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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Cibercriminosos estão recorrendo às técnicas mais sofisticadas de ataque DDoS


Custo baixo de aluguel viabiliza este tipo de ataque, que pode causar prejuízos financeiros e de reputação para as empresas atingidas

O Relatório de DDoS do quarto trimestre de 2018 da Kaspersky Lab, que inclui as estatísticas do último trimestre e de todo o ano de 2018, destaca uma queda de 13% no número total de ataques DDoS em relação ao ano anterior. Porém, a duração dos ataques mistos e de inundação HTTP está aumentando, o que sugere que os cibercriminosos estão recorrendo a técnicas mais sofisticadas de ataque DDoS. O baixo custo do DDoS de aluguel torna esses ataques uma das ciberarmas mais viáveis financeiramente para concorrentes perversos ou trolls da internet. Independentemente de seu tamanho ou setor de atividade, as empresas podem ser vítimas dessa ameaça e sofrer prejuízos financeiros e de reputação, caso usuários legítimos e clientes não consigam acessar os recursos web da companhia.

Apesar do número de ataques DDoS ter diminuído em 2018, é cedo demais para comemorar, pois essa redução não reflete uma diminuição de sua gravidade. Segundo os pesquisadores da Kaspersky Lab, conforme mais e mais organizações adotam soluções para se proteger dos tipos mais simples de ataques, provavelmente os invasores vão aprimorar suas habilidades neste ano para superar as medidas de proteção contra DDoS padrão e levar a complexidade geral desse tipo de ameaça a um novo patamar.

A análise dos especialistas da Kaspersky Lab mostrou ainda que a duração média dos ataques está aumentando e ela mais que dobrou durante o ano passado, passando de 95 minutos no primeiro trimestre para 218 minutos no último. Outro destaque é que os ataques de inundação UDP (quando o atacante envia um grande número de pacotes UDP para as portas do servidor da vítima a fim de sobrecarregá-las e impedi-las de responder aos clientes) foram responsáveis por quase metade (49%) dos ataques DDoS em 2018 e estes eram muito curtos, raramente duravam mais do que 5 minutos.

Os especialistas da Kaspersky Lab acreditam que o declínio na duração dos ataques de inundação UDP indica que o mercado que facilita a organização de ataques está encolhendo. A proteção contra ataques DDoS deste tipo está sendo amplamente implementada, tornando-os pouco eficazes na maioria dos casos. Os pesquisadores pressupõem que os atacantes lançaram inúmeros ataques de inundação UDP para testar se um alvo está protegido ou não. Quando fica evidente que as tentativas não terão sucesso, os malfeitores interrompem o ataque.

Ao mesmo tempo, ataques mais complexos – como o uso incorreto do HTTP –, que exigem tempo e dinheiro, continuarão sendo demorados. Conforme mostrado pelo relatório, o método de inundação HTTP e os ataques mistos com esses componentes, cujas participações foram relativamente pequenas (17% e 14%), correspondem a cerca de 80% do tempo de ataques DDoS em 2018.

Quando os ataques DDoS mais simples não atingem seu objetivo, as pessoas que ganham dinheiro lançando esses ataques têm duas opções. Elas podem redirecionar as capacidades necessárias para os ataques DDoS para outras fontes de receita, como a mineração de criptomoeda. Alternativamente, os cibercriminosos que coordenam ataques DDoS precisam aprimorar suas técnicas, pois os clientes vão buscar soluções de segurança mais experientes. Considerando isso, podemos prever que os ataques DDoS vão evoluir em 2019 e que se tornará mais difícil para as empresas detectarem e se protegerem deles”, comentou Alexey Kiselev, gerente de desenvolvimento de negócios da equipe do Kaspersky DDoS Protection.

Em relação aos resultados do último trimestre, o ataque DDoS mais longo durou 329 horas (quase 14 dias). A última vez que um ataque tão longo foi registrado foi no final de 2015.

Os três países que tiveram mais ataques realizados continuam os mesmos. A China está novamente no primeiro lugar, mas sua parcela diminuiu significativamente, de 77,67% para 50,43%. Os EUA continuam em segundo e o terceiro lugar ainda é ocupado pela Austrália. Por distribuição dos alvos, a China continua no topo da lista, mas sua participação caiu para 43,26% (70,58% no terceiro trimestre).  

No quarto trimestre, também houve mudanças nos países que hospedam mais servidores de controle e comando (C&C). Como no trimestre anterior, os EUA continuam liderando, mas o Reino Unido e os Países Baixos ficaram em segundo e terceiro lugar, substituindo a Rússia e a Grécia, respectivamente. É provável que isso tenha relação com o aumento significativo do número de servidores de C&C do worm Mirai, ativos nos países citados.

A Kaspersky Lab recomenda as seguintes medidas para proteger as organizações de ataques DDoS:
  • Treinar as equipes para reagir corretamente a esse tipo de incidentes;
  • Garantir que os sites e aplicativos web da empresa possam lidar com um grande volume de tráfego;
Usar soluções de segurança robustas para proteger-se de ataques, como a proteção DDoS da Kaspersky Lab.





Kaspersky Lab

Jardins e Moema têm o condomínio mais caro de SP


Estudo realizado pela administradora Lello comparou valores em diferentes regiões da capital paulista e outras localidades do Estado


Um levantamento realizado pela Lello, maior administradora de condomínios do país, feito com base nos dados do mês de janeiro de 2019, mostrou que as regiões dos Jardins e de Moema possuem as cotas de médias de condomínios mais altas da cidade de São Paulo.

