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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Baixas temperaturas aumentam incidência de paralisia nas patinhas dos cães

Fisioterapia ajuda os animais a recuperarem os movimentos e reduz dores causadas pela lesão


A chegada das temperaturas mais baixas coincide com a maior procura por atendimentos relacionados a crises de paralisia nas patas e dores na coluna causadas pela hérnia de disco.

O problema consiste na degeneração dos discos intervertebrais, fibrocartilagens situadas entre as superfícies das vértebras da coluna. Médica veterinária da Mundo à Parte, maior franqueadora de fisioterapia veterinária do mundo, Jennifer Hummel explica que nos cães a condição pode se manifestar de duas formas: hérnia extrusiva ou hérnia protrusiva. 

A primeira ocorre devido a uma ruptura nas fibras do disco intervertebral, expondo o material do núcleo pulposo, região central do disco intervertebral que tem como função proteger as vértebras contra impactos, para dentro do canal medular, comprimindo a medula espinhal. Na hérnia protrusiva, por sua vez, ocorre o abaulamento crônico (progressivo) do disco em direção à medula espinhal. O abaulamento nada mais é do que a deslocação do disco gelatinoso que fica entre as vértebras.

A hérnia extrusiva é mais comum em raças condrodistróficas, animais que têm o eixo dos ossos longos torcidos e encurtados e parecem “rebaixados”, como dachshund, bulldog francês, poodle, pequinês, beagle, shih-tzu e lhasa apso, para citar alguns. Nesses pets, a condição aparece já nos primeiros seis anos de vida, quando o pico de atividades é maior e acaba sobrecarregando o disco. Já a hérnia protrusiva costuma acometer cães de raças como labrador, pastor alemão, rottweiler e chow-chow e tem apresentação tardia, dos sete aos oito anos de idade, com sinais lentos que aumentam com o tempo. 

Nos felinos, a incidência de hérnia de disco não é tão relevante quanto nos cachorros. Quando ocorre, porém, é mais frequente nas raças himalaio, persa e exótico.

Os sintomas vão de dor – identificada a partir de sinais como mudança de comportamento e dificuldade em realizar movimentos simples –, incontinência urinária e desequilíbrio.

“O tratamento pode ser realizado com medicação, fisioterapia e em alguns casos, é necessário a cirurgia, onde é realizada a descompressão cirúrgica, caso a paraplegia esteja associada à perda da sensibilidade dolorosa, além de repouso e muita fisioterapia. A fisioterapia é o tratamento indicado em todos os graus de lesão, desde dor até animais paraplégicos ou tetraplégicos desde o início, pois os equipamentos utilizados possuem ação anti-inflamatória, auxiliando na resolução do edema e da reação oxidativa que ocorre na medula após a extrusão ou protrusão discal, além de estimular a neurogênese, o que leva a uma recuperação mais rápida do paciente”, explica a veterinária Jennifer Hummel.

A especialista acrescenta que a indicação da fisioterapia também é fundamental quando se trata da hérnia protrusiva. Segundo Jennifer, pelo fato de esse tipo de compressão ter caráter crônico, ocorre adesão às meninges, membranas que envolvem e protegem o encéfalo e a medula, levando a uma perda massiva e muitas vezes irreversível dos neurônios da medula espinhal, tornando a cirurgia pouco efetiva. Estes casos, quanto antes forem diagnosticados e o tratamento iniciado, melhor é o prognóstico.

 

Mundo à Parte - maior rede de fisioterapia veterinária do mundo. Especializada em fisioterapia e reabilitação para pets, sua maior missão é prestar um serviço de excelência, proporcionando qualidade de vida para os pacientes e um ótimo relacionamento com os clientes e colegas veterinários. Com sete anos de história, a marca conta com mais de 100 unidades em oito países.


Ciência: Enforcador para cachorro pode causar graves lesões e ser fatal

Estudos apontam que uso de colares de pescoço e enforcadores – de todos os tipos – é contraindicado em qualquer circunstância

 

As coleiras de pescoço para cães podem ser adequadas para exibir a sua identidade e, com isso, são uma estratégia de segurança. No entanto, quando usadas com a guia, em passeios, podem trazer sérios danos à saúde do animal.

 

Um estudo publicado na revista científica Vet Record, por pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, constata que, para todos os tipos e estilos de coleiras (de nylon, corda, enforcador e guia unificada, ainda que acolchoadas ou largas), há risco de lesão no pescoço.

 

"Nenhum colar testado na pesquisa fornece uma pressão baixa o suficiente para diminuir o risco de lesão ao puxar", sintetiza Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e editora de todas as mídias sociais "Seu Buldogue Francês". Também é criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil.

 

Segundo a geneticista, o pescoço é uma região nobre do corpo, já que diversas estruturas anatômicas passam por ele. "É o caso da traqueia, que conduz o ar; do esôfago, que conduz o alimento; da coluna cervical, já que no pescoço passa a medula espinhal, que é um prolongamento do cérebro. Além disso, estão localizadas nele a glândula tireoide, importante para o metabolismo do corpo, e a paratireóide, essencial para o metabolismo do cálcio, que tem, entre outras funções, formar os ossos", detalha Chamone. No pescoço ainda passam veias e artérias, que irrigam o cérebro.

 

Por isso, ao puxar o animal pelo pescoço, todas essas estruturas correm sérios riscos de serem lesionadas. "Há um senso comum de que, para usar o enforcador, é preciso apenas 'ter experiência' com ele, algo disseminado sem nenhum embasamento científico. A Ciência nos mostra que todo equipamento de passeio usado no pescoço pode ser perigoso", pondera.

