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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Pesca pode ser uma boa atividade de lazer para pacientes com artrose no quadril, diz especialista

Cuidados como calçados e altura de bancos dos barcos são necessários para evitar a dor durante a prática

 

Com o aumento do controle da pandemia da covid-19 e a ampliação da vacinação no Brasil, muitas pessoas têm voltado, aos poucos, às suas atividades rotineiras, praticadas antes do isolamento social. Uma dessas atividades é a pesca.

Além da categoria profissional, centenas de brasileiros fazem da atividade um lazer em locais adequados, como pesque-e-pague. Mas, para poder aproveitar ao máximo, alguns cuidados com a saúde são indispensáveis, já que, em muitos casos, os pescadores são idosos.

‘‘Pacientes que possuem artrose no quadril ou prótese de quadril não podem carregar muito peso, por isso a pesca pode ser uma boa atividade de lazer. Contudo, ainda é preciso tomar alguns cuidados’’, afirma o médico ortopedista da Sociedade Brasileira do Quadril, José Milton Pelloso Júnior. Segundo o especialista, descuidos como utilizar calçados sem aderência podem resultar em quedas e possíveis lesões. ‘‘Também é preciso sempre tomar muito cuidado ao descer em barrancos íngremes, verificar se os assentos do barco não estão muito baixos e cuidar com o excesso de peso dos peixes pescados’’, destaca o médico.

De acordo com o ortopedista da SBQ, para realizar a pesca de forma segura, é preciso estar em dia com as atividades físicas. ‘‘Atividades leves como a caminhada são uma boa escolha para manter a saúde em dia. Além disso, a alimentação saudável também auxilia no processo da melhora da saúde’’, diz José Milton.

Para quem já foi diagnosticado com artrose no quadril e gosta ou não de pescar, o especialista destaca o acompanhamento por um profissional. ‘‘Não existe cura para a artrose de um modo geral, mas existem tratamentos para casos mais simples e cirurgias para casos mais graves. Para um paciente saber qual é o grau em que ele está e qual é o melhor caminho a seguir, a indicação é procurar um profissional adequado que acompanhe o tratamento’’, conclui.


Queimaduras registram média de 53 procedimentos/dia no SUS, em crianças e adolescentes


 

As queimaduras estão entre as principais lesões de acidentes domésticos no público infanto-juvenil
Divulgação

De janeiro a abril foram registrados 6.409 atendimentos; mães relatam susto e SBCM alerta prevenção


O lar é ambiente que nos passa acolhimento e segurança, mas quando se tem filhos em casa - principalmente crianças – um mínimo desvio de atenção pode colocar em risco a integridade física dos pequenos. Nos adolescentes, que já conquistaram mais autonomia e a vigilância dos pais ou responsáveis é menor, o desejo de viver novas experiências também acaba os colocando em situações de risco.

As queimaduras estão entre as principais lesões de acidentes domésticos no público infanto-juvenil, ressalta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Henrique de Barros Pinto Netto. Dados do Ministério da Saúde apontam que, de janeiro a abril deste ano, foram realizados 6.409 procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência desse motivo, em crianças e adolescentes com menos de 15 anos. Uma média de 53 registros por dia. A Pasta ressalta que procedimentos realizados não correspondem ao número de indivíduos atendidos, uma vez que uma mesma pessoa pode ter sido atendida mais de uma vez em um ano, ou mês.

“Temos percebido nos consultórios um aumento nesse tipo de atendimento, geralmente causados por água ou vapor quente e por contato direto com fogo ou objetos em alta temperatura”, fala Netto.

O médico explica que crianças de zero a quatro anos correm mais risco de sofrerem queimaduras. “Nessa faixa de idade, a pele é mais fina que a de crianças mais velhas e adultos. Por essa característica, se queimam a temperaturas mais baixas e mais rapidamente”, diz. Uma criança exposta a água quente a 60° por três segundos terá uma queimadura de terceiro grau, lesão que requer hospitalização e até enxertos de pele.

Em caso de queimadura, se a roupa estiver cobrindo o ferimento, a peça deve ser removida com cuidado. “Coloque a área afetada sob a torneira com água fria por cinco minutos para resfriar a área, cessar a queimadura e amenizar a dor. Evite água gelada”, orienta o médico, ressaltado a busca por atendimento especializado. “Qualquer remédio só pode ser usado com a prescrição do médico, inclusive analgésicos. É necessário procurar atendimento imediato e adequado para amenizar a dor da criança e ajudar a afastar o risco de cicatrizes”;

 

Susto

Em abril, a empresária Paula Saraiva, de Vilhena, Rondônia, passou por um grande susto com a filha caçula, Catarina, 11 meses. “Eu estava assando um bolo para o café da tarde. Todos estavam na cozinha, cuidando e atentos ao forno. Nos distraímos na pia fazendo o café, ela foi engatinhando e se apoiou no forno com as duas mãozinhas para ficar em pé. Começou a chorar e imediatamente tiramos ela, foi desesperador”, lembra.

