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quarta-feira, 20 de julho de 2022

Vitaminas e imunidade: a importância de manter hábitos saudáveis


O corpo reage diariamente aos ataques de microorganismos invasores, como bactérias, micróbios, fungos e outros vírus. É o sistema imune, ou imunológico, o responsável por garantir a defesa do organismo, mantendo-o funcionando e livre de infecções. Sendo assim, quando um corpo estranho ataca o organismo, o sistema imunológico, quando saudável, é capaz de identificá-lo e ativar mecanismos de defesa para combatê-lo. Entretanto, com a imunidade baixa, o organismo não consegue afastar os invasores, ficando vulnerável à entrada de diversas doenças.

A imunidade pode ser enfraquecida por diversas causas. Entre as principais, estão os hábitos de vida nocivos ou pouco saudáveis, como má alimentação, sedentarismo, privação de sono, tabagismo, alcoolismo, abuso de drogas e medicamentos, além de variação hormonal e fatores imunológicos.

A melhor forma de manter o sistema imunológico fortalecido é por meio de uma alimentação rica em nutrientes combinada com a prática diária de exercícios físicos. Além disso, as vitaminas são essenciais para garantir o bom funcionamento do corpo, incluindo seu mecanismo de defesa, e podem ser encontradas entre os mais variados alimentos, suplementos e medicamentos. Por isso, uma composição nutricional completa e equilibrada é fundamental para a prevenção e manutenção da saúde.

Um estudo publicado pelo Ministério da Saúde em 2021 sobre a importância da nutrição para a defesa imunológica, elencou os nutrientes essenciais para garantir o fortalecimento desse sistema. Entre os principais, destacam-se as vitaminas A, B6, B12, C, D, E, ácido fólico (B9) e biotina (B7); minerais como zinco, ferro, selênio, magnésio e cobre; proteínas; ácidos graxos ômega 3 e outros nutrientes e compostos bioativos, como fibras, polifenóis, carotenóides, probióticos, etc. Todos eles podem ser encontrados em alimentos naturais ou em cápsulas, que podem facilitar a ingestão nas quantidades ideais.

Ainda segundo o estudo, a vitamina A, por exemplo, serve para a formação de colágeno, além de melhorar a visão e contribuir para a renovação celular. As vitaminas do complexo B desempenham funções essenciais no organismo relacionadas à energia, sistema nervoso, saúde da pele e dos cabelos.Já a famosa vitamina C é um antioxidante que ajuda a proteger as células contra os efeitos dos radicais livres.

Para o desenvolvimento dos ossos e fortalecimento dos dentes, a vitamina D é uma grande aliada. Para combater o envelhecimento precoce e contribuir para a integridade da pele, a vitamina E é essencial. Os ácidos graxos ômega 3 são importantes para a saúde cardiovascular e dos olhos, além de possuírem propriedades anti-inflamatórias.

A lista de “A a Z” integra também minerais e as proteínas que atuam na produção de enzimas responsáveis por várias funções no organismo, inclusive na manutenção dos tecidos do corpo. Além desses itens, as defesas do organismo também podem ser fortalecidas por meio de suplementos vitamínicos. É importante consultar o seu médico e nutricionista para uma suplementação correta, bem como orientações de farmacêuticos em caso de dúvidas 

 

Marisa Saito - Gerente Farmacêutica da Drogaria São Paulo

 

Herpes-Zóster: tudo o que você precisa saber sobre a doença e a nova vacina

Com a chegada de uma nova versão do imunizante ao Brasil, pessoas acima de 50 anos devem se proteger contra a doença, causada pelo vírus varicela.

 

Nas últimas semanas, tem se falado muito em herpes-zóster e sobre a nova vacina que chegou ao Brasil. Mas, afinal, por que esse se tornou o assunto do momento? Vamos entender melhor abaixo. 

Em primeiro lugar, é importante compreendermos que o herpes-zóster é uma condição que tem relação direta com a imunidade dos pacientes e atinge, em sua maioria, pessoas com mais de 50 anos. "O sistema imunológico diminui à medida em que envelhecemos, por isso o risco aumenta após este período. Estudos indicam que 1 a cada 3 pessoas terão a doença ao longo da vida", explica o Dr. Octavio Fernandes, infectologista e vice-presidente de Operações do Labi Exames.

 

O que é herpes-zóster? 

O herpes-zóster é uma condição causada pelo vírus da varicela, o mesmo gerador da catapora, e ocasiona perda significativa de qualidade de vida do paciente. 

Em poucas palavras, a Herpes Zóster ocorre quando o vírus da varicela dormente, a varicela zoster, é reativado no tecido nervoso e ocorre, geralmente, quando o paciente está com a imunidade baixa, o que é mais frequente em pessoas acima de 50 ano. 

Importante também lembrarmos que todos os principais sintomas dessa condição de saúde: a erupção cutânea é o principal, e os pacientes costumam sentir dor, coceira ou formigamento na área onde ela se desenvolverá futuramente - como um "aviso" do corpo de que a lesão vai aparecer naquela região. 

"Em alguns casos, quando a área afetada é o rosto, a erupção pode atingir o olho e causar perda de visão", alerta o Dr. Octavio. 

Outros sintomas comuns são febre, dor de cabeça, arrepios e dor de estômago. Em todos os casos, buscar o tratamento adequado o mais rápido possível é essencial, já que uma das sequelas da herpes-zóster é a neuralgia pós-herpética (NPH), uma dor intensa nos nervos da área da erupção cutânea que pode durar por um longo período, mesmo após o desaparecimento da lesão. 

"Essa dor pode durar meses ou anos, impactando na qualidade de vida da pessoa. O risco da neuralgia é maior em idosos", diz. 

Em casos raros, o paciente pode desenvolver outros problemas de saúde, como: 

  • Pneumonia
  • Perda de visão e audição
  • Paralisia facial
  • Infecções bacterianas
  • Encefalite (inflamação do cérebro)
  • Problemas na coluna

 

Transmissão e prevenção de herpes-zóster 

Apesar de ser mais comum em pacientes que já tiveram varicela, a doença não está limitada a esses pacientes: "As pessoas que têm herpes-zóster podem transmitir a doença para outras pessoas que nunca tiveram catapora ou nunca receberam a vacina de varicela. Isso ocorre por meio dos fluidos da erupção cutânea", explica o infectologista. 