 

Mesmo os pequenos trancos, que ocorrem com frequência e até sem o dono perceber, podem provocar micro lesões que, com o tempo, se somam e causam macro problemas. O uso de equipamentos de passeio no pescoço pode ocasionar, entre inúmeras complicações, redução da oxigenação do cérebro, sub-luxação de vértebras cervicais e problemas graves na traqueia, formada por cartilagem. "Esses trancos podem lesionar essa cartilagem, determinando graves dificuldades respiratórias. Quando isso acontece, é necessária a realização de cirurgia, que pode ser bastante complicada", alerta Chamone.

 

Um exemplo trágico e fatal é relatado em pesquisa publicada no Journal of Veterinary Behavior, por cientistas de Frankfurt e de Pulheim, na Alemanha, no qual um pastor alemão, com um ano de idade, foi diagnosticado com lesão cerebral isquêmica grave – uma espécie de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Neste caso, ele estava sendo "disciplinado" com uso do enforcador.

 

"Aos poucos, o cão foi perdendo a coordenação motora e apresentando perda de consciência com os trancos do 'treinamento'. Devido à gravidade do quadro, precisou ser eutanasiado", lamenta a geneticista.

 

Nesse sentido, o uso de enforcador é retrógrado e uma contraindicação absoluta da Ciência.


 

Puxões no passeio: enforcador não resolve a causa do problema


Um argumento dado por donos para passear com enforcador é que o cão puxa demais no passeio, e a ferramenta ajudaria a controlá-lo. No entanto, Chamone enfatiza: "como o próprio nome diz, o enforcador enforca, estrangula o cão. Ele pode até tracionar menos, mas por desconforto e sofrimento – e isso não resolve a causa do problema".

 

Segundo sua experiência em consultorias, o motivo mais comum de o cão tracionar no passeio é pelo fato de viver uma vida de estresse. Nesse sentido, estrangulá-lo com ferramentas inadequadas de passeio gera ainda mais nervoso e ansiedade.

 

"O estrangulamento pode fazer o cão parar de tracionar, mas desenvolve outros comportamentos compensatórios, como ações compulsivas e dificuldade de aprendizado. Para não tracionar, é preciso tratar a sua ansiedade de forma geral".


 

Passeio seguro e sem tração: controle do estresse


Para um passeio seguro e sem puxões, é recomendado, portanto, realizar um controle do estresse no animal, algo ensinado por Chamone em cursos e consultorias.

 

Esse controle visa manter uma vida equilibrada por meio de quatro pilares: gerenciamento das emoções, alimentação de qualidade, sono satisfatório e rotina de exercícios físicos. "É importante enriquecermos a rotina dos peludos, com brinquedos interativos, osso para roer e, principalmente, passeios", acrescenta.

 

E, por falar neles, nada de enforcadores ou outros tipos de coleiras de pescoço: o ideal é usar um equipamento confortável, como é o caso do modelo peitoral. 

"Com tudo isso ajustado, seu cachorro certamente deixará de tracionar tanto no passeio e o fará em segurança, com a área mais nobre de seu corpo preservada e sem perigo", assegura Chamone.


Telemedicina Veterinária é aprovada no Brasil e se torna aliada nos cuidados de saúde e prevenção com cães e gatos

Divulgação Guiavet
Assistência online facilita o acompanhamento de animais com doenças crônicas, tratamentos longos ou que vivem em áreas remotas

 

Com a recente regulamentação da telemedicina pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que entrou em vigor na última sexta (01/07), pais e mães de pets têm o novo serviço como aliado nos cuidados diários e nas consultas dos seus bichinhos de estimação. 

A resolução nº 1.465 permite a teleconsulta, telemonitoramento, teletriagem, telediagnóstico, telemonitoramento e teleinterconsulta, que é a troca de informações e opiniões entre veterinários, além da prescrição digital de medicamentos. A medida, no entanto, só pode ser aplicada por profissionais com inscrição ativa no órgão da classe e não é válida para casos de urgência e emergência, exceto em situações de desastre.

Para especialistas da área, a telemedicina é considerada uma evolução nas possibilidades dos cuidados primários de cães e gatos, pois permite a atuação preventiva. “Agora, é possível acompanhar melhor os pacientes crônicos e tratamentos longos, oferecer suporte online aos animais que vivem em áreas remotas e de difícil acesso e ainda melhorar a viabilidade econômica dos serviços na clínica”, explica Gabi Mendes, Co-founder e CEO da Guiavet, marketplace focado na saúde e bem-estar de cães e gatos. 

É essencial que os profissionais de saúde observem as regras em relação ao período de manutenção das consultas presenciais, assim como as especificações para animais de produção. Uma delas é que a telemedicina veterinária não dispensa a consulta presencial a cada 180 dias, em casos de doenças crônicas ou acompanhamentos mais longos. Os médicos veterinários permanecem com autonomia e autoridade para decidir sobre os pacientes e também se é necessária uma nova consulta presencial.

Atenta a esta demanda do setor pet, a Guiavet fez as adaptações necessárias para habilitar o serviço de telemedicina veterinária em sua plataforma a partir de julho, permitindo que médicos veterinários passem a oferecer teleorientações e teletriagem, além do material educativo personalizado já disponível para os tutores da rede. 

“Essa resolução amplia as ferramentas para proporcionar uma vida mais longa e saudável para os pets, trazendo tranquilidade e segurança aos tutores. Com isso, nós, da Guiavet, seremos o braço direito dos profissionais que queiram aderir às novas práticas de maneira ética e segura, melhorando o nível de assistência à saúde de seus pacientes”, complementa Gabi Mendes.