A primeira medida foi colocar as mãos da criança embaixo da torneira para resfriar o local. “Nós tirávamos e ela chorava. Fiquei mais de uma hora com ela debaixo da torneira. Entramos em contato com a pediatra, que nos auxiliou”.

A cicatrização não deixou marcas e a bebê está bem, mas Paula faz um alerta. “Cuidado com o forno. Fiquem atentos aos bebês, usem alguma proteção caso o forno seja o modelo convencional. Esse dia com certeza jamais esquecerei”.

Karina Caroline Lopes, de Foz do Iguaçu, no Paraná, também viveu momento de tensão em maio, quando o caçula, Bernardo, de 1 ano, virou um tacho de óleo que, por sorte, estava frio (veja o vídeo no link https://youtu.be/lGw5zVCE47Q).

A família havia feito a noite do pastel em uma sexta-feira e, no sábado, foi organizar e fazer uma faxina no local. “Naquele espaço tem um banheiro, que estava servindo como despensa, resolvemos tirar as coisas de lá para usá-lo, por isso estava uma bagunça”, recorda. Enquanto ela e o marido arrumavam as coisas, os dois filhos, Isadora, 4, Nicolas, 3, estavam pintando desenhos em uma mesinha e Bernardo estava no andador. “Ele está na fase de engatinhar, então, o coloquei no andador, porque achei que estaria mais seguro e todo o tempo meu marido e eu estávamos presentes”, fala.

Ao entrar em casa para deixar algumas roupas, Karina ouviu o grito do marido. “Pensei que ele havia caído da escada, saí correndo e o vi com o Bernardo nos braços. Foram sete segundos do momento em que o tacho caiu e meu marido pegar ele. Tínhamos consciência que o óleo estava frio, mas a preocupação era se ele tinha batido a cabeça em alguma parte do tacho”, conta.

Bernardo não se feriu e a mãe divulgou o vídeo como alerta. “O intuito da postagem é salvar vidas. Se alguma pessoa ver esse vídeo, pode ficar mais atenta às panelas com cabo virado ou baldes em casa, por exemplo. Ao conseguir salvar uma vida através desse vídeo, dessa mensagem, já atinge um objetivo, já faz bem para alguém”, conclui.

 

Prevenção

O presidente da SBCM pontua algumas ações principais para evitar acidentes. “Mantenha as crianças longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições. Recomenda-se cozinhar nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para dentro. O uso de protetores de fogão é um cuidado interessante para evitar que a criança tenha acesso às panelas”, salienta.

Outra dica importante é evitar carregar as crianças no colo enquanto mexe em panelas no fogão ou manipula líquidos quentes. “Um simples café, por exemplo, pode provocar graves queimaduras na pele de um bebê”, ressalta o especialista. 

Outras orientações são:

- Deixar comidas e líquidos quentes no centro da mesa, longe do alcance das crianças;

- Não utilizar toalhas de mesa compridas ou jogos americanos, pois as crianças podem puxar esses tecidos, causando escaldadura ou queimadura de contato;

- Guarde fósforos, isqueiros, velas e outros produtos inflamáveis em locais altos e trancados, fora do alcance das crianças;

- Principalmente neste período de pandemia, muito cuidado com o álcool, responsável por um grande número de queimaduras graves em crianças. Guarde o produto longe do alcance delas. “O mais seguro é substituir qualquer versão de álcool por outros produtos de limpeza doméstica, como água e sabão”, ressalta Netto.

 


SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/


Teste genético indica o tipo de atividade física mais adequado de acordo com o DNA

Análise de genômica pessoal em amostras de saliva mostram os exercícios com melhor desempenho de acordo com a genética de cada um


Em dezembro do último ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS)* criou uma nova versão de suas diretrizes sobre a quantidade de atividade física que deve ser praticada. Embasada em evidências científicas dos últimos anos, principalmente observadas em 2020 durante a pandemia do novo coronavírus, o relatório recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica por semana, em nível moderado a vigoroso para todos os adultos.

Porém, para algumas pessoas praticar exercícios físicos não é tão natural quanto para outras. Muito dessa dificuldade está relacionada com a performance atlética, que por sua vez é influenciada por diversos fatores, como, por exemplo, a genética. Mas, hoje já existem testes feitos a partir da leitura do DNA com apenas uma amostra de saliva que indicam qual tipo de atividade física é a mais adequada para cada pessoa.

Com um sistema de autocoleta feito em casa, a Genera , primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, faz uma análise de alguns genes que indicam a predisposição de cada indivíduo para um tipo específico de exercício físico. "Nossos genes são capazes de influenciar em todas as características diretamente relacionadas às nossas habilidades esportivas. Enquanto alguns deles facilitam a prática de atividades que exigem força e explosão, como os velocistas e jogadores profissionais de futebol, outros influenciam numa melhor performance em atividades de longa duração, como maratonas. E avaliamos tudo isso no nosso teste", explica Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera.