Por isso, a recomendação é que a pessoa infectada com herpes-zóster tenha alguns cuidados especiais durante o tratamento: 

  • Cobrir a erupção
  • Evitar tocar ou coçar a erupção
  • Lavar as mãos com frequência
  • Evitar o contato com pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou com

doenças autoimunes (leucemia, linfomas, HIV, etc.)

 

Vacina contra herpes-zóster no Labi 

A novidade do momento é a chegada no Brasil do novo imunizante contra herpes-zóster: o Shingrix®, da fabricante GSK, oferecida exclusivamente no sistema privado de saúde. 

Falando especificamente da nova vacina, a Shingrix® é aplicada em duas doses, com um intervalo de dois meses entre as aplicações. A vacina é recomendada para todas as pessoas acima de 50 anos, incluindo àqueles que já tomaram o imunizante anteriormente e também para quem já teve a doença. 

Além disso, por ser uma vacina de vírus inativado, também pode beneficiar pessoas imunocomprometidas que, antes, ficavam suscetíveis à doença, como pessoas em tratamento de câncer, que vivem com HIV ou que vão se submeter a transplantes de medula óssea ou órgãos. 

A eficácia comprovada é de até 97% de proteção com as duas doses, e de mais de 90% de prevenção de episódios agudos, mesmo entre idosos com mais de 70 anos, o que garante mais segurança, saúde e longevidade para um grupo de risco tão importante como o afetado pelo herpes-zóster. 

As duas doses da Shingrix® já podem ser solicitadas por pacientes acima de 50 anos e sob recomendação médica para outros grupos etários, nas unidades Centro SP e Copacabana da rede Labi e também em domicílio. 

 

LABI EXAMES

 

Idade e saúde: estudo mostra ligações estreitas


Quase todos os idosos experimentaram alguma forma de preconceito de idade em suas vidas cotidianas, segundo um novo estudo, seja vendo mensagens e imagens na televisão ou na internet, encontrando pessoas que sugerem que são menos capazes apenas porque são mais velhas ou acreditando em estereótipos sobre o envelhecimento. 

Os idosos com mais saúde, no entanto, parecem mais propensos a ter experimentado esse tipo de "etarismo", de acordo com novas descobertas publicadas por uma equipe da Universidade de Oklahoma, Norman e da Universidade de Michigan. Os dados anos são da Pesquisa Nacional sobre Envelhecimento Saudável, com mais de 2.000 pessoas entre 50 e 80. 

Quanto maior a pontuação de uma pessoa em uma escala de experiências cotidianas de envelhecimento, maior a probabilidade de estar com problemas de saúde física ou mental, ter mais condições de saúde crônicas ou mostrar sinais de depressão. 

Embora o estudo, publicado no JAMA Network Open, não possa mostrar causa e efeito, os autores observam que as ligações entre idade e saúde precisam ser mais exploradas e levadas em consideração ao projetar programas para incentivar a boa saúde e o bem-estar entre os idosos. 

“Essas descobertas levantam a questão de se os problemas de saúde relacionados ao envelhecimento refletem as influências adversas do envelhecimento”, diz a primeira autora Julie Ober Allen, Ph.D., MPH, Departamento de Saúde e Ciência do Exercício, Universidade de Oklahoma, Norman. 

A nova análise usa a Escala de Idade Cotidiana desenvolvida pela equipe. Essa escala, validada e publicada no ano passado, calcula uma pontuação com base nas respostas de um indivíduo por dez perguntas sobre suas próprias experiências e crenças em relação ao envelhecimento. 

Ao todo, 93% dos idosos pesquisados disseram que experimentavam regularmente pelo menos uma das dez formas de preconceito de idade. A mais comum, vivenciada por quase 80%, foi concordar com a afirmação de que "ter problemas de saúde faz parte do envelhecimento", embora 83% das pessoas entrevistadas tenham descrito sua própria saúde como boa ou muito boa. Esse tipo de etarismo "internalizado" também incluía concordar com as afirmações de que sentir-se solitário, deprimido, triste ou preocupado faz parte do envelhecimento. 

Enquanto isso, 65% dos idosos disseram que veem, ouvem ou leem regularmente piadas sobre idosos ou mensagens de que os idosos são pouco atraentes ou indesejáveis. 

Outra classe de experiências de envelhecimento -- que os pesquisadores chamam de envelhecimento interpessoal -- foi relatada como uma ocorrência regular por 45% dos entrevistados. Isso incluía experiências envolvendo outra pessoa, em que o idoso achava que estava tendo problemas para usar a tecnologia, ver, ouvir, entender, lembrar ou fazer algo de forma independente. 

Os pesquisadores calcularam as pontuações do Everyday Ageism para cada um dos mais de 2.000 entrevistados da pesquisa, com base em suas respostas a todas as perguntas da pesquisa. A pontuação média geral foi de pouco mais de dez. Como grupo, as pessoas com idades entre 65 e 80 anos pontuaram mais de 11, indicando mais experiências de envelhecimento entre as idades de 50 a 64 anos. 

As pessoas que tinham níveis mais baixos de renda ou educação, e aquelas que viviam em áreas rurais, também tiveram pontuações médias de idade mais altas do que as outras. Os idosos que relataram passar quatro horas ou mais todos os dias assistindo televisão, navegando na internet ou lendo revistas tiveram pontuações mais altas do que aqueles com menor exposição a essas mídias. 

Os pesquisadores, então, analisaram a pontuação individual de cada pessoa à luz do que disseram sobre sua própria saúde, incluindo autoavaliação de saúde física e mental, número de condições crônicas de saúde e relato de sintomas de depressão. 

Eles encontraram uma ligação estreita entre pontuações mais altas e todas as quatro medidas relacionadas à saúde. Ou seja, aqueles que relataram pontuações mais altas no Everyday Ageism eram mais propensos a ter relatado que sua saúde física geral ou saúde mental geral era regular ou ruim, condições de saúde mais crônicas e sintomas de depressão. 

Muito dessa ligação tinha a ver com medidas internalizadas de envelhecimento -- as perguntas que mediam o quanto uma pessoa concordava com as declarações sobre problemas de saúde, solidão e tristeza como parte do envelhecimento. Mas as experiências com as formas interpessoais de preconceito de idade também estavam ligadas a medidas relacionadas à saúde, assim como alguns aspectos das mensagens de idade. 