 

Guiavet - plataforma de atendimento veterinário online que oferece teletriagem e teleorientação por vídeo, texto e voz, auxiliando tutores no cuidado de cães e gatos. O app também gerencia o calendário vacinal e demais controles da saúde preventiva dos animais, com lembretes por e-mail e WhatsApp. No seu marketplace, a Guiavet reúne serviços de consultas, banho e tosa, além de venda de produtos como ração e medicamentos, indicando as melhores ofertas de parceiros. Ao automatizar processos de forma inteligente, é um canal de vendas que gera demanda qualificada para petshops, clínicas veterinárias e demais empresas e profissionais do segmento.


ONGs denunciam abate ilegal de jumentos para venda da pele na China

Frente Nacional de Defesa dos Jumentos teme por extinção da espécie e exige CPI no Congresso Nacional que investigue a matança de animais mesmo com liminar proibitiva

 

Apesar de existir uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia, cidades como Miguel Calmon, Itapetinga, Euclides da Cunha e Simões Filho continuam registrando o abate de jumentos. Quem denuncia a irregularidade é a Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, que, desde 2016, reúne ONGs com atuação em todo país para combater a matança que ameaça a extinção da espécie, além de trazer riscos sanitários por falta de fiscalização 

"O abate desses animais é cruel e absurdo. É um crime que irá extinguir os jumentos. Eles sofrem durante o transporte, além de serem acondicionados em locais com pouca água e comida. Estimamos que 20% morram pelos maus-tratos a caminho dos matadouros", alerta a advogada e coordenadora da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, Gislane Junqueira Brandão.

 

Há seis anos, ONGs como o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal acompanham os casos de abandono de centenas de animais e o abate de jumentos em frigoríficos com a finalidade de venda da pele, especialmente para a China produzir o “medicamento” eijão. Após a denúncia, em 2018, da situação de jumentos em estado de maus-tratos em Itapetinga (BA), a Frente teve a primeira ação vitoriosa na Justiça, impedindo que o abate ocorresse.

 

Essa determinação perdurou por um ano e retornou em 2022 com uma nova liminar que proíbe o abate (Processo nº 1002961-62.2019.4.01.0000). Por entender que a prática segue ocorrendo ilegalmente, as ONGs estão novamente unidas e pedem que o Congresso Nacional abra uma CPI para investigar os reais motivos deste comércio, que traz riscos de biossegurança devido à falta de rastreabilidade e de uma redução significativa na população de jumentos, além de comprometer o bem-estar animal.

 

"Mesmo tendo uma decisão quase que por unanimidade no Tribunal de Justiça da Bahia, eles não a cumprem. Anos atrás, ficamos como tutores de centenas desses animais e verificamos a baixa qualidade sanitária deles, com muitas doenças, problemas graves de desenvolvimento, desnutrição e zoonoses que oferecem riscos aos seres humanos. A carne também é aproveitada, mas não existe uma cadeia produtiva e o que vemos é que os animais que estão indo para o abate vieram de grande sofrimento, privação alimentar e abandono”, afirma a médica veterinária e diretora técnica do Fórum Animal, Vania Plaza Nunes.

 

Segundo Vania, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia criou uma portaria que não exige apresentação dos resultados de exames de exigência nacional e internacional envolvendo anemia infecciosa equina e mormo para os animais serem transportados. Por isso, a preocupação sobre os riscos à saúde das pessoas e de outros equídeos é tão grande.

 

Para barrar de vez o abate de jumentos, as ONGs que compõem a Frente Nacional acreditam haver a necessidade da aprovação de leis, estadual ou federal, que proíbam a atividade. Só no Brasil, em 2021, cerca de 64 mil jumentos foram mortos e há uma estimativa atual de 1.200 abates a cada semana.  

"Os atravessadores de animais estão no controle justamente porque a conivência da gestão pública se fez submissa. O fato de haver uma decisão liminar proibindo os abatedouros de matarem esses animais e seguirem como se não existisse tal decisão, só reforça que a justiça é para alguns", diz o diretor do Princípio Animal, Fernando Schell Pereira.


Saúde animal: Quimioterapia permite ao pet uma vida normal

Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maior é a taxa de sucesso do tratamento

 

Receber o diagnóstico de que o pet está com câncer é bastante doloroso. Afinal, eles são membros da família e ainda existe muito estigma em relação à doença e ao tratamento. Nesta hora, é preciso manter a calma e confiar no seu médico-veterinário. “A oncologia veterinária evoluiu muito nos últimos 20 anos, tanto em termos de diagnóstico como de tratamento, impactando diretamente na sobrevida e qualidade de vida dos animais. É possível, sim, conseguir um bom controle da doença e, porque não a cura, em muitos pacientes”, atesta Juliana Vieira Cirillo, médica-veterinária com especialização em oncologia do Veros Hospital Veterinário.


Neoplasia

Quando uma célula normal do nosso corpo sofre mutações e perde o controle do processo de divisão celular, temos uma proliferação rápida e desordenada, caracterizando uma neoplasia. Quando esta neoplasia adquire a capacidade de invasão e disseminação para outros órgãos e tecidos, temos uma neoplasia maligna, ou seja, o câncer.

