Pesquisar no Blog

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O Verão Está Chegando - Qual é a Dieta Certa Para Perda de Peso de Maneira Eficaz e Duradoura?


 


O Verão Está Chegando e Em Meio a Tantas Opções, Deve-se Conhecer, Avaliar, Escolher e Se Comprometer com a Melhor Estratégia de Emagrecimento Para Você - diz Especialista em Emagrecimento.

 

Que a obesidade é um problema de saúde pública, ok, todos sabemos, mas em meio a tantas ofertas para emagrecer e diga-se de passagem, algumas bem loucas, qual seguir?

É isso que vamos falar no decorrer deste texto para que tudo fique bem esclarecido e você tome a melhor decisão.

Para isso conversamos com a Dra. Bruna Marisa, médica, especialista em emagrecimento, pós graduada em medicina ortomolecular, com diversos títulos em medicina esportiva e membro da SBEM, que, , apoiada em sua experiência pessoal e em longos anos de estudos acadêmicos, concluiu que para se alcançar um emagrecimento eficaz e duradouro, é preciso passar por três etapas fundamentais, que ela chama de Os 3 Pilares Sustentáveis para um Emagrecimento Duradouro:

  • Mudança de Comportamento;
  • Plano Nutricional individualizado as necessidades- recomenda: Ela recomenda a Low Carb- com baixo déficit calórico com redução de carboidratos refinados;
  • Aumento de gasto energético- Atividades Físicas

Estudos epidemiológicos mais recentes apontam que a cada 3 pessoas, 2 estão acima do peso e precisam emagrecer; E, que a alimentação tem papel fundamental na saúde.

O que nunca faltou foram as receitas milagrosas com promessas de emagrecimento rápido e eficaz. Mas o que a ciência tem a nos dizer, com fontes e informações seguras, sobre as propostas de emagrecimento aliados à boa alimentação?

Dietas Low-carb, o Jejum Intermitente e a Dieta Cetogênica, são algumas das propostas conhecidas e noticiadas pela mídia. O problema é que muitas vezes não são apresentadas informações com base científica sobre estas práticas.

A Dra Bruna Marisa comenta sobre os pontos positivos e negativos de algumas destas propostas.


Jejum Intermitente  



Talvez seja a prática mais antiga, vinda dos tempos paleolíticos, onde comia-se 1x ao dia. Assim, o jejum intermitente, mesmo sendo chamado de dieta, é, na verdade, uma estratégia nutricional que se caracteriza por períodos alternados de jejum e alimentação.


Pontos Positivos: Longevidade, ajuda no emagrecimento, ajuda no tratamento e prevenção de doenças, melhora na função cerebral, promove a autofagia celular, Aumenta a secreção de HGH, Previne doenças neurodegenerativas e cardíacas e Aumenta a sensibilidade à insulina.


Pontos Negativos: no início, pode provocar dores de cabeça, tontura, halitose entre outros. Por isso, a Dra Bruna Marisa acha necessário uma preparação para iniciar o Jejum Intermitente. É necessário orientação e acompanhamento médico adequado.

“De qualquer forma, o jejum intermitente não deve ser visto como uma dieta isolada, mas sim, como uma estratégia de emagrecimento, que atrelada a qualquer dieta de baixo valor calórico, vai trazer infinitos benefícios para o corpo”- diz a especialista em emagrecimento.


Low-carb:  



Tendo como objetivo não gerar picos de insulina no organismo, a dieta de baixa ingestão de carboidratos, proporciona uma queima de gordura disponível no corpo, impedindo a produção de novas células de gordura.

Pontos Positivos: Perda rápida de peso, restringindo o consumo de açúcar e alimentos processados. A pessoa não sentirá fome pois proteínas (carnes e ovos), oleaginosas e gorduras boas, podem ser consumidos sem restrições. Além disso,  baixa os níveis de triglicérides, colesterol e açúcar no sangue.


Pontos Negativos: Pode haver reganho do peso que foi perdido; caso não haja as mudanças de hábitos por toda a vida; Limita o consumo de frutas e verduras; pode causar dores de cabeça; constipação; falta de certas vitaminas, por isso deve ser feita também sob orientação médica.


Dra Bruna Marisa diz que é praticante e adepta à low carb há muitos anos e também a indica a maioria de aos seus pacientes. A  melhor estratégia de emagrecimento  é decidida sempre depois de uma avalição completa, de acordo com as individualidades de cada um. Assim como o jejum intermitente, a especialista não encara a low carb como mais uma dieta que você faz e volta a consumir tudo que deseja, quando elimina os kilos em excesso, mas ela afirma que a low carb deve ser encarada como um estilo de vida, uma conscientização, para que assim, você possa usufruir de todos seus benefícios, que são para a vida toda. 


Cetogênica:



A dieta cetogênica, também conhecida como Keto, tem como objetivo, quase que zerar os níveis de insulina no sangue para que o corpo entre em cetose e recorra ao estoque de gordura do corpo, a fim de mantê-lo funcionando.


Pontos Positivos: perda rápida de peso em tempo reduzido; maior saciedade, melhora de sintomas do autismo, esquizofrenia, doenças crônicas, aumento dos níveis da atividade cerebral, utiliza as gorduras do corpo como fonte de energia para manter o organismo funcionando.


Pontos Negativos: prisão de ventre, restrição total de carboidratos. É de fato uma estratégia muito difícil de ser mantida e nem todos se adaptam. Muitas pessoas não tem indicação para uso. ADra Bruna diz que só deve ser indicada em situações muito específicas e por um curto período de tempo.

A pergunta que vale um milhão é: Qual é a melhor dieta para emagrecer? Observando essas propostas, percebemos que há vantagens e desvantagens em todas elas.

A Dra. Bruna Marisa responde à pergunta de forma muito lúcida: “A melhor dieta é aquela em que você se adapta, acredita e está disposto a praticar como estilo de vida”. Manter um foco e manter-se motivado. Ter dedicação, persistência, autoconfiança e otimismo são fatores fundamentais para que qualquer projeto na vida seja bem sucedido. Ter um objetivo claro e não ter medo de fazer o que for preciso para chegar até ele” - Aconselha a médica.

A Dra. Bruna ainda ressalta: É importante que a pessoa saiba o porquê ela quer emagrecer, que seu motivo sirva como o primeiro passo para uma longa jornada. Com essa motivação é necessário definir as metas alcançáveis e seguir à risca cada passo. Sem isso em mente, de nada adianta encontrar a dieta mais adequada.