Em muitos casos essa diferença genética é a causadora da sensação de que certos tipos de práticas físicas são mais difíceis do que outras. Mas, uma vez que todos os pontos do DNA contam uma coisa sobre cada pessoa e estão interligados, todos devem ser avaliados. Os genes responsáveis pelo nível de performance atlética, de estresse oxidativo induzido pelo exercício ou pela resistência física, a dificuldade de ganho de massa muscular e a agilidade de resposta a exercícios físicos são alguns desses fatores.

 

Seja profissionalmente ou por hobby, ter um entendimento melhor e mais amplo do funcionamento do corpo pode ser um bom ponto de partida na hora de escolher qual exercício físico praticar. "É importante deixar claro que a genética não é e não deve ser um fator único considerado quando se fala em desempenho na prática de atividades físicas. Fatores externos como tabagismo, alimentação e doenças respiratórias também são grandes influenciadores. Os testes genéticos são aliados na busca do autoconhecimento e mais um recurso que possibilita o entendimento do próprio corpo por uma leitura funcional do DNA", conclui Ricardo.


Genera

Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)


Joelhos são afetados pelo ganho de peso durante a pandemia

Pesquisa da USP apontou que cerca de 20% da população teve aumento de peso no último ano



O isolamento social, embora de suma importância para conter a disseminação do coronavírus, teve muitos impactos negativos na saúde da população. Um desses prejuízos foi o ganho de peso. Isso porque os quilos extras podem levar a lesões nos joelhos.
 
Para se ter uma ideia, cada quilo a mais na balança representa uma sobrecarga de 8 kg para os joelhos. Uma pesquisa realizada pelo Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP), apontou que 20% da população engordou, no mínimo, 2kg durante a pandemia.
 
Portanto, o risco de desenvolver problemas nos joelhos aumentou bastante em quem viu os ponteiros da balança subirem desde março de 2020.

 
Obesidade e dor no joelho: tudo a ver
 
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Pilates e RPG, muitos estudos ao longo dos anos mostraram que a obesidade é uma das causas mais prevalentes das patologias que afetam os joelhos. Uma das condições mais comuns é a condromalácia patelar.
 
Dados da Sociedade Americana de Ortopedia, apontam que cerca de 40% dos problemas nos joelhos estão associados ao desgaste da cartilagem patelar.

 
O que é condromalácia patelar?

“A condromalácia patelar se caracteriza pelo amolecimento seguido da fragmentação da cartilagem articular. Isso ocorre como resultado de mudanças no mecanismo de extensão dos joelhos. Basicamente, a patela começa a deslizar lateralmente em vez de deslizar para cima e para baixo”, explica Walkíria.
 
É importante explicar que patela é nome médico que se dá, atualmente, para a rótula. A patela é um dos ossos que formam a articulação dos joelhos. Esse osso possui duas importantes funções. A flexão e a extensão dos joelhos.
 
“Vale ressaltar que a patela que previne o atrito da musculatura do joelho com o fêmur, por meio do movimento do deslize. Um bom exemplo é que podemos senti-la ir e voltar quando dobramos as pernas”, cita Walkíria.

 
Por que o peso extra é perigoso?

O sobrepeso e a obesidade alteram a biomecânica do joelho. Isso quer dizer que o peso extra pode alterar o escorregamento da patela.
  
“Caso isso ocorra, haverá um atrito da cartilagem patelar com a cartilagem interna do fêmur. Com o tempo, instale-se um processo de degeneração articular”, comenta a especialista.

 
Elas sofrem mais

As mulheres costumam ser mais afetadas que os homens devido à estrutura óssea do quadril feminino. Os outros fatores de risco são esportes de alto impacto, como treinos de crossfit e corridas.
 
"O segredo para os atletas e para aqueles que praticam atividades físicas mais intensas, é o fortalecimento da musculatura dos membros inferiores, de acordo com Walkíria.

 
Sobe e desce

“Um sinal de alerta para a condromalácia patelar é a dor no joelho no momento de subir ou de descer escadas. Dor ao levantar-se de assentos ou para agachar-se também é uma manifestação comum”, relata a fisioterapeuta. 

 
Tratamento deve ser precoce

Além da dor e da redução da capacidade funcional dos joelhos, a condromalácia não tratada pode evoluir para uma osteoartrose prematura. A pior consequência, portanto, é a necessidade de colocação de uma prótese no joelho. A doença também reduz a mobilidade e a independência de forma precoce.
 
“Infelizmente, a lesão na cartilagem é definitiva. Por isso, é fundamental que quando a pessoa notar que o joelho dói nessas situações que falamos, procure um médico e, posteriormente, inicie um trabalho de fortalecimento músculos estabilizadores da patela’, reforça Walkíria.
 
Fisioterapia é a primeira escolha

Antes de fortalecer os músculos dos joelhos, é preciso tratar a dor. “Em geral, o paciente chega com muita dor. Para aliviar esse quadro, são usados aparelhos para analgesia e para reduzir o processo inflamatório”, diz.
 