A droga quimioterápica é um agente citotóxico: ela é capaz de danificar o DNA da célula tumoral, impedindo que esta se multiplique. Mas agentes quimioterápicos não diferenciam células neoplásicas das saudáveis, e afetam qualquer célula que apresente alta taxa de proliferação, como por exemplo as células da medula-óssea, do trato gastrointestinal e do folículo piloso, resultando nos principais efeitos adversos da quimioterapia.

Essas drogas apresentam o mesmo mecanismo de ação tanto em pacientes veterinários como nos humanos. Mas a grande diferença está na dose utilizada, que é bem inferior nos pets, e por isso os tão temidos efeitos colaterais do tratamento acabam sendo muito mais brandos se comparados àqueles descritos em humanos.


Primeiros sinais

A manifestação mais visível da neoplasia são os tumores, ou seja, um aumento de volume formado por células que cresceram de forma desordenada. Ao primeiro sinal da presença de nódulos ou massas no corpo do pet, o tutor deve levá-lo imediatamente ao médico-veterinário. Porém, há casos em que o tumor ocorre em áreas mais difíceis de detectar, como a cavidade abdominal, torácica ou mesmo nos linfonodos (gânglios), e o tutor só vai perceber quando o animal manifestar algum sintoma específico, mudanças no comportamento ou então quadro de apatia, perda de apetite e de peso, a depender da localização da neoplasia.

“Quando isso acontece, a doença pode estar em um estágio mais avançado. Por isso, é altamente recomendado manter check-ups periódicos”. De acordo com a médica-veterinária, recomenda-se começar uma rotina de consultas a cada seis meses a partir dos 7 ou 8 anos de idade do animal. Em algumas raças, como o Golden Retriever, a recomendação é começar mais cedo, entre 3 ou 4 anos, já que estão sujeitas a apresentar neoplasia em uma fase mais precoce da vida.

No caso das neoplasias cutâneas, como, por exemplo, o carcinoma espinocelular, as manifestações clínicas são mais visíveis e normalmente aparecem em partes do corpo desprovidas de pelos, como abdômen, têmporas e plano nasal. Esta neoplasia está relacionada à exposição crônica ao sol, e inicialmente a pele pode ficar mais avermelhada e inflamada. A lesão pode evoluir para descamação cutânea e posteriormente para o carcinoma caso a região permaneça exposta à radiação ultravioleta.


Tratamento

“A radiografia torácica, por exemplo, pode revelar a presença de metástase pulmonar desde que a lesão tenha pelo menos 0,5 cm. Nódulos menores normalmente não são visualizados por meio deste exame, sendo necessários exames mais específicos, como uma tomografia torácica”, explica Juliana.

O ideal é que as sessões de quimioterapia sejam feitas em uma clínica ou hospital com infraestrutura adequada para a manipulação da droga pelo médico-veterinário. Embora existam drogas administradas por via oral, a maioria das quimioterapias são administradas por via intravenosa.

A sessão de quimioterapia em animais leva cerca de 30 a 60 minutos, dependendo da droga utilizada - bem diferente da aplicação em pacientes humanos, que às vezes pode levar de 4 a 6 horas. O pet não precisa ser sedado nem ficar internado, e salvo se o protocolo da clínica ou hospital veterinário não permitir, o tutor pode acompanhá-lo durante todo o processo.

A duração do tratamento vai depender do tipo de câncer e da agressividade do tumor. Para o linfoma multicêntrico de grandes células em cães, por exemplo, o protocolo de quimioterapia pode durar seis meses, com aplicações inicialmente semanais e posteriormente quinzenais. Já no caso da quimioterapia adjuvante (aquela realizada após o tratamento cirúrgico) para neoplasias sólidas, como uma neoplasia mamária, o intervalo entre as aplicações é de 21 dias, num total de quatro a seis sessões.


Efeitos colaterais

A boa notícia é que justamente por trabalhar com dosagem menor, os efeitos colaterais nos pets são menos frequentes e mais brandos. “Nos humanos, a incidência desses efeitos chega a quase 80%, enquanto nos pacientes veterinários varia de 10% a 40%”, esclarece Juliana. Ainda assim, o médico-veterinário pode adotar tratamentos preventivos, como a prescrição de medicação antiemética para evitar ou diminuir a incidência de náusea e vômitos, que estão entre os efeitos mais comuns.

Uma vez terminado o tratamento quimioterápico, inicia-se a fase dos acompanhamentos periódicos, pois pacientes oncológicos podem eventualmente apresentar quadro de metástase tardia ou recidiva (retorno) do próprio tumor. Juliana recomenda que no primeiro ano, dependendo do tipo de tumor, os check-ups sejam realizados a cada dois ou três meses, passando para cada quatro a seis meses no ano seguinte. “Após o término do tratamento devemos monitorar o paciente por meio de exames por um período mínimo de dois anos. Mas mesmo não havendo sinais de progressão da doença, eu prefiro continuar acompanhando pacientes oncológicos após este período, pelo menos a cada seis meses”.


Dá para evitar?

A neoplasia maligna é causada por múltiplos fatores, muitos deles ainda desconhecidos. O mais importante é que quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, maior será a taxa de sucesso no controle da doença. Daí a importância de manter os exames periódicos em dia.

Mas isso não quer dizer que o tutor não possa tomar alguns cuidados para minimizar fatores de risco. Um muito relevante – e, segundo Juliana, pouco comentado – é a obesidade, um importante fator de risco no desenvolvimento do câncer tanto em pessoas como em animais, e que pode ser combatido com uma dieta balanceada, passeios, exercícios e brincadeiras para evitar o sedentarismo. No caso das neoplasias mamárias, a castração precoce de cadelas e gatas pode prevenir o desenvolvimento deste tumor, mas cada caso deve ser avaliado junto com o médico-veterinário a fim de definir a melhor conduta. Curiosamente, para os machos a castração não exerce efeito preventivo contra o desenvolvimento do câncer de próstata.