A relação entre as experiências de envelhecimento no dia a dia dos idosos e a saúde, especialmente interessada ao diretor de pesquisa e autor sênior Preeti Malani, MD, professor da Michigan Medicine com experiência em cuidar de idosos. 

"O fato de que nossos entrevistados da pesquisa que disseram sentir a maioria das formas de preconceito de idade também eram mais propensos a dizer que sua saúde física ou mental era regular ou ruim, ou ter uma condição crônica, como diabetes ou doença cardíaca, é algo que precisa de mais exames", comenta. 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 

Fonte: Experiences of Everyday Ageism and the Health of Older US Adults, JAMA Network Open (2022). DOI: 10.1001/jamannetworkopen.2022.17240

 

Semelhança entre doenças raras pode resultar em tratamento errado e causar cegueira permanente

Mais de 41% dos pacientes de NMO tiveram um diagnóstico inicial incorreto de esclerose múltipla1. Sintomas semelhantes dificultam o processo.

 

A neuromielite óptica (NMO) é uma doença autoimune rara e debilitante causada por ataques graves e recorrentes do sistema nervoso central (SNC), que podem resultar em cegueira, paralisia e morte2. As consequências da doença vão além do impacto clínico e incluem impactos físicos, funcionais e psicológicos aos indivíduos, que normalmente apresentam também um quadro de ansiedade e depressão3. Logo, é importante aumentar o conhecimento sobre a NMO e seus sinais, o que pode reduzir tempo de diagnóstico e de início do tratamento multidisciplinar, garantindo mais qualidade de vida para o paciente.

Sintomas semelhantes aos de outras doenças mais comuns podem dificultar o diagnóstico da NMO. Pacientes indicam que mais de 41% deles tiveram um diagnóstico inicial incorreto de esclerose múltipla (EM). “Isto acontece porque os primeiros sinais e sintomas são parecidos. Entre os principais, estão a perda temporária da visão, com inchaço do disco óptico e a dor nos olhos, que geralmente piora com o movimento. Além de sensações alteradas, com dormência e formigamento, membros fracos e pesados, às vezes levando à paralisia total, e alterações nos padrões de micção e de defecação”, explica o neurologista e neurofisiologista, Dr. Jefferson Becker.

Vômitos e soluços intratáveis que duram mais de 48h sem causa gástrica também podem ser sintomas de NMO. Quando não detectada e tratada corretamente, a enfermidade pode causar cegueira permanente. “Para o diagnóstico, podem ser solicitados exames de sangue, com testes para o anticorpo anti aquaporina 4 -- IgG, antes conhecido como teste NMO-IgG; punção lombar, não é estritamente recomendado, mas é utilizada para diferenciar de EM e pode apresentar níveis elevados de glóbulos brancos e a presença de proteínas específicas ligadas à doença e/ou ressonância magnética, que mostrará alterações associadas à neurite óptica e/ou lesões extensas da medula espinhal em três ou mais segmentos”, considera.

Embora a manifestação clínica da NMO possa assemelhar-se à EM, o autoanticorpo sérico específico da neuromielite óptica (AQP4-IgG) pode ser detectado em até 80% dos pacientes, confirmando a condição como algo diferente, em termos clínicos, da esclerose múltipla.4 Diagnósticos diferenciados dessas doenças são importantes, pois os tratamentos para a esclerose múltipla podem ser ineficazes5 ou até agravar a condição do indivíduo com neuromielite óptica.

As duas são doenças inflamatórias, desmielinizantes e autoimunes, predominantemente recorrentes com sintomas agudos, com momentos de estabilidade depois dos surtos. Assim, é fundamental a conscientização médica e de outros profissionais da saúde para que estejam capacitados a diferenciar essas enfermidades e fazer os encaminhamentos adequados para um tratamento com eficácia durável e seguro, que possam diminuir a frequência dos ataques, retardar a progressão da incapacidade e melhorar a qualidade de vida.

“Embora semelhantes, ambas patologias têm também suas diferenças. As lesões da medula são distintas: as da esclerose múltipla tendem a ser pequenas e em regiões menores, enquanto na NMO são lesões longas e extensas, nada típicas de EM. Além disso, é mais comum ter neuromielite óptica nos dois olhos ao mesmo tempo, diferentemente do que acontece na outra doença”, explica Dr Becker.

Estar atento e procurar um neurologista ou oftalmologista assim que os primeiros sintomas se manifestarem é essencial, principalmente para evitar as recidivas dos surtos, que podem levar à perda da visão ou à paraplegia.

 

Referências 

[1] Beekman J, et al. Neuroyelitis optica spectrum disorder: patient experience and quality of life. Neurol Neuroimmunol Neuroinflamm. 2019;6(4)

[2]Ajmera MR, et al. Evaluation of comorbidities and health care resource use among patients with highly active neuromyelitis optica. J Neurol Sci. 2018; 384: 96-103]

[3] Eaneff S, et al. Patient perspectives on neuromyelitis optica spectrum disorders: data from the PatientsLikeMe online community. Mult Scler Relat Disord. 2017;17:116-122

[4] Rogaczewska, M., Michalak, S. & Stopa, M. Differentiation between multiple sclerosis and neuromyelitis optica spectrum disorder using optical coherence tomography angiography. Sci Rep 11, 10697 (2021). DOI.

[5] Wingerchuk DM, et al. International consensus diagnostic criteria for neuromyelitis optica spectrum disorders. Neurol. 2015;85(2):177-189


Espondilodiscopatia degenerativa da coluna: entenda a doença que acometeu o cantor Wesley Safadão


A espondilodiscopatia degenerativa é uma doença da coluna vertebral incluindo os discos vertebrais. Espondilo refere-se à coluna, disco contempla as estruturas cartilaginosas que ficam entre as vértebras, responsáveis pela absorção de impacto e movimentação da coluna, e degenerativo está associado à alteração de funcionamento dessas estruturas, que pode ser considerado como desgaste e, na maioria dos casos, tem relação com a idade.

O termo espondilodiscopatia ganhou destaque nos últimos dias devido ao problema que acometeu o cantor Wesley Safadão, no entanto, esta doença – que é muito comum – pode se apresentar nas formas de hérnia de disco e bico de papagaio.

