Pesquisar no Blog

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Pesquisas de monitoramento podem evitar desastres em obras de engenharia

O colapso da barragem de Brumadinho (MG) e a queda do viaduto da Marginal Pinheiros são exemplos que mostram os desafios da Engenharia Civil no gerenciamento de riscos


Muito se tem falado sobre a importância da manutenção em obras de engenharia, principalmente pela inexistência de práticas sistemáticas que garantam a segurança dos usuários e das comunidades vizinhas. O conceito de manutenção, aqui no seu sentido mais restrito, deve privilegiar o sensoriamento e o monitoramento contínuo, e não somente as inspeções visuais esporádicas sem planejamento, e às vezes sem critério.

O trágico fato ocorrido com a barragem de minérios de Brumadinho (MG) no final de janeiro, por exemplo, trouxe mais um alerta sobre o estado de conservação de grandes obras de engenharia. Outro caso recente foi o da complexa operação para elevação do tabuleiro do viaduto da Marginal Pinheiros, em São Paulo, que evidenciou que é possível e necessário monitorar o comportamento de estruturas usando um conjunto de sensores automatizados que coletem dados continuamente para análise em tempo real.

É neste sentido, de realizar trabalhos de inovação na Engenharia Civil e de ajudar na prevenção de riscos, que o Centro Universitário FEI criou em 2017 uma Equipe de Pesquisa e Inovação em Construção Civil (EPIC), que propicia aos alunos de graduação atuar em problemas reais de engenharia.

A equipe é composta por alunos de graduação da FEI e coordenados pelo Professor Rui Barbosa de Souza, engenheiro especialista em materiais de construção. Cada time se dedica aos propósitos específicos de linhas de pesquisas como Concreto Têxtil, Impressão 3D de Compósito Cimentício, e, mais recentemente, Smart Structures (Estruturas Inteligentes) e Monitoramento, com o viés e direcionamento para os casos como apresentados acima.

Atualmente, esses grupos atuam em conjunto com algumas empresas, investigando dificuldades pontuais e resolvendo-as de maneira inovadora e criativa. Como exemplo, tem-se a utilização de reforços têxteis em placas de drywall para solucionar problemas de retração (redução de volume da massa de concreto). Além disso, também podemos citar os estudos e o uso do concreto na impressão 3D, técnica que pode revolucionar o futuro da Engenharia Civil e o modo como as obras são projetadas e construídas.

Seguindo a mesma linha de monitoramento de problemas estruturais, em 2015, o Centro Universitário da FEI criou também um grupo de pesquisa em Licença Social Operar (LSO) no setor de mineração, que através de suas pesquisas ajuda a conscientizar comunidades que vivem em regiões próximas de mineradora.

Estas preocupações devem guiar os trabalhos dos engenheiros do futuro, que projetarão obras cada vez mais eficientes, seguras e sem causar danos ao meio ambiente ou à sociedade.





Fernando Ribeiro - professor de Engenharia Civil do Centro Universitário FEI e Especialista em Monitoramento de Estruturas

Como o consumidor da geração 60+ está movimentando o e-commerce


Nos Estados Unidos metade da população entre 52 e 70 anos passa pelo menos 11 horas por semana online


A expectativa de vida do brasileiro alcançou a maior média da história. Projeção divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a longevidade chegou a 76 anos. Um salto de 22 anos em relação ao registrado na década de 1960, por e exemplo, quando a média chegava a 54. Até 2060, a população com mais de 60 anos mais que dobrará de tamanho e atingirá 32,1% do total de habitantes.

A consequência disso será uma relevância ainda maior dessa população nas estratégias das empresas. Se hoje os consumidores 60+ já representam uma oportunidade interessante, serão ainda mais no futuro.

Segundo dados divulgados recentemente, nos Estados Unidos, já em 2015 praticamente metade da população entre 52 e 70 anos passava pelo menos 11 horas por semana online, contra 42% dos Millennials. Para os chamados “baby boomers”, pesquisar e comprar são a terceira e a quarta atividades online mais importantes (as duas primeiras são notícias e mídias sociais).

Segundo Luiz Paulo Ribeiro, Diretor de vendas Brasil da multinacional brasileira de tecnologia VTEX, esse é um fenômeno que inclui o Brasil, principalmente agora com a reforma da previdência.  

“É um avanço mundial a inserção das pessoas com mais idade em todas as camadas da sociedade. A convivência e o acesso são iguais para todos, e os paradigmas que deixavam as pessoas com “receio” de compras online com o passar do tempo foi caindo. A reforma da previdência irá aumentar ainda mais o cenário, visto que as pessoas irão conviver mais tempo ainda com todas as camadas e faixas etárias do mercado de trabalho como um todo, e ninguém quer ficar obsoleto. Todo mundo quer acompanhar as inovações, tendências e principalmente acompanhar a evolução tecnológica que veio para facilitar e ajudar a todos. Hoje ninguém, independente da faixa etária, vive sem um smartphone na mão”, avalia.

Luiz acrescenta que 49% das pessoas de terceira idade fazem regularmente pesquisas sobre produtos, e consequentemente, compras online. Além do fato de elevarem o valor do ticket médio, por entenderem que mesmo mais caro é mais confortável receber o produto em casa.