 



Dra. Bruna Marisa - médica, pós graduada em Endocrinologia, membro da SBEM, pós graduada em Medicina Ortomolecular, especialista em Emagrecimento e Low Carb, com vários cursos na área de Medicina Esportiva, onde também atua. Autora do E-Book: Guia de Emagrecimento Definitivo e Duradouro.

www.drabrunamarisa.com.br

Instagram: @drabrunamarisa


Envelhecimento precoce: por que ele ocorre e como prevenir


Dra Karla Lessa ensina a prevenir o envelhecimento precoce da pele


O envelhecimento precoce da pele pode ocorrer por diversos fatores, como: exposição em excesso ao sol, poluição, má alimentação, movimentos musculares contínuos, consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, entre outros. “Esses hábitos causam o aumento da produção dos radicais livres que, em excesso, nos deixam com a aparência envelhecida antes da hora”, explica Karla Lessa, médica e proprietária do Instituto Lessa.

O envelhecimento está ligado à perda de tecido fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular, resultando em rugas, flacidez e manchas. Além disso, a função de barreira que mantém a hidratação também é prejudicada – o que torna o uso de hidratantes ainda mais essencial.

A prevenção do aparecimento de rugas e sinais precocemente é feita através da adoção de hábitos mais saudáveis. “Usar protetor solar diariamente é fundamental. O consumo de alimentos antioxidantes como romã e chá verde também ajudam”, acrescenta.

Para aqueles que procuram alternativas para manter a pele saudável e combater os radicais livres, a Dra Karla indica os ativos mais comuns. “Coenzima Q10, resveratrol, vitamina C e E, betacarotenóides e ácido ferúlico são algumas opções, mas o ideal é que a pessoa procure um profissional para orientar a melhor forma de utilizá-los”, completa.

Dieta baseada em proteínas é ideal para quem deseja mais saúde


Mais do que reduzir calorias, ingerir mais proteínas é o caminho para um organismo muito mais saudável

 

Não há dúvidas de que as proteínas são altamente benéficas para o organismo humano. No entanto, nem todo mundo consegue manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes. A Associação Brasileira Low Carb (ABLC), inclusive, realiza campanhas e divulga informações sobre a importância da alimentação hiperproteica e saudável, isto é, que priorize o consumo de proteína e gordura e evite carboidratos.

A intenção dessas ações é que as pessoas tenham como base da sua dieta os alimentos naturais, como peixe, carne, ovos e vegetais, e procurem eliminar alimentos industrializados e ricos em açúcar e gordura artificial, por exemplo.

O motivo de toda essa constante manifestação estão nos dados do Ministério da Saúde que revelam que o total de pessoas diagnosticadas com diabetes aumentou 61,8% em uma década, e já acomete cerca de 9% dos brasileiros. Além disso, o número de adultos obesos também cresceu, atingindo a marca de 19,8% da população e pessoas que apresentam excesso de peso já representam mais da metade dos brasileiros, 55,7%.

 

Proteína na dieta já!

De acordo com o médico, diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, a combinação de dieta que tenha uma alta fonte proteica e baixa fonte de carboidratos tem melhores efeitos no organismo humano do que uma dieta de redução drástica de gordura, conhecida como low fat. "Ensaios clínicos randomizados fizeram essa comparação e descobriram que dietas de alta proteína e baixo carboidrato tem efeito mais favorável em relação à perda de peso, composição corporal, taxa metabólica em repouso e risco cardiovascular", afirma o doutor.

Portanto, até mesmo para quem deseja perder peso, a ingestão de proteína é benéfica. Afinal, sua relação estabelecida com a energia obtida por meio do carboidrato e da gordura dentro do alimento, permitem um comportamento mais saudável do organismo. Segundo o endocrinologista, diretor científico de Medicina da ABLC, Rodrigo Bomeny, o verdadeiro emagrecimento acontece apenas quando há déficit calórico. Contudo, se aliado a uma dieta rica em proteínas, a perda de calorias é mais sustentável do que receitinhas mirabolantes.

"Pela ecologia nutricional, sabemos que quanto maior a relação proteína e energia de uma alimentação, menor o consumo calórico diário; e quanto menor essa relação, maior o consumo de calorias por dia", explica o médico.

Inteligência artificial auxilia pesquisa do câncer de pulmão

 

freepick

Estudo desenvolvido no IBB foi premiado em evento internacional


Um trabalho produzido por Sarah Santiloni Cury, aluna de pós-graduação em Ciências Biológicas (Genética), do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), recebeu o prêmio de melhor apresentação oral na terceira edição da Palestra Multidisciplinar Internacional sobre Biologia de Sistemas Computacionais do Câncer: Promessas da Inteligência Artificial [Multidisciplinary International Lecture on Computational Systems Biology of Cancer: Promises of Artificial Intelligence].

O evento ocorreu de 28 setembro a 2 de outubro de 2020, em uma plataforma virtual feita pela Organização Europeia de Biologia Molecular (European Molecular Biology Organization - EMBO) e a Federação das Sociedades Bioquímicas Europeias (Federation of European Biochemical Societies - FEBS). Neste ano, o evento teve como foco as abordagens de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina na pesquisa do câncer.

Premiado na categoria “Doutorado”, o trabalho de Sarah, intitulado “Um novo modelo preditivo classifica a caquexia em pacientes com câncer de pulmão para a caracterização do microambiente tumoral” [A predictive model to classify lung cancer cachexia for the identification of disease-mediators] utilizou o aprendizado de máquinas para classificar pacientes com baixa massa muscular (pacientes caquéticos) e menor taxa de sobrevida. 

O “aprendizado de máquina” (machine learning), utilizado no trabalho de Sarah, é um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. Trata-se de um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.

“Além de identificar pacientes caquéticos e com pior prognóstico, foi possível caracterizar a composição molecular e celular do tumor desses pacientes. Isso nos forneceu informações sobre os potenciais mediadores da perda de massa muscular em pacientes com câncer de pulmão. Agora estamos utilizando outras ferramentas de bioinformática para identificar potenciais drogas que possam reverter esse processo”, comenta Robson Francisco Carvalho, do Departamento de Biologia Estrutural do IBB/UNESP, orientador do estudo. 

Os resultados deste estudo poderão auxiliar na identificação de alvos terapêuticos para o combate à caquexia associada ao câncer de pulmão - uma síndrome metabólica complexa, caracterizada pela perda de massa muscular, a qual não pode ser completamente revertida por suporte nutricional. A caquexia afeta até 80% dos pacientes em estádios avançados da doença, e representa a causa de morte de até 20% de todos os pacientes oncológicos.