O morador dos Jardins paga, em média, R$ 1.718,07 por mês de condomínio, enquanto o de Moema gasta R$ 1.716,61. A região do Tatuapé, na zona leste, concentra a menor cota média entre as pesquisadas: R$ 1.048,16.
Nas regiões da Vila Nova Conceição e Itaim Bibi, o valor médio do condomínio fica em R$ 1.650,95. No Morumbi, o preço é de R$ 1.574,76, segundo o levantamento da administradora. Já na região de Perdizes os boletos pagos pelos moradores têm média de R$ 1.302,68 mensais.

Na região da Vila Mariana o condomínio é de R$ 1.155,65, em média. Já na Mooca o valor fica em R$ 1.120,77. Em Santana, na zona norte, o valor médio é de R$ 1.083,20.

Segundo Angelica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios, nas regiões que concentram prédios com número reduzido de torres e de apartamentos, com muitos serviços, o que demanda maior número de funcionários e mais gastos com manutenção – a exemplo dos bairros dos Jardins e de Moema, na capital paulista -, o valor do condomínio tende a ser maior.

“A maior despesa de um condomínio, correspondente a cerca de metade do total, é a folha de pagamento mais os encargos. Quanto menor o número de apartamentos, menor será o rateio e maior tende a ser o valor da cota paga pelos moradores”, explica Angelica.


Fora da capital

A Lello também levantou o valor médio da cota de condomínios em outras localidades de sua área de atuação, fora da capital paulista.

Na região do Grande ABC, a média paga pelos moradores de edifícios é de R$ 767,10 por mês. Na cidade de Campinas, o valor fica em R$ 783,00, enquanto na “vizinha” Jundiaí a média é de R$ 1.076,91.

Já na cidade do Guarujá, no litoral sul, o valor médio do condomínio é de R$ 999,87, ao passo que na Riviera de São Lourenço, no litoral norte, a cota fica em R$ 1.601,78.

O levantamento foi feito com base em uma amostragem de 1.100 condomínios. 




Lello Condomínios

O uso da Inteligência Artificial e o impacto na área jurídica


Um estudo recente realizado pela LawGeex analisou as habilidades de 20 advogados experientes e comparou com a Inteligência Artificial. A tarefa consistia em analisar os riscos contidos em cinco contratos de confidencialidade. O grupo participante incluía diretores jurídicos, advogados autônomos e associados de grandes empresas globais, como Goldman Sachs, Cisco e Alston & Bird.

A Inteligência Artificial alcançou 94% de precisão, enquanto os advogados obtiveram a média de 85%. Em relação à velocidade, a IA ganhou em disparada, analisando todos os contratos em apenas 26 segundos contra 92 minutos dos advogados.


Tecnologia na esfera jurídica

A tecnologia e a esfera jurídica já estão caminhando juntas. A quantidade de dados jurídicos no Brasil cresce exponencialmente, fazendo-se necessária a análise rápida e eficiente dos documentos produzidos, principalmente em relação ao contencioso de massa. Desse modo, a computação cognitiva é crucial para que os advogados possam focar em demandas mais importantes.

O McKinsey Global Institute estima que quase 1/4 do trabalho de um advogado pode ser automatizado com o uso da IA. Além disso, algumas pesquisas sugerem que a adoção da tecnologia legal (incluindo a IA) reduziria as horas de trabalho dos advogados em 13%.

Muitas empresas e escritórios de advocacia estão utilizando a Inteligência Artificial como um assistente virtual que coleta dados e analisa diferentes tipos de documentos, a fim de alavancar os negócios e diminuir custos. Ela permite, por exemplo, que os advogados se concentrem nas seções mais relevantes dos contratos, superando os mecanismos de buscas atuais e tornando o trabalho desses profissionais menos repetitivo e mais produtivo.


As principais mudanças da IA no campo jurídico que ocorrerão em breve são:

- Eliminação de alguns cargos que realizam um trabalho mecânico, como assistente de pesquisa, já que a máquina exercerá essa atividade, possibilitando que os advogados se concentrem em outras tarefas;

- Criação de novos cargos que entendam de tecnologia e direito, como engenheiros legais, uma vez que é necessária a existência de profissionais que saibam desenvolver e conferir se os resultados estão corretos;

- Diminuição da quantidade de processos por meio da automatização.


A Inteligência Artificial pode substituir o advogado?

A adoção cada vez maior da Inteligência Artificial causa um receio em muitas pessoas em relação à substituição dos humanos pelas máquinas. Mas isso não passa de um grande mito. A tecnologia é usada para auxiliar os profissionais e não substituí-los. Segundo Bruno Feigelson, presidente da AB2L e CEO da Sem Processo, "a tecnologia vem para substituir aquele trabalho de menor valor agregado, então isso vai impactar o mercado, mas não desvalorizando o advogado. Pelo contrário, pois o advogado vai deixar de fazer aquele trabalho repetitivo".

Uma pesquisa realizada em 2014 pelo Canadian Bar Association constatou que a chave para o exercício de uma profissão jurídica viável, competitiva e relevante é a inovação, necessitando maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

A tecnologia deve ser nossa aliada. Portanto, é importante que o profissional jurídico use a IA a seu favor para realizar suas atividades de forma mais consistente e com melhor acurácia e, assim, tornar-se mais competitivo e aprimorar a área do Direito.





Anderson Paulucci - CTO da Semantix, empresa especializada em Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Análise de dados. http://semantix.com.br/


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