Neste caso, a dor costuma ser o primeiro sintoma devido à compressão dos nervos, mas dependendo do grau de comprometimento, podem aparecer perda de sensibilidade, dormência, formigamento, choque e até perda de força, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva.

Em situações em que o problema é na coluna torácica ou lombar, a perda de força é percebida nas pernas ou nos pés. Outro sinal de alerta de gravidade da doença é a capacidade de controlara urina e as fezes.

Normalmente, se o problema estiver associado à dor, o controle da doença pode ser realizado com o uso de medicamentos e fisioterapia – tratamento clínico que deve ser observado por aproximadamente seis semanas. Após esse período, em casos de dor incapacitante ou de comprometimento grave do nervo – causando perda de sensibilidade, de força e outras funções neurais -, o tratamento cirúrgico precisa ser considerado.

“Felizmente, hoje em dia, existem alternativas cirúrgicas minimamente invasivas, como a endoscopia da coluna, que permite que essa condição seja tratada de forma rápida, segura, com alta no mesmo dia da cirurgia – sistema de Hospital Dia – e com retorno das atividades profissionais e de lazer”, afirma o Dr. Amato.

  

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.  Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

  

Aumentar a imunidade no inverno é fundamental no combate de doenças sazonais

Especialista dá dicas de alimentos e hábitos que ajudam a proteger o nosso organismo 

 

Pesquisas confirmam que a exposição ao clima frio pode afetar bastante a função imunológica das pessoas, tornando o corpo mais suscetível a contrair infecções das mais diversas naturezas como vírus e bactérias. A razão para isso, é que o nosso corpo acaba gastando mais energia na manutenção da temperatura, reduzindo a potência do sistema imunológico.

Para a médica da família e diretora da Higia Clínic, Márcia Simões (RQE 30852 PR) com o nosso organismo mais fragilizado temos o aumento no risco de surgirem dores de ouvido, espirros, tosses, coriza e sintomas de doenças infecciosas como as otites, sinusites, amigdalites, gripes e resfriados. “Evitar as enfermidades é algo muito importante nessa época do ano, ainda mais na realidade que vivemos hoje com novos vírus circulando.”

Outro ponto que altera a nossa imunidade é que no inverno temos menos horas de sol e, com isso, temos menos recebimento de vitamina D. “A deficiência da vitamina D é super comum principalmente na nossa região, sendo portanto fundamental colocar na rotina uma forma de balancear essa deficiência, que pode ser feita por meio da exposição solar quando possível, ingestão oral dela, ou até reposição injetável, no consultório médico de acordo com os exames de cada paciente.”

Segundo Márcia, os cuidados com a alimentação contribuem para reforçar a proteção do organismo ao reunir diferentes componentes que são importantes para aumentar a imunidade. Assim as refeições devem conter legumes, verduras, frutas e alimentos ricos em vitaminas e minerais. Da mesma forma, a ingestão de líquidos é essencial para manter a hidratação do corpo e das vias aéreas que sofrem o ressecamento durante este período.

Dicas de alimentos e hábitos para aumentar a imunidade durante o inverno:

 

  1. Aumente a hidratação

A água tem papel fundamental nas reações químicas do organismo, auxiliando na regulação da temperatura e eliminando toxinas, porém é comum que nos dias frios o consumo de líquidos seja menor, por isso é importante estar atento a quantidade de água ingerida nessa época e se possível, aumentá-la.

 

2 - Coma alho

Usada há séculos para combater gripes, esse alimento ajuda a eliminar as substâncias tóxicas do corpo, além de reduzir os riscos de algumas doenças como gripes, resfriados, dores e inflamações.

 

  1. Invista em frutas cítricas

Frutas como acerola, abacaxi, laranja, limão, caju e ameixa são aliadas do sistema imunológico e fontes de vitamina C, portanto elas devem ser consumidas diariamente.

 

  1. Coma vegetais escuros

Vegetais como brócolis, couve e espinafre são essenciais no processo de maturação das células do sistema imunológico e ajudam o corpo a criar resistência às infecções, pois são fontes ricas em ácido fólico, substância que participa da formação das células responsáveis pela defesa do organismo.

 

  1. Aumente o consumo de oleaginosas

Fontes de nutrientes e proteínas vegetais, o pistache, noz, amêndoa, castanha e amendoim são excelentes fontes de fibra e potentes no fortalecimento da imunidade, além de serem repletos de vitaminas antioxidantes, minerais e fitoquímicos, substâncias que ajudam na prevenção de doenças como o câncer e do coração.

 

  1. Use gengibre

Rico em gingerol, substância que regula o sistema imunológico do organismo, aumentando a imunidade, o gengibre tem propriedades anti-inflamatórias e contribui para limpar o muco das vias aéreas, diminuindo assim a proliferação de vírus e bactérias. Além disso, é um potente preventivo contra doenças cardíacas ao diminuir a formação de coágulos sanguíneos.

 

  1. Melhore o consumo de vitaminas e nutrientes

Vitaminas e nutrientes aumentam a imunidade e melhoram o funcionamento do organismo, ajudando na prevenção de doenças da estação. As mais importantes são:

Vitamina A;

Vitamina C;

Vitamina D;

Vitamina E;

Selênio;

Zinco.

 

Autocuidado: a importância do check-up preventivo para diagnóstico e tratamento precoce de diversas doenças

 Problemas no coração, câncer e outras condições podem ser evitadas ou tratadas de forma mais efetiva quando descobertas precocemente

 

Consultas e exames preventivos são fundamentais para conservar o bem-estar, ajudando a identificar doenças e desequilíbrios no corpo, em especial aquelas que não dão sinais logo de início. Esse ponto é especialmente válido para quem tem histórico familiar de doenças, que podem significar uma predisposição a algum mal. 

A maioria das doenças graves que afeta homens e mulheres, poderia ser identificada em um check-up rápido e simples. Grande parte dos resultados são encontrados em alterações em exames de rotina, que alertam e revelam que algo mais grave pode estar ocorrendo. 