O que poucas pessoas sabem, é que o tipo de pisada tem uma relação íntima com as dores nos joelhos. "Dependendo de como a pessoa pisa, ela pode sobrecarregar os joelhos. Isso também altera a biomecânica da articulação. “Portanto, eu também incluo no tratamento a correção da pisada”, comenta Walkíria.  
 
A especialista aponta que as sessões de fisioterapia precisam incluir a correção e a organização da pisada para que a articulação volte ao seu equilíbrio. “A correção da pisada é feita com alongamento da fáscia plantar, da parte da frente das coxas e da parte posterior do joelho”.
 
Sem dúvidas, o tratamento também deve ter como foco a educação do paciente no sentido da mudança de hábitos, como perder o peso excedente e adotar posturas corretas para não prejudicar os joelhos.
 
“Entretanto, para quem já desenvolveu a condromalácia, é importante uma avaliação do risco benefício de realizar esportes que podem agravar o quadro, como as corridas e o crossfit”, finaliza Walkíria.

  

Paralisia Cerebral: o que é, características e tratamentos


Uma das deficiências mais comuns na infância ela tem tratamento e melhora na qualidade de vida


A Paralisia Cerebral (PC), é considera a deficiência mais comum da infância, e é caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo e é claro, afetando o dia a dia do portador. Além disso, a desordem motora na paralisia cerebral pode ser acompanhada por distúrbios sensoriais, perceptivos, cognitivos, de comunicação e comportamental, por epilepsia e por problemas musculoesqueléticos secundários. 

Mas como isso acontece? Segundo a fisioterapeuta do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Pâmella Kherolym do Carmo, a paralisia pode ser causada por uma lesão cerebral durante a gestação ou no nascimento, mas também pode ocorrer após, nesse caso a paralisia é causada por alguma lesão cerebral nos primeiros meses ou anos de vida. Pessoas com paralisia cerebral podem ser classificadas, de acordo com a característica clínica mais dominante: espástico, discinético e atáxico. 

Quais as diferenças? A paralisia cerebral espástica é caracterizada pela presença de tônus elevado (aumento dos reflexos miotáticos, clônus, reflexo cutâneo plantar em extensão – sinal de Babinski). Já a paralisia cerebral discinética é caracterizada por movimentos atípicos mais evidentes quando o paciente produz movimentos e posturas atípicos; engloba a distonia (tônus muscular muito variável desencadeado pelo movimento) e a coreoatetose (tônus instável, com a presença de movimentos involuntários e movimentação associada). 

Quanto a  paralisia cerebral atáxica ela é caracterizada por um distúrbio da coordenação dos movimentos em razão da dissinergia, apresentando, usualmente, uma marcha com aumento da base de sustentação e tremor; e é ocasionada por uma disfunção no cerebelo. Ainda segundo Pâmela, crianças podem apresentar ainda a chamada paralisia hipotonia, que é a diminuição do tônus muscular, caracterizado pela falta de alinhamento postural devido à dificuldade de estabilização proximal. 

Pessoas com paralisia cerebral, assim como qualquer outra condição de saúde, necessitam de uma rede de cuidados. “Quanto menor o tempo para iniciar a estimulação e tratamento, maiores serão as chances de aproveitamento da plasticidade cerebral e menores os atrasos do desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida do paciente e evitando o aparecimento ou a progressão de deformidades”, esclarece a especialista. Atualmente existem vários tratamentos indicados para paralisia cerebral: Fisioterapia Neurofuncional; Bobath; Cuevas Medek Exercises® (CME®); Pediasuit. O uso de cada um deles vai depender da avaliação.



Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)

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Fisioterapia é fundamental para a qualidade de vida dos miastênicos

A Miastenia Gravis é uma doença neuromuscular rara e de difícil diagnóstico, caracterizada pela súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos, causando fraqueza muscular. Ela pode acometer pessoas de qualquer faixa etária, mas segundo dados do Ministério da Saúde, há o predomínio maior em mulheres. Os picos de ocorrência da doença variam entre 20 e 34 anos para a população feminina, e de 70 a 75 anos para homens. A doença afeta a parte do músculo que se conecta com o nervo e leva o paciente a ter dificuldade em executar movimentos simples do cotidiano de forma voluntária. 

Essa fraqueza pode acometer qualquer músculo, mas existem alguns grupos musculares que são mais frequentemente acometidos pela doença. Dentre eles, destaque para a fadiga muscular de braços e pernas, queda das pálpebras, visão dupla e dificuldade para falar, mastigar e engolir. Em casos graves, os músculos da respiração podem ser atingidos, resultando em insuficiência respiratória.

Para prevenir o agravamento da doença, impedindo que o paciente possa até deixar de movimentar os músculos afetados pela Miastenia, a indicação de fisioterapia especializada é fundamental no tratamento. “Pequenas crises diárias vão deixando os músculos e o corpo cada vez mais debilitados, podendo aumentar a dificuldade de deglutição e respiração. Isso sem contar que em algumas crises o paciente perde o movimento total ou em alguma parte do corpo”, alerta Anne Dias, fisioterapeuta do Ambulatório de Cuidados Integrativos para pacientes com Miastenia pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), especialista em Microfisioterapia, e fisioterapeuta parceira da ABRAMI (Associação Brasileira de Miastenia).

