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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Obesidade requer atenção redobrada para saúde da gestante e do bebê



A gravidez é um momento que requer muitos cuidados, sobretudo quando a gestante está com sobrepeso ou obesa. Para o ginecologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Assumpto Iaconelli Jr, a obesidade não é um empecilho para a fertilidade, mas requer atenção em dobro. 

“Devemos entender o que levou a mulher ao ganho de peso; pode ser depressão, ansiedade ou mesmo ovário policístico. Por isso, é preciso um tratamento com diversas áreas médicas para uma futura gestação saudável”, recomenda. 

Em casos de tratamento para engravidar, o ginecologista sempre recomenda a perda de peso e acompanhamento nutricional como aliada para a fertilidade. Mesmo que não haja comprovações sobre a relação do sobrepeso e gravidez, “é importante prezar pela saúde da mãe e do bebê em primeiro lugar”. 

Entre os fatores de risco destacados por Iaconelli estão diabetes, hipertensão e pré-eclâmpsia, principalmente no final da gestação. ”Esses males são de duas a seis vezes mais comuns em mulheres com excesso de peso." 

O médico também ressalta os altos índices de mortalidade intrauterina e de recém-nascidos, principalmente no período perinatal – primeiros sete dias -, além do nascimento de crianças com má formação no tubo neural - estrutura que dá origem ao cérebro e medula. O peso dos bebês também tende a ser maior que o normal, o que pode provocar riscos obstétricos durante o parto.

Embora, durante a gravidez não seja aconselhado fazer dietas de emagrecimento, é fundamental controlar a qualidade da alimentação e a ingestão de calorias, para que o bebê tenha todos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento, sem que a gestante aumente muito o peso. 

“Isso porque 40% dessas mulheres têm deficiência de ferro, 24% em ácido fólico e 4% em vitamina B, tão importantes para diminuir os riscos de problemas cardíacos e na coluna vertebral nos recém-nascidos”, salienta. 

Outra preocupação do especialista é o ganho de peso durante a gestação, que, segundo pesquisa feita em 2009 pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos, deve ser de pelo menos cinco quilos e de no máximo nove quilos.



Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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Frutas: tome cuidado!



Convido o leitor a fazer um experimento, passe a língua na superfície dos dentes naturais e perceba a textura lisa que eles possuem. Repita após ter comido uma fruta ou tomado um copo de suco de limão ou laranja. Conseguiu perceber a diferença? Antes liso e depois “áspero”?
Muitos de nós temos o hábito diário de consumir alimentos ácidos e em grande quantidade. Refrigerantes durante as refeições, café em reuniões ou intervalos, o tempero da salada com vinagre e limão e até as inocentes frutas.

Ser saudável está se tornando prioridade na vida de muitos e isso tem elevado o consumo de frutas em geral que, em longo prazo, pode gerar desgastes incrivelmente agressivos em regiões específicas dos dentes que ficam expostas em razão de diversos problemas. Esse desgaste é chamado de erosão ácida.

Muitas vezes não percebemos quão ácidas algumas frutas são, por exemplo, a maçã e a uva podem ter acidez semelhante à laranja, ou mesmo a banana, que tem acidez equivalente a do tomate, que também é fruta.

Mas qual o mal dessas agressões? Basicamente, o dente é composto por quatro estruturas: o esmalte, camada externa que fica exposta na boca; a dentina, camada abaixo do esmalte; o cemento, camada que reveste a raiz; e polpa, composto por nervos e vasos sanguíneos que dão a sensibilidade aos dentes. O consumo de alimentos ácidos faz com que as regiões de cemento e dentina expostas, se desmineralizem microscopicamente e, após anos de agressão, gera cavidades. Os desgastes são nítidos e em quadros avançados há a exposição e contaminação da polpa, necessitando de tratamento de canal.

Para saber se possui problemas com erosão ácida, a primeira forma é realizar o autoexame da boca, procurando por regiões amareladas nas pontas dos dentes e buracos em regiões próximas à gengiva. O sintoma mais comum desse tipo de agressão é a sensibilidade ao consumir alimentos e líquidos gelados ou até mesmo ao puxar o ar pela boca. O grau de intensidade da sensibilidade pode variar de acordo com o nível de desgaste, proximidade com a polpa dentária e características pessoais. Em seguida, é importante passar por avaliação odontológica para diagnosticar e tratar as causas das exposições de raiz e dentina, como bruxismo, escovação agressiva, periodontite, movimentação por aparelho dentário, perda de dentes ou instabilidade de mordida e, assim, definir um plano de tratamento.  O acompanhamento com controle da alimentação, higienização adequada, uso de cremes dentais específicos, restaurações e até recobrimento cirúrgico gengival, são recursos utilizados a fim de impedir o contato dos ácidos com essas regiões agredidas e diminuir os sintomas.