Abaixo, Dr. Renato de Oliveira, Ginecologista e Obstetra, e o Urologista Dr. Silvio Pires, especialistas da Criogênesis, listam os principais acompanhamentos que devem ser realizados de acordo com cada faixa etária e gênero. Confira:
 

Exames preventivos para a mulher

De acordo com Dr. Renato, ao completar 20 anos, ou após o início da atividade sexual, é preciso realizar os exames de colposcopia, papanicolau, ultrassonografia pélvica ou transvaginal e de mamas. “Com 30 anos, além desses procedimentos citados anteriormente, é indicada a realização de estudos para avaliar a função tireoidiana TSH, T4 Livre, T3, ultrassonografia de tireoide”, diz. 

A primeira mamografia deve ser realizada aos 35 anos, e anualmente após os 40. A partir dos 50, quando grande parte das mulheres inicia o período da menopausa, o foco deve ser nos ossos e no coração, com a realização de uma densitometria óssea. Dosagens hormonais e análise relacionados ao metabolismo do cálcio vão ajudar também no acompanhamento e prevenção da osteoporose.
 

Principais exames para o homem

Os check-ups de rotina para os homens devem ser feitos a partir dos 20 anos, anualmente ou conforme solicitação do médico que o acompanha, é o que enfatiza Dr. Silvio, urologista da Criogênesis. “É preciso realizar análises de sangue para medir os índices de glicose, triglicerídeos, colesterol, ácido úrico, creatina e hemograma completo. Entre 30 e 40 anos, os cuidados devem se intensificar. Isso porque é nessa faixa etária que as primeiras alterações começam a aparecer”, esclarece. 

Já para homens acima dos 50 anos, o médico enfatiza que é necessário realizar exames anuais para detectar o câncer de próstata, pois é nesta fase que o risco da doença aumenta. “Ele também ajuda a diagnosticar doenças como câncer de reto ou intestino grosso, assim como nódulos benignos na região. Além disso, é necessário ficar alerta a problemas do fígado, hipertensão, colesterol e redução na produção de testosterona”, informa. 

O médico reitera que o especialista ainda poderá pedir apurações específicas para observar outras condições do corpo, para uma avaliação do estado da saúde do homem ou da mulher. “Para cada fase, o médico fará avaliações e pedirá exames característicos. Alguns podem ser feitos independentemente da idade, como taxas de colesterol, glicemia, triglicérides, hemograma, coleta de urina e fezes, que irão ajudar a avaliar outros aspectos da saúde em geral”, finaliza.

 

Criogênesis

 

Para estimular doação de órgãos e tecidos, Instituto brasileiro lança concurso de desenhos

 

Segunda edição do Salão de Humor vai premiar charges e cartuns. As inscrições das artes podem ser feitas até o dia 15 de agosto, de forma on-line, e serão premiadas com valores em dinheiro 

 

O Instituto GABRIEL, organização social sem fins lucrativos que trabalha desde 2000 para estimular a doação de órgãos e tecidos de bebês portadores de anencefalia, lançou, no dia 4 de julho, o 2° Salão de Humor sobre Doação de Órgãos. Atualmente, mais de 56 mil pessoas esperam por um transplante no Brasil. E o “sim” de uma só pessoa pode salvar até oito vidas.

A primeira edição do Salão de Humor aconteceu em 2008 e premiou quatro categorias de humor gráfico: Charge, Cartum, História em Quadrinhos e Caricatura. “O sucesso da iniciativa foi tão grande que os convites para que novas edições do Salão de Humor ocorressem foram constantes de lá para cá”, conta Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, presidente do Instituto GABRIEL e criadora do projeto em conjunto com Valdir de Carvalho e o cartunista Mário Mastrotti. 

Desta vez, 14 anos depois da primeira edição, o evento vai premiar duas categorias: Cartum e Charge. O formato on-line busca democratizar ainda mais a participação de artistas de todo o Brasil. A expectativa é que mais de 100 mil pessoas participem.

“Durante esses 14 anos da primeira edição, as obras puderam ser vistas em diversas exposições e mostras em várias cidades do país. Há alguns anos, já queríamos promover a segunda edição, mas o cotidiano sempre acabava postergando a ação. Com o falecimento de meu marido Valdir de Carvalho, no final de 2019, tornou-se questão de honra trabalhar para que o Salão acontecesse para homenageá-lo. Juntamos força e motivação com nossa equipe e aqui estamos realizando essa meta”, explica Maria Inês. O público-alvo são profissionais da área da saúde, educação, artistas gráficos, estudantes e população em geral. 

Os interessados podem inscrever até três obras por categoria no site do Instituto (www.gabriel.org.br/salaodehumor/) até às 23h59, no horário de Brasília, do dia 15 de agosto. O anúncio sobre os vencedores ocorre dia 27 de setembro, Dia Nacional do Doador de Órgãos. Depois disso, será aberta uma visitação virtual às obras vencedoras. Tudo vai ser compartilhado nas redes sociais do Instituto GABRIEL. 

A premiação vai contemplar o primeiro e segundo lugares com valores em dinheiro de R$ 1 mil e R$ 500,00, respectivamente. Serão, ainda, destinadas três menções honrosas por categoria. O corpo de jurados escolhido pela organização do evento é formado por profissionais de saúde, da área de captação de recursos e transplantes de órgãos, com nomes de expressão no setor, que são: Alexandro Andreolli, Bruno Deltreggia Benites, Gustavo Fernandes Ferreira, João Luiz Erbs Pessoa, Helder José Lessa Zambelli, Lucio Filgueiras Pacheco Moreira, Marcelo Mion, Marilda Mazzali, Tadeu Thome e Walter Duro Garcia. Eles vão julgar as obras que terão maior impacto junto à comunidade e, claro, que também tenham uma boa dose de humor para chamar a atenção, de forma lúdica, para a importância da causa, que é a doação de órgãos. 

“Apoiar a segunda edição do Salão de Humor é uma oportunidade de abordar um tema de alto impacto de maneira leve e lúdica. Hoje, a fila de espera por transplantes no país cresceu 30,4% e chega a 50 mil pessoas. Por isso, é de extrema importância a conscientização da sociedade quanto a doação de órgãos. Basta um sim para que a vida possa continuar”, comenta Paula Peres Mazuco, gerente de Marketing da Biometrix.

