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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Os Efeitos Colaterais Da Quarentena Para a Saúde Mental


Se a quarentena, ainda mais em sua versão lockdown, foi vista e sentenciada como a solução para a contenção da Covid19, infelizmente esqueceram de nos avisar sobre os seus efeitos colaterais.

 

Depois de meses, desde o início a pandemia, quando o mundo foi obrigado a enfrentar uma quarentena sem precedentes na história humana, a sociedade se depara hoje com os efeitos negativos do isolamento social.

Impacto na Saúde Mental já é alarmante em todo o mundo e ainda precisamos muito falar sobre isso.

Em primeiro lugar, precisamos entender que o ser humano é um ser gregário, que precisa estar em sociedade. Desde os primórdios da humanidade, para o homem sobreviver em um ambiente hostil, ele precisou se organizar em pequenos grupos e comunidades, levando ao nascimento das primeiras cidades. A conexão entre as pessoas é própria da natureza humana.” – Explica a Neuropsiquiatra Gesika Amorim


Com o isolamento social surgiram novos problemas relacionados ao emocional, ocorrendo uma piora do quadro da saúde mental, com os atendimentos reduzidos ou interrompidos em 93% dos países do mundo. Segundo a pesquisa da OMS; nos países das Américas, houve uma interrupção de 100% em pelo menos algum serviço de atendimento à saúde mental.

Entre os problemas mentais mais específicos, a ansiedade e a depressão aumentaram consideravelmente, inclusive em pessoas que nunca apresentaram nenhum sintoma; Além da insônia e do aumento do consumo de álcool e drogas.

A ansiedade e a depressão tiveram seu aumento em boa parte causado pelo medo gerado através das mídias ao apresentar um panorama apocalíptico 24h por dia e também pela  quebra de rotina e o  afastamento do afeto presencial dos familiares, principalmente entre os idosos, considerados grupos de risco, e entre outros grupos sensíveis, como os autistas.

Os Idosos tornaram-se inativos, longe das atividades anteriormente prazerosas. Ficaram enclausurados, sem família, longe do afeto de filhos e netos e amedrontados frente a REAL possibilidade da morte bater em sua porta a qualquer instante. Imagine quase 10 meses nesse ritmo?

Os autistas também sofreram as consequências, uma vez q perdeu-se completamente um dos fatores primários para o equilíbrio emocional desse grupo: A Rotina. 

Sem a escola, as terapias, o convívio dos colegas, as visitas ao avós, os passeios de bicicleta, caminhadas e o clube por exemplo. tudo por um tempo muito prolongado, gerando uma nova realidade, cada vez mais difícil de ser aceita e uma multiplicação dos casos de ansiedade, pânico, depressão, fobias, entre outros transtornos”, explica a Dra Gesika Amorim, Médica Neuropsiquiatra, especialista em Tratamento Integral do Autismo e Neurodesenvolvimento.

A saúde mental de grande parte de toda população em geral, está sendo afetada de forma nociva; seja pelo medo da contaminação, pela quebra na economia e aumento do desemprego, ou mesmo pela falta de perspectiva no futuro” – completa a Neuropsiquiatra.

Os níveis de casos de suicídio também aumentaram. Os dados quantitativos sobre as vítimas ainda são incertos, porém, mais de 35% dos países apresentaram interrupções nas intervenções de emergências, além daquelas pessoas que tiveram convulsões prolongadas ou síndromes de abstinência por uso de substâncias. Na Itália houve 71 casos de suicídio e 46 tentativas relacionadas aos efeitos da quarentena e do isolamento, e os serviços de saúde mental antes oferecidos nas redes de ensino, com o fechamento integral das escolas na maioria dos países; foram os mais afetados.

78% dos países relataram o impacto no atendimento a crianças e adolescentes, sendo que 7 em cada 10 países interromperam totalmente os serviços de saúde mental antes realizados nas escolas.

Para minimizar os impactos negativos do isolamento social, o atendimento remoto surgiu como alternativa para os países e regiões mais desenvolvidos. Se dentre os 80% dos países de renda alta foi oferecido a alternativa da telemedicina e da terapia online para atender a população, apenas 50% dos países de baixa renda implantaram essa alternativa.


No entanto, as alternativas on-line, como trabalho home-off, vem apresentando quadros preocupantes no que tange a saúde mental. A queixa dos pacientes por causa do excesso de reuniões por videoconferência vem aumentando. Psiquiatras vem percebendo e acompanhando essas queixas, no que passou a se chamar de “Fadiga do Zoom”, devido ao uso desse aplicativo, um dos mais usados para encontros on-line. Pacientes tem apresentado sintomas de ansiedade e fadiga, e isso tem adoecido as pessoas. A prescrição de medicamentos controlados aumentou 62%. As próprias empresas tem registrados um crescimento nos casos de doenças psiquiátricas entre seus funcionários.

O excesso de telas também está prejudicando profundamente os alunos, principalmente crianças e adolescentes, por causa das aulas on-line, e essa sobrecarga está afetando de forma nociva a saúde mental desses alunos.

Segundo a Dra. Gésika - “Esse problema se complica ainda mais quando se trata de alunos autistas que precisam ser disciplinados para não passarem muito tempo em frente as telas”.

Enquanto isso o Brasil segue entre os países com maior índice de pessoas que sofrem de ansiedade, cerca de 18,6 milhões de vítimas, além dos transtornos depressivos, que perdemos apenas para os EUA.