Qualquer que seja o caso, não hesite em procurar o médico-veterinário ao primeiro sinal de que seu pet possa estar sofrendo desse mal. Ele é o profissional mais indicado para fazer uma investigação criteriosa, chegar a um diagnóstico e indicar o tratamento adequado.

 

 

Fonte: Juliana Vieira Cirillo - médica-veterinária com especialização em oncologia do Veros Hospital Veterinário. Graduada pela Universidade Paulista em 2005, realizou aprimoramento em Oncologia Clínica e Cirúrgica pela École Nationale Vétérinaire d'Alfort, na França, em 2007. Tornou-se Mestre pelo Laboratório de Oncologia Experimental e Comparada do setor de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP em 2014, é coordenadora da supraespecialidade de Nutrição Oncológica pela Associação Brasileira de Oncologia Veterinária, consultora de produtos nutracêuticos para multinacionais e diplomada em Oncologia pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (2017). Tem grande experiência em Oncologia Clínica e Cirúrgica de pequenos animais.

 

Veros Hospital Veterinário

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Férias em família: quais os cuidados que se deve ter com a saúde dos pets antes de ‘pegar a estrada’?

Levar seu pet ao médico-veterinário, antes de viajar, é indispensável

Médica-veterinária orienta sobre vacinas, riscos de doenças, e a partir de qual idade o animal já pode viajar

 

As tão sonhadas férias de julho chegaram e, para quem pretende viajar com seu pet, os cuidados com a saúde de seu fiel companheiro são indispensáveis. Além de questões burocráticas, antes de “pegar a estrada” é necessário conferir ainda se as vacinas estão em dia e o que levar para que esse momento em família não seja marcado por imprevistos. 

“A viagem com o seu pet pode ser incrível, desde que a família faça um planejamento e verifique se tudo está em dia. A idade ideal para o animal viajar é quando ele estiver com todas as vacinas e vermífugos em dia, ou seja, a partir de 4 meses. Vale ressaltar que as empresas de transportes aéreos e terrestres podem ter suas próprias normas e algumas aceitam somente a partir dos 6 meses de vida”, alerta a médica-veterinária, docente e supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário do Grupo UniEduK, Aline Ambrogi Franco Prado.

Sendo assim, a viagem com seu pet começa antes mesmo de vocês “caírem na estrada”. É indispensável que ele seja levado ao médico-veterinário de confiança, para que seja emitido o “Atestado de Saúde”. O documento, junto com a carteirinha de vacinação, jamais deve ser esquecido, pois é quem garantirá que seu animal de estimação esteja livre de doenças transmissíveis. 

Por isso, para emissão do atestado, todas as vacinas devem estar em dia. Entre elas, destaque para a múltipla e a da gripe. Entretanto, tanto para viagens nacionais quanto para internacionais, a vacina obrigatória é a da raiva. 

“O animal só ficará doente caso não seja vacinado ou vermifugado. Por outro lado, uma doença que devemos nos preocupar é a Dirofilariose (verme do coração), comuns em regiões litorâneas. Assim, se for levá-lo à praia, é bom conversar antes com o médico-veterinário para saber quais cuidados devem ser tomados”, explica. “O tutor deve aplicar ainda repelentes para pulgas, carrapatos e moscas”, ressalta Aline. 

Ainda para evitar possíveis contratempos, se o passeio for de ônibus ou avião, vale a pena contatar a empresa, pois cada uma possui regras específicas para seu amigo. Não deixe de verificar ainda dados como peso e raça, modelo da caixa de transporte e regras específicas do país ou estado de destino. Além do Atestado de Saúde e da carteirinha de vacinação, alguns países exigem o Certificado Zoosanitários Internacionais e microchip. 

Mas, se a viagem for de carro, obrigatoriamente o animal de pequeno porte deve ir numa caixa de transporte e os maiores no banco de trás com cinto de segurança. Segundo Aline, jamais leve-o com a cabeça para fora da janela, nem mesmo se estiver trafegando em perímetro urbano, pois além do risco de acidentes há ainda a chance de ser multado.

 

Pé na estrada

Chegou o grande dia e outros cuidados também são necessários para evitar contratempos. Para viagens curtas, por exemplo, o ideal é que se pet não coma 4 horas antes. Já a água deve ser retirada com uma hora de antecedência. Se o trajeto for longo, pare o veículo a cada uma hora, ofereça água e permita que o mesmo faça suas necessidades fisiológicas. O uso de tapetes absorvíveis (fraldas veterinárias) no carro ou na caixa de transporte também é indicado.

Seu animalzinho deve estar com a saúde em dia paraseguir viagem
De acordo com a Aline, não é recomendado oferecer petiscos durante o trajeto. “A maioria dos animais passa mal em passeios e viagens. A dica então é dar algumas voltas de carro, por pequenas distâncias e antes da viagem, para ver se ele acostuma. É importante que a temperatura interna do carro esteja no mesmo nível que a externa. Vale a pena ainda levar acessórios para que seu pet sinta-se em casa. Pode ser um cobertor, por exemplo”, orienta a médica-veterinária. 

“Alguns animais necessitam ainda de medicamentos para enjoos ou estresse. Nesse caso, é indispensável fazer contato com o médico-veterinário. Por fim, os gatinhos precisam de atenção especial quanto ao estresse que possam passar nos passeios de carro”, finaliza Aline.