“Estamos muito contentes pelo reconhecimento que tivemos durante esse evento de grande prestígio na área. Isso mostra que estamos no caminho certo. Desenvolvendo uma pesquisa de alta qualidade aqui na Unesp. E eu, como doutoranda, me sinto bastante agradecida por ter tido essa experiência, que com toda certeza agregou em minhas habilidades de comunicação e, principalmente, por entrar em contato e aprender com grandes pesquisadores do mundo todo que trabalham com bioinformática para melhor estudar o câncer", enfatiza Sarah, que desenvolveu sua tese no IBB/UNESP.


A cada 3 segundos ocorrem uma fratura associada à osteoporose

Febrasgo chama a atenção para doença que atinge 200 milhões de pessoas no mundo

 

Estima-se que a cada três segundos ocorram uma fratura osteoporótica em algum lugar do planeta. São aproximadamente nove milhões de fraturas, anualmente, em todo o mundo. Atualmente, cerca de 200 milhões de pessoas convivem com a doença. Diante deste cenário, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), afiliada da maior e mais influente sociedade científica internacional em osteometabolismo, a International Osteoporosis Foundation (IOF), chama a atenção para a necessidade de atenção para os fatores de risco da Osteoporose.

“A osteoporose é uma doença crônica, que se caracteriza pela baixa densidade mineral óssea e pela deterioração da microestrutura do tecido ósseo que levam ao aumento do risco fraturas espontâneas ou decorrentes de mínimo trauma – como após uma queda ou pancada leve. As fraturas ocasionadas pela osteoporose podem causar incapacidade a longo prazo, diminuição da qualidade de vida e perda de independência”, explica a Dra. Adriana Orcesi, presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da Febrasgo.

Segundo a especialista, após os cinquenta anos de idade, a incidência de osteoporose é maior entre as mulheres. Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens sofrerão pelo menos uma fratura ao longo da vida, após essa idade.

“A osteoporose afeta ambos os sexos, mas as mulheres são mais propensas devido a vários fatores, entre eles as mudanças hormonais ocorridas na menopausa pela parada da produção de estrogênio pelos ovários. Na falta de estrogênio, hormônio protetor dos ossos, há o aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, a célula responsável pela reabsorção óssea, o que acarreta maior perda óssea predispondo a osteoporose e a fratura”, salienta a especialista da Febrasgo.

No entendimento atual, três fatores compõem as principais causas de osteoporose, conforme enumera a Dra. Adriana Orcesi: “Pico de massa óssea inadequado, ou seja, condições desfavoráveis de saúde na infância e adolescência que podem causar o inadequado acúmulo de massa óssea, como a desnutrição, doenças graves ou longos períodos de imobilização; Perda óssea com a menopausa e envelhecimento; e Doenças, medicações ou condições que causem osteoporose secundária são, em resumo, os principais fatores”.

Por conta dos vários fatores de risco existentes para a osteoporose, a IOF, com o apoio da Febrasgo, criou uma ferramenta online para ajudar a população a conhecer os fatores de risco que podem predispor ao surgimento da doença: o questionário de Verificação de Risco de Osteoporose (http://riskcheck.iofbonehealth.org/). A iniciativa traz um rápido e dinâmico questionário programado para combinar diferentes marcadores biológicos e de hábitos de vida, com a finalidade de alertar sobre os perigos da doença e necessidade de buscar orientação médica.

A osteoporose não apresenta sinais ou sintomas até que uma fratura aconteça. Em geral, o diagnóstico ocorre somente após o aparecimento de fratura de vértebras (coluna), antebraço e quadril (locais de maior incidência), que são as mais prevalentes. Cerca de 20% das pessoas que sofrem uma fratura no quadril morrem no prazo de seis meses após a fratura e 80% ficam com alguma dificuldade para realização de funções cotidianas.

Algumas medidas são essenciais para se ter ossos saudáveis: fazer exercícios regularmente; manter um peso saudável; evitar fumar e tomar bebidas alcoólicas em excesso; e ter uma dieta rica em nutrientes saudáveis para os ossos: vitamina D, proteína e cálcio, são algumas delas.

“O cálcio é um nutriente chave para todos os grupos etários, mas a quantidade necessária varia nos diversos estágios da vida. As demandas são particularmente elevadas durante o período de rápido crescimento dos adolescentes. Da mesma forma alguns estados fisiológicos, como na gravidez e lactação, a demanda também se eleva, ficando de 30 a 50% maior”, aponta a presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da Febrasgo.

Por fim, não há como ignorar este período atípico que vivemos, com a pandemia da COVID-19. “Pacientes com osteoporose são mais suscetíveis a pertencerem ao grupo de maior risco de sequelas graves decorrentes da COVID-19. Porém, tanto a osteoporose quanto seu tratamento em si não se associam ao aumento do risco de contrair o novo Coronavírus ou sofrer complicações graves dessa infecção. Mais do que nunca, permanecer livre de fraturas é fundamental para qualquer pessoa com osteoporose” explica a Dra. Orcesi.

Portanto, prevenir quedas é vital, assim como não interromper o tratamento e realizar consultas por meio da telemedicina também são ações importantes nesse momento. “Vamos nos manter seguros e livres de fraturas, seguindo as orientações que ajudarão a proteger todos os idosos e aqueles que são mais vulneráveis ao impacto desse vírus global”, finaliza a Dra. Adriana Orcesi.


Naturalidade é tendência de beleza para 2021


 Imagem ilustrativa
O que Marina Ruy Barbosa, Gisele Bündchen, Giovanna Ewbank, entre outras celebridades, têm em comum além da fama? Todas exibem uma beleza natural, sem exageros, que torna-se uma tendência entre famosas e anônimas para os próximos anos. 


Segundo a cirurgiã plástica e especialista em laser, Dra. Ana Carolina Chociai, a busca agora é pela beleza natural e proporcionalidade, sem um padrão que deixe todos os rostos iguais.

"As pessoas são bonitas como são e querem envelhecer bem e com naturalidade, o que não significa ficar sem nenhum cuidado mas sim buscar um resultado natural", explica.

De acordo com a especialista, o tratamento facial está em evidência e a busca por tratamentos que melhorem o aspecto do rosto em alta desde que as pessoas foram forçadas a aumentar o volume de reuniões por videoconferência devido à pandemia.

"Trabalhando em casa, as pessoas estão se enxergando muito mais. É como se estivessem de frente para o espelho o tempo todo e isso faz com que observem coisas que antes não as incomodava", comenta a especialista.

