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quarta-feira, 22 de julho de 2020

SBC realiza estudo inédito sobre síndrome do coração partido


Mapeamento visa conhecer o perfil epidemiológico da doença no país para melhorar o diagnóstico, o tratamento e a adoção de políticas públicas de prevenção


A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) está realizando um estudo inédito no país sobre a síndrome de Takotsubo, que vai criar um registro nacional sobre a doença. O mapeamento visa conhecer o perfil epidemiológico da síndrome no país para melhorar o diagnóstico, bem como proporcionar tratamentos mais eficazes e políticas públicas de prevenção à patologia.

Também conhecida como “síndrome do coração partido” e “cardiomiopatia por estresse”, ela ocorre quando os músculos do coração enfraquecem, causando dor no peito, falta de ar ou cansaço, sendo desencadeada por eventos estressantes e não por bloqueios na corrente sanguínea, mas se apresenta como se fosse ataque cardíaco e pode ser fatal em casos raros, mas ainda tem perfil desconhecido no país.

O cenário brasileiro sobre a síndrome pode estar igual ao que vem acontecendo nos Estados Unidos, onde médicos da Cleveland Clinic, em Ohio, descobriram um aumento da incidência de Takotsubo durante a pandemia de Covid-19. Em dois hospitais do sistema de saúde americano, os diagnósticos de cardiomiopatia por estresse aumentaram durante março e abril e a doença foi diagnosticada em 7,8% dos pacientes que chegaram ao pronto-socorro da instituição com dor no peito e outros possíveis sintomas cardíacos. Isso foi quatro a cinco vezes maior do que as taxas observadas nos períodos pré-pandêmicos, que oscilavam entre 1,5% e 1,8%, segundo o estudo publicado em julho na revista médica JAMA Network Open.

Foram analisados 1.914 pacientes por cinco períodos distintos ao longo dos dois meses, incluindo uma amostra de mais de 250 pacientes hospitalizados durante o pico inicial da pandemia. A média de idade da incidência da síndrome foi de 67 anos, majoritariamente em homens, contrariando os dados estatísticos que dizem que o maior acometimento da doença é em mulheres no período pós-menopausa. O curioso é que, embora a Covid-19 possa levar a complicações cardíacas, nenhum dos pacientes diagnosticados com Takotsubo descrita no artigo americano apresentou resultado positivo para a infecção.

“A pandemia por Covid-19 por si só gera grande estresse emocional, como acontece também em situação de guerra. A emergência em saúde devido ao novo coronavírus pode estar aumentando o número de infartos, de crises hipertensivas, de pessoas obesas, com ansiedade e depressão, em função de todo o contexto da pandemia, que causa falta de perspectivas e mudança de hábitos. Tudo isso leva a uma condição final de extremo estresse, que é gatilho para o desenvolvimento da síndrome de Takotsubo em indivíduos que têm predisposição genética”, explica o cardiologista Marcelo Westerlund Montera, coordenador do registro nacional da doença da SBC.

Mais um motivo para conhecer o perfil da síndrome no país que tem 14 milhões de pessoas acometidas por doenças cardiovasculares, responsáveis por mais de 30% das mortes no Brasil. São mais de 300 mil óbitos todos os anos, configurando um problema de saúde pública agora agravado pela pandemia do novo coronanvírus.

“O mapeamento da SBC sobre a síndrome de Takotsubo vai trazer para nós cardiologistas uma visão do comportamento da doença no Brasil, suas manifestações, se ela segue o padrão mundial e sua evolução, como toda doença deve ter. Vai ser um registro nacional pujante para ter uma visão plena e oficial da síndrome, o que é fundamental para se ter bases para melhor entendimento, melhor diagnóstico e, por fim, melhor tratamento”, afirma Montera.

O estudo teve início em junho, e até o momento 32 centros que atendem pacientes com problemas cardíacos em todo o país estão cadastrados na plataforma de banco de dados organizado pela SBC, por meio do Departamento de Insuficiência Cardíaca e do Grupo de Estudos de Cardiomiopatias da entidade. A estimativa é ter ao fim do registro os dados analisados de mais de 400 pacientes, o que representará um dos maiores arquivos mundiais sobre a síndrome feito por um único país.

Atualmente, o único levantamento disponível no Brasil sobre a doença é um estudo regional com 169 pacientes internados com diagnóstico de Takotsubo ou que desenvolveram essa condição durante a internação, entre outubro de 2010 e o mesmo período de 2017, em 12 hospitais do estado do Rio de Janeiro, que será publicado no próximo mês nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia da SBC. A análise trouxe que a média dos pacientes acometidos pela síndrome tinha 71 anos, era em sua maioria mulheres (90,5%), com prevalência de dor torácica (63,3%) e histórico de estresse emocional considerável, registrado aproximadamente em 40% dos casos.