Embora não exista cura para a Miastenia Gravis, os medicamentos reduzem a produção de anticorpos contra as estruturas musculares e as sessões de fisioterapia motora ajudam a fortalecer a musculatura do corpo. Já a fisioterapia respiratória é indicada para os casos de crises miastênicas. “Primeiro você estabiliza a doença com as medicações. E com a fisioterapia, o paciente vai recuperando tanto suas funções respiratórias como motoras, por isso ela é fundamental ao tratamento de miastenia”, recomenda o médico neurologista Eduardo Estephan, especialista em Doenças Neuromusculares dos Hospital das Clínicas, do Hospital Santa Marcelina e diretor científico da Associação Brasileira de Miastenia (ABRAMI). De acordo com o neurologista, mesmo com a doença estabilizada, muitas vezes os músculos perdem a força por desuso.

A fisioterapeuta Anne Dias afirma que tão logo o diagnóstico da doença seja feito é preciso que o paciente procure um fisioterapeuta, de preferência que ele seja especializado em abordagem integrativa, pois segundo ela, os exercícios de reabilitação no local afetado podem causar mais fadiga, agravando os sintomas.


Dores flutuantes

É comum que pacientes com Miastenia gravis apresentem dificuldades e debilidades nos movimentos. “As dores são ‘flutuantes’. Ora dói em uma parte do corpo; em outro momento a dor está em outro lugar. Em alguns dias dói, em outros ela desaparece. Essa condição dificulta ainda mais os movimentos, causando mais fadiga e fraqueza muscular”, afirma a fisioterapeuta.

Mas é importante ressaltar que a dor não é um sintoma da Miastenia. Ela é consequência do esforço e do movimento incorreto que o paciente faz por causa da sua condição clínica de fraqueza e fadiga muscular. “Esse esforço excessivo causa uma despolarização sustentada da membrana das células e um encurtamento dos sarcômeros. O sarcômero é um dos componentes básicos dos músculos que permite a contração muscular. Com este encurtamento, podem aparecer no corpo os chamados pontos gatilhos”, afirma. Pontos gatilhos são pequenos segmentos de fibras musculares contraídas, que são mais sensíveis à pressão. Esta condição, também é conhecida como síndrome dolorosa miofascial, muito confundida também com a fibromialgia.

 

Cuidados integrativos

A miastenia é uma doença que não tem cura, mas com o acompanhamento médico, medicação e a ajuda do fisioterapeuta, o paciente consegue conviver com a doença com mais qualidade de vida.

E a função do fisioterapeuta é avaliar e tratar o paciente nas suas dificuldades e debilidades em diversas fases da doença. Os protocolos mais indicados nos quadros de crises miastênicas é a terapia manual e técnicas com toque sutil sobre a pele. “Pesquisas já comprovaram que técnicas com toque sutil de até 5 miligramas (intensidade de um cartão postal sobre a pele), atuam no sistema nervoso central. Este tipo de toque recrutam as fibras aferentes C tátil, que atuam no córtex insular e no sistema límbico. Elas regulam o corpo como um todo, do sistema imunológico até a melhora do estresse”, avalia Anne Dias.

De acordo com a fisioterapeuta, estas fibras atuam também nos interoreceptores, causando uma melhora da percepção do próprio corpo, função fisiológica que permite perceber estados internos (como a fome e a exaustão). “Este tratamento fisioterapêutico, entre outros da fisioterapia integrativa, oferecem inúmeros benefícios, em especial na melhora no quadro do paciente com miastenia”, afirma a especialista.

 

A microfisioterapia no tratamento da Miastenia Gravis

A microfisioterapia é uma técnica francesa de terapia manual de toque sutil, baseada na Embriologia. “Ela é capaz de encontrar no corpo o agente agressor que está impactando o organismo, causando o problema”, explica Anne Dias.

Hoje em dia sofremos agressões externas, desde a ambientais (poluição, toxinas, vírus, bactérias), até agressões internas (excesso de emoções, estresse, alimentação inadequada), entre outros. “O agressor quando entra no corpo deixa uma marca, uma cicatriz, chamada cicatriz patogênica. Através desta técnica é possível encontrar este agente agressor e ajudar o corpo a eliminá-lo e a se autocorrigir”, explica a fisioterapeuta.

Com isso, a microfisioterapia ajuda o paciente como um todo: contribui para a restauração dos movimentos, no controle da fadiga e da fraqueza muscular, na melhora da respiração, da percepção da dor e na regulação do sistema imunológico. Por ser uma técnica de toque sutil, mesmo o paciente debilitado pode realizar a sessão.