Para quem busca rejuvenescimento facial, a cirurgiã destaca que os procedimentos com laser de ultra performance são o que há de mais moderno e podem ser utilizados para potencializar outros tratamentos como bioestimuladores de colágeno, aplicações de ácido hialurônico, entre outros.

Especificamente para a região dos olhos, Dra. Ana Carolina Chociai explica que é possível tratar a flacidez das pálpebras sem cirurgia e postergar uma blefaroplastia. A cirurgiã de Curitiba é também pesquisadora e precursora de uma técnica lançada neste ano que busca o rejuvenescimento dessa região da face. O estudo apresentado e publicado na revista científica Lasers in Surgery and Medicine servirá como base em todo o mundo para aplicação da técnica que recebeu o nome de Eyelift.

"O tratamento da região periorbitária também é uma tendência porque com o uso das máscaras isso está em muita evidência no dia a dia e temos uma grande procura de tratamento para o terço superior. O procedimento prevê uma abordagem completa dos tecidos moles periorbitários (olheiras) tratando além da pele, músculos e ligamentos que também perdem a elasticidade e a firmeza durante o processo de envelhecimento", explica a especialista.



TRATAMENTO CONFIÁVEL


Seja na aplicação de injetáveis ou no uso de tecnologias como o laser, o paciente deve sempre procurar por um profissional de confiança, que tenha estudado e se certificado para estes serviços. Com a demanda crescente deste mercado passam a surgir opções mais baratas e que, apesar de parecem bons negócios à primeira vista, podem trazer complicações.

"O paciente deve buscar o profissional que está apto para orientá-lo sobre a correta indicação daquele procedimento, buscando um alinhamento da expectativa. O profissional também deve estar disponível e ser capacitado", alerta Dra. Ana Carolina.

 


Dr. Ana Carolina Chociai - Cirurgiã plástica

De cicatrizes a alopecia: Como a micropigmentação paramédica pode tratar estes e diversos outros problemas

A micropigmentação paramédica é um procedimento cirúrgico-estético, baseado na introdução de pigmentos não-alergênicos na pele para corrigir, reconstruir e atenuar cicatrizes, deformações e diversos tipos de assimetrias físicas.


De acordo com a micropigmentadora, cosmetóloga e visagista Raquel Normandia, o objetivo principal da micropigmentação paramédica é devolver a autoestima do paciente. “Essa técnica proporciona benefícios não apenas estéticos, como também emocionais e até mesmo interpessoais. Afinal, quando o paciente está bem consigo mesmo, as relações sociais também melhoram”, explica.

O tratamento é feito a partir da inserção de diferentes tipos de pigmentos na derme – a segunda camada da pele – para simular sombras e texturas da forma mais natural possível. Assim é possível solucionar as queixas estéticas, e ainda tratar casos de alopecia, vitiligo e reconstrução mamária.

Em casos de mastectomia, onde há a retirada completa ou parcial da mama, o profissional redesenha as aréolas e os mamilos com uma técnica 3D realista, reconstruindo o complexo aréolo-mamilar. O objetivo é fazer com que as aréolas apresentem uma aparência natural e harmoniosa. “É possível reproduzir todos os detalhes de cor e características próprias de cada mama. Para isso, devem ser considerados pigmentos que se assemelham às nuances e tons da pele de cada paciente”, explica.

A técnica também pode ser útil para pacientes com alopecia nas sobrancelhas e cílios. “É possível redesenhar os fios e amenizar as falhas provocadas pela perda dos pelos ou cabelos de algumas partes do corpo, para que adquiram uma aparência natural”, diz.


Doença do silicone: retirada da prótese é a melhor opção?

Um dos procedimentos mais comuns entre as brasileiras, a colocação de prótese de silicone nas mamas, vem gerando questionamentos após pacientes relatarem que o implante implica o surgimento de diferentes sintomas, como fadiga e alterações hormonais. Como forma de amenizar ou solucionar essas mudanças no organismo, conhecidas como Doença do Silicone, muitas portadoras das próteses optam pela retirada do material. Mas será que essa é a melhor opção?

Segundo o cirurgião plástico do Hospital Edmundo Vasconcelos, Antonio Mauricio Rodrigues de Souza, a remoção da prótese junto com as cápsulas pode apresentar resultados variados no que tange ao alívio dos sintomas. “De acordo com estudos, a resposta ao procedimento é individualizada, ou seja, alguns pacientes apresentam melhora acentuada, quanto outros, nenhuma alteração nos sintomas”, explica. “Entretanto, pessoas que não contam com processos imunológicos associados tendem a apresentar uma evolução maior”. 

Por conta dessa amplitude de resultados, o conselho é sempre manter o acompanhamento médico e, no caso do surgimento dos sintomas, procurar por especialistas, como um reumatologista. “Qualquer intervenção deve ser analisada de forma individual para entender a necessidade e o risco à saúde, pois a Doença do Silicone ainda não é totalmente conclusiva e, portanto, merece sempre atenção especial”, reforça.

Apesar de o problema contar com 56 sintomas catalogados, o médico atenta para o fato de ainda não existir nenhuma comprovação científica entre os sintomas e a colocação das próteses de silicone. “Temos uma gama grande de sintomas descritos por pacientes, entre os quais os mais comuns são fadiga, cefaleia, tremores, insônia, alteração hormonal e perda de cabelo. Porém, ainda não há uma relação direta estabelecida entre os sintomas e o implante, assim como não existem testes ou diagnósticos para a doença”, alerta.

A incerteza mencionada pelo especialista deve-se ao fato dos incômodos relatados serem semelhantes aos da população em geral, o que impossibilita a determinação clara do perigo que se expõe quem faz a colocação de silicone nas mamas. Souza ressalta que a utilização é liberada pela FDA, agência de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos, e pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por haver reduzido risco à saúde dos pacientes. 

 

 


Hospital Edmundo 

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.

Tel. (11) 5080-4000

www.hpev.com.br

www.facebook.com/HospitalEdmundoVasconcelos/

www.twitter.com/Hospital_EV

www.youtube.com/user/HospitalEV

www.linkedin.com/company/19027549

www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos/


4 motivos para você não usar o Chip da Beleza para fins estéticos

Você já ouviu falar sobre o Chip da Beleza? O método vem ganhando cada vez mais atenção e conquistado diversas famosas por seus resultados. Mas, apesar do nome, ele não é um chip e sim um implante de gestrinona, uma progesterona sintética derivada da testosterona com efeito anti progestogênico, androgênico e antiestrogênico. Mas afinal, para o que ele serve?