Para Maria Inês, presidente do Instituto GABRIEL, a expectativa é de que a segunda edição do evento seja capaz de inspirar ainda mais artistas a produzirem obras que levem mensagens positivas e sensibilizem as pessoas. “Esperamos conscientizar cada vez mais a sociedade sobre a importância da doação de órgãos como um gesto de solidariedade que salva vidas”, diz. 

Na primeira edição, o evento recebeu 250 obras de todo o Brasil, em quatro categorias. A expectativa para esta edição é que sejam inscritas 400 obras. Mais informações podem ser obtidas em www.gabriel.org.br/salaodehumor/ ou pelo WhatsApp (19) 98700-0466. 

  

Sobre a Biometrix

Líder no mercado de atuação, a Biometrix Diagnóstica está há mais de 25 anos desenvolvendo soluções voltadas ao diagnóstico molecular. O objetivo da Biometrix é tornar o diagnóstico médico cada vez mais rápido e preciso, sempre em busca de resultados que contribuam com a saúde e o bem-estar. Por isso, está comprometida com a qualidade de vida, oferecendo a mais alta tecnologia em reagentes para diagnóstico e equipamentos laboratoriais, principalmente relacionados a transplante de órgãos e tecidos. Mais informações:  www.biometrix.com.br

Sobre o Instituto Gabriel

O Instituto GABRIEL é uma organização social sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem à Gabrielle de Azevedo Carvalho, que nasceu com anencefalia (ausência de cérebro), no dia 24 de maio de 1998. Gabrielle foi o segundo bebê do casal Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho e Valdir de Carvalho a apresentar a má formação congênita. Dez anos antes, eles já haviam perdido outra filha em decorrência do mesmo problema.

Maria Inês e Valdir optaram por manter a gestação de Gabrielle até o final para, após o nascimento do bebê e seu inevitável falecimento, efetuar a doação de seus órgãos na tentativa de ajudar crianças que aguardavam por um transplante. Entretanto, a doação não pôde acontecer em virtude de uma omissão na lei brasileira em vigor naquela época, que não previa a doação de órgãos de bebês portadores de anencefalia.

O Instituto GABRIEL iniciou, então, um trabalho para que a normatização das doações acontecesse. Isto só se concretizou parcialmente em 02 de março de 2007, com a portaria do Ministério da Saúde, mas que ainda não atende por completo às necessidades desse tipo de doação.

No decorrer dos anos, o Instituto GABRIEL se especializou em desenvolver projetos para o incentivo à doação de órgãos e tecidos, como, também, de prevenção das malformações congênitas e das principais causas de doenças que levam ao transplante. Mais informações: www.gabriel.org.br


Os mitos e verdades sobre o Papanicolau

Exame preventivo é comum entre mulheres, mas ainda é cercado de dúvidas. Sua realização rotineira é fundamental na prevenção do câncer de colo de útero

 

Quando falamos de saúde da mulher, não é exagero afirmar que um dos exames de rotina mais importantes é o Papanicolau. Ainda assim, o teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero é frequente fonte de dúvidas em muitas pessoas que acabam espalhando informações incorretas sobre ele. Esta desinformação é nociva em muitos aspectos, sobretudo por minimizar a importância do exame que é responsável direto na prevenção de milhares de casos de câncer do colo do útero todos os anos.

Dados recentes do Observatório de Atenção Primária à Saúde da Umane, uma associação sem fins lucrativos que apoia iniciativas de prevenção a doenças, apresentam um número alarmante: aproximadamente 20% das mulheres das capitais brasileiras nunca realizaram o Papanicolau. Estes dados são preocupantes na medida em que esta é a principal e mais eficiente forma de diagnóstico precoce de um dos tipos de câncer que mais atingem brasileiras: de acordo com dados do Ministério da Saúde, só no ano de 2019, o câncer de colo de útero matou 9.500 pessoas em todo o País.

A ginecologista e obstetra credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Camila Gonçalves Mendes (CRM-PR: 32.136, RQE 23.736) explica a importância do exame: “O objetivo é detectar precocemente lesões precursoras do câncer de colo de útero. Sabe-se que hoje, excluindo os canceres de pele, ele ocupa a terceira posição no ranking das causas de câncer em mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos tumores de mama e colorretal. No que se refere a índices de mortalidade, ele ocupa o quarto lugar. Ao diagnosticarmos lesões precursoras no colo do útero nós conseguimos, através do tratamento precoce, evitar que elas venham a se tornar um tumor, diminuindo sua incidência e mortalidade”, explica a médica.

Para sua realização, um instrumento chamado espéculo é introduzido na vagina da paciente permitindo que o especialista faça uma inspeção visual do interior do colo do útero. A seguir, é realizada uma pequena escamação da superfície externa e interna do órgão onde são colhidas células que serão levadas a um teste laboratorial. Um leve desconforto e um discreto sangramento podem ocorrer no momento da coleta, mas nada alarmante. Inclusive, estar relaxada e à vontade com o médico responsável pelo teste diminui bastante qualquer possível incômodo.

De acordo com o Ministério da Saúde e a OMS, o exame Papanicolau deve ser feito em mulheres – ou qualquer pessoa com colo de útero – entre 25 e 64 anos que já iniciaram atividade sexual. No início, a frequência recomendada para a realização do exame é anual, mas, após dois exames seguidos no intervalo de pelo menos um ano apresentando resultados normais, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos. No caso de pacientes HIV positivas ou imunossuprimidas, a rotina é diferente: nesses casos, necessitam iniciar o rastreio de forma mais precoce e realizar os exames com um intervalo menor.


Dúvidas e mitos

Apesar de sua importância, ainda existem muitas dúvidas em relação ao Papanicolau. Uma das questões mais comuns é se virgens têm a necessidade de realizar o exame: “Elas não precisam. O Papanicolau tem o intuito de diagnosticar precocemente lesões causadas pelo Papilomavírus Humano, mais conhecido por HPV, que é sexualmente transmissível. Por outro lado, grávidas podem realizar o exame desde que sejam autorizadas por seus obstetras”, afirma a Dra. Camila. Outra dúvida comum é sobre a realização do exame em períodos menstruais: “O exame pode ser coletado em qualquer fase do ciclo menstrual, exceto durante a menstruação. Nada impede que a paciente seja examinada menstruada, mas a coleta precisa ser realizada em outro dia já que a presença de sangue pode atrapalhar a análise do exame”, explica a ginecologista.