No Brasil a discrepância no acesso as classes, tornou ainda maior o abismo que existe entre os alunos. Obviamente o aluno que mora no grande centro conseguirá um rendimento e aprendizado muito mais eficiente que o nativo do interior do Amazonas. No sertão nordestino como se dará esse acesso? Famílias que moram em comunidades com 4 ou 5 alunos e apenas um telefone? quem assistira aula e quando? Todos esses fatores nos levam a questionar: Realmente existiu um “ano letivo”? Quem aprendeu e quanto? Como isso será avaliado?

O descaso com tratamento de saúde mental tornou-se ainda mais gritante, ao ser considerado também o pífio financiamento administrado por esses países: Apenas 2% das verbas de saúde destinados à prevenção ou ao tratamento de distúrbios mentais, e menos de 1% de ajuda internacional.

Estudos apontam que 1 dólar gasto em tratamento de ansiedade e depressão, produz ao final um ganho de 5 dólares ao evitar ou amenizar as perdas de produtividade ou evitando os problemas mais graves, segundo a OMS. Porém, não parece ser essa a preocupação dos principais gestores.

Neste momento, a maioria das pessoas estão saindo desta quarentena desesperançadas, machucadas, muitos desempregados, desestruturados, enlutados, enfim...a verdade é que nunca uma sociedade inteira esteve com a saúde mental tão abalada como estamos neste momento e por isso, agora, mais do que nunca, é importante que a qualquer sinal de esgotamento, tristeza persistente, ansiedade, sentimento de que você está só e que não vai dar conta, sensação de que vai explodir- Peça ajuda! Procure uma unidade de CAPS mais próxima a você ou o seu médico e ele saberá o que fazer. No mais, dentro do possível e não só neste momento, mas por toda sua vida: Exercite seu corpo, procure fazer uma atividade que lhe de prazer, faça meditação, preces, yoga ou algo que eleve seu espírito, que possa lhe dar paz, evite álcool e outras drogas, durma bem, treine sua mente, esteja próximo a pessoas queridas e vamos juntos aguardar e unidos, juntar nossos cacos para tratar essa sociedade adoecida.” – diz a Dra Gesika Amorim

 

 


Dra Gesika Amorim - pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Neuropsiquiatra, pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica. É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa .

www.dragesikaamorim.com.br

Instagram: @dragesikaautismo

 

5 hábitos para manter sua mente saudável

Mente sã, corpo são. Já dizia o velho provérbio. Mas falar é fácil, difícil é aplicar essa ideia na nossa rotina, não é mesmo? 


Manter a mente saudável é um desafio diário que precisamos travar. A boa notícia é que, se conseguirmos vencê-lo, estaremos mais perto da nossa própria felicidade e nos prevenindo contra os altos índices de Burnout - assunto frequentemente discutido aqui no blog.

Por isso, quero compartilhar aqui alguns insights e pequenas estratégias que podemos adotar no nosso dia a dia para manter a nossa mente saudável. Vamos juntos? 



1. Durma bem

A primeira dica para quem quer ter uma mente saudável é dormir bem. Parece fácil, mas para muitas pessoas a simples atividade de dormir está longe de ser bem-executada.

1. Vá dormir sempre no mesmo horário - regularidade é importante: não importa se é dia de semana ou final de semana.

2. Mantenha a temperatura do seu corpo estável, de preferência fresco - alguns especialistas indicam que a temperatura ideal é de 18 graus Celsius.

3. Prefira ambientes escuros - por conta da alta exposição diária à luminosidade, seja das telas de computador ou celular, seja da luz natural, nosso corpo precisa de escuridão especificamente durante à noite para acionar a liberação da melatonina - hormônio do sono.

4. Não fique muitas horas acordado na cama - se você não está conseguindo dormir, levante, faça outra coisa completamente diferente e depois volte. O cérebro é como se fosse um dispositivo que aprende a associar a cama ao gatilho de acordar. Por isso é preciso "quebrar" essa associação.

5. Monitore a quantidade de álcool e cafeína que você ingere - a regra básica é: fique longe da cafeína à noite e tente não ir pra cama embriagado.

6. Tenha uma rotina desacelerada - Apesar de muita gente acreditar que ir dormir tarde é sinônimo de boa coisa, acredito, não é. Dormir é um processo fisiológico parecido com aterrissar um avião: é gradual até que caia no sono profundo. Por isso, nos últimos 20 minutos ou até mesmo meia hora antes de ir dormir, desconecte-se do computador, celular e tente fazer algo relaxante. 



2. Treine seus sentimentos e emoções

"A forma como encaramos nosso mundo interior condiciona tudo". Esta frase de Susan David explica muito bem a relação que existe entre os nossos sentimentos e a forma como reagimos aos acontecimentos externos.

Se estamos tristes, nossos relacionamentos serão tristes. Se estamos com raiva, iremos tratar os colegas de trabalho de forma áspera e por aí vai.

O fato é que não existem emoções positivas ou negativas, boas ou más. Emoções são emoções. Sentimentos são sentimentos. Nada é preto no branco.

É preciso enxergar as coisas com mais flexibilidade e parar de nos auto julgar. Se nós quisermos ter uma mente saudável, precisamos mantê-la longe da rigidez emocional.

Precisamos treiná-la para que se torne mais ágil a fim de identificar sentimentos e emoções com rapidez e assim tentar controlá-los de maneira a reduzir o nosso sofrimento.

E aqui vai uma dica: esse tipo de treinamento geralmente vai acontecer durante as situações mais críticas da nossa vida: aquelas nas quais nos sentimos mais fragilizados e vulneráveis.

Treinar nossa mente para ter agilidade emocional não é fugir dos sentimentos, mas encará-los tal como eles são.