Segundo a obstetra e ginecologista, Dra. Evelyn Prete, apesar de ser produzido para controle de natalidade, ele não possui apenas ações contraceptivas ou de reposição hormonal, mas também incrementa a libído, supre a menstruação - como consequência tratando a TPM -, aumenta a massa muscular e diminui a quantidade de celulite. 

Mas, o medicamento presente no chip tem seu lado positivo e negativo e não deve ser usado sem orientação médica. O método faz com que o hormônio favoreça a anabolização, ou seja, construa massa magra e músculos, mas, em paralelo, possui efeitos colaterais como aumento de pelos, acnes, queda de cabelo, hipertrofia de clitóris e engrossamento da voz. 

A doutora destaca ainda que as autoridades em saúde, como a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), contraindica o uso desses implantes para fins estéticos. "Sua principal indicação na área médica seria para patologias hormonais, como a endometriose ou necessidade de reposição hormonal na menopausa, mas depois de indicação avaliada com muito cuidado e individualizada pelo médico", explica.

 

Confira abaixo algumas curiosidades sobre o chip da beleza:

 

  1. O Chip da beleza não é recomendado pela Febrasgo por não obedecer a padronização de medicamentos hormonais comercializados no Brasil e por não ter aprovação pela ANVISA;
  1. O medicamento possui efeitos colaterais como aumento da pelos, acnes, queda de cabelo, hipertrofia de clitóris e engrossamento da voz;
  1. O implante é contraindicado para pessoas hipertensas, diabéticas, distúrbios do colesterol, obesas e com tendência à acne;
  1. Os efeitos são diferentes para mulheres de todas as idades e não é um método saudável de emagrecimento;




Evelyn Prete


Os males da pandemia: sedentarismo e falta de cuidado com a saúde

Prática de Muay Thai
Afonso Braga Neto, fundador da Be Fresh Blends, explica como a rotina diária pode afetar na saúde física e mental


Durante a pandemia, muitas pessoas abandonaram suas rotinas, abrindo brecha para improvisos – e nem sempre isso é bom. Improvisos podem ocasionar em uma alimentação mal balanceada, preguiça de fazer exercícios e hábitos de sono desregulados. De acordo com uma pesquisa feita pela BBC, o número de pessoas que praticavam exercícios físicos diariamente teve uma queda de 17,4% durante o período de coronavírus.

Afonso Braga Neto, CEO da Be Fresh Blends, marca de cosméticos e alimentos funcionais, explicou que os horários definem muito a forma que as pessoas se comportam no seu dia a dia; ter um horário exato para a prática de determinada refeição ou exercício pode ser essencial na busca por práticas mais saudáveis e o corpo ideal. “É importante voltar a ter uma rotina saudável, mesmo no home office. É preciso ter horário para acordar, sair da cama, se alimentar, fazer exercícios e trabalhar. Os horários ponderam as nossas motivações e nos organizam, tornando mais fácil a persistência em nossos objetivos. Eu sempre sugiro a prática de hábitos contínuos por 21 dias, porque depois disso, é comprovado por neurocientistas que essa rotina se torna predominante. Não precisamos ser metódicos, mas precisamos entender a importância do hábito para ter uma vida mais saudável”.

Apesar da queda significativa da prática de exercícios diários e o estresse mundial, que pode ocasionar em noites mal dormidas e metabolismo lento, é importante analisar que, por causa da pandemia, brasileiro deixou de lado as atividades no parque e na rua e ciclismo e treino funcional indoor tiveram um aumento de, respectivamente, 42% e 94%.

“Quando chegou a pandemia, ficamos muito limitados pela falta de espaço ou aparelhos para fazer alguns exercícios específicos. Eu sempre tive o privilégio de ter profissionais que me auxiliaram inicialmente online e, atualmente, tomando todos os cuidados necessários, conseguem me ajudar presencialmente também. Me ajudam com musculação, cardio, yoga e muay thai, que me ajudam a produzir mais endorfina, e, assim, libero o estresse, para focar no trabalho e dormir melhor. Por causa dessa realidade, disponibilizei, através das redes sociais de Be Fresh, treinos e dicas saudáveis que colecionei durante esse período de muito estudo e aprendizado sobre nós e o mundo”.

Pensando nos resultados que a pandemia poderia vir a ter no próprio corpo, Afonso diz que se apoiou nos produtos da própria marca. “Eu uso alguns produtos da minha marca para o meu pré e pós-treino, mas para resultados satisfatórios, é preciso manter a prática de exercícios físicos, mesmo que seja em casa”.

Mas essa prática não ajuda só no físico, como também no mental. “Todos os exercícios que você faz, sozinho ou até com profissionais, ajuda muito no equilíbrio mental e espiritual. O muay thai tem sido essencial para descontar minhas frustrações atuais, ao mesmo tempo que a ioga me ajuda na concentração”. Além disso, Afonso atenta para a importância de entender nossa singularidade. “Não podemos ter comparativos extremos de ideiais de corpo e beleza, temos sempre que tentar chegar em nossa melhor versão e nos aceitar da forma que somos”.


Como saber se seu filho é apenas impulsivo ou sofre de TDAH

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 4% da população adulta mundial têm o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. Só no Brasil, o transtorno atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas adultas, afeta 6% das crianças e, no caso dos jovens, 6,9%.

Muitas dúvidas e até informações incorretas cercam o TDAH. O transtorno foi descrito pela primeira vez em crianças, na literatura médica, em 1902, por um pediatra inglês. “Trata-se de uma doença conhecida há um século, mas até hoje há dificuldade em seu diagnóstico e tratamento”, afirma a Dra. Danielle H. Admoni, especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e especialista em Infância e Adolescência na Unifesp.

Ao longo das últimas décadas, ela foi incluída na classificação internacional das doenças da OMS e no manual de diagnóstico da associação psiquiátrica americana, ambos com critérios detalhados para considerar que alguém tenha o TDAH.

Embora as causas do TDAH sejam ainda desconhecidas, admite-se que resulta de uma alteração do neurodesenvolvimento. “Seu diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica bem minuciosa com um profissional médico habilitado para que não haja dúvidas sobre o resultado. Se não houver dúvidas, o tratamento do TDAH pode envolver abordagens psicológica, psicopedagógica e medicamentosa”, diz a psiquiatra.

