Cardiologia Veterinária. Entre as raças mais afetadas pelo problema estão Poodle,
Cavalier King Charles Spaniel, Teckel (antigos Dachshund), Bichon Frise,
Yorkshire, Maltês, Pinscher e Whippet, além dos SRD (sem raça definida).
Para evitar a evolução do
problema e o sofrimento do animal é imprescindível que o check up anual
inclua exames específicos, como inspeção e auscultação periódica pelo médico
veterinário, realização de exames complementares de sangue, raio X e
ecocardiograma, já a partir dos cinco anos de idade do animal. Ficar atento aos
sintomas é importante, afinal ninguém conhece melhor seu cão do que o próprio
tutor. A qualquer mudança na rotina, é preciso consultar um médico veterinário
para uma avaliação adequada e a realização de exames preventivos a tempo. Entre
os principais sintomas da DVCM, estão:
ü
Apatia e
intolerância à exercícios físicos, com cansaço frequente
ü
Perda ou ganho de
peso repentinos
ü
Perda de apetite
e aumento da sede e do volume de urina
ü
Tosse e engasgos,
principalmente à noite
ü
Dificuldade
respiratória
ü Alguns animais podem apresentar desmaios e/ou
convulsões, em casos mais avançados da doença
“Após o diagnóstico, é
importante iniciar o tratamento o quanto antes, para retardar a evolução da
doença. A abordagem deve ser individualizada, levando-se em consideração o grau
e a evolução da cardiopatia. Quando o animal tem o problema, mas não tem
sintomas, recomenda-se mudar hábitos, como alimentação e frequência de
exercícios, sempre observando a condição clínica do cão. Nas fases mais
avançadas, chamada de ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva) é preciso entrar
com medicação, conforme orientação do seu médico veterinário, medicação esta
que deve ser ministrada pelo resto da vida do animal”, esclarece a Dra. Kátia.
Entre os tratamentos mais
comuns estão os vasodilatadores que ajudam a controlar as alterações produzidas
no coração, melhorando o fluxo sanguíneo, diminuindo o refluxo para o átrio
esquerdo e, assim, atenuando o quadro de insuficiência cardíaca. A longo prazo,
o medicamento também melhora a qualidade de vida e aumenta a sobrevida do
animal. Soma-se ao medicamento a mudança de hábitos do animal, como o controle
da frequência e intensidade dos exercícios e melhora da dieta, com menos sal.
Campanha dissemina
informações sobre diagnóstico e tratamento de doença cardíaca em cachorros para
tutores e veterinários
Com o mote “Se tem amor”,
que remete ao mês de início das atividades de conscientização das doenças
cardíacas, a campanha Setembro Vermelho tem o objetivo de conscientizar sobre a
doença valvar crônica mitral (DVCM), cardiopatia que mais afeta os cães, e
alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces.
A campanha vai levar
informação a dois públicos: os médicos veterinários, com dados técnicos sobre o
diagnóstico e tratamento da DVCM, com o objetivo de aumentar a qualidade de
vida e sobrevida desses animais; e os tutores dos cães, levando informações
sobre a importância do acompanhamento periódico do veterinário e do diagnóstico
precoce das doenças cardíacas.
Nos dias 01 e 22 de
setembro, às 20h, acontecerão webmeetings para médicos veterinários, que podem
acessar o hotsite www.pensecoracaopenserins.com.br para
obter mais informações. As clínicas e laboratórios parceiros também serão
impactados, recebendo materiais sobre a campanha, como folders e folhetos
destinados aos tutores, em prol da realização do check up preventivo.
Para o público leigo, o foco principal serão as mídias
sociais. Posts sobre o assunto serão divulgados no Facebook, chamando o público
para compartilhar a #setemamor com os amigos. Os usuários da rede social também
poderão incorporar à sua foto do perfil um selo da campanha em apoio a
iniciativa.
Referências:
1.
Fox, 2012.
Cod.: BRCAHFOR00105
Sobre a Elanco
A Elanco é uma
empresa global que desenvolve e comercializa produtos para melhorar a saúde e o
cuidado com os animais em 70 países. Orientada pela inovação, a Elanco está
comprometida em aumentar a consciência sobre a segurança alimentar mundial,
celebrando e apoiando a ligação dos seres humanos com os animais. Fundada em
1954, a Elanco é uma divisão da Eli Lilly and Company e emprega cerca de 7.000
pessoas em todo o mundo. Outras informações podem ser encontradas no site
oficial www.elanco.com.br.