 


https://www.miastenia.com.br/abrami/

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Saiba quando é preciso fazer uma cirurgia laparoscópica

Pixabay
Alexandre Silva, médico especialista em ginecologia e obstetrícia, atenta mulheres para saúde íntima feminina

 

Os avanços tecnológicos na medicina trouxeram consigo grandes mudanças na área da cirurgia, tanto para os cirurgiões, quanto para as pacientes. À partir da década de 80 as cirurgias que eram realizadas através de grandes incisões (cortes), passaram a ter como opção uma técnica chamada de laparoscopia.  

A laparoscopia é uma técnica na qual são realizados pequenos cortes no corpo do paciente, sendo um mais comumente realizado dentro do umbigo, com cerca de 1cm, e mais dois ou três na parte mais baixa do abdome (no caso da ginecologia), que medem 0,5cm. Através dos pequenos cortes são passados pequenos tubos que permitem a passagem de uma microcâmera, de alta definição, e de pinças ou instrumentos necessários para a realização da cirurgia.

 

Nos dias de hoje, a cirurgia laparoscópica é utilizada por praticamente todas as especialidades cirúrgicas abdominais como: cirurgias do aparelho digestivo (vesícula biliar, baço ou apêndice, fígado, pâncreas) , cirurgia bariátrica, cirurgias oncológicas para retirada de tumores intestinais, cirurgias urológicas e cirurgias ginecológicas para doenças benignas e malignas.

 

Pioneiro na cirurgia laparoscópica, desde 1998, o médico Alexandre Silva e Silva, especialista em ginecologia e obstetrícia, primeiro fala em quais situações a operação é sugerida. "A laparoscopia pode ser realizada em pacientes com diagnóstico de miomas uterinos, na endometriose, na remoção de cistos ovarianos, nas gestações tubárias (ectópicas), em doenças inflamatórias do aparelho reprodutor feminino (abscessos tubo-ovarianos), nos defeitos do assoalho pélvico (cirurgias para correção de prolapso, quando o útero desce e sai para fora da vagina) e incontinência urinário (incapacidade de controlar o ato de urinar); em casos de câncer de corpo uterino (câncer de endométrio), entre outras indicações”.

 

O médico também ressalta que as vantagens da cirurgia incluem o menor risco de infecção de parede abdominal, cicatrizes menos evidentes, menor custo com medicações, menor tempo de internação hospitalar com alta precoce e melhor recuperação pós-operatória, proporcionando que a paciente retorne às suas atividades diárias com mais rapidez.

 

Tempo de repouso

 

O período de internação das pacientes gira em torno de 24h nos casos em que não são realizadas remoções de partes do intestino, quando esse período pode estender-se por mais 3 a 5 dias. Após a alta, a paciente é encaminhada para casa, onde é recomendado um repouso relativo, durante o qual orienta-se não pegar peso, não realizar atividades do lar, porém não ficar deitada o tempo todo.

 

"Pequenas caminhadas em ambiente plano, sem subidas e descidas de escadas são muito bem vindos e proporcionam retomada da movimentação e funcionamento intestinal, assim como diminuem a incidência de tromboembolismo", explica o doutor.

 

O médico também acrescenta que não é necessário ter uma dieta especial. A paciente pode comer aquilo que tiver vontade, mas é aconselhável evitar alimentos que produzam gases intestinais, como por exemplo: feijão, ovos, repolho). A medicação anti-inflamatória pode ser indicada nesse período, assim como medicação para dor, se necessário. "Os antibióticos são administrados durante a cirurgia e não são necessários no pós-operatório, salvo nos casos em que o motivo da cirurgia era infeccioso", disse.

 

Em um período de 7 dias a paciente retorna ao consultório para avaliação e retirada de pontos e é comumente liberada para retornar às suas atividades do dia a dia, de acordo com o que ela mesma se sente confiante para fazer. “Normalmente com 7 dias liberamos as pacientes para voltar a dirigir”, finaliza o médico.

 

Mulheres, atente-se às principais situações e conheça os suas causas.

 

1.   Miomas uterinos: São tumores benignos que surgem no útero em mulheres em idade fértil, que causa intenso desconforto como hemorragia menstrual e intensas cólicas, de difícil controle. Dor no abdômen e menstruação abundante, que não melhoram com o uso de medicamentos, são os principais sintomas.

 

2.           Endometriose: É uma doença crônica que afeta mulheres em idade reprodutiva. Trata-se do crescimento do tecido endometrial fora do útero, em locais como os intestinos, ovários, trompas de falópio ou bexiga. Requer um diagnóstico médico e os sintomas mais comuns são dores e irregularidades menstruais.

 

3.           Gestações tubárias: É um tipo de gestação em que o óvulo fecundado deixa de migrar para o útero e se fixa nas tubas uterinas. Se o problema não for detectado, a trompa pode romper, sendo chamada de gravidez ectópica rota, e provocar uma hemorragia interna, o que pode ser fatal.