Na maioria dos casos, segundo Danielle, o tratamento do TDAH é feito com medicações, os psicoestimulantes, estimulantes do sistema nervoso central. “São medicamentos que foram criados em laboratórios por volta da década de 40 a 50, ou seja, eles têm, pelo menos, 60 anos de uso, o que nos proporciona uma boa experiência sobre estas medicações, seja reações e efeitos colaterais como também benefícios. Isso significa que o tratamento medicamentoso é bastante seguro e, em geral, tem resultados bastante satisfatórios”.


E como diferenciar os sinais do TDAH de um quadro de impulsividade?

O TDAH se manifesta na infância, e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) lista dezoito sintomas que nos indicam o diagnóstico. Conheça alguns deles:

a. Frequentemente, não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades

b. Frequentemente, tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas, como conversas ou leituras prolongadas

c. Frequentemente, parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente, parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia

d. Frequentemente, não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho. Costuma começar as tarefas, mas rapidamente perde o foco e o rumo

e. Frequentemente, tem dificuldade para gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tempo; dificuldade em cumprir prazos

f. Frequentemente, evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado, como trabalhos escolares ou lições de casa. Em caso de adolescentes mais velhos e adultos, a dificuldade está no preparo de relatórios, preenchimento de formulários ou revisão de trabalhos longos

g. Frequentemente, perde coisas necessárias para tarefas ou atividades, como materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos ou celular

h. Com frequência, é facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados)

i. Com frequência, é esquecido em relação a atividades cotidianas, como realizar tarefas e obrigações. No caso de adolescentes e adultos, o desafio está em retornar ligações, pagar contas ou manter horários agendados

 

Já a impulsividade apresenta seis (ou mais) sintomas que persistem por, pelo menos, seis meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento, e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais.

“Vale lembrar que, neste caso, os sintomas são apenas uma manifestação de comportamento opositor, desafiador, hostil ou uma dificuldade para compreender tarefas ou instruções”, ressalta Danielle Admoni. Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos nove sinais são apresentados:

a. Frequentemente, remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.

b. Frequentemente, levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado

c. Frequentemente, corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado. (Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude)

d. Com frequência, é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente

e. Com frequência, “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado”. A pessoa não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo, como em restaurantes ou reuniões

f. Frequentemente, fala demais

g. Frequentemente, deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída

h. Frequentemente, tem dificuldade para esperar a sua vez

i. Frequentemente, interrompe ou se intromete nas conversas, em jogos ou em atividades. A pessoa pode começar a usar as coisas de outras sem pedir ou receber permissão. Com adolescentes e adultos, pode intrometer-se em ou assumir o controle sobre o que outros estão fazendo.

De acordo com a psiquiatra, estes sintomas devem estar presentes o tempo todo, em qualquer ambiente, e precisam causar algum tipo de prejuízo funcional à pessoa, como baixo rendimento escolar ou no trabalho. 

Danielle afirma que, uma vez feito o diagnóstico na criança, o ideal é realizar um acompanhamento médico contínuo, que irá avaliar se o tratamento deve ser medicamentoso ou psicoterápico/psicopedagógico. “Conforme o paciente cresce, a tendência é de que o déficit de atenção, a hiperatividade e a impulsividade diminuam, chegando até a desaparecer na idade adulta, em cerca de metade das crianças”.

A psiquiatra lembra também que o diagnóstico de TDAH, seja na criança, no adolescente ou adulto, deve ser feito com rigor, levando-se em consideração todos os critérios já estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria e pela Organização Mundial de Saúde. “Este cuidado irá evitar generalizações indesejáveis e medicações desnecessárias, principalmente nas crianças”, finaliza Danielle H. Admoni.


Como o uso da internet pode impactar crianças durante a infância

Há um mundo cheio de coisas novas nas redes e é preciso avaliar quais conteúdos são ideais para os pequenos


Hoje em dia as crianças já crescem com o instinto de estar presentes na internet, são os chamados nativos digitais, pois já estão inclusos em um cenário tecnológico. No entanto, é fundamental ter atenção com uma série de fatores que podem impactar na vida dos pequenos. Apesar de ser uma ferramenta importante para conhecimento e educação, a web também pode trazer alguns problemas e nesse caso, é papel dos pais manter um controle do uso.

Por conta disso, a mãe da youtuber e influenciadora mirim Lívia Lopes tem muito cuidado com os acessos da filha, mesmo com toda a produção de conteúdo para as redes sociais. “Apesar de ela estar constantemente apresentando material na internet, ela não faz apenas isso. Até porque nos meios de comunicação dela são exibidas as atividades que ela faz no dia a dia, como brincadeiras, coisas que ela gosta de fazer e também o que ela aprende, assim ela pode passar esse conteúdo para outras crianças”, explica a mãe da youtuber.

Ainda assim, o cuidado com o consumo de tecnologia é essencial até mesmo para manter a criança saudável. Segundo o manual da Sociedade Brasileira de Pediatria, o uso excessivo desses aparelhos pode diminuir o rendimento escolar, ansiedade, insônia, sedentarismo, entre outras complicações. Com isso em mente é uma boa ideia fazer como a mãe da influencer e ter algum controle sobre o tempo que os pequenos passam na web.

Existem outros perigos relacionados ao uso dessa ferramenta por crianças e é ideal alertá-las desde cedo sobre eles. Profissionais recomendam que o acesso dos pequenos à internet aconteça somente após completarem pelo menos dois anos de idade e sempre com a supervisão dos responsáveis. Isso porque sem o monitoramento constante, eles podem ficar deslumbrados com as facilidades e não entender os riscos.

É necessário saber e evitar algumas questões específicas deste ambiente. É fundamental lembrar que adicionar ou conversar com estranhos em plataformas sociais não é saudável, além de possibilitar o uso de imagens dos pequenos para fins impróprios. Aconselhe também para que não seja publicado nada que não diria pessoalmente, já que pode ferir outra pessoa e, sempre que possível, denunciar ao ver alguém reproduzindo bullying e discursos odiosos.

“A Lívia tem seis anos e já está fazendo conteúdo para as redes sociais e para o canal no Youtube, mas por conta da idade achamos importante ela ter outras atividades que vão além disso. Procuramos fazer com que ela tenha interesse em outras coisas justamente para que ela não tenha tanta dependência das redes e isso é muito bom para o desenvolvimento dela como pessoa”, a mãe relata.

Um ponto essencial para evitar que as crianças tenham contato apenas com a tecnologia e a internet é apresentá-la a outros espaços. Uma boa maneira de fazer isso é cultivando hábitos como ir ao parque e ter contato com a natureza, brinquedos e até mesmo animais.