Falando dos mitos, a Dra. Camila Gonçalves Mendes relata alguns dos mais comuns: “Muitos acham que o exame é feito para diagnosticar corrimentos, mas ele não tem este objetivo. Para isso existem testes específicos. Sua meta é o rastreio de lesões precursoras de câncer causadas pelo HPV. Há quem ache, também, que mulheres que só se relacionam sexualmente com outras mulheres não precisam fazer o exame, mas este não é o caso: o vírus HPV, principal causador do câncer de colo uterino, ocorre tanto nas relações sexuais entre homens e mulheres quanto em relações de sexo entre duas vaginas. Por isso a importância da realização do exame em mulheres que se relacionam com mulheres. E vale ressaltar que homens transexuais também devem fazer a coleta”, detalha a médica.

Outro erro comum, segundo a ginecologista, é imaginar que a falta de sintomas físicos aparentes justifica a não realização do Papanicolau. Esta é uma conduta bastante perigosa já que o câncer de colo de útero é silencioso e só causa sintomas quando está muito avançado.

Apesar das indicações de que o preventivo seja realizado só a cada três anos no caso de dois exames consecutivos anteriores normais em mulheres acima dos 25, especialistas explicam que é imprescindível uma visita anual à ginecologista para que seja realizada uma avaliação e a mulher possa ser examinada adequadamente.

  

Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br

 

Equoterapia é usada para tratar e evitar distúrbios emocionais como Síndrome de Burnout, Ansiedade e Depressão


A terapia é uma das iniciativas que empresas podem adotar para prevenir que seus funcionários adoeçam, além de ser uma prática aliada ao ESG
 

 

A saúde mental é um dos assuntos que mais vem sendo discutidos em todo o mundo, principalmente dentro das empresas. Isso ocorre devido ao esgotamento profissional - causado pela  sobrecarga de serviços -, ao estresse recorrente e à falta de reconhecimento de chefes e coordenadores, o que podemos chamar de Síndrome de Burnout. Juntamente com essas síndromes adquiridas no ambiente corporativo, vemos também sua relação frente ao ESG (Ambiental, social e governança) e suas ações.

Segundo uma pesquisa realizada pela Mindsight (empresa de tecnologia especializada em recursos humanos), 86% das empresas ainda não agem para evitar o Burnout. No ESG, a parte mental dos funcionários entra no S de social. A importância de se atentar ao emocional é enorme, já que um colaborador doente adquire diversos sintomas, como dores de cabeça frequentes, cansaço excessivo físico e mental, insônia, problemas gastrointestinais, entre outros, o que além de afetar sua vida pessoal, atinge seu rendimento profissional e o ânimo necessário para desempenhar suas funções e realizar tarefas simples.

De acordo com a engenheira química e diretora de operações do Instituto Ser Sustentável (primeira certificadora de critérios ESG do Sul - http://www.institutosersustentavel.com.br/), Rubia Moisa, uma das principais dificuldades encontradas no mundo corporativo é a atração e retenção de talentos, já que é necessário ter uma motivação. “É importante que as corporações percebam que, uma das formas de demonstrar os ganhos corporativos e financeiros promovidos pelo uso da equoterapia em colaboradores que apresentem sintomas da Síndrome de Burnout, é a aplicação da metodologia SROI (Social Return of Investment).”

Apesar da saúde mental não ser tratada com a atenção que deveria, a pandemia de Covid-19 nos trouxe um alerta. Além do modelo home office, o período trouxe incertezas quanto ao futuro, perda de foco e diminuição de produtividade das equipes, aumentando os níveis de estresse. Os espaços das casas passaram a ser compartilhados sem a devida separação de ‘lar’ e ‘trabalho’. “Este novo ambiente obrigou as corporações a desenvolverem um olhar mais humano para suas equipes, com o objetivo de acolher e dar suporte às novas demandas sociais trazidas por estes grupos”, explica a diretora de operações do Instituto Ser Sustentável.


Equoterapia como prática ESG

Iniciativas como terapias, mudanças de comportamento das organizações, entre outras, são algumas atitudes que podem ser feitas para evitar esses casos extremos, como a síndrome de Burnout. A Equoterapia é uma das opções que podem ser adotadas pelas empresas. A terapia ocorre por meio da interação com os cavalos, como explica a fundadora da EquoSorriso, ONG que oferece equoterapia e equitação, Rosana Collect. “A Equoterapia é uma grande aliada para combater a exaustão emocional, -cada vez mais evidente no meio corporativo-, porque consegue ter impacto nas três letras do ESG. Na EquoSorriso, trabalhamos a terapia em meio a natureza, trazendo elementos da meditação, yoga e conexão sensorial ao vendar os olhos, tudo com o sigilo e normas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)”.

Uma organização que cuida e se preocupa com as questões mentais dos seus funcionários tende apenas a ganhar, porque uma pessoa mentalmente estabilizada e focada contribui muito mais com a empresa. Além das questões emocionais, a terapia faz a diferença em diversas áreas do corpo, é o que esclarece Rubia, do Instituto Ser Sustentável. “A equoterapia promove ganhos motores e estimula o funcionamento cerebral, proporcionando a regulação de funções corporais por meio de processos que ocorrem nos sistemas nervoso e endócrino, tendo efeitos positivos em quem a pratica”.

Para a psicóloga da EquoSorriso, Silvana Vaini, o praticante de equitação pode desenvolver novos olhares para a vida. “A Equoterapia é um tipo de terapia que propicia a possibilidade de um novo olhar, sob um novo ângulo, para a vida, trabalho, afetos, sendo este relacionado à vida animal (cavalo) e, principalmente, um novo olhar para si mesmo. Esses novos olhares poderão oportunizar uma espécie de ‘detox’, desestresse e reflexões para mudanças de rotinas, estilo de vida, tomada de decisões, ou seja, organizações necessárias para uma produtividade melhor e sem o cansaço excessivo que leva à Síndrome de Burnout”. 

  

Sobre a EquoSorriso

EquoSorriso - Equoterapia e Equitação Lúdica - organização sem fins lucrativos, localizada em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), e atende crianças e jovens com necessidades especiais. Desde sua criação, em 2013, a organização atendeu mais de 600 pacientes, a partir de dois anos de idade nas sessões de equoterapia. Mais informações, entre em contato pelo (41) 99753-4439 ou pelas redes sociais Instagram > www.instagram.com/equosorrisoequoterapia/ ou Facebook > www.facebook.com/EquoSorriso.