“Os resultados mostram não se tratar de patologia benigna como se pensava. Há riscos de complicações e mortalidade. Estratégias de abordagem específica devem ser desenvolvidas a fim de melhorar a qualidade do atendimento e os desfechos clínicos desses pacientes”, orienta o presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e coordenador da Universidade do Coração da SBC, Evandro Tinoco Mesquita.


Impacto da pandemia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia dado o alerta sobre o impacto do coronavírus na saúde mental, prestando atenção especial ao isolamento da vida com distanciamento. E os médicos consideram que o cenário da pandemia colabora para o aumento de fortes emoções, responsáveis pela síndrome de Takotsubo, cuja primeira descrição foi registrada em 1991, no Japão. “Agora, o estresse da pandemia, do medo do vírus à perda de emprego, com a condição psicossocioeconômica das pessoas, não é difícil imaginar por que motivo a cardiomiopatia por estresse aumentaria”, afirma Mesquita.

Ele alerta para outro problema. O receio da contaminação também tem feito pacientes portadores de doenças cardiovasculares, e de outras doenças agudas, que necessitam de acompanhamento médico, negligenciarem a rotina de saúde, deixando de ir médico.

A SBC já vinha acompanhando a situação por causa da redução no número de atendimentos cardiológicos de urgência em o todo o país durante a pandemia. Como não havia informações consolidadas nem uma explicação única sobre a diminuição, apenas o fato de as pessoas não estarem chegando às emergências, mas mortes por causas cardíacas continuarem acontecendo, tendo a Covid-19 como um fator complicador, em parceria com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil), a entidade analisou, interpretou e consolidou, com o apoio de médicos e pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), os óbitos em domicílios por doenças cardiovasculares.

As informações disponíveis no Portal da Transparência (https://transparencia.registrocivil.org.br) mostram que houve aumento de 31,82% no número de óbitos em domicílio por doenças cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral (AVC), infarto e doenças cardiovasculares inespecíficas, como a parada cardiorrespiratória e a morte súbita, que pode ser ocasionada pela síndrome do coração partido, no período de 16 de março – quando aconteceu a primeira morte por Covid-19 – até o fim de junho de 2020. Foram registradas 23.342 mortes nos meses de pandemia, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram 17.707.

Somente as mortes em domicílio causadas por doenças cardiovasculares inespecíficas registraram um aumento de 90,06%. Foram 9.640 mortes durante a pandemia, ante 5.072 no mesmo período do ano passado.

Mesquita explica que a síndrome do coração partido representa 1% dos casos de infarto e pode ser que muita gente tenha tido a doença durante a pandemia e ficado em casa ou ter ido a óbito por morte súbita. “Por isso é tão importante a visão da SBC de implantar o registro nacional da síndrome de Takotsubo. Ter esse material muito bem documentado e chamar a atenção para o problema”, ressalta.

Para ele, esse mapeamento também cria um alerta para a comunidade cardiológica, porque não se sabia que a doença poderia afetar tanto as pessoas não infectadas pelo novo coronavírus, como mostrou a pesquisa americana. “Ela chamou a atenção para que olhemos também para a população sem Covid-19. Tendo dor no peito, com mais de 60 anos, sendo mulher na menopausa ou homem também nesta faixa etária, como mostrou o estudo da Cleveland Clinic, o que não é comum, deve-se procurar assistência médica, pois a síndrome de Takotsubo na fase aguda é potencialmente fatal e não se consegue distinguir facilmente do infarto.”


Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da síndrome do coração partido considera os dados obtidos no exame físico e no levantamento da história do paciente, assim como o resultado de exames laboratoriais de sangue, uma vez que a presença de certas enzimas na corrente sanguínea pode sugerir doença cardíaca.

Vencida essa primeira fase, exames não invasivos, como eletrocardiograma e ecocardiograma, raios-X de tórax, ressonância magnética e angiograma coronariano, são úteis para fechar o diagnóstico, pois ajudam a identificar a existência ou não de irregularidades na estrutura e no funcionamento do coração.

Não existe tratamento específico para a síndrome. Mesmo assim, ele pode ser útil para reduzir o esforço do coração durante o processo de recuperação e evitar novas crises.

Os medicamentos utilizados nessa fase são praticamente os mesmos indicados nos casos de insuficiência cardíaca grave associada ao infarto do miocárdio. São exemplos dessas drogas os inibidores ECA para controle da pressão arterial, os betabloqueadores para diminuir a frequência cardíaca, os diuréticos para reduzir a concentração de líquidos no organismo e os remédios para alívio do estresse.
Técnicas de relaxamento e meditação também podem trazer alguns benefícios, já que se trata de cardiomiopatia induzida por estresse.

Não existe nenhuma fórmula eficaz para prevenir a síndrome do coração partido, mas é fundamental estar sempre alerta a fim de identificar os agentes estressores que podem provocar danos no organismo. Nesse sentido, a prática regular de exercícios físicos já demonstrou sua eficácia no controle do estresse que sobrecarrega o coração.





SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Aplicativo "Alívio Coronavírus" é lançado em parceria com Faculdade de Medicina de Jundiaí


Criado pelo pesquisador e consultor Julio Troncoso com apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica da FMJ, o app gratuito traz 400 questões sobre o vírus, 50 delas dedicadas às crianças. A intenção é educar de forma lúdica sobre a Covid19



Com foco nas medidas de prevenção para Covid19 e seguindo as diretrizes da Organização.

 Mundial de Saúde – OMS, nasceu o exclusivo Aplicativo ‘Alívio Coronavírus’, jogo destinado a adultos e crianças, que visa informar corretamente e de maneira lúdica sobre os cuidados necessários de combate à pandemia e dados que demonstram a evidente ameaça que este vírus representa para todos. O app é gratuito e não têm fins lucrativos.

O novo aplicativo é um lançamento do Dor Crônica - O Blog, projeto filantrópico de educação em dor no Brasil, idealizado por Julio Troncoso, PhD em Comportamento pela Cornell University (EUA); com consultoria de Rosana Pereira, administradora de empresas com pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas. O app tem o apoio institucional da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ).

“As mídias têm informado sobre o Coronavírus, porém não educam. Muitas pessoas ainda estão confusas e não perceberam a gravidade do vírus e a ameaça que representa para todos e como pode se alastrar rapidamente contagiando a pessoa e a sua família. Este é um momento de educar. O app esclarece e instrui usando uma linguagem acessível de forma muito simples, e ainda possibilita ao jogador testar o seu conhecimento do vírus e a Covid19 ‘se divertindo’”, conta Troncoso, criador do ‘Alívio Coronavírus’ e consultor e pesquisador. O aplicativo tem objetivo puramente filantrópico. “Espero ajudar o maior número de pessoas a realmente tomar medidas que previnam a doença”.

Segundo a dra. Ana Carolina Marchesini de Camargo, vice-diretora da FMJ, mestre e doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, onde é professora adjunta da disciplina de Ginecologia – o aplicativo é uma ferramenta educativa que ajuda a orientar sobre os riscos, medidas de proteção, mitos e verdades sobre o Coronavírus, entre outros, e abrange assuntos de interesse da população em geral, de forma agradável. 

O app será o primeiro produto do Núcleo de Inovação Tecnológica da FMJ, criado este ano e que está integrado à proposta da Prefeitura Municipal de Jundiaí em conceber um ecossistema de tecnologia e inovação.

Criado em parceria com a empresa Overtime Studios, o novo app tem 400 afirmações e permite jogar sozinho ou com um oponente. Cada jogada dura em torno de 15 segundos. O jogador avalia cada afirmação em termos de Verdadeira ou Falsa e a resposta correta é fornecida em seguida, acompanhada de uma explicação científica. Acertos e erros significam avançar em um tabuleiro virtual ou retroceder no percurso, com o número de casas dado aleatoriamente por uma roleta.

Essas são algumas das afirmações do jogo, escritas ou faladas para os adultos, pais, educadores e à população no geral:

- A pessoa que teve Covid19 e melhorou dos sintomas, pode infectar outros.

- O sintoma mais claro de que a pessoa pegou o Coronavírus é a falta de ar.

- O vírus pode permanecer viável em aerossóis por até 3 horas.

Cinquenta destas questões são dedicadas às crianças com abordagem especial: são ilustrações de autoria de Sergio Xavier de Lima e todas as perguntas são faladas, entre elas:

- A gente sabe que pegou o vírus porque fica tossindo.

- Cumprimentar com beijinhos ou apertando as mãos, pode transmitir o vírus.

- Assim que a quarentena acabar, vou poder abraçar os meus pais, os meus amigos.

- Resfriado, gripe e coronavírus é tudo a mesma coisa.

Com informações fundamentais, o aplicativo esclarece sobre o que é o vírus, como ataca o corpo, como é transmitido, quais os sintomas e o que fazer diante deles, as medidas de contenção, os testes de diagnóstico, as vacinas em curso, entre várias outras questões.         

“A montagem do banco de dados foi um desafio, pois antes de produzir o aplicativo pesquisei muito de fontes seguras e sérias (Nature, The Lancet, Organização Mundial da Saúde, Centers for Disease Control and Prevention, PubMed...). E os estudos continuarão, pois as afirmações serão constantemente atualizadas”, conta o Julio. O conteúdo do app foi revisado por Dr. Jaime Olavo Marquez, neurologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor; e pela Dra. Patrícia Bonazzi, infectologista da FMJ.

O aplicativo ‘Alívio Coronavírus’ está disponível gratuitamente no Google Play para celulares Android: https://bit.ly/alivio-coronavirus. E em breve poderá estar também no Apple Store para sistema IOS.





Julio Troncoso – Estudioso da área de dor, criador do Dor Crônica – O Blog, já lançou 10 e-books e dois aplicativos relacionados à esta temática. Após sofrer por 25 anos de dor cervical, passou a se dedicar a pesquisa sobre dor crônica, e assim desenvolveu uma estratégia de vida e um tratamento multifatorial capaz de controlá-la. É membro da SBED – Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor e da ABCT – Association for Behavioural and Cognitive Therapies, USA e do WIP – World Institute of Pain, Troncoso é um pesquisador profissional e o fato de falar quatro idiomas facilitou interpretar, compilar e analisar as mais diversas pesquisas realizadas no mundo sobre a dor feminina e o viés de gênero na saúde, e trazer como resultado o e-book ‘O Paradoxo de Eva’, juntamente com o aplicativo gratuito ‘Alívio Mulher’, jogo inédito no mundo e exclusivamente sobre dores femininas. ‘Alívio Coronavírus’ é o terceiro aplicativo desenvolvido por Troncoso, que realiza seus projetos com um único objetivo: ajudar educando na área de saúde.



Dor Crônica – O Blog (https://dorcronica.blog.br) - projeto filantrópico de educação em dor no Brasil, que abriga artigos, posts, e-books, vídeos, questionários médicos, aplicativos, cartuns, lâminas pedagógicas e outros conteúdos de redes sociais, entre outros. O blog faz em média cinco postagens semanais sobre um assunto que, segundo avalia Troncoso, tem poucas publicações, pouca fonte de informação e não é valorizado nas instituições formadoras de profissionais de saúde. “Este projeto é dedicado a ajudar a construir uma consciência sobre Dor Crônica”, explica.



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Como manter os dentes brancos depois do clareamento

Smilink
Divulgação 


Em tempos de reuniões por videoconferência, os dentes ganharam destaque e a procura por clareamento dental cresceu. Porém, alguns hábitos devem ser incorporados pós-tratamento para que os resultados sejam mantidos por mais tempo. A Smilink, marca de alinhadores e clareadores dentários, separou algumas dicas de alimentos que devem ser evitados e práticas que devem ser tomadas para manter o sorriso branco.  

  1. Ingerir alimentos naturais.
Sabemos que café e vinho em excesso são os grandes vilões contra os dentes brancos, porém a ingestão de alimentos artificiais, que levam corantes em suas composições, pode acelerar o processo de escurecimento do esmalte dos dentes. Evite também molho de tomate, beterraba e shoyu.

  1. Evitar tabaco.
Não é uma novidade que o fumo é nocivo à saúde por inúmeros motivos, mas os dentes podem ser fortemente prejudicados por conta dele. As toxinas do tabaco fixam nos dentes, causando amarelamento do esmalte, além de provocar gengivite e até o câncer de boca.

  1. Fazer a escovação correta após as refeições.
O que pouca gente sabe é que escovar os dentes logo após as refeições pode prejudicar o esmalte porque a saliva não terá tempo de neutralizar os ácidos ingeridos. O ideal é fazer a escovação depois de 20 minutos, com o uso de fio dental e um creme dental adequado para quem quer clarear os dentes, evitando a placa bacteriana e consequentemente o escurecimento dos dentes.

  1. Escolher a escova dente certa.
A escolha da escova de dente também é supernecessária para quem quer manter o clareamento e cuidar da saúde bucal. Cerdas macias são as mais recomendadas por não agredirem os dentes, nem a gengiva, além de não produzirem atrito contra o esmalte.

  1. Não usar enxaguantes bucais coloridos.
Enxaguantes e antissépticos bucais, apesar de serem ótimos aliados na eliminação de germes e bactérias, podem conter corantes que amarelam os dentes.

Após o clareamento, é importante que o dentista recomende o produto ideal para o caso, preferencialmente os que não contêm álcool na composição.

Além de todos os cuidados, é recomendado que todo o pós tratamento seja acompanhado por um especialista que fará a manutenção e auxiliará em relação aos novos hábitos.


Ciência e Espiritualidade - União Em Favor da Vida


Cada Dia Mais a Ciência Se Aproxima da Espiritualidade


Não é de hoje a discussão entre ciência e religião e suas polêmicas no meio acadêmico.


Atualmente o assunto voltou a tomar fôlego e uma nova percepção tem apontado um caminho comum. Pelo menos é o que mostra certas pesquisas voltadas para o tema religião, religiosidade e espiritualidade.

Ainda em sua fase mais materialista, a ciência nunca foi uma unanimidade. Atualmente esse diálogo entre ciência e espiritualidade encontra maior respaldo acadêmico; desde a exploração da consciência às documentações e estudos das EQMs.

Da mesma forma que hoje a medicina ortodoxa já considera a chamada medicina alternativa e muitos profissionais fazem uso dela, como a homeopatia e a acupuntura.

Hoje há um maior reconhecimento por parte da medicina na importância da abordagem da espiritualidade e da religiosidade, pois muitos pacientes são religiosos ou praticam algum tipo de espiritualidade e isso tem muita influência positiva no enfrentamento das adversidades da vida.

É necessário que o profissional de saúde tenha sensibilidade e saiba acolher cada paciente também, mediante as suas crenças e práticas religiosas.

Para o Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular (GEMCA) da sociedade Brasileira de Cardiologia: “espiritualidade é um conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam pensamentos, comportamentos e atitudes nas circunstâncias da vida do relacionamento intra e interpessoal”.

Para a Dra Bruna Marisa, Médica e Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,   quando se trata do tema, ela é categórica ao afirmar sobre os benefícios da fé, da espiritualidade: Falando em medicina e espiritualidade, hoje eu tenho certeza absoluta, quanto mais perto de Deus estivermos, melhor é a nossa evolução, tanto em saúde física quanto mental”.

Os mais recentes estudos trazem importantes contribuições sob a ótica da epidemiologia associadas com as práticas religiosas e a qualidade de vida.
Através do Nurse’s Health Study, com mais de 74.000 enfermeiras que foram acompanhadas por até 8 anos, foi observado uma redução da mortalidade por todas as causas, como também da mortalidade por DCV ou mesmo por câncer, em 30% das mulheres que frequentam, ao menos uma vez por semana, algum serviço religioso; em relação aquelas pacientes que não tem nenhuma participação religiosa.

Nesse mesmo grupo foi observado que a prática religiosa foi significativamente associada à menor taxa de suicídio.

Segundo a Dra. Bruna Marisa, a gratidão é outro ponto que ela faz questão de ressaltar, além da importância de olhar as situações de maneira positiva. “Do jeito que encaramos o problema faz toda a diferença. Eu sempre vou olhar o lado positivo dos problemas, das dificuldades e tentar aprender com elas. O paciente que encara a vida da melhor forma tem menos problemas”.

Podemos estar diante de uma nova visão acadêmica que enfatiza uma ciência que, além do uso racional e da investigação científica, está agregando com mais prioridade os valores humanos como compaixão, tolerância, cooperação e fá, valores esses pregados nas doutrinas religiosas e nas filosofias e tradições espirituais milenares.





Dra Bruna Marisa - médica, Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, especialista em emagrecimento e pós graduada em medicina ortomolecular.


Fonte: SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia


Câncer de cabeça e pescoço é segundo tipo com maior incidência entre os homens e o quinto mais comum entre as mulheres


Dr. Marcos Loreto, diretor técnico médico da Omint e cirurgião de Cabeça e Pescoço explica sobre prevenção e tipos de cânceres, que têm como principais fatores de risco o tabagismo, o consumo de álcool e as infecções por HPV


No dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização, Prevenção e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, anualmente, são mais de 550 mil casos novos no mundo. Só no Brasil, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 23 mil novos casos são registrados todos os anos, e a maior incidência está relacionada ao uso excessivo de tabaco e bebidas alcoólicas.

No país, os tumores de cabeça e pescoço mais frequentes são da cavidade oral e da laringe. “A infecção pelo HPV é um importante fator de desenvolvimento do câncer de faringe. Uma das formas de  contágio por essa infecção é por meio da prática do sexo oral e em pessoas com múltiplos parceiros sexuais. Nos últimos anos, principalmente no território da faringe, houve um aumento de tumores relacionados ao papiloma vírus, por isso incluir o sexo seguro como forma de prevenção para a população também se faz necessário”, declara Dr. Marcos Loreto, diretor Técnico Médico da Omint e cirurgião de Cabeça e Pescoço.


Diagnóstico precoce pode salvar vidas

O câncer de boca, laringe e demais locais é o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas. No entanto, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no princípio da doença. Segundo Dr. Loreto, a orientação é de tornar habitual a observação de gengivas, bochechas, céu da boca, língua e região abaixo da língua.

Além disso, os principais sinais que devem ser observados são lesões que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas, nódulos no pescoço e rouquidão persistente. “Nos casos mais avançados, também há dificuldade na fala, mastigação e no ato de engolir, além da sensação que há algo preso na garganta. Dessa forma, para que o câncer seja detectado e diagnosticado da forma mais precoce possível, é imprescindível que o indivíduo observe os sinais e procure um cirurgião de cabeça e pescoço assim que notar qualquer ferida na boca e garganta que não cicatriza há mais de 15 dias”, esclarece o médico.


Avaliação clínica e tratamento

Quanto à tireoide, a presença de nódulo endurecido, associado a gânglios aumentados no pescoço ou ao sintoma de rouquidão, pode ser indicação de um tumor maligno na região. O médico esclarece que os tumores de cavidade oral, se diagnosticados no início e tratados de forma adequada, a maioria dos casos – que pode chegar a até 80% – pode ser curável. “Normalmente, o tratamento inclui cirurgia e radioterapia, tanto de forma isolada quanto associada. Os dois procedimentos têm bons resultados nas lesões iniciais, que são aquelas restritas ao local de origem. A indicação clínica depende localização do tumor e das alterações funcionais que podem ocorrer durante o tratamento”, explica Dr. Loreto.

Em relação ao câncer na tireoide, o tratamento normalmente é cirúrgico. A retirada total ou parcial do órgão, conforme o caso, costuma ser o tratamento de escolha. No entanto, dependerá das características do tumor, como tamanho, invasão de estruturas, presença de lesão fora da tireoide, além do sexo e idade do paciente. Dr. Loreto ainda complementa que, em casos de cânceres que apresentem disseminação para gânglios no pescoço, o tratamento do tumor primário deve ser associado à retirada deles de maneira sistemática, que é o esvaziamento cervical ganglionar. A complementação terapêutica com o iodo radioativo deve ser sempre considerada em pacientes com tumores diferenciados, classificados como de alto risco e submetidos à retirada total da tireoide.

Pesquisadores brasileiros descobrem óleo essencial que acelera cicatrização em diabéticos


Extrato da erva baleeira é base de pomada que pode evitar uma das mais temidas consequências do diabetes: a amputação de membros. Planta é encontrada no litoral brasileiro


O Brasil é o 4º país do mundo em incidência da Diabetes, doença responsável por 5% das mortes globais. Estima-se que 6,9% da população brasileira conviva com o problema – cerca de 13 milhões de pessoas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que a ocorrência da enfermidade avançou 62% no país na última década, especialmente devido ao envelhecimento da população, maus hábitos alimentares e falta de atividade física.

Um dos problemas graves relacionados à doença é a dificuldade no processo de cicatrização de feridas no corpo – a falta de insulina contribui para o surgimento de problemas de circulação, que atrapalham a cicatrização. Como se não bastasse, no diabético, o sistema imunológico é menos funcional, facilitando infecções que, se não tratadas ou fora de controle podem levar ao surgimento de gangrena (morte do tecido devido à infecção e à falta de circulação sanguínea). Segundo as estatísticas, diabetes é a razão número 1 para amputações de membros.

Um estudo da Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR), confirmou que a Cordia verbenacea, conhecida como a erva baleeira ou maria-milagrosa, encontrada ao longo da restinga do litoral brasileiro, pode ser a base para uma pomada capaz de acelerar a cicatrização em diabéticos. A pesquisa foi conduzida pela mestranda em Biotecnologia Industrial, Jéssica Kelly Pereira Martim, com o suporte de quatro professores e alunos de iniciação científica, além das equipes dos laboratórios da instituição. 

O resultado obtido pelo estudo foi uma pomada com característica cicatrizante e efeito antimicrobiano que promove uma cicatrização mais rápida, com maior qualidade do tecido formado. Segundo a professora do Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Industrial da UP, Thaís Andrade Costa Casagrande, uma das responsáveis por orientar a respeito da metodologia e acompanhar o desenvolvimento da pesquisa, o produto já está sendo patenteado.


Método

A pesquisa levou aproximadamente 18 meses. Ao longo do período, foi induzida a diabetes em ratos. Na sequência, foram produzidas feridas cutâneas nos animais diabéticos para simular a dificuldade de cicatrização ocasionada a partir dos problemas vasculares causados pela doença. “Dessa forma, conseguimos avaliar os resultados na comparação com o grupo de controle [animais sadios]. Os animais que usaram a pomada tiveram uma cicatrização mais rápida e com maior qualidade”, diz a professora.

As cobaias tratadas com a pomada apresentaram melhora do aspecto da lesão com oito dias de tratamento. Com 15 dias, já tiveram o fechamento quase total da ferida - enquanto os ratos sem tratamento continuaram com as feridas abertas. “Usamos o óleo essencial da planta para produzir a pomada, onde se encontram os princípios ativos concentrados”, explica Thaís Casagrande. "Importante ressaltar que o trabalho foi aprovado previamente pelo Comitê de Ética em Uso de Animais em Pesquisa da Universidade Positivo e seguiu as recomendações do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA) para garantir toda cautela e cuidados éticos com os animais”, enfatiza. 

O sucesso da pesquisa e a eficácia da pomada foram comprovados, mas, para se chegar ao resultado, houve a necessidade de superar diversas dificuldades - entre elas, a extração da Cordia verbenaceaque precisa da autorização dos órgãos ambientais (por ser de vegetação protegida) e deve ser feita no período certo para que os princípios ativos sejam preservados. No caso da pesquisa, o local escolhido foi São Francisco do Sul, em Santa Catarina. 

Esse, aliás, foi um grande diferencial ressaltado por Thaís em relação às pesquisas internacionais já realizadas para o mesmo fim. "Temos uma solução para um problema mundial em uma planta nativa do Brasil. A produção em massa da pomada pode estimular a conservação da espécie. Em se falando de Restinga, que é uma área bem devastada, podemos ressaltar a questão da conservação da nossa flora", destaca a professora.

O pré-natal deve começar antes da concepção


Preparação para a gravidez reduz
 vários riscos para a futura mamãe
 e seu bebê 
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Apenas 15% das mulheres se preparam para engravidar. Especialista alerta para a necessidade de check-up para evitar riscos para mãe e filho


Os preparativos para uma gravidez segura devem começar antes mesmo da concepção. Porém, segundo pesquisa do Núcleo de Estudos Epidemiológicos na Perspectiva de Enfermagem e Saúde Coletiva (Nepesc) da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), a maioria das gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) não sabe disso. Parte do estudo, realizado com 807 mulheres com gravidez planejada, indicou ainda que somente 15,9% delas fez o preparo adequado. 

O especialista em ginecologia e reprodução humana, Eduardo Camelo de Castro, que possui um consultório no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, confirma que é pequena a quantidade de mulheres que faz esse preparo pré concepcional e reforça seu valor. “A importância desses cuidados está na redução dos riscos quando há um bom planejamento da maternidade”, salienta o médico. Vale destacar que os cuidados antes da gravidez estão entre as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Eduardo de Castro explica que entre os cuidados estão os seguintes pontos: não postergar a maternidade devido aos riscos; corrigir desvios nutricionais e adequar o peso corpóreo antes de engravidar; adequar os medicamentos em uso, evitando drogas contraindicadas na gestação; identificar fatores de risco para a gravidez; diagnosticar e/ou controlar doenças antes de engravidar; abandonar hábitos prejudiciais como o tabagismo e uso do álcool; identificar antecedentes familiares de tromboembolismo e doenças genéticas; avaliação de tipagem sanguínea, sorologias, atualização dos rastreamentos e do calendário vacinal.

Algumas vacinas, por exemplo, são importantes para garantir uma gravidez tranquila, tais como contra a rubéola, catapora, hepatite B e tétano e, por isso, se a mulher ainda não tomou alguma delas, deve falar com o médico. Vale ressaltar que algumas vacinas não podem ser aplicadas em gestantes e devem ser tomadas, pelo menos, três meses antes da concepção. O que reforça ainda mais a importância de fazer esse que pode ser chamado de check-up pré gestacional.


Riscos que podem ser evitados

Para o ginecologista, deixar de ter esses cuidados pode acarretar em vários riscos para a mãe e o bebê, tanto na gestação quanto no pós parto. “Mulheres com índice de massa corporal (IMC) pré gravídico inferior a 20 kg/m têm maior prevalência de anemia, parto prematuro e baixo peso do recém-nascido. Já as gestantes com IMC acima de 25 kg/m cursam mais frequentemente com abortamentos, malformações fetais, diabetes, pré eclâmpsia e tromboembolismo”, exemplifica.

Ele também alerta para a detecção e controle de doenças antes de se engravidar. “O diabetes aumenta o risco de abortamento, malformação fetal, macrossomia, morte perinatal. Outros agravos como as doenças da tireóide, a hipertensão arterial, as cardiopatias, as doenças autoimunes também devem ser bem controladas e tratadas antes da gravidez”, salienta Eduardo. Em geral, exames clínicos feitos por coleta de sangue e imagens são feitos antes da gestação, cujo objetivo é detectar patologias que possam interferir na gravidez ou representar riscos para a gestante e o bebê.

Pesquisa investiga a dor em bebês nascidos por cesárea e parto normal


Artigo com os resultados foi publicado recentemente em parceria entre a UFSCar, Unesp e USP



A intensidade da dor pode ser diferente entre bebês que nasceram via parto normal e por cesárea? Essa foi a principal questão que norteou uma pesquisa realizada por Esther Ferreira, docente do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), durante o seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

Após avaliar 83 bebês nascidos a termo na cidade de São Carlos - 53 via cesariana e 30 em parto vaginal - a maioria no Sistema Único de Saúde (SUS), a pesquisa apontou que não houve diferenças estatísticas que comprovassem que os bebês nascidos de parto normal suportam melhor a dor do que aqueles que nasceram via cesárea. "A expectativa era que havia diferença significativa em relação à dor entre os dois grupos de bebês. Os dois grupos mostraram variações entre as escalas de dor, mas não chegaram a apresentar diferenças estatísticas. A única diferença significativa foi na frequência cardíaca, que sozinha não é sensível para diagnosticar dor", relata a pesquisadora.

Para realizar o estudo, foram analisados bebês que receberam a vitamina K, ministrada em todos os nenéns após o nascimento, pela via intramuscular. "Os pesquisadores aplicaram escalas de dor, baseadas em análises de comportamento e físicas, como choro e movimentos da face, além da contagem da frequência cardíaca, em momentos chave após o nascimento, comparando bebês que nasciam de parto vaginal e cesariana", descreve Ferreira.

Apesar de não terem sido observadas diferenças estatísticas no comportamento diante da dor entre os recém-nascidos dos dois grupos (parto vaginal e cesárea), a docente da UFSCar aponta que houve diferenças fisiológicas entre eles, as quais ainda precisam ser melhor investigadas. "No que se refere à dor, o que sabemos atualmente é que a criança que nasceu por parto vaginal tem mais corticoides endógenos algumas horas após o parto, por exemplo, se comparada à de cesariana, e isso pode ter relação com a dor também", diz Esther.

A pesquisa foi realizada entre os anos de 2016 e 2018, sob a orientação de Guilherme Moreira de Barros e coorientação de Norma Módolo, docentes do Departamento de Especialidades Cirúrgicas e Anestesiologia da Unesp de Botucatu, e contou com a participação de Silvia Barbosa, da Universidade de São Paulo (USP), e de Damaris Nassif e Matheus Silva, então graduandos de Medicina da UFSCar, hoje já formados.

Recentemente, um artigo sobre a pesquisa foi publicado no periódico Brazilian Journal of Pain (https://bit.ly/32nHxFr). "O artigo representa a finalização de um projeto grandioso, que conseguiu despertar uma rede de cuidado sobre a dor nos bebês, que até então não era lembrada. Outros trabalhos virão sobre a temática, que inclusive já estão em andamento, mas esse foi pioneiro", conclui Ferreira.



Atividades pedagógicas à distância são realmente importantes para a turma do Ensino Infantil em período de isolamento social?



Há mais de 35 anos como especialista em educação, nunca havia enfrentado um momento tão difícil quanto o que vivemos agora. A dificuldade não se resume apenas ao fato de que toda a população precisa ficar em casa ou por que as aulas, agora, acontecerem por meio de plataformas digitais. O desafio como educadora é ver em nossa sociedade a quantidade de manifestações a respeito da pouca importância de manter crianças de até cinco ou seis anos de idade na escola e insinuações de que aulas à distância não são efetivas. Diante desse cenário, gostaria de fazer uma reflexão!

Para começar, acho importante falarmos sobre o significado da palavra “educar”. No sentido mais básico, educar é dar a alguém todos os cuidados necessários para o pleno desenvolvimento da sua personalidade. De acordo com o mais célebre educador do nosso país, Paulo Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, fazer com que eles possam desenvolver o poder de criticidade.

Se analisarmos apenas esses dois conceitos, podemos facilmente concluir que o processo de educação tem início desde o nascimento da criança – ou até antes - mas vamos avaliar apenas o período pós-nascimento. Ainda em seu primeiro dia de vida, a mãe e os profissionais de saúde ensinam ao bebê a forma correta de se alimentar. A criança precisa aprender e se adaptar à forma correta de fazer a “pega”. Não muito tempo depois, é preciso ensinar a eles os sabores dos alimentos. Na sequência, chega a hora de ensiná-los a andar, pronunciar as primeiras palavras, reconhecer as cores, etc. Em um determinado momento, as famílias recorrem às creches e escolas a fim de dar sequência no processo de aprendizagem.

Durante a Educação Infantil, também conhecida como Ensino Infantil, temos a primeira etapa da educação básica. Crianças de zero até os cinco anos de idade são atendidas e têm seus primeiros contatos com a escola. O objetivo principal dos educadores, nesse período, é promover nos pequenos o desenvolvimento dos aspectos físicos, motores, cognitivos, sociais e emocionais. Também se fomenta neles a exploração dos ambientes, das descobertas e da experimentação. Claro, além de tudo isso, as crianças também são estimuladas a interagir com pessoas de fora do convívio familiar, começam a entender a dinâmica dos jogos e atividades lúdicos.

Isso tudo significa que na Educação Infantil permitimos e incentivamos o brincar! É por meio das brincadeiras, das músicas, das pinturas, da dança e de tantas outras atividades, que as crianças são introduzidas ao desenvolvimento global. É por meio dessas ações, consideradas lúdicas, por mais simples que possam parecer, que as crianças começam a tomar consciência de si e do mundo, passam a pensar em suas ações e compreender de que forma devem agir para conseguir algo que almejam.

Obviamente a criança precisa estar em um ambiente favorável para que se envolva de maneira espontânea com o que lhe é proposto. Em um momento como o que vivemos, em que os governos determinam que as escolas estejam fechadas, totalmente atípico para os adultos, inclusive, é justo e importante para esses pequenos cidadãos que se busquem formas alternativas de seguir estimulando seu desenvolvimento e aperfeiçoando suas habilidades. Se pararmos por alguns minutos e observarmos alguns instantes das suas rotinas em casa, perceberemos que a tecnologia e as plataformas digitais são itens com os quais eles estão totalmente familiarizados.

As crianças