Mas calma, existe o outro lado da tecnologia! E esse precisa ser utilizado com maior frequência, especialmente quando se trata de crianças. É possível utilizar esse meio para incentivar a criatividade e conhecimento deles através de materiais próprios para isso. Pense em apresentar, antes de qualquer coisa, as qualidades dela, pois com uma boa curadoria, eles podem conhecer conteúdos sobre todas as disciplinas de formas divertidas e lúdicas, aprender novas brincadeiras, se conectar a pessoas interessantes e até mesmo buscar a leitura como um hobby.

“O tempo que a Lívia passa na internet é importante para aprimorar os conhecimentos dela, até porque é com isso que ela fazer pesquisa, estudar, conhecer coisas novas e também tem ideias do que pode mostrar nos vídeos que produzimos, o que é algo divertido para ela”, finaliza.

 


Lívia

instagram @liviademarchilopes

https://www.youtube.com/channel/UCRexmAqMjVAuSizMYiUhLyg


Perdoar ou pagar na mesma moeda? Psicóloga Amanda Fitas fala sobre traição

A profissional destaca também por que é mais comum homens traírem

 

A traição é mais comum entre homens do que mulheres no Brasil. Entre eles, 50,5%, admitem já terem sido infiéis em seus relacionamentos.  A traição foi admitida por 30,2% das mulheres. Os dados foram obtidos através da pesquisa Mosaico 2.0, conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com o apoio da farmacêutica Pfizer. Entre homens e mulheres, a média nacional de traição é de 40,5%.


 

Mas, afinal, por que homens traem mais?

 

"Tem a questão cultural, obviamente, do machismo, da normalização da traição. Tem também a questão que a pessoa precisa de uma autorização interna para ela trair.  É mais comum, inclusive, traição em pessoas que ainda estão ainda visando buscar um prazer de curto prazo. Elas desejam uma outra pessoa e preferem viver aquele momento e, muitas vezes, sacrificar relações duradouras. Então é mais comum que a gente veja esse cenário em pessoas que se autorizam a trair mesmo que vá sacrificar algo de longo prazo.  Isso acontece mais por homens pela autorização que os homens se dão. Então, se eu acredito que as consequências não vão ser grandes. Dependendo daquilo que eu vi ao longo da minha vida, que eu formei ao longo da minha história. Aquilo que eu vi quando criança. O meu contexto familiar, aquilo que eu fui capturando no meio, eu posso ter uma tendência maior a trair, a normalizar a traição", explica psicóloga Amanda Fitas, especialista em relacionamentos. 

 

De acordo com a psicóloga, as pessoas traem porque elas visam o benefício daquele momento. Ela também afirma que a traição pode estar ligada a 

maturidade. 


 

"Ele acredita que é melhor tomar essa decisão naquele momento e ele desconsidera o longo prazo, o que pode vir de punição ou nem acredita que terá punição. Normaliza aquilo internamente ou porque já normalizou desde a infância. Normalmente, a pessoa já tem essa estrutura fragilizada, onde ela não consegue se manter firme em propósitos maiores, em coisas que exijam uma responsabilidade maior, uma maturidade maior. Essas pessoas têm a tendência a trair. Pode acontecer com qualquer pessoa imatura. É mais comum a gente vê, principalmente em pessoas mais jovens. Pessoas que traíram às vezes na adolescência e não vão trair na vida adulta. Tem todo um contexto também relacionado a questão de maturidade. A pessoa saber valorizar coisas sólidas, de longo prazo e não só ficarem nos prazeres de curto prazo", pondera. 


 

Ainda segundo Amanda, até mesmo quem acha que ama muito alguém pode trair. 

"Ela pode sentir realmente que ama e que gosta, porém é um amor infantil. É um amor que ela acaba desconsiderando a outra pessoa para se beneficiar. Pensa só nela. É comum. Tem muita gente que traiu e diz que se arrepende, mas quando tem a oportunidade, vai trair de novo, mas é porque ela não entende que ela tem um amor que só olha para ela mesma, que esquece que ela pode prejudicar muito alguém". 

 

Já sobre perdoar uma traição, não é uma tarefa nada fácil. A pessoa traída vai ter que lidar com uma série de questões internas para bancar esse perdão. 

 

"Ela vai ter que lidar com a própria insegurança dela e com a sensação de que talvez ela não seja suficiente para esse outro. Isso é uma crença muito grande da pessoa traída, que de fato não sente que é boa suficiente para o mundo, que ela tem potenciais e forças suficientes para seguir em frente. Quando acontece uma traição, a própria insegurança fica atacando, dizendo que ela não é boa o suficiente, que o outro vai fazer de novo. Ela pode muito querer perdoar, mas ela vai ter que lidar com o sistema muito forte de autodestruição e às vezes ela pode não conseguir lidar com isso. É como se ficar com a pessoa fosse um martírio gigantesco e ela pode vir a terminar depois. Mas também pode acontecer da pessoa conseguir se reestruturar esse sistema, parar de se auto atacar, enxergar com outros olhos, ressignificar e, assim, ela conseguir perdoar uma traição e ficar junto, às vezes, pelo resto da vida". 

 

Então, e se o traído quiser continuar o relacionamento, mas quer se vingar. Pagar na mesma moeda pode ser a solução?

 

"É uma decisão imatura tanto quanto a traição. É péssimo, não é uma boa estratégia, é a pior delas. Uma pessoa que tenta atacar a outra pessoa para se sentir bem não é alguém maduro. Quando eu falo desse sistema de estruturação, onde você de fato sabe o que é importante para você e entende seus princípios, os seus valores, fica forte em algo que vai te fazer feliz e trazer orgulho no longo prazo. Isso, com certeza, traz uma sensação muito maior de felicidade do que uma pessoa que fica tentando se vingar, tentando atingir.  Mesmo que ela traia, a primeira pessoa que ela feriu e contradisse, já que ela não acha a traição algo legal, foi ela mesmo. Se ela tá agindo de uma forma incongruente com aquilo que ela gostaria, ela mesma é a maior prejudicada. Não é a melhor estratégia", finaliza. 


Uso de maconha entre idosos: um velho novo problema?

Transtornos mentais podem ser acentuados e mais complexos em pacientes que usam maconha, cujo consumo cresce exponencialmente no mundo, inclusive na população com 45 anos ou mais

 

A cannabis é a substância psicoativa mais consumida do mundo. E se engana quem pensa que apenas o público jovem cai na marola da maconha, acreditando que a droga está associada a fins recreativos e que não causa dependência. Os idosos também estão entre os consumidores da droga, de acordo com diversas pesquisas científicas.