 

Grupo UniEduK, - composto pelo Centro Universitário de Jaguariúna - UniFAJ, Centro Universitário Max Planck - UniMAX e Faculdade de Agronegócios de Holambra -- FAAGROH, instituições reconhecidas com nota máxima (5) pelo MEC em corpo docente, infraestrutura e Projeto Pedagógico do Curso (PPC).


Censo Pet IPB: com alta recorde de 6% em um ano, gatos lideram crescimento de animais de estimação no BrasiL

  Procura por felinos tem aumentado mais do que a de cães, que tiveram alta de 4% de 2020 para 2021; cachorros ainda lideram ranking em números absolutos

 

Os gatos realmente estão vindo com tudo: a população de pets felinos foi a que registrou maior crescimento no Brasil entre 2020 e 2021, 6% - acima do aumento dos cães, que ficou em 4%. Esse é um dos resultados do mais recente Censo Pet IPB, levantamento anual da população de animais de estimação realizado pelo Instituto Pet Brasil, instituição que há nove anos estimula o desenvolvimento do setor pet brasileiro. 

A pesquisa revela que o Brasil encerrou 2021 com 149,6 milhões de animais de estimação, um aumento de 3,7% sobre os 144,3 milhões do ano anterior. Os cães lideram o ranking, com 58,1 milhões de indivíduos. As aves canoras vêm em segundo, com 41 milhões. Os gatos figuram em terceiro lugar, com 27,1 milhões, seguidos de perto pelos peixes (20,8 milhões). E depois vêm os pequenos répteis e mamíferos (2,5 milhões). 

Nesse período de um ano, a população de gatos registrou elevação de 6% (de 25,6 milhões para 27,1 milhões), o maior crescimento entre as espécies no período e o maior aumento anual de felinos desde o início do levantamento, em 2018. Os peixes vêm em segundo lugar, com 4,5%, seguidos dos cães (4%), aves (1,5%) e pequenos répteis e mamíferos (0,8%).


Nos anos anteriores, os gatos já vinham registrando aumento maior em relação aos cães, mas nunca como o do último levantamento (6%). De 2019 para 2020, o índice foi de 3,6%. De 2018 para 2019, 3,4%. Os dados passaram a ser computados em 2018, mas uma estimativa do IPB dos últimos dez anos aponta para um crescimento médio anual de 2,5% entre os felinos.

 

Apartamentos

Para Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do IPB, o aumento da população de felinos se deve a três fatores. “O crescimento da preferência pelos felinos ocorre devido ao envelhecimento da população brasileira, ao aumento de pessoas que moram em apartamentos e que moram sozinhas. Um dos principais motivos é que o gato é um animal que não demanda tanta atenção como os cães”, explica o especialista. 

Ainda assim, Marraccini alerta que donos de qualquer animal de estimação devem garantir todos os cuidados necessários para sua saúde e qualidade de vida. “O fato de gatos terem uma personalidade diferente da de cães não quer dizer que não exijam cuidados. Quem pensa em ter um felino em casa tem que ter a consciência de que haverá gastos com alimentação, saúde, lazer, entre outros.”
 

Instituto Pet Brasil (IPB)

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(11) 3030-9404/9436


EXPECTATIVA DE VIDA DO GATO PODE DOBRAR APÓS A CASTRAÇÃO!

CONHEÇA OS BENEFÍCIOS!

Médica-Veterinária dá dicas sobre o procedimento e nutrição adequada para felinos castrados


Os brasileiros estão cada vez mais gateiros: já são mais de 22 milhões de gatos no país, e a expectativa é ultrapassar 30 milhões até 2022, segundo dados do IBGE. Além de serem animais inteligentes e amorosos, o aumento da população de felinos aconteceu também devido à mudança no estilo de vida das pessoas: independência e fácil adaptação a ambientes pequenos são alguns dos fatores que têm levado o brasileiro a se interessar e optar cada vez mais pelos bichanos.

Mas, antes de se ter um gatinho, é preciso entender o conceito de guarda responsável para garantir os cuidados básicos à saúde e bem-estar do companheiro de 4 patas. Entre os principais, têm destaque a necessidade de visitas regulares ao Médico-Veterinário, a vacinação, a nutrição adequada e a castração, que contribui não apenas para a saúde do animal, mas também para o controle populacional da espécie, evitando uma prenhez não planejada pelo tutor e um possível abandono dos filhotes.

Por se tratar de uma cirurgia, é comum tutores de primeira viagem terem muitas dúvidas sobre o processo de castração. Maicon Santini, jornalista, apresentador e influenciador digital, é tutor de primeira viagem de uma gatinha chamada Rihanna. Com experiências anteriores apenas com cães, passou a aprender sobre o mundo dos felinos recentemente. "Depois que passei a morar sozinho, fiz muitos amigos que eram tutores de gatos. Isso despertou o meu interesse pela espécie e fui ficando cada vez mais apaixonado", conta. No Natal de 2019, surgiu a oportunidade de adotar a Rihanna. "A chegada de um pet muda a nossa vida. Eu jamais imaginaria esta pandemia, mas é muito bom tê-la comigo. Fui em busca de informações com um Médico-Veterinário e realizei todas as adaptações necessárias para oferecer qualidade de vida a ela".