 

4.           Cistos ovarianos: É uma bolsa cheia de líquido que se forma dentro ou ao redor do ovário. A maioria dos cistos ovarianos não apresenta sintomas, mas em alguns casos, podem ocorrer irregularidades menstruais, dor durante a relação sexual ou funcionamento irregular do intestino.

 

Manter o peso ideal diminui as chances de desenvolver a forma grave da Covid-19

Principais fatores de risco para a doença, comorbidades como a obesidade, diabetes e hipertensão precisam ser evitadas

 

Há pouco mais de um ano o vírus Sars-Cov-2 acomete todo o planeta com a infecção pela Covid-19. Neste período, a doença fez milhões de vítimas pelo mundo e somente no Brasil o total de pessoas que perderam a vida para o coronavírus se aproxima de 550 mil. Entre os infectados que desenvolvem a forma grave da doença estão pessoas com comorbidades como a obesidade, hipertensão e diabetes. 

A combinação destas doenças já pré-existentes eleva, entre outros fatores, a pressão e a glicemia, condições que propiciam o agravamento dos quadros de Covid-19. Pessoas obesas têm, também, maior exposição do organismo a situações de formação de coágulos e inflamações. Esses problemas tendem a agravar a infecção pelo vírus. 

A obesidade está incluída pelo Ministério da Saúde entre as principais causas de risco para complicações com a infecção pelo coronavírus, ao lado justamente de diabetes, além da idade avançada e doenças cardíacas. 

“É importante ressaltar que está bem documentado que o principal fator de risco para a Covid é a obesidade. Importante a perda de peso e evitar comorbidades como a hipertensão e a diabetes, além da própria obesidade”, explica o Dr. Glauco Afonso Morgenstern, especialista em cirurgia bariátrica e integrante da equipe do Centro VITA de Tratamento da Obesidade e Diabetes, do Hospital VITA. “As pessoas que estão no peso ideal têm menos chance de ter a Covid na forma grave”, complementa o especialista. O médico destaca ainda que praticar atividades físicas ajuda na prevenção da Covid na forma grave.     

As informações do Dr. Glauco reforçam a necessidade da prevenção e da procura pela cirurgia bariátrica. Quem deixa de ser obeso por meio da cirurgia diminui consideravelmente as chances de desenvolver Covid-19 na forma mais grave. O procedimento cirúrgico também previne a diversidade de outros problemas de saúde relacionados à obesidade, o que envolve até mesmo alguns tipos de câncer.

 

Risco de morte pela Covid aumenta em quase 50% entre os obesos 

Estudos realizados em mais de 70 países e publicados em revistas científicas apontam que os obesos, caso sejam infectados com o coronavírus, aumentam o risco de morte em 48% em comparação com pessoas que não estão acima do peso. As mesmas pesquisas sugerem que ter o Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 eleva em mais de 110% a probabilidade de ser hospitalizado em caso de infecção pelo vírus. Desse total, quase 75% podem necessitar de internamento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

 

Dados da obesidade são preocupantes no Brasil 

Adotar hábitos saudáveis evitam o excesso de peso e as doenças que surgem a partir da obesidade. De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito (Vigitel), realizada em 2019, 55,4% da população brasileira adulta apresenta peso em excesso e 20,3% está de fato obesa. Ainda segundo o mesmo estudo, 7,4% da população adulta têm diabetes e 24,5% possui hipertensão. 

Outro dado alarmante, divulgado por meio da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que entre 2003 e 2019 passou de 12,2% para 26,8% a proporção de obesos entre a população com 20 anos de idade ou mais. Entre as mulheres a obesidade subiu de 14,5% para 30,2% e entre homens passou de 9,6% para 22,8%. 

Os números indicam que em 2019 uma em cada quatro pessoas de 18 anos de idade ou mais no Brasil estava obesa, o equivalente a mais de 40 milhões de pessoas.

 

Hospital VITA conta com setor exclusivo 

Alimentar-se bem e de forma equilibrada previne o surgimento de doenças crônicas e melhora a qualidade de vida. Para prestar todo o suporte para quem precisa tratar comorbidades, o Hospital VITA conta com o Centro de Tratamento da Obesidade e Diabetes. 

A cirurgia bariátrica acelera e colabora com a perda de peso. No VITA, após a cirurgia o paciente conta com um acompanhamento profissional qualificado. O Centro VITA de Tratamento da Obesidade e Diabetes disponibiliza uma ampla equipe médica e multiprofissional preparada para ajudar o paciente na vida pós-cirúrgica.

 

 

Hospital VITA 

www.hospitalvita.com.br


Enxaguantes bucais: o que você precisa saber antes de usar

Produto é vendido livremente, mas seu uso requer orientação de um cirurgião-dentista


Um sorriso saudável deve ser sempre acompanhado do cuidado com a higiene da boca, que deve ser feita a partir da escovação correta dos dentes e língua, uso de fio dental e escovas interdentais quando necessário. Além desses, pode ser adicionado o enxaguante bucal, produto que se tornou parte da etapa de limpeza oral de muitos brasileiros.