Algumas medidas podem diminuir a evolução do problema como consumir menos alimentos ácidos e com menos frequência (no caso das frutas); evitar vinagre e limão nas saladas; utilizar canudos para bebidas como refrigerantes e sucos; fazer bochecho com água logo após o consumo de ácidos e aguardar no mínimo uma hora para a escovação - escovar os dentes logo após alimentação remove o restante de cristais que não foram removidos pelos ácidos. A saliva possui uma função essencial na neutralização da acidez oral, chamado de efeito tampão, assim recuperando parcialmente os minerais dos dentes em cerca de uma hora.

Algumas doenças, chamadas de fatores intrínsecos, também podem causar erosão ácida, como refluxo gastroesofágico, gastrite crônica e transtornos alimentares, como a bulimia, podendo, também, desenvolver sensibilidades.

É importante salientar que as frutas possuem valores e propriedades nutricionais essenciais para nossa saúde, porém, o que vale é o equilíbrio no consumo, sem exageros e sem esquecer de que nada substitui a higienização com escova e fio dental.





Doutor Gregório T. P. Sagara - Consultor Científico da SIN Implantes, graduado em Odontologia pela FOP-UNICAMP, residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pelo Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos.



Vacinação contra a gripe em diabéticos pode diminuir complicações da doença



Recomendada pela Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, a vacinação pode prevenir complicações da Influenza


O Ministério da Saúde estabeleceu, em 2011, a inclusão de portadores de doenças crônicas entre os grupos prioritários para vacinação contra gripe no Programa Nacional de Imunizações (PNI)[2]. Os diabéticos foram incluídos por apresentarem maior risco de complicações em virtude da doença de base. Em 2017, de todos os óbitos relacionados à gripe de pessoas com fatores considerados de risco, 29,7% ocorreram em  portadores de diabetes[3]

 “Diabéticos apresentam maior riscos para quase todas as infecções e sempre têm um prognóstico pior quando adquirem uma doença, em relação a pessoas que não têm diabetes”, explica Dr. Fadlo Fraige Filho, presidente da Anad – Associação Nacional de Atenção ao Diabetes. “Isso acontece porque a sua imunidade é inversamente relacionada ao descontrole da doença: quanto mais descompensado estiver o diabetes, menos proteção contra doenças o paciente terá”, complementa. 

As altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) que ocorrem nos pacientes com diabetes levam a uma deficiência da imunidade que facilita a ocorrência de infecções secundárias. Elas dificultam o controle das taxas de açúcar no sangue (glicemia), instalando-se um ciclo que leva ao agravamento do quadro.

Segundo o médico, o tempo de recuperação da gripe de uma pessoa com diabetes é maior, os sintomas são mais evidentes e há mais chances de evolução para pneumonia ou até um caso grave de insuficiência respiratória. 

“A vacinação contra a gripe é fundamental para diminuir as chances da doença se complicar. Para diabéticos, a imunização é totalmente segura. É importante tomar a vacina agora para que no inverno as pessoas já estejam imunizadas”, acrescenta o médico.

Estudos demonstram que, caso indivíduos vacinados contraiam a enfermidade, os sintomas serão mais leves, além de apresentarem menor risco de hospitalização, especialmente no caso de portadores de doenças crônicas, idosos e, crianças, entre os quais ocorrem quadros mais graves e maiores índices de mortalidade[4].

A Vacina
A Sanofi Pasteur disponibiliza no Brasil duas vacinas para a imunização contra influenza. A trivalente contém duas cepas A e uma B e pode ser aplicada a partir dos seis meses de idade. A vacina quadrivalente proporciona maior proteção contra a influenza e suas complicações, pois contêm uma cepa B adicional, (duas A e duas B) e é a única vacina quadrivalente licenciada para crianças a partir dos seis meses. Duas cepas B têm cocirculado com as cepas A(H1N1) e A(H3N2) há mais de uma década, em diversos países, incluindo o Brasil. Ambas as vacinas, trivalente e quadrivalente,  são recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS)[5].



Sanofi


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