Uma das principais dúvidas do Maicon foi sobre o cio e castração da Rihanna. "Ela teve o primeiro cio aos 7 meses e tudo para mim foi novo. Contei com ajuda profissional para entender esta nova etapa da vida dela e cheguei à conclusão que o melhor a fazer seria castrar para que ela tenha mais saúde, bem-estar e longevidade. Sempre ouvi dizer que o gato depois de castrado pode acabar engordando, mas também descobri que com uma nutrição adequada isso deixa de ser um problema", conta o influenciador que já está com o procedimento agendado.

Para esclarecer a dúvida de muitos tutores sobre o assunto, a Dra. Natália Lopes, Médica-Veterinária e Gerente de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil, organizou um compilado de informações sobre o tema.


OS BENEFÍCIOS DA CASTRAÇÃO

O procedimento cirúrgico é simples. Consiste na remoção dos órgãos sexuais responsáveis pela reprodução do animal, ou seja, dos testículos, para os machos, e dos ovários e útero para as fêmeas. Após a avaliação do Médico-Veterinário e com a carteira de vacinação em dia, o procedimento é realizado com o animal em jejum e com aplicação de anestésico para um procedimento indolor. Ele costuma ser feito a partir dos 6 meses de vida, e cada clínico pode adotar um protocolo específico, podendo ser realizado também no animal adulto.

Um dos benefícios da castração é a redução das "fugas". Alguns estudos apontam que pode haver uma redução em até 94%, o que impacta indiretamente a expectativa de vida dos gatos, que pode passar ao dobro do que a de um gato que não passou pelo procedimento, já que ele se torna menos suscetível a doenças infecciosas contraídas na rua, a acidentes, traumatismos, intoxicações e maus tratos. Além disso, evita ainda a reprodução indesejada, o abandono de animais e as doenças do sistema reprodutivo - especialmente nas fêmeas, em que reduz o risco de tumor de mama e de doenças uterinas.


ALTERAÇÕES HORMONAIS

As alterações hormonais causadas pela castração demandam certas adaptações e a alimentação de qualidade e adequada às necessidades do felino castrado se torna essencial.

Logo após a cirurgia, o gato castrado tende a aumentar o consumo espontâneo de alimento. Em gramas, um macho castrado tende a comer 26% a mais, e a fêmea castrada 18% a mais, se mantido alimento em quantidade à vontade.

Estudos mostram que para gatos, já nos 3 primeiros meses pós castração pode-se tornar evidente o ganho de peso. O risco do sobrepeso e obesidade aumentam em até 3 vezes, decorrentes do fato do gato castrado ficar menos ativo e, consequentemente, gastar menos energia. Se ele continuar ingerindo o mesmo alimento de antes, na mesma quantidade, pode ocorrer um desbalanço energético para mais, e o acúmulo de gordura.

Os benefícios da castração são mais vantajosos do que os pontos de atenção. Com a adequação da rotina, especialmente a adoção de uma nutrição desenvolvida especialmente para os gatinhos castrados, que reduz calorias enquanto mantém a saciedade com proteína de qualidade e fibras, o gato levará uma vida normal e saudável.

A ROYAL CANIN®, marca que oferece saúde através da nutrição para os gatos e cães, possui o mais completo programa de alimentação para os gatos castrados. Os alimentos atendem as necessidades desde o filhote castrado, que demanda um cuidado que suporte seu crescimento enquanto controla o excesso calórico, até a fase adulta e senil, pois, como esses animais tendem a viver mais, precisarão de uma nutrição que também suporte os sinais do envelhecimento. A linha Castrados é composta por alimentos nas versões Filhotes Castrados, Castrados, Castrados 7+ e Idosos Castrados 12+, além da versão úmida para oferecer uma experiência alimentar ainda mais completa.

 

ROYAL CANIN®


Atenção, tutores: produtos de limpeza podem intoxicar os animais

Alergias e intoxicação são os principais problemas. Especialista lista 5 dicas para evitar essas complicações


Em tempos de crise sanitária, é compreensível que as pessoas queiram deixar a casa o mais limpa possível. Porém, quem possui bichinhos de estimação precisa ter atenção redobrada na hora de comprar produtos de limpeza. Algumas substâncias podem fazer muito mal aos pets, inclusive provocando o óbito do animalzinho. A veterinária Graziella Galo, especialista em dermatologia da AmahVet, dá dicas para desinfetar a casa sem afetar a saúde dos nossos amigos de pelos, penas e patas.

De forma geral as substâncias que mais causam alergia ou intoxicação nos animais domésticos são: cloro, amônia e ácidos. Leia o rótulo e procure produtos que não contenham esses químicos na composição. Se, por acaso tiver algum desses produtos para uso próprio, não os deixe ao alcance do seu bichinho.

Prefira sempre produtos elaborados para o uso veterinário ou indicados para casas com pets. Atualmente existem várias empresas que fabricam desinfetantes específicos para este uso e, se for ingerido por acaso, as chances de salvá-lo é muito maior.

Na falta de produtos específicos para quem tem pet em casa, use água com detergente ou sabão neutro, que são menos agressivos e bastante eficientes para a eliminar vírus e bactérias, inclusive o coronavírus.

Fique atento aos sintomas! O sinal mais comum de intoxicação é o vômito, que pode levar a desidratação do animal. A intensidade dos sintomas sempre varia conforme a quantidade de produto ingerido e o tamanho do pet.

Quanto mais rápido o animal intoxicado for tratado, melhores as chances de cura e menos complicado é o tratamento. Nesses casos, leve-o imediatamente ao veterinário.

 

AmahVet

www.amah.vet

 

Recém-nascidos podem conviver com animais de estimação?