Presente em lojas, farmácias e supermercados – com diversas fórmulas na sua composição e especificações – alguns enxaguantes bucais vão além de refrescar a boca, desempenham também o papel de auxiliar no processo de higienização, ajudando no controle e combate de problemas bucais, tais como: a cárie e gengivite. Porém, ainda há muitas dúvidas sobre seu uso e qual, entre tantos, é o mais recomendado para o dia a dia.

“O enxaguante bucal pode, em alguns casos, ser indicado para quem tem dificuldade de higienização oral. Nos casos de pacientes com doença periodontal ou que possuam risco de desenvolvê-la, o uso do enxaguante está associado ao controle diário do biofilme dental (placa bacteriana)", diz Roney Veludo Araujo, cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Mesmo auxiliando na limpeza e na prevenção de doenças bucais, os enxaguatórios não eliminam o mau hálito, apenas aliviam momentaneamente o sintoma, já que o incômodo pode ser multifatorial, tendo como causa outras doenças além das bucais, como diabetes e distúrbios gastrointestinais, o que necessita de avaliação de um especialista para o tratamento.

Os enxaguantes devem servir apenas como complemento à limpeza, portanto, não substituem a escovação mecânica e o uso de fio dental, que garantem uma efetiva higiene dos dentes e da boca. “A placa bacteriana que está na superfície dentária só é removida por meio da associação de: fio ou fita dental, escova dental e escovas acessórias, como a interdental”, completa o cirurgião-dentista.


Quais são os enxaguantes disponíveis no mercado?

O cirurgião-dentista Camillo Anauate Netto, integrante da Câmara Técnica de Dentística do CROSP, explica que o mercado oferece dois tipos de enxaguantes: os chamados ‘cosméticos’ e os medicamentosos ou terapêuticos. “Os enxaguatórios cosméticos oferecem a sensação de frescor e de sabor agradável na boca, mas não são efetivos contra os microrganismos que provocam cárie, problemas periodontais, gengivites, periodontites ou até o mau há lito. Já o outro grupo contém propriedades antibacterianas efetivas no combate aos microrganismos presentes no biofilme dental (placa bacteriana), responsáveis pela cárie dental, gengivite e mau hálito.”

Os enxaguantes bucais contendo flúor são recomendados para prevenção da cárie dental, já que o composto ajuda a fortalecer o esmalte do dente e combate os microrganismos que provocam a cárie presentes na placa bacteriana, com indicação predominante para crianças acima de 6-7 anos de idade. Nessa faixa etária, as crianças já sabem bochechar sem o risco de engolir a solução.

Outro tipo de enxaguante com função terapêutica são os que possuem digluconato de clorexidina a 0,12%. A solução tem indicação para o combate aos microrganismos do biofilme dental responsáveis pela doença periodontal, recomendado também após procedimentos mais invasivos, como cirurgias, raspagem de cálculos supra e subgengivais para remoção de tártaro ou infecções da cavidade oral. Seu uso contínuo, entretanto, deve ser controlado para evitar alguns possíveis efeitos colaterais indes ejáveis.

Alguns enxaguatórios utilizam álcool em sua composição para conservar e também diluir os princípios ativos que estão presentes nesses produtos, porém são vistos com ressalvas já que o álcool, em uso rotineiro, pode causar irritação nas mucosas da boca.


O uso em excesso de enxaguante bucal pode fazer mal à saúde

Apesar dos enxaguatórios poderem ser adquiridos livremente, sem a necessidade de prescrição, a recomendação e orientação de uso deve ser feita sempre por um cirurgião-dentista. Após a avaliação das condições da saúde bucal do paciente, o profissional poderá indicar o produto correto para o tratamento.

Produtos que contenham flúor não devem ser usados por crianças abaixo de 6 anos. Enxaguantes com álcool devem somente ser utilizados sob orientação de um cirurgião-dentista, devido a seus efeitos colaterais em uso prolongado – o que não quer dizer que possa causar câncer bucal, pois a doença tende a se manifestar em pessoas com predisposição a desenvolvê-la, como no caso de fumantes ou alcoólatras. & nbsp;

“O uso indiscriminado de enxaguante com álcool por um longo período pode provocar irritação dos tecidos bucais devido ao ressecamento e descamação das mucosas, além de outros riscos para o paciente”, diz Anauate Netto.

Da mesma forma os enxaguantes que possuem digluconato de clorexidina em sua fórmula também só devem ser utilizados sob a orientação do cirurgião dentista, que vai determinar o tempo necessário de utilização para cada caso. “O uso prolongado pode causar alteração na coloração nos elementos dentários, nas restaurações estéticas, próteses e língua, perda do paladar, danos no tecido mole da boca, ressecamento bucal e gosto residual desagradável na boca”, completa.

Cada tipo de enxaguante pode ser coadjuvante com os cuidados voltados à saúde bucal, então, na hora de comprar, observe qual produto está levando e consulte o cirurgião-dentista para obter bons resultados.

 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


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