Se estamos diante de um sentimento como frustração, medo ou tristeza, por exemplo, não devemos negar que eles existem, muito menos fingir que estamos bem ou inabaláveis.

Precisamos identificar os sentimentos e decidir o que vamos fazer com eles. Em muitos casos vamos precisar dar espaço para o autoperdão e a prática de falar sobre nossos sentimentos. 



3. Pare de procurar a felicidade e comece a fazer escolhas conscientes

Primeiro, pare de procurar a vida perfeita: empregos com zero estresse não existem, bem como o(a) namorado(a) sem defeitos, e nem o apartamento no bairro de luxo, etc. O que acontece é que, ao invés de se sentir satisfeito(a) isso pode te gerar ainda mais ansiedade.

Dados científicos já mostraram que quanto mais entramos nessa busca incessante por felicidade, menos conseguimos alcançá-la. A taxa de suicídio mundial infelizmente atingiu seu maior pico nos últimos 30 anos nos Estados Unidos, mesmo com a melhora significativa dos padrões de vida, mais pessoas se sentem sem esperança e solitárias.

O que causa uma situação crítica como essa? E a falta de sentido para a vida. Segundo a pesquisadora e jornalista Emily Esfahani, a principal diferença entre felicidade e sentido para a vida é que, enquanto a busca da felicidade envolve alcançar um estado de conforto e relaxamento momentâneos, a busca por dar sentido à vida vai muito além, pois envolve a doar-se de forma voluntária para outra causa, ou seja, usar nossos pontos fortes para servir os outros.

E isso não necessariamente acontece por meio do trabalho. Tem mais a ver com, aproveitar os momentos transcendentais da nossa vida, quando nos desconectamos do nosso eu, para dar espaço para algo maior. 



4. Pratique a filosofia estoica

O estoicismo afirma que as virtudes devem ser baseadas nos comportamentos ao invés das palavras. Portanto, se você tem um propósito claro de onde quer chegar comece a agir para fazer isso acontecer.

Agir de acordo com o que você acredita te fortalecerá e te blindará de forma poderosa contra os obstáculos e frustrações que virão pela frente. Além disso, precisamos admitir que está tudo bem não conseguir controlar tudo que é externo e não depende de nós.

Afinal, todas as nossas angústias derivam do fato de que passamos grande parte das nossas vidas tentando controlar o que é incontrolável. 



5. Prepare sua mente para as situações mais críticas

Em 2014 a pesquisadora de resiliência Lucy Hone perdeu a filha de 12 anos em um duro acidente de carro que também levou a melhor amiga dela e a filha. Durante seu processo de luto ela descobriu três estratégias que a ajudaram a sair de seus piores dias e a encarar situações de extrema tristeza:

1) Esteja consciente que coisas ruins podem acontecer. O sofrimento faz parte da vida, da existência humana. Saber disso evita que você se sinta discriminado. Ao invés de se perguntar: "Por que eu?" pergunte-se: "Por que não eu?"

2) Saiba escolher cautelosamente a que dar atenção. Julgue as hipóteses de maneira realista, foque naquilo que você pode mudar e tente aceitar aquilo que você não pode. Como seres humanos temos a tendência de dar mais ênfase às coisas negativas O nosso foco na ameaça, a resposta ao nosso estresse, fica ligado permanentemente. Não devemos ignorar isso, mas devemos encontrar formas de nos conectar com as coisas boas.

3) Pergunte-se sempre: "o que eu estou fazendo está me ajudando ou prejudicando?" Esse pensamento pode ser usado em diferentes contextos da sua vida, seja na sua tentativa de conseguir promoção, seja para passar em uma prova ou até mesmo para se recuperar de uma doença e te ajuda a te colocar novamente no controle sobre si mesmo.

Lembre-se que nada disso vai funcionar se não se tornar um hábito. E para mudar um hábito é preciso persistência e foco no propósito que você quer atingir. Não é fácil - muito pelo contrário - mas acredito que valerá a pena o esforço.





Virginia Planet - sócia-fundadora da House of Feelings - primeira escola de sentimentos do mundo - www.houseoffeelings.com

 

Adolescência: primeiro passo é pensar antes de agir

A vida dos adolescentes deixou de ser um parque de diversões sem compromisso. Ela tem se transformado em uma selva, com decisões difíceis a serem tomadas, pressão dos colegas, insegurança pessoal e ansiedade em relação ao que os outros pensam. Considerando ainda sentimentos de depressão, inferioridade, comparações e outras atitudes autodestrutivas como: pornografia, vandalismo, drogas e gangues. Ou seja, é importante que pais e responsáveis repensem suas ações. 

De fato, não é uma tarefa das mais fáceis. Mesmo enquanto pais amorosos e preocupados, cobrar ações positivas e compromisso não são atitudes que os seres humanos estão à vontade para desenvolver nem mesmo com sua prole. Portanto, educar, nesse sentido, torna-se uma tarefa penosa e cansativa. Os discursos se repetem, irritantemente e se tornam cansativos para pais e filhos. Também não há receita de sucesso. Todos nós estamos à mercê de experiências vividas e influências do meio. Assim, cumprir a missão de orientador é um processo diário. 

A dica é passar para os rebentos, agora quase adultos, a maior quantidade de informações possíveis e acompanhá-los de perto, bem perto. Coloquem-se como pais e mães que dialogam e, principalmente, que ouvem os filhos. Para começar, deixe claro que eles são responsáveis por suas próprias vidas, que devem definir junto com os pais uma missão e meta a ser seguida com planejamento e foco. Nesse contexto entram: conhecimento de profissões, escolhas acadêmicas, relacionamentos com familiares, namoradas (os) e amigos; ou seja, priorizar o que é importante nessa fase. 