Convivência pode acontecer, desde que com cuidados na higiene e da interação entre o pet e o bebê 


Para quem tem um animal de estimação e espera a chegada de um bebê, o momento da interação entre os dois é repleta de ansiedade e curiosidade. Afinal, como saber a reação de cada um?

Para o pediatra Rodrigo Apolinário, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR), a interação pode acontecer desde o início, mas com prudência. “Assim como o contato com várias pessoas não é recomendado nos primeiros dias, a mesma regra deve ser adotada com os bichinhos. O animal pode interagir, mas é melhor evitar lambidas, dormir junto ou ficar constantemente no ambiente onde o bebê dorme”, explica.

O convívio com animais de estimação é saudável para os bebês e crianças pois contribui para o desenvolvimento neurológico, do afeto e da comunicação não verbal, uma vez que é preciso entender a necessidade dos bichinhos de uma forma diferente. Um estudo realizado pelo jornal científico Pediatrics descobriu que o convívio também contribui para a imunidade ao analisar 397 bebês que viviam em casas com pets. A pesquisa descobriu que 44% dos bebês tinham uma menor probabilidade de ter infecções no ouvido e 29% foram menos propensos a tratamentos com antibióticos em comparação aos bebês em lares sem animais de estimação.

Uma preocupação presente dos familiares é o desenvolvimento de alergias já nos primeiros dias de vida pelo contato com os animais. Para Rodrigo, a preocupação é válida especialmente quando os pais, ou um deles, têm alergia. “Normalmente as alergias não acontecem de imediato, elas demoram um pouco para aparecer. No caso de pais com algum tipo de alergia a probabilidade do bebê também ter aumenta, mas é um processo que requer acompanhamento. Recomendo uma conversa com o pediatra explicando sobre a alergia e o monitoramento do bebê para verificar se é uma característica que foi herdada”, detalha.

Com relação a higiene da casa, a recomendação é a limpeza constante, de preferência com produtos neutros e utilizando aspirador no lugar da vassoura. “O aspirador retira de maneira mais efetiva a poeira e pelos e deve ser passado no mínimo três vezes na semana”, finaliza.


Todos os Ômega 3 são iguais?

 

Foto por Marek Szturc em Unsplash

 Muito comum na saúde humana e cada vez mais presente na nutrição animal, existem importantes diferenças entre Ômegas 3 que devem ser consideradas


O aumento da expectativa de vida dos animais de companhia trouxe consigo um maior interesse de seus tutores na saúde e a busca por uma nutrição mais saudável.  A suplementação alimentar com Ômega 3 vêm sendo cada vez mais estudada na medicina veterinária e demonstra benefícios para o pet em todas as fases de sua vida.

Os Ômega 3 são ácidos graxos poli-insaturados essenciais, sintetizados pelo corpo em quantidade inferior à necessária para o funcionamento ideal das células. Por isso, sua suplementação se mostra importante em todas as fases da vida do pet, mas especialmente na sua senioridade. Dentre todas as gorduras que fazem parte dos Ômega 3 o ácido eicosapentaenoice (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA) são os de maior importância clínica. Estes dois ácidos graxos são encontrados em óleos extraídos de peixes como o salmão, fitoplânctons e em algas unicelulares.

A principal função do EPA é a produção de substâncias denominadas eicosanoides, que atuam reduzindo os processos inflamatórios do organismo, o que torna o seu uso muito favorável para animais com problemas articulares e dermatológicos. Já o DHA tem elevada importância no desenvolvimento cerebral, na proteção do sistema nervoso e na capacidade de aprendizado dos pets. Além disso, ambos têm papel fundamental no sistema nervoso central, aumentando a função cognitiva, e na retina, importante na manutenção da capacidade visual.

 “Antes de suplementar a alimentação do pet com ômega 3 é importante ter clara qual a intenção da suplementação. Se o objetivo for reduzir um processo inflamatório, as formulações com maior concentração de EPA podem ser mais indicadas”, conta a médica veterinária Tais Motta Fernandes, gerente da linha de produtos terapêuticos e articular da Avert Saúde Animal. “Agora, se o objetivo é auxiliar no desenvolvimento neurológico nas primeiras fases da vida dos filhotes, a suplementação de uma concentração maior de DHA é ideal, e pode ser oferecida à fêmea gestante, lactante e posteriormente ao desmame para os próprios filhotes."

Conhecidos pela atuação na reconstrução da barreira protetora natural da pele e por combater a inflamação cutânea nos animais que apresentam atopia quando associado ao óleo de borragem, estudos também demonstram os benefícios do Ômega 3  associado à outras substâncias no equilíbrio dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue e no controle de doenças crônicas como cardiopatias, doenças renais e endócrinas.

A utilização da suplementação de Ômega 3 como adjuvante em tratamentos tem sido cada vez maior, principalmente pela capacidade de potencializar a ação de medicações, e embora o efeito seja gradual não imediato, os efeitos colaterais são raros mas podem ocorrer quando fornecidas doses excessivas do suplemento.

“É importante ficar atento de que não existe uma dose ideal do Ômega 3 conhecida para os pets, e ela pode variar de acordo com o objetivo, fase da vida, dieta ou a condição a ser tratada. Por isso, apenas o médico veterinário pode prescrever a quantidade ideal e adequada para cada paciente e pelo período que deve ser administrado, e é de extrema importância que o tutor adquira exatamente o Ômega 3 prescrito, com a proporção correta de EPA e DHA, para que a suplementação tenha o efeito desejado”, explica Tais.

 

Avert Saúde Animal

www.avertsaudeanimal.com.br


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