Como o Santuário Nacional de Aparecida transforma a economia local e sustenta a fé de milhões de devotos
O turismo
religioso tem um impacto econômico significativo em diversas localidades,
especialmente em Aparecida do Norte, São Paulo. O Santuário Nacional de
Aparecida é um dos maiores pontos de peregrinação do Brasil e abriga a famosa
imagem de Nossa Senhora Aparecida. Este santuário é a segunda maior igreja do
mundo, perdendo apenas para a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A área total do
Santuário é impressionante, sendo maior do que a do Vaticano, e sua capacidade
varia entre 45 mil e 70 mil pessoas. A cada ano, o Santuário recebe cerca de 13
milhões de visitantes, o que demonstra a grande relevância do local para os
devotos. E esse número só cresce. De acordo com dados do Hurb, empresa de
tecnologia que atua no mercado de turismo há 13 anos, a quantidade de reservas
para Aparecida no segundo semestre deste ano subiram 39,6% em relação ao mesmo
período do ano passado.
Além da nave, que
é a parte principal da igreja, o Santuário conta com seis capelas, sendo três
externas (capela do Batismo, capela da Ressurreição e capela das Velas) e três
internas (capela do Santíssimo, capela dos Apóstolos e capela de São José). A
Torre Brasília, que abriga o Museu de Nossa Senhora Aparecida e o Mirante do
Santuário, tem 100 metros de altura e proporciona uma vista da cidade de
Aparecida, do Rio Paraíba do Sul e até da cidade vizinha.
O ponto mais
visitado do Santuário é o nicho da imagem de Nossa Senhora Aparecida, que foi
encontrada por pescadores em 1717, nas águas do Rio Paraíba do Sul, no Porto
Itaguaçu. A imagem original é protegida por um vidro blindado e fica a cerca de
4 metros do chão. O acesso à imagem é separado, e o piso em torno dela tem um
significado especial, fazendo alusão às águas do rio onde a imagem foi
descoberta.
A cidade de
Aparecida recebe mais turistas do que a Torre Eiffel, que atrai cerca de 8
milhões de visitantes por ano, e mais do que o dobro dos cinco milhões de
visitantes que o Vaticano recebe anualmente. Esse fluxo constante de peregrinos
e devotos tem um impacto direto na vida dos 36 mil habitantes da região. Ao
visitarem a Basílica, os turistas não apenas praticam sua fé, mas também
consomem em restaurantes, se hospedam em hotéis e compram produtos em feiras de
artesanato local. Isso garante o sustento de milhares de comerciantes que dependem
do turismo religioso.
A importância
econômica deste modelo de turismo em Aparecida é evidente. Durante os anos da
pandemia, a diminuição drástica do movimento turístico resultou em um alarmante
aumento do desemprego local, que chegou a 70% da população. Essa realidade
destaca a necessidade de um turismo saudável para a manutenção das atividades
econômicas e sociais da cidade.
Aparecida do Norte
se afirma como um centro de fé e devoção, ao mesmo tempo que é um exemplo claro
de como o turismo religioso pode gerar impactos econômicos significativos,
sustentando uma comunidade e contribuindo para a preservação de tradições
culturais e religiosas.
Hurb
imprensa@hurb.com
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