Recomendada
pela Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, a vacinação pode prevenir
complicações da Influenza
O Ministério da Saúde
estabeleceu, em 2011, a inclusão de portadores de doenças crônicas entre os
grupos prioritários para vacinação contra gripe no Programa Nacional de
Imunizações (PNI)[2]. Os diabéticos foram
incluídos por apresentarem maior risco de complicações em virtude da doença de
base. Em 2017, de todos os óbitos relacionados à gripe de pessoas com fatores
considerados de risco, 29,7% ocorreram em portadores de diabetes[3].
“Diabéticos
apresentam maior riscos para quase todas as infecções e sempre têm um
prognóstico pior quando adquirem uma doença, em relação a pessoas que não têm
diabetes”, explica Dr. Fadlo Fraige Filho, presidente
da Anad – Associação Nacional de Atenção ao Diabetes. “Isso acontece porque a sua imunidade é
inversamente relacionada ao descontrole da doença: quanto mais descompensado
estiver o diabetes, menos proteção contra doenças o paciente terá”,
complementa.
As
altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) que ocorrem nos pacientes com
diabetes levam a uma deficiência da imunidade que facilita a ocorrência de
infecções secundárias. Elas dificultam o controle das taxas de açúcar no sangue
(glicemia), instalando-se um ciclo que leva ao agravamento do quadro.
Segundo o médico, o tempo
de recuperação da gripe de uma pessoa com diabetes é maior, os sintomas são
mais evidentes e há mais chances de evolução para pneumonia ou até um caso
grave de insuficiência respiratória.
“A vacinação contra a gripe é fundamental para diminuir as chances da
doença se complicar. Para diabéticos, a imunização é totalmente segura. É
importante tomar a vacina agora para que no inverno as pessoas já estejam
imunizadas”, acrescenta o médico.
Estudos
demonstram que, caso indivíduos vacinados contraiam a enfermidade, os sintomas
serão mais leves, além de apresentarem menor risco de hospitalização,
especialmente no caso de portadores de doenças crônicas, idosos e, crianças,
entre os quais ocorrem quadros mais graves e maiores índices de mortalidade[4].
A
Vacina
A Sanofi Pasteur
disponibiliza no Brasil duas vacinas para a imunização contra influenza. A
trivalente contém duas cepas A e uma B e pode ser aplicada a partir dos seis
meses de idade. A vacina quadrivalente proporciona maior proteção contra a
influenza e suas complicações, pois contêm uma cepa B adicional, (duas A e duas
B) e é a única vacina quadrivalente licenciada para crianças a partir dos seis
meses. Duas cepas B têm cocirculado com as cepas A(H1N1) e A(H3N2) há mais de
uma década, em diversos países, incluindo o Brasil. Ambas as vacinas,
trivalente e quadrivalente, são recomendadas pela Organização Mundial de
Saúde (OMS)[5].
Sanofi
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