“O idoso não tem mais a mesma ansiedade que os mais jovens, e por isso, a confiança e a experiência (com menos passos para finalizar) a compra, atenção (customer success) e entrega são as chaves para manter esse perfil de cliente sempre ativo”, avalia o especialista.

Atento a esse nicho de mercado que não para de crescer, muitas empresas estão investindo no e-commerce para atrair esse público. Um dos exemplos apresentado por Luiz é a SCA, cliente da VTEX de fraldas geriátricas que montou uma estratégia totalmente digital para que seus clientes tenham a opção de realizarem seus pedidos online sem necessidade de irem ao varejo, trazendo conforto e agilidade.

“É importante destacar que para empresas que querem atrair esse público para o Online é essencial uma boa área de atendimento, com agilidade e transparência para tirar dúvidas. cadastro de produtos otimizados com informações necessárias para a compra, e também todos os modelos de comunicação para atualizar o status do pedido, sendo e-mails e sms informando todo o andamento até a entrega”, finaliza.


Em 2019, 51% das empresas vão contratar via CLT e novos regimes de trabalho, aponta pesquisa Amcham


550 presidentes e diretores de empresas foram entrevistados em sondagem promovida pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil)

 
O Brasil vai crescer em 2019. Essa é a premissa pela qual as empresas vão construir suas estratégias de expansão e produtividade para este ano. Muitas delas vão contratar com base na nova lei trabalhista, como mostram os resultados da pesquisa “Plano de Voo Amcham: perspectivas empresariais 2019” feita com 550 presidentes e diretores de empresas e divulgada nesta terça-feira (13/2).

A maioria das empresas (51%) vai contratar mais pessoas ao longo de 2019, abrindo novas posições ou ampliando equipes. Sendo que 36% vão trazer colaboradores pelo regime de CLT, e 15% por meio de novas maneiras de contratação possibilitadas pela nova lei trabalhista. Mas 37% dos executivos não pretendem contratar este ano, enquanto 12% não têm definição.

“O clima é de otimismo. Detectamos que os empresários brasileiros estão confiante na capacidade do governo de conduzir as reformas estruturais que o Brasil precisa, em especial, a da Previdência”, comenta Deborah Vieitas, CEO da Amcham Brasil. A Câmara Americana de Comércio reúne no Brasil 5 mil empresas, em 15 cidades, sendo 85% delas de origem brasileira.

O ritmo de crescimento e contratação de mão de obra vai depender de alguns fatores. O primeiro deles, apontado por 42%, é o aumento da competitividade da economia, o que vai exigir firmeza na condução dessas reformas estruturais aguardadas ansiosamente pelos empresários.

Na sequência, os empresários entrevistados pela Amcham, citam dois fatores cruciais a retomada das contratações: o aumento do consumo (33%) e maiores investimentos em infraestrutura (22%), que exige – entre outras ações – mecanismos a serem oferecidos pelo novo governo para diminuir riscos implícitos de contratos.
 
Produtividade para crescer
As empresas também estão planejando ações de expansão em 2019. Para a maioria dos pesquisados pela Amcham, o crescimento vai ser com produtividade em processos, produção e equipe. É o que respondeu 43%, quando perguntados sobre a prioridade do negocio. Destaque para o foco em inovação e digitalização do portfolio de produtos e serviços (21%), ampliação geográfica de mercado (12%) e aquisição ou investimentos em novos negócios (11%).

As companhias também planejam investimentos em áreas consideradas como não prioritárias pelo novo governo. Para compensar, as empresas vão investir de maneira redobrada em educação, capacitação e treinamento para colaboradores (38%), inovação (33%), sustentabilidade (18%) e diversidade (12%). Em janeiro, por exemplo, o governo sinalizou cortes de verba no Sistema S (Senai, Senac e Sebrae).

Em relação ao uso de novas tecnologias no negócio, 42% do empresariado respondeu que os investimentos serão para melhoria de processos, com foco em aumento de eficiência e da produtividade. Também serão feitos investimentos em ferramentas para melhorar a experiência do cliente (34%) e detecção de produtos e novos modelos de negócios, com foco em análise de dados e incorporação de serviços digitais ao produto (17%).

 
Expectativas de crescimento
 
A economia vai crescer em 2019 para 99% do público. Só há divergência quanto ao ritmo: 69% acham que o PIB aumenta até 2%, enquanto 30% é mais otimista e considera que será mais que 2%.

O otimismo quanto ao crescimento é pontual para 52% e baseado no voto confiança ainda sem base concreta que garanta uma melhora da economia. Mas 45% acha que o cenário de crescimento é concreto e segue em virtude da nova agenda econômica e ajustes prometidos pelo novo governo.

Diante de um cenário macroeconômico positivo, 34% do empresariado respondeu que suas respectivas empresas vão crescer entre 5% e 10% este ano. Outros 28% estimam /expansão de 10% nos seus negócios, enquanto 27% projetam crescimento de até 5%. E 10% responderam que não haverá crescimento.


Posts mais acessados