Os dados o National Epidemiologic Survey on Alcohol and Related Conditions (NESARC-III) de 2012-2013, mostraram que 3,9% das pessoas com idade ≥ 50 anos relataram o uso de maconha no ano anterior a pesquisa. Outro estudo importante, desenvolvido a partir dos dados da National Epidemiologic Survey on Drug Use and Health, com amostra probabilística (47.140 americanos com idade igual ou superior a 50 anos) e coletada entre 2006 a 2013, mostrou que o consumo de maconha nessa população aumentou significativamente em 57,8% para adultos com idades entre os 50- 64 anos, e 250% para os acima de 65 anos.

Para Alessandra Diehl, psiquiatra e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Sobre o Álcool e outras Drogas (ABEAD), essa questão preocupante é tratada num capítulo intitulado "Uso de maconha entre idosos: um velho novo problema" da obra “Maconha: prevenção, tratamentos e políticas públicas”, organizado por ela em parceria com a pesquisadora Sandra Pillon, que acaba de ser lançado pela editora Artmed.

"O consumo de cannabis nesse grupo etário da população nas últimas décadas aumentou significativamente, superando as projeções e o recente crescimento observado em todas as demais faixas etárias", relata a psiquiatra. Na opinião da especialista, o consumo de substâncias nas populações jovem e adulta são temas já bem documentados em estudos, mas ainda há lacunas nas pesquisas científicas que abordem o fenômeno do consumo de maconha entre os idosos.

Segundo ela, existem algumas possibilidades que talvez possam justificar estas taxas crescentes de consumo de maconha entre os idosos. Uma delas entende que as pessoas que vivenciaram a adolescência em momentos em que as drogas eram populares e amplamente disponíveis foram os mais propensos para o uso de drogas e, possivelmente, continuaram usando. “Os indivíduos nascidos entre os anos de 1946 e 1965, os babies boomers, apresentaram taxas mais elevadas de uso de substâncias durante a juventude em comparação à população de cortes anteriores. Uma parte significativa dessa geração continuou a usar drogas e, atualmente, essas pessoas têm mais de 50 anos”, argumenta Alessandra.

Ela relata que, outra possibilidade, pode estar ligada à legalização do uso recreativo em alguns países e estados americanos. Esse fator contribui para a diminuição nas percepções dos riscos associados ao uso de maconha e, portanto, apesar dos efeitos adversos relatados, muitas pessoas acreditam que a cannabis pode ser uma terapia alternativa ou complementar importante. “Em relação ao "uso medicinal", os resultados de estudos incipientes são muitas vezes inconclusivos e diversos nesta população. Muitos pacientes mais idosos agora solicitam o uso da cannabis para o tratamento das morbidades e consequências adversas relacionadas, como dor crônica, por exemplo. Compreendendo que a grande parte da população e uma proporção ainda mais proeminente de usuários dos serviços de saúde, os idosos constituem um grupo-alvo que também têm feito a requisição de "tratamento" com cannabis medicinal em outros países”, diz Alessandra.

Vale lembrar que a população geriátrica tem maior probabilidade de apresentar múltiplas comorbidades e está sujeita a polifarmácia. O uso de maconha, medicinal ou recreativo, complica o quadro com efeitos colaterais aditivos do sistema nervoso central. Os transtornos relacionados ao uso de substâncias implicam em consequências biopsicossociais na população idosa, incluindo prejuízos cognitivos, questões de saúde como queda, problemas respiratórios e delirium, sociais e enfraquecimento funcional. No entanto, a identificação do uso de maconha entre os idosos tem sido uma barreira entre os serviços de saúde, sendo que muitos usuários nunca recebem tratamento específico, por uma série de razões, sendo a mais notável a falta de detecção.

A psiquiatra alerta ainda que, à luz da escassez de evidências clínicas e do aumento das solicitações de informações ou do uso dos pacientes idosos por canabinoides medicinais, irá requerer uma abordagem clínica pragmática. “Precisamos estabelecer um diálogo racional com pacientes idosos e seus familiares, destacando a importância da criteriosa avaliação e do cenário atual de evidências científicas sobre o uso da maconha com fins medicinais”.  

 

Aumento da expectativa de vida X saúde pública

Outra situação que deve ser levada em conta é o aumento da expectativa de vida e da inversão da pirâmide demográfica. No Brasil, a população idosa cresce em ritmo acelerado e passou de 19,5% no período entre 2012 e 2017. Acredita-se que, até 2060, os idosos vão chegar a 81 anos e representar 32% da população brasileira - sendo que em 2013 ocupavam apenas 13% da pirâmide demográfica. Os dados são do IBGE.

“É consenso que os idosos usam drogas prescritas ou não, ilícitas ou legais, os quais podem ser catalisadoras ou agravantes de outras doenças mentais. Esse é um problema grave, sobretudo se consideramos que a previsão é de 15 milhões de idosos com transtornos psiquiátricos para 2030 em decorrência das mudanças na pirâmide demográfica”, finaliza Alessandra Diehl.




O Livro “Maconha: Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas”, das autoras Alessandra Diehl e Sandra Pillon, lançado no último mês de setembro de 2020, já está disponível para pré-venda e maiores informações de conteúdo no link: https://busca.grupoa.com.br/search/?query=maconha.

 

Estação Capão Redondo terá vacinação gratuita contra o sarampo amanhã (23/10)

Ação em parceria com a UBS do Jardim Lídia conta com apoio de colaboradores da ViaMobilidade para orientar população

 

Nesta sexta-feira, dia 23 de outubro, a Estação Capão Redondo da Linha 5-Lilás de metrô, receberá, das 10h às 15h, mais uma etapa da campanha de vacinação contra o sarampo. A ação - uma parceria da ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo, com a Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Lídia - será repetida na próxima quarta-feira, dia 28, no mesmo local.

O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade, uma pessoa pode transmitir para até 18 outras pessoas. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

Nesta nova etapa de Mobilização Nacional de Vacinação contra o Sarampo, a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, deve imunizar a população com idade entre 20 a 49 anos. Para receber as vacinas é necessário apresentar um documento de identificação.

Colaboradores da concessionária orientarão os passageiros em fila para que mantenham o distanciamento físico correto. Os profissionais de saúde que aplicarão as vacinas estarão equipados com máscaras, aventais e utilizando álcool em gel.

 

Serviço - Vacinação contra o sarampo dias 23 e 28 de outubro

Estação Capão Redondo (Linha 5-Lilás)

Horário: Das 10h às 15h

Endereço: Av. Carlos Caldeira Filho, 4261


Posts mais acessados