 

Julho é o Mês de Conscientização ao Câncer Ginecológico: 10 mitos e verdades sobre câncer do colo do útero que você precisa ficar de olho

A campanha, que leva a cor verde no calendário da saúde, reforça a importância de combater a desinformação quanto ao tema. Oncologista comenta sobre HPV ser a principal causa da neoplasia e informações relevantes sobre o assunto


Câncer do colo do útero é assunto sério, mas a boa notícia é que ele pode ser evitado quando alguns cuidados são colocados em prática, como a vacinação de meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 a 14 anos contra o HPV - doença que ocorre em quase 99% dos casos por causa do Papilomavírus Humano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é estimado que durante o triênio 2020/2022 hajam 16.590 casos de câncer do colo do útero no Brasil ao ano. Para a Dra. Larissa Gomes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, as lesões pré malignas podem ser diagnosticadas precocemente evitando o aumento dos casos de neoplasia em si. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é estimado que durante o triênio 2020/2022 hajam 16.590 casos de câncer do colo do útero no Brasil ao ano. De acordo com a Dra. Larissa Gomes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, as lesões pré malignas podem ser diagnosticadas precocemente evitando o aumento dos casos de neoplasia em si. 

"O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres no Brasil, em algumas regiões chega a ser o segundo. O exame Papanicolau, por exemplo, é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos agir o mais rápido possível para evitar o diagnóstico em estágios mais avançados.", comenta. 

Mas, mesmo com as mais diversas informações sobre a doença, é preciso ficar de olho quanto às fake news, que podem atrapalhar no entendimento do câncer do colo do útero e influenciar negativamente no diagnóstico precoce. Abaixo, a Dra. Larissa Gomes lista quais são os principais mitos e verdades sobre o tema:
 

Qualquer mulher ativa sexualmente pode ter HPV

Verdade. Qualquer mulher que tiver relações sexuais pode ser exposta ao vírus. Apesar do HPV ser um vírus autolimitado - no qual a infecção é resolvida até os 30 anos - é estimado que 8 em cada 10 mulheres tenham contato com o vírus alguma vez em suas vidas, porém a grande maioria devido a sua imunidade consegue combater a infecção sem desenvolver uma doença ou lesão.
 

O câncer do colo do útero não é prevenível

Mito! O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser prevenida através do rastreamento e diagnóstico precoce com a rotina ginecológica/Papanicolau ou através da vacinação contra o papilomavírus humano - HPV, protegendo assim contra os seus subtipos de alto risco (16 e 18).
 

Toda mulher com HPV terá câncer do colo do útero

Mito! Pelo HPV promover uma infecção autolimitada, menos de 10% das mulheres irão desenvolver de fato o câncer do colo do útero. Aquelas pacientes que apresentam algum grau de comprometimento de sua imunidade como por exemplo, portadora do HIV, transplantadas ou sob tratamento que afetam a sua defesa podem facilitar a reprodução do vírus. Por isso, mais uma vez, a vacinação contra o HPV se faz essencial.
 

O Papanicolau é uma maneira de identificar o câncer do colo do útero

Verdade. O exame, realizado dos 25 aos 64 anos de idade (anualmente e depois a cada três anos) é uma maneira de identificar lesões pré-malignas ou de realizar um diagnóstico precoce, ou seja, em estágio inicial. É importante ressaltar que a rotina ginecológica deve ser realizada mesmo se a mulher já for vacinada.
 

Os sinais da doença podem demorar para aparecer

Verdade. Na maioria dos casos, o câncer do colo do útero é assintomático, mas pode ser possível notar dor na relação sexual ou sangramento ou, ainda, secreção vaginal com odor, quantidade ou aspecto diferente do usual. Quando a doença está avançada, a paciente pode apresentar dores mais intensas em região pélvica, alterações urinárias ou intestinais, perda de peso não justificada ou dores nas pernas e costas, ou cansaço extremo relacionado a perda sanguínea (anemia)
 

Usar preservativos impede a transmissão do HPV

Mito. O vírus pode ser transmitido através de outras regiões da genitália, uma vez que também estão expostas durante a relação sexual. É estimado que a camisinha consiga proteger em até 70% o contágio do HPV. Além disso, vale ressaltar que o uso de preservativos pode evitar outras doenças sexualmente transmissíveis, por isso seu uso é fundamental. Vale frisar que a vacinação contra o HPV é capaz de proteger contra lesões pré malignas e neoplasias de colo uterino, vulva, vagina, ânus e cabeça e pescoço.
 

Mulheres jovens não precisam se preocupar com o câncer do colo do útero

Mito! Apesar da maioria dos casos ocorrer após os 40 anos, é importante ressaltar que ele pode acontecer em qualquer idade e por este motivo, é recomendado que se faça o exame do Papanicolau a partir dos 25 anos ou quando a mulher começa a ter relações sexuais. Devido a falta de aderência a vacinação e aos exames ginecológicos de rotina vemos um aumento dos casos em pacientes jovens, o que mais uma vez nos mostra que a prevenção é fundamental desde cedo.
 

Sangramento durante a menopausa pode ser um sintoma de câncer do colo do útero

Verdade. O sintoma deve ser avaliado por um especialista, pois pode ter outras causas relacionadas, sendo o câncer do colo do útero uma delas.
 

Quem toma a vacina contra HPV não precisa usar camisinha

Mito! A vacina contra o HPV não protege contra os mais de 150 subtipos do vírus, mas previne contra os tipos 16 e 18, que causam mais de 70% dos casos de câncer do colo do útero. É fundamental utilizar preservativos para evitar não só o HPV, mas também outras doenças sexualmente transmissíveis, além da realização periódica de exames preventivos.
 

Menos de 10% das mulheres infectadas pelo HPV podem desenvolver câncer do colo do útero

Verdade. Apesar do HPV nem sempre evoluir para o câncer do colo do útero, é fundamental marcar consultas periodicamente com o ginecologista para acompanhamento. Por isso, é importante ter atenção e cautela.

 

 

Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com

 

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