Incentive-os a ouvir atentamente principalmente os adultos, que colaboram com o seu desenvolvimento. Mostre, também, que é muito importante manter o respeito pelos profissionais educadores e que, muitas vezes, ouvir e compreender vem antes do ser compreendido. Essas são atitudes com as quais todos ganham e há outras, que se bem colocadas, farão com que os adolescentes se sintam inseridos na sociedade, como compartilhar, dividir, trabalhar em conjunto, harmonizar-se. 

Oferecer ferramentas para que os adolescentes saibam lidar com os problemas de modo eficaz é uma forma de ajudar esses jovens a melhorar o desempenho geral do ser humano que está em construção. Educadores, orientadores e responsáveis atentos colaboram ao oferecer essas ferramentas e ajudam a reduzir conflitos, a melhorar a cooperação e o trabalho em equipe entre familiares, adolescentes e professores. 

Desenvolvendo hábitos saudáveis, os adolescentes tendem a se conectar e nutrir mudanças comportamentais de dentro para fora. Assim, conquistam mais o controle de suas vidas, melhoram seu relacionamento com a família e com os amigos, aumentam sua autoconfiança e autoestima, além de se sentirem melhor preparados para tomar decisões mais inteligentes, alicerçadas em valores importantes. Esses são fatores essenciais nessa fase para equilibrar escola, trabalho, amigos e tudo mais. Assim, aos poucos, vão aumentando a autoconfiança, sentem-se mais felizes e seus objetivos se tornam realidade, proporcionando uma paz interior que se conquista no passo a passo. 

 


Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba. 


Mitos e verdades sobre a frieira: entenda as principais causas e como tratar o problema


• Sete em cada dez pessoas já contraíram frieira em algum momento da vida

• Com o tratamento adequado, o alívio dos sintomas é rápido, mas deve ser seguido até o fim do período indicado para que seja eficaz

• Lavar e secar bem os pés, manter os calçados em local arejado e evitar andar descalço em vestiários e banheiros compartilhados ajudam a prevenir a infecção

 

Coceira intensa nos dedos e nos pés, vermelhidão, sensação de queimação, dor e surgimento de bolhas. Esses são alguns dos incômodos sintomas da frieira - popularmente conhecida por "pé de atleta". A doença é uma infecção nos pés causada por fungos, é altamente contagiosa e comum: sete em cada dez pessoas vão enfrentar o problema pelo menos uma vez na vida.

A boa notícia é que a frieira pode ser tratada com facilidade. Para identificá-la, o diagnóstico deve ser feito por um especialista, por meio da observação clínica, mas também pode ser necessário fazer teste laboratorial. Se a micose for recente, de pequena intensidade ou causada por um fungo não resistente ao tratamento tópico, o médico poderá recomendar o uso de um antifúngico, como Canesten®, cujo principal ingrediente ativo, o clotrimazol, erradica os fungos causadores da infecção e oferece alivio nos sintomas desde a primeira aplicação².

Segundo a dermatologista Juliana Machado Canosa, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologista e Gerente Médica da Bayer, é importante ressaltar que "mesmo que a frieira pareça estar sumindo, o tratamento deve ser seguido até o fim do período indicado, para garantir que a infecção seja corretamente tratada".

Por ser um problema tão frequente, que afeta muitas pessoas, a frieira é cercada de dúvidas sobre porque, de fato, elas ocorrem, e quais as melhores maneiras de tratá-las e evitar o seu aparecimento. Para esclarecer algumas dessas questões, conversamos com Juliana Machado Canosa, médica dermatologista e gerente médica da Bayer, que explicou o que é mito e o que é verdade quando o assunto é micose nos pés. Confira abaixo.


A frieira só ocorre entre os dedos dos pés

Mito. Embora costume ocorrer entre os dedos, a frieira também pode aparecer na sola, no calcanhar e nas laterais dos pés, podendo se espalhar para as unhas, que ficam descoloridas, grossas e quebradiças. Este tipo de micose também pode se espalhar para as mãos e aparecer em áreas de dobras, como virilhas, axilas e embaixo das mamas. Para evitar que isso aconteça, caso esteja infectado, use toalhas diferentes para os pés e para o resto do corpo, e lave sempre as mãos depois de aplicar qualquer medicamento.


Frequentar piscinas pode causar frieira

Verdade. Altamente contagiosa, a frieira pode ser transmitida, principalmente, em áreas comuns como piscinas, vestiários e saunas. Uma pessoa fica suscetível ao contágio quando seus pés entram em contato com água contaminada ou superfícies em que haja a presença do fungo. Para evitar a contaminação, proteja os pés com chinelos e mantenha-os secos.


O pé de atleta só se propaga no verão

Mito. A infecção pode se desenvolver em qualquer época do ano. Durante o inverno, por exemplo, o uso de botas e meias sintéticas fazem com que os pés retenham o suor, deixando-os abafados e mais úmidos, o que favorece a proliferação dos fungos. Por isso, é importante optar pelas meias de algodão, seda ou lã, que absorvem o suor e deixam a pele respirar. Além disso, trocar as meias todos os dias e não utilizar o mesmo calçado por dois ou mais dias seguidos - colocando-os no sol com frequência -, também são fundamentais na prevenção do problema.


Pessoas com baixa imunidade ficam mais predispostas à ocorrência de frieiras

Verdade. Quando uma pessoa está com o sistema imunológico debilitado, o corpo enfrenta dificuldades para combater infecções. Como o pé de atleta é uma infecção por fungos, a pessoa com imunidade baixa tem maior risco de incidência de frieira.


As frieiras melhoram com o tempo e não precisam de um tratamento específico

Mito. Por se tratar de uma infecção causada por fungos, esses microrganismos podem continuar infectando a pele por tempo indeterminado. Para tratar a micose, é preciso utilizar um remédio antifúngico. O quanto antes a pessoa iniciar o uso do medicamento adequado, mais rápido a frieira será eliminada.


Frieiras são mais preocupantes em pessoas com diabetes

Verdade. Algumas pessoas, mesmo tomando os devidos cuidados, acabam ficando mais suscetíveis à infecção. Pacientes com diabetes, por exemplo, devem estar mais atentos e enxergar a frieira como um sinal de alerta. A diabetes pode reduzir a sensibilidade nas extremidades do corpo e complicar quadros infecciosos. Manter os pés sempre arejados e secos e sempre que observarem alterações na pele dos pés ou unhas, os diabéticos devem procurar o atendimento médico.

Passar talco entre os dedos e nos pés pode ajudar no tratamento da frieira

Mito. O uso de talco vai auxiliar no controle de umidade nos pés, mas não será capaz de combater os fungos. Somente o tratamento com antifúngico poderá eliminar os microrganismos que causam o pé de atleta.


É possível pegar frieira usando o sapato de alguém que tenha a infecção

Verdade. Não apenas sapatos, mas compartilhar esteiras, tapetes, roupas de cama e vestimentas com alguém infectado, além de andar descalço em áreas onde a infecção pode se espalhar, como vestiários, saunas, piscinas, banheiras e chuveiros comuns, podem desencadear o desenvolvimento da infecção. A susceptibilidade individual também é um fator importante.


Quem tem frieira não pode fazer exercícios físicos

Mito. A pessoa pode praticar esportes, mas tomando os devidos cuidados para evitar a propagação da doença. Não fique descalço em vestiários, capriche na higiene, lavando e secando bem os pés, e lembre-se de optar pelo uso de meias de algodão. A única ressalva é para a prática de natação, que, deve ser evitada, já que a frieira é altamente contagiosa.


Lavar e secar bem os pés ajudam a prevenir frieiras

Verdade. Manter os pés limpos e secos é essencial para a prevenção da doença. Lembre-se de secar bem entre os dedos e não compartilhe toalhas, calçados ou meias com outras pessoas, além de ser recomendado realizar a limpeza frequente desses itens.


Frieira é um problema simples e eu posso me automedicar

Mito. As frieiras podem ser causadas por diferentes fungos e fatores, por isso, consulte um médico se não tiver certeza do diagnóstico ou se os sintomas persistirem após o tratamento. A prescrição médica irá indicar, além do remédio, a dosagem e o tempo adequado para o tratamento, que pode ser diferente de uma pessoa para outra.

 


Sobre Canesten® é um tratamento de infecções fungicas de pele e mucosa causada por dermatófitos, leveduras e outros microoranismos, como nas dermatomicoses, no pé de atleta, na tínha da mãos, tínha do corpo, tínha da virilha, micose de praia e candidíase cutânea. O produto está disponível nas versões creme, spray e solução e pode ser encontrado em farmácias de todo o país.

 


Bayer

http://www.bayer.com.br



Artigo: Ilkit, M & Durdu, M. (2014). Tinea pedis: The etiology and global epidemiology of a common fungal infection. Critical reviews in microbiology.
² Alívio sensorial da descamação com o uso do creme.

 

Mitos x verdades sobre a saúde bucal infantil

 Cirurgiã-dentista da GUM esclarece principais dúvidas sobre o tema


Priorizar os cuidados bucais logo nos primeiros anos de vida é uma medida fundamental para garantir a qualidade e saúde dos dentes. Quando se trata da higiene dos pequenos nesse sentido, toda atenção é necessária para evitar complicações futuras.

É comum que nessa fase sejam recomendadas "dicas infalíveis" de cuidados bucais para as crianças que, às vezes, não são de fato eficazes. Para ajudar a esclarecer algumas dúvidas, a Dra. Brunna Bastos, cirurgiã-dentista da GUM , marca americana de cuidado bucal, alguns temas acerca do assunto. Confira:

• A higiene bucal deve começar apenas após o nascimento do primeiro dente

Mito. Os cuidados devem acontecer já no pré-natal. "O mais indicado é que a mamãe realize o pré-natal Odontológico, pois será nesta consulta em que o Dentista orientará sobre a higienização bucal do bebê, incentivará a amamentação e sanará eventuais dúvidas sobre uso de chupeta ou outros hábitos de sucção não nutritivo.

• Crianças não devem consumir açúcar

Verdade. Deve-se evitar o consumo exacerbado de açúcar uma vez que a dieta rica em açúcar é um dos fatores predisponentes para a doença cárie. "A cavidade bucal infantil possui uma maior disposição para o desenvolvimento de cárie com alimentos ditos cariogênicos, ricos em açúcar, uma vez que o ácido gerado pela bactéria na metabolização promoverá uma queda do pH na boca o que pode levar a um processo de desmineralização do dente, principalmente quando não ocorre uma adequada higienização bucal. Por isso, é importante além de equilibrar o consumo de alimentos cariogênicos na dieta, como balas, bolachas recheadas e doces no geral, não deixar a higiene bucal de lado", orienta.

• A chupeta pode interferir na dentição no futuro

Verdade. A chupeta é muito utilizada para acalmar o pequeno em momentos de agitação. No entanto, se o uso permanecer após os 2 anos de idade levará a consequências no correto posicionamento dos dentes. "Hábitos de sução não nutritivo como uso da chupeta ou sucção digital pode levar a uma má oclusão. Utilizá-la por muito tempo pode causar deformidade na arcada, atrapalhando tanto o desenvolvimento dos dentes quanto fala e respiração da criança", esclarece.

• Leite materno pode causar cárie

Mito. Quando a criança é alimentada exclusivamente pelo leite materno. O que ocorre geralmente até os 6meses de idade, não é necessário realizar a higienização bucal, uma vez que o leite materno contém enzimas e anticorpos que protegem a cavidade bucal e saúde do bebê. "Se o aleitamento se prolongar até a fase de erupção dos dentes, após os 6 meses, o que é totalmente recomendado é necessário, entretanto iniciar a escovação dos dentes, uma vez que nessa idade ocorre a introdução de outros tipos de alimentos. A partir do nascimento do primeiro dentinho é necessário a escovação com gel dental fluoretado, em concentração de 1.000 a 1.500 ppm de flúor e na quantidade adequada, equivalente a um grão de arroz cru. ", ressalta.

• Crianças com dente de leite não devem usar aparelhos ortodônticos

Mito. Existem diversas opções de aparelhos e, geralmente, as que são utilizadas em crianças corrigem muito mais do que a posição dos dentes, atuando também no crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares. "Se alguma alteração for diagnosticada e houver indicação para o uso de aparelho, o tratamento pode ser sim iniciado", finaliza

 


GUM

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Ressecamento vaginal causado pelo tratamento do câncer tem solução

 Falta de hidratação leva ao surgimento de úlceras e fissuras que causam dor durante a relação sexual


No Brasil, o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), somente em 2020, já são 66.280 novos casos diagnosticados, seguidos de 20.470 de câncer no cólon e reto, e 16.710 no colo do útero. A luta contra essa doença é um processo muito difícil e doloroso. E, como se não bastasse, durante e após o processo, a mulher pode sofrer com os diversos efeitos colaterais do tratamento, que inclui o ressecamento vaginal.

A maioria dos casos é recorrente, pois todos os tipos de tratamento da doença que causam alterações na função ovariana, como a anexectomia, radioterapia e quimioterapia, resultam em um quadro chamado atrofia vaginal. A complicação pode impactar diretamente no desejo e vida sexual da mulher.

A ginecologista e assessora médica da FQM, Dra. Ana Carolina Gabina Lazari, explica que quando o epitélio vulvovaginal (tecido que reveste a vulva e a vagina) encontra-se mais fino e não existe lubrificação, é bastante possível o surgimento de úlceras e fissuras locais, que causam dor durante a relação sexual. Assim, o vaginismo – espasmos dolorosos da musculatura vaginal – pode ocorrer, pelo estado de ansiedade pela expectativa de dor durante o ato.

“Essa combinação de fatores leva a transtornos de desejo sexual hipoativo. Podemos acrescentar a esses termos as mudanças no corpo da mulher referentes ao climatério e/ou as alterações decorrentes de procedimentos cirúrgicos, como mastectomia, a fibrose e o encurtamento da vagina por lesões radio-induzidas”, afirma a especialista.

Na busca por soluções, mulheres em tratamentos oncológicos acabam recorrendo aos lubrificantes íntimos que, apesar de trazer uma solução momentânea durante o ato sexual, não proporciona um resultado duradouro. O hidratante vaginal, por sua vez, é um tratamento que restaura, de forma natural, a umidade local. “Os hidratantes vaginais são livres de hormônio, podem ser usados independente do ato sexual e promovem uma ação de longa duração”, esclarece a Dra. Lazari.

Hidrafemme é o gel hidratante vaginal da FQM, grupo farmacêutico que atua no Brasil desde 1932. O produto é composto por três polímeros que aumentam a adesividade da mucosa e maximizam a hidratação vaginal. Já o lactato de sódio, presente em sua fórmula, reduz o pH vaginal e promove o equilíbrio da microbiota da região íntima. Dessa forma, previne a infecção vaginal e urinária.

Hidrafemme deve ser usado continuamente ou quando houver necessidade, com aplicação duas vezes na semana, ou de acordo com a indicação do ginecologista. O produto pode ser encontrado nas principais farmácias brasileiras. Saiba mais sobre o produto em www.hidrafemme.com.br e no Instagram e Facebook.

 


FQM


Segunda doença que mais mata no Brasil tem seus atendimentos reduzidos em até 60% durante a pandemia


A cada hora de atraso no tratamento de um AVC, cerca de 120 milhões de neurônios morrem e aumentam as sequelas


Pesquisa feita pela Organização Mundial de Derrames (WSO) apontou que os atendimentos a casos de AVC diminuíram em 60% durante os primeiros meses da pandemia do novo Coronavírus. A redução da quantidade de atendimentos se deveu principalmente pelo medo de contágio pela COVID-19. Segundo a Coordenadora de Neurologia do Hospital Marcelino Champagnat, Lívia Figueiredo, muitas pessoas interromperam consultas de rotina e alguns pacientes deixaram de buscar atendimento mesmo apresentando sintomas graves de AVC. 

Todos os anos cerca de 100 mil pessoas perdem a vida por causa do acidente vascular cerebral, segundo dados do Ministério da Saúde. Essa doença silenciosa é a segunda causa de morte no país, ficando atrás apenas das doenças cardíacas. Mesmo com a frequência de acometimento maior em pessoas acima de 60 anos, com as mudanças da rotina, o AVC vem sendo observado em adultos com média de idade de 45 anos.

Normalmente, a pessoa sente fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar e em muitos casos a perda de visão. “Além disso, outros sintomas comuns são perda de coordenação e equilíbrio, boca torta e dor de cabeça que se inicia de forma súbita e já de forte intensidade. E, nesse momento, o socorro médico deve ser imediato. Quanto mais rápido for realizado o tratamento, maiores são as chances de recuperação completa e menores os riscos de sequelas” comenta a neurologista. 

Vale lembrar também que estudos recentes têm mostrado que pacientes com COVID-19 podem ter uma maior incidência da doença. Muitas pesquisas, entre elas a realizada numa força-tarefa entre profissionais de saúde do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, e pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), apontam que a COVID-19 também é uma doença vascular, além de pulmonar. Os estudos são feitos com base em análises, autorizadas por familiares, de pacientes internados no hospital ou que morreram pela doença e que tinham comorbidades como hipertensão arterial, diabetes e obesidade. 


Principal causa de invalidez no mundo

A paralisia causada pelo acidente vascular cerebral ocorre pela interrupção de fluxo sanguíneo para o cérebro, seja por entupimento ou rompimento dos vasos. E sem suprimento de sangue, parte do cérebro sofre isquemia e deixa de funcionar. O AVC isquêmico, tipo mais comum e que acomete cerca de 85% dos pacientes, ocorre quando há redução do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral por oclusão do vaso por um trombo/coágulo. Já o AVC hemorrágico ocorre por rompimento de uma artéria do cérebro, por exemplo, por uma rotura de aneurisma e acontece com menos frequência.

As sequelas da doença podem trazer diversas incapacidades, sendo que podem acometer uma em cada quatro pessoas e dependem da parte do cérebro que foi afetada pelo AVC, podendo ser graves e incapacitantes. A neurologista explica que quanto antes for feito o socorro e o atendimento, maiores são as chances de recuperação. A cada minuto sem suprimento sanguíneo, temos a morte de quase 2 milhões de neurônios. Portanto, quanto mais cedo for realizado o tratamento, a recuperação e a redução de sequelas serão mais efetivas.

Hoje, 90% dos casos de AVC estão ligados aos hábitos cotidianos que poderiam ser modificados, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia. Entre eles: evitar o consumo de álcool, parar de fumar, praticar atividade física, manter dieta saudável, realizar o check up de rotina e controlar a pressão arterial.

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

Manter-se ativo e atento ajuda a reduzir o risco e as sequelas do AVC

Neste ano, o foco da campanha para o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (29/10) é a prevenção, incentivando a atividade física e a atenção aos primeiros sinais do AVC

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente também como "derrame", pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer idade. Ele ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, impactando o funcionamento da área cerebral que teve a circulação sanguínea prejudicada. Segundo a Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization - WSO), ele chega a afetar uma em cada quatro pessoas no mundo ao longo da vida. Ainda assim, apesar de ser a segunda causa de morte no Brasil e no mundo, a prevenção pode evitar até 90% dos casos.

Entretanto, ainda de acordo com a organização internacional, durante a pandemia de covid-19, houve uma queda no número de pessoas que procuram os hospitais com sintomas de AVC. Isso é preocupante, conforme afirma o neurologista cooperado da Unimed-BH Paulo Pereira Christo. “Reconhecer os sinais e procurar atenção médica aos primeiros sintomas pode salvar vidas e reduzir as sequelas de pacientes com AVC”, explica o especialista. Para ele, conhecer os fatores de risco é também fundamental para a prevenção. “Hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto e fibrilação atrial (um tipo de arritmia cardíaca) são algumas das condições a serem observadas.”

Este ano, a campanha do Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado em 29 de outubro, reforça a prevenção e enfatiza importância do exercício físico. Para o neurologista, essa dica é de grande relevância, uma vez que o sedentarismo aumenta em 36% as chances de uma pessoa ter um acidente vascular cerebral e a atividade física regular pode reverter positivamente esse cenário.

Com o mote “AVC Não Fique Em Casa”, a campanha também incentiva que as pessoas procurem atendimento médico, além de manter os tratamentos de rotina e o acompanhamento profissional, mesmo durante a pandemia. Paulo Christo explica que, aos primeiros sinais de um AVC, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível ao hospital. “É importante observar e anotar a hora em que os primeiros sintomas apareceram. Nos casos de AVC isquêmico, que é o tipo mais comum, com um atendimento rápido, em até 4,5 horas do início dos sintomas, pode ser administrado um medicamento que dissolve o coágulo, diminuindo a chance de sequelas mais graves”, acrescenta o especialista da Unimed-BH.


COMO RECONHECER UM AVC


A Associação Nacional do AVC (National Stroke Association), dos Estados Unidos, desenvolveu uma maneira simples de identificar um acidente vascular cerebral, conhecida pela sigla F.A.S.T. (ou “rápido”, em inglês). De acordo com o neurologista Paulo Christo, aqui no Brasil, o acrônimo utilizado é o S.A.M.U.

O “S” vem de “sorriso”: peça para a pessoa sorrir; caso um dos lados do rosto não se movimente ou fique torto, pode estar ocorrendo um AVC. O “A” representa o “abraço”: abrace a pessoa e observe se ela consegue abraçar de volta; fique atento caso ela não consiga levantar algum dos braços ou se eles “caem” durante o abraço. O “M” vem de “mensagem” ou “música” e representa alterações na fala: peça à pessoa para cantar um trecho de uma música ou peça para ela repetir uma frase qualquer; caso haja alguma dificuldade, ela pode estar em vias de um AVC. Por fim, o “U” significa “urgência”: caso aconteça um ou mais desses sinais acima, é fundamental que a pessoa procure atendimento médico o mais rápido possível.

Outros sinais do AVC podem ser: fraqueza em um dos lados do corpo; formigamento ou entorpecimento do rosto; forte dor de cabeça; perda da visão; sensação de dormência pelo corpo; e alguma alteração no caminhar ou na forma da pessoa andar.


COMO PREVENIR O AVC


1. Controlar a pressão arterial: a hipertensão elevada aumenta o risco de AVC, portanto, deve ser sempre mantida sob controle e acompanhamento médico. Além disso, especialistas recomendam também reduzir a ingestão de sal, alimentos ultra processados e os ricos em gordura saturada.

2. Reduzir a obesidade: um maior índice de gordura no corpo é mais um fator de risco para o acidente vascular cerebral. Manter o peso controlado pode prevenir a ocorrência de doenças como hipertensão e diabetes, que aumentam o risco de AVC. O ideal é manter o índice de massa corporal (relação peso / altura) abaixo de 25.

3. Fazer da atividade física um hábito diário: o movimento e o exercício físico são essenciais para a prevenção do AVC, pois garantem um bom fluxo sanguíneo nas artérias, reduzindo o risco de formação de coágulos e de outras doenças que podem ser fatores de risco potencial para o acidente vascular cerebral. Idealmente, 30 minutos de exercícios diários – uma caminhada, por exemplo – são suficientes para uma boa saúde arterial.

4. Limitar o consumo de álcool: estudos indicam que a ingestão de duas ou mais doses de bebida alcoólica por dia aumenta a ocorrência do AVC. Em pequenas doses diárias, o vinho tinto é considerado a melhor opção, por conter resveratrol que apresenta ação protetora para o cérebro e o coração.

5. Manter ou iniciar tratamento da fibrilação atrial: esse tipo de arritmia causa batimentos cardíacos irregulares, o que é um importante fator na formação de coágulos que podem acabar atingindo o cérebro e resultar em um AVC. De acordo com o neurologista cooperado da Unimed-BH Paulo Christo, a fibrilação atrial deve ser levada muito a sério, pois aumenta em até de cinco vezes o risco de um acidente vascular cerebral. Ao sentir falta de ar e palpitações, procure um cardiologista assim que possível, para que a condição possa ser avaliada, reduzindo o risco de um AVC.

6. Controlar o diabetes: um nível elevado de açúcar no sangue afeta negativamente os vasos sanguíneos, criando um ambiente favorável para a formação de coágulos e, portanto, aumentando a possibilidade de AVC acontecer. Esteja atento e mantenha o acompanhamento médico regular.

7. Parar de fumar: o tabagismo torna o sangue mais espesso e induz a formação de placas nas paredes das artérias, o que aumenta a probabilidade de um acidente vascular cerebral.


Como reconhecer os sinais precoces de um AVC

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) leva a óbito mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil. Estima-se que, neste ano, serão 18 milhões de casos no mundo e, em 2030, deverão ser 23 milhões. Cerca de 50% dos sobreviventes ficam com sequelas graves, por isso a necessidade de reconhecer precocemente o AVC e tratá-lo adequadamente.

Neste Dia Mundial do Combate ao AVC, 29 de outubro, a Dra. Caroline De Pietro Franco Zorzenon, neurologista do Hospital Sepaco, alerta que grande parte da população mundial está em risco pelo fato da incidência de pressão alta, diabetes e aumento do colesterol estar aumentando entre as pessoas. “É preciso estar atento a qualquer alteração do corpo, pois se trata de uma doença grave e que necessita de tratamento rápido”.

Mas com prevenção, o AVC pode ser evitado. Realizar acompanhamento médico regular é essencial para a prevenção do AVC e de duas doenças causadoras. Além disso, os pacientes acometidos pela doença podem melhorar sua qualidade de vida com tratamentos multidisciplinares adequados. “Assim como as pessoas realizam check-ups para evitar os problemas cardíacos, é fundamental realizá-los para prevenir os acidentes vasculares encefálicos”, avalia a especialista.

É importante estar alerta e aprender a reconhecer os sinais precoces do AVC. Se houver rapidez no atendimento inicial, é possível utilizar um medicamento para dissolver o coágulo que obstrui a artéria cerebral causadora dos sintomas em até 4,5 horas do início dos sintomas. “Desta forma, muitos pacientes tem uma boa recuperação neurológica com baixo índice de sequelas e boa qualidade de vida”, comenta a neurologista.

Entre os sinais mais comuns são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna e em um lado do corpo, confusão mental, alteração da fala ou compreensão da linguagem,  alterações visuais (perda súbita/escurecimento visual), alteração do equilíbrio, perda de coordenação motora, tonturas e dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente. “Ao sentir qualquer um desses sintomas, anote o horário em que começaram e procure imediatamente atendimento médico”, explica a médica.

Já fatores de risco que podem ser facilitadores para um AVC são doença vascular periférica, doenças cardíacas, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, colesterol alto, uso de anticoncepcionais, álcool e drogas ilícitas. Para a especialista, o controle adequado desses fatores de risco pode diminuir a probabilidade de uma pessoa ter um Acidente Vascular Cerebral e suas complicações.

Desta forma, tome alguns cuidados preventivos para garantir sua saúde, tais como adotar uma alimentação saudável, parar de fumar, praticar algum tipo de exercício físico regularmente. Para quem tem pressão alta, a dica é fazer um esforço para tomar seus remédios conforme prescrição médica e, já para os diabéticos, prestar atenção na dieta, para bom controle da glicemia e tomar os remédios regularmente.

 



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