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terça-feira, 30 de agosto de 2016

O que um momento de crise tem a dizer sobre você



"Embora o luxo seja atraente e tentador, ele nos deixa pouco à vontade. É na simplicidade que rimos alto e sem medo, sentamos nas calçadas, baixamos nossa guarda e somos  sinceramente felizes" (Josie Conti)


Incontestavelmente, ninguém gosta de passar por crises financeiras. Eu mesma já passei por algumas, momentos penosos onde aquele ditado que diz “quando a dificuldade entra pela porta, o amor sai pela janela” muitas vezes foi atestado. Mas com o passar dos anos, o olhar se modifica e começamos a aceitar o que aquela situação tem a ensinar sobre nós mesmos, nossos gastos, a ansiedade em ter mais e os motivos que nos levam a isto. E sinceramente, não tenho me arrependido de buscar estas reflexões.

Adversidades e percalços são momentos especiais onde temos a oportunidade de repensar quais os valores estão norteando nossa vida. Uma oportunidade para rever e reconsiderar necessidades. 

Ter uma existência confortável é direito de todos e não estou aqui pregando que se renuncie estes prazeres, que são super especiais e que obviamente merecemos. O que estou propondo é uma reflexão sobre o que usufruímos e se o fizemos para nós mesmos ou para os outros. E como o apego exagerado pode tornar-se um flagelo de ansiedade e medo da perda.

Vivemos em uma cultura de excesso. Todos os dias recebemos milhares de estímulos externos querendo nos convencer que somente seremos felizes quando tivermos o carro último modelo, a casa dos sonhos, as roupas da moda. O marketing se aprofunda nos estudos da neurociência e muitas vezes descamba para o caminho do convencimento para que se compre bem mais do que realmente se precisa.

Excesso está profundamente ligado a desequilíbrio, coisa que nunca soa muito bem.

Questionar aquilo que é mais importante de tempos em tempos é super necessário para internalizar e compreender melhor o que estamos recebendo da vida. Quem tem seus valores centrados apenas em coisas e conforto material pode até se sentir bem por algum tempo, mas ao longo do caminho vai perceber que a felicidade profunda está ligada mesmo ao cultivo de conexões e relacionamentos saudáveis e em colocar em prática as habilidades e competências interessantes que possuímos. E isso passa por buscar entender seu potencial e valorizar suas qualidades todos os dias. Mais uma vez chegamos na importância de olhar para si.

Não perca tempo com lamentos. Se a dificuldade financeira bateu a sua porta, verifique o que ela tem a dizer sobre você e o que precisa aprender com isso. Talvez ela queira lhe trazer uma mensagem que na fartura excessiva você não se permitiria perceber.




SEMADAR MARQUES - especialista em Empatia, Liderança Colaborativa, Propósito de Vida e Inteligência Emocional. Através de suas palestras, conferências e workshops sobre esses temas, Semadar busca inspirar as pessoas a irem atrás do que lhes faz plenamente felizes. www.semadarmarques.com.br


 

Rodrigo Faro faz campanha em prol da Instituição Amigos do Bem





Apresentador sensibiliza-se com o incêndio que destruiu os galpões da instituição e engaja-se no projeto que auxilia milhares de famílias no Sertão Nordestino


Os Amigos do Bem levam educação, trabalho e moradia, transformando a vida de milhares de pessoas no sertão nordestino há mais de 20 anos.

No dia 29 de maio, um incêndio destruiu os galpões da Instituição no interior de Pernambuco, que serviam de armazenagem e centro de distribuição das doações.

 Diante dos acontecimentos, o apresentador Rodrigo Faro sensibilizou-se, e agora os Amigos do Bem contam com mais essa ajuda para continuar transformando vidas no sertão nordestino.

Rodrigo Faro está à frente de uma nova campanha de arrecadação, desta vez pelo telefone, e postou um vídeo em suas redes sociais divulgando os números para doações. O apresentador junta-se a uma corrente de amigos do bem que já conta, entre outros nomes, com a cantora Claudia Leitte, Chitãozinho e Xoroxó e Lima Duarte.

No vídeo postado, Rodrigo Faro pede a ajuda de seus seguidores e fãs para se mobilizarem e doarem.

“Pessoal, acabei de ajudar os @amigosdobem, que fazem um trabalho sério e incrível. Eles estão precisando de nossa ajuda depois que um incêndio destruiu todas as doações que seriam distribuídas para mais de 60 mil pessoas no sertão nordestino. E você pode ajudar também #deamigoparaamigo"”, pediu Rodrigo Faro.

“Ter o Rodrigo Faro como nosso Amigo do Bem fortalece ainda mais nosso trabalho. Com o auxílio de pessoas tão especiais como ele, temos confiança de que iremos atingir nosso objetivo em atender ainda mais famílias que passam por situação de risco social no Sertão do Nordeste”, comenta Alcione de Albanesi, presidente dos Amigos do Bem.

Os galpões dos Amigos do Bem armazenavam 32 mil cestas básicas, 65 mil brinquedos, 1.200 bicicletas, além de outros itens como roupas, calçados, materiais eletrônicos e pedagógicos, ferramentas e maquinários. Uma área de mais de 3.000m² foi destruída pelo fogo, colocando dificuldades adicionais ao trabalho assistencial realizado. O galpão também armazenava todo o estoque de castanhas, a produção de um ano inteiro de trabalho, que seriam beneficiadas para a comercialização em São Paulo.

Desde agosto de 2015, as campanhas institucionais dos Amigos do Bem são criadas pela agência DM9DDB.

“Para a DM9, trabalhar com o Amigos do Bem é muito gratificante. Juntos estamos mobilizando as pessoas na arrecadação para o incêndio ocorrido e promovendo o trabalho exemplar que a Instituição faz no auxilio das famílias do sertão nordestino”, afirma Aricio Fortes, VP de Criação da DM9DDB.




Sobre os Amigos do Bem
O trabalho começou em 1993, liderado por Alcione de Albanesi, e se tornou um dos maiores projetos sociais do Brasil, atendendo 60 mil pessoas, no sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará. O objetivo da Instituição é combater a fome e a miséria e promover a transformação de vidas através de diversos projetos educacionais e autossustentáveis. A instituição já construiu quatro Cidades do Bem, dotadas de completa infraestrutura, e Centros de Transformação para atender 10 mil crianças e jovens, com ensino regular e cursos profissionalizantes. Além disso, desenvolve o potencial de cada localidade, com projetos que geram renda e trabalho para milhares de pessoas. Concentrados na cidade de São Paulo, mais de 5 mil voluntários multiplicam-se na tarefa de fazer o Bem, auxiliando mensalmente as 60 mil pessoas atendidas pelo projeto.


CHINESES ESTÃO CHEGANDO PARA TRABALHAR COM BRASILEIROS EM TIMES MULTICULTURAIS




É cada vez maior o número de executivos e profissionais chineses que chegam ao Brasil para trabalhar, ao lado dos brasileiros, em empresas de transportes, equipamentos, energia, mineração, eletroeletrônico, telecomunicações. Eles vêm para fundar ou administrar empresas chinesas, que obedecem à lógica de internacionalização do país asiático na busca por insumos, como petróleo, minérios e alimentos, e acesso a mercados.

O aumento nas relações comerciais entre Brasil e China impõe às empresas a necessidade de incrementar esse relacionamento não só a partir da compreensão das melhores práticas comerciais, mas, sobretudo, da avaliação precisa dos efeitos das diferentes culturas na maneira de fazer negócio.

A maioria dos chineses chega ao Brasil com experiência internacional, mas isso não significa que não enfrentarão dificuldades relacionadas às diferenças culturais. Inclusive, porque muitos brasileiros nunca trabalharam com estrangeiros de qualquer nacionalidade e, portanto, desconhecem as formas de viver, pensar, se expressar e comportar de outra cultura.

Mais do que estranhamento, essas diferenças – que abarcam valores, mitos, tabus, crenças, hábitos e costumes podem gerar um desconforto na convivência de times multinacionais, capaz de comprometer o sucesso do negócio. Sendo assim, para que chineses e brasileiros possam conviver e trabalhar confortavelmente, é fundamental que ambos tenham conhecimento da cultura do outro e estejam dispostos a aprender e desenvolver novas competências interculturais.

Nesse processo, os líderes são fundamentais. A eles, cabe a tarefa de engajar cada membro da equipe – considerando as competências habituais e o perfil intercultural de cada um – no trabalho integrado e harmonioso, no qual impera o respeito mútuo. Ao profissional, por sua vez, cabe exercitar a capacidade de manter a mente aberta para as diferenças.
Apesar das diferenças culturais, muitos pontos em comum são observados entre os times sino-brasileiros, como mostram os aspectos abaixo, que devem ser analisados por cada um dos gestores em seu dia a dia:

Percepção de hierarquia – “Prefiro estruturas hierárquicas ou não-hierárquicas?”
As duas culturas têm alta percepção de hierarquia. Para elas, as diferenças de status são aceitas como normas, especialmente por aqueles em posição inferior.

Relacionamento versus Orientação para tarefa – “O que é mais importante para mim: o relacionamento ou a tarefa?”
Em negócios, o que é mais relevante: concentrar-se na tarefa a ser realizada e resolver o problema de maneira eficiente e imediata? Ou criar e manter um ambiente de trabalho harmonioso no qual o bom relacionamento entre os indivíduos é valorizado? Brasileiros e chineses preferem preservar o relacionamento e manter o ambiente agradável. Este aspecto tem tudo a ver com o próximo item.

Comunicação indireta versus Comunicação direta – “Como eu me comunico?”
Nenhuma das duas culturas gosta de se expressar abertamente (“bater de frente”) ou tomar posição clara, do tipo “doa a quem doer”. Criticar, só se for de maneira sutil e por códigos. Manter a harmonia e resguardar a face é essencial para brasileiros e chineses.

Perfil Analítico versus Pragmático – “Como eu resolvo problemas?”
Chineses e brasileiros tendem a ser pragmáticos para tomar decisões e resolver problemas, diferente do que acontece naquelas culturas em que a análise do problema e da estratégia tomam mais energia e tempo.

Reação à Incerteza – “Como eu reajo a mudanças e risco?”
Com diferença pequena, as duas culturas têm boa tolerância a riscos e ao desconhecido.  São abertas a novas maneiras de fazer e não percebem as rupturas na rotina como ameaças, tendendo a tratar mudanças como oportunidades de melhoria.

Perfil Racional versus Intuitivo – “Minhas decisões são lógicas ou intuitivas?”
As duas culturas são mais intuitivas, apoiam-se mais em instinto e feeling para tomar decisões. Isso não significa que ignorem fatos e dados sólidos, mas muitas vezes decidem com base em critérios que nem sempre parecem lógicos.

Multi-focused versus Single focused time – “Qual a minha atitude em relação ao uso do tempo?”
Nesta dimensão, as duas culturas podem ser consideradas multi-focused, ou seja, fazem várias coisas ao mesmo tempo. Mas os brasileiros são significativamente mais “multitarefas”.

Nessas dimensões, que contam na hora de fazer negócio, as duas culturas têm muitas semelhanças. Mas há uma diferença fundamental, que pode estar na origem da ascensão da economia chinesa: enriquecer e ser o melhor são as grandes motivações dos chineses. Esta postura, no entender deles, nada tem de condenável. Todo chinês sabe: “Enriquecer é glorioso” – frase atribuída a Deng Xiao Ping, por ocasião da abertura de mercado da China e da criação das Zonas de Desenvolvimento Especiais, na década de 1970. No caso da China, isto está associado à educação, meritocracia, planejamento, pressa, trabalho duro e governo competente. 




Hsieh Ling Wang - é farmacêutica com mestrado em bioquímica e administradora. É sócia da W!N Education, Business Support. ling@winbusiness.com.br



Excluídos de planos de saúde rejeitam atendimento restrito, aponta pesquisa da PROTESTE



Escassez de oferta de plano individual não foi sentida porque consumidor contrata coletivo sem saber


Ao entrevistar os excluídos da saúde privada (aposentados e demitidos), em uma pesquisa qualitativa, a PROTESTE Associação de Consumidores constatou que apesar de acharem importante ter um convênio privado, só pretendem contratar futuramente ao melhorarem as condições financeiras, se a operadora tiver uma boa rede de médicos e hospitais, bom atendimento, agilidade para autorização de procedimentos e ampla cobertura. Isto mostra que planos "populares" com atendimento restrito, como estuda o Ministério da Saúde, não interessa aos usuários. Temem não ter cobertura e ter de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os demitidos mais jovens têm expectativa de ter um novo plano ao conseguir recolocação no mercado de trabalho e obter o benefício por meio da empresa onde vierem a trabalhar. Já os aposentados relatam que os preços elevados para sua faixa etária tornam mais difícil voltar a ter um plano.

Na pesquisa qualitativa, os aposentados contaram que têm driblado a falta de plano com atitudes de prevenção, mantendo alimentação balanceada, exercícios físicos e recorrido a check-up esporadicamente. Os medicamentos têm sido obtidos de forma gratuita em programas nas farmácias populares, ou com preço menor recorrendo aos genéricos. Para atendimento médico, relatam que têm recorrido às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e clínicas da família, hospitais públicos e esporadicamente, consultas em médicos particulares.

O que também pode ser constatado na pesquisa quantitativa, já que 86% dos entrevistados que alegaram não ter plano na época da entrevista, recorrem ao SUS quando necessitam de atendimento médico apesar de considerar o sistema deficitário e mostrar insatisfação  com  a demora e super lotação.

No XIV Seminário Internacional PROTESTE: Impactos da Crise na Saúde e Reflexos para o Consumidor, nesta terça-feira (30), em São Paulo, a PROTESTE divulgou  duas pesquisas, uma quantitativa e outra qualitativa. O objetivo foi verificar se há dificuldade na contratação de planos individuais e se o consumidor tem essa percepção.

Consumidor não sabe a diferença entre as modalidades

Foram realizadas duas pesquisas quantitativas, uma com 199 entrevistados que alegaram ter plano de saúde e outra com 331 entrevistados que disseram não ter plano, na semana de 08 a 29 de julho. A conclusão foi que mais de 70% dos consumidores com plano de saúde não sabem as diferenças entre plano coletivo e individual, o que acaba distorcendo a visão do momento atual de redução na oferta de planos individuais. Eles confundem o plano coletivo com o familiar.

Já a pesquisa qualitativa foi feita com dois grupos de 9 pessoas cada, no Rio de Janeiro, com pessoas sem planos de saúde. Um grupo de demitidos e outro de aposentados. Eles contaram como têm feito para driblar a falta do plano de saúde por terem perdido o emprego, ou por não conseguir arcar com os custos para manter o benefício.

Há uma tendência dos consumidores contratarem planos coletivos sem conhecimento prévio dessa modalidade. As operadoras estão desrespeitando a legislação que obriga a comprovar a legitimidade do interessado num plano coletivo antes de firmar o contrato.

Apesar de os testes comparativos da PROTESTE demonstrarem que reduziu em mais de 40% a oferta de planos individuais para os consumidores, impactando diretamente na abrangência dos planos ofertados com a saída de grandes operadoras do ramo, essa realidade não é percebida pelo consumidor.

Os resultados da pesquisa apontam que 64% dos corretores não explicaram as diferenças entre os contratos, e o consumidor pode acabar contratando o plano coletivo sem saber do risco de ter um reajuste elevado, já que não são regulados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e poder  ser rescindido pela empresa de forma unilateral.

Dos entrevistados sem planos, 49,6% pensam em contratar um novo, mas hoje o preço é um dos fatores proibitivos: desempregado ou aposentadoria insuficiente são alguns dos motivos que pesam nessa decisão. Aposentados e portadores de doenças pré-existentes mostraram uma maior preocupação com as coberturas do plano.

Entre os 331 que alegam não possuir plano, 61%  disseram ter tentado contratar, mas a maioria desses, 84% não conseguiu em função do preço. Metade dos entrevistados disse já ter tido plano anteriormente, sendo que 80 deles por meio da empresa onde trabalhou, e 52, correspondente a 36,9%, por conta própria.

Entre os 80 consumidores que tinham plano coletivo pela empresa, 57% contribuíam com parte da mensalidade e muitos não conseguiram absorver o custo coberto pelo empregador depois que deixaram o trabalho.

Dos entrevistados que tinham plano anteriormente e deixaram de ter, 80,9% precisaram de atendimento médico e desses, 85,8% tiveram que recorrer ao SUS. E outros 31% recorreram a médico particular em consultório médico.

Quando questionados sobre adquirir novamente um plano, 49,6% informaram ter a intenção de recontratar, mas atualmente com o que ganham não têm como pagar, pois o orçamento familiar não comporta.

Entre os 199 entrevistados com plano de saúde, 80,9% informaram não ter tido problema para contratar, sendo que 62,3% informaram ter contrato de plano individual. Como, se há pouca oferta de plano individual? Tudo indica que têm plano coletivo. É uma contradição, pois 63,5% disseram não ter tido explicação do corretor sobre a diferença entre o individual e o coletivo, e 47,7% delas não sabiam a diferença entre essas duas modalidades de planos.

Entre as pessoas que pensaram em cancelar o plano, 40% disseram ser difícil conseguir pagar com o orçamento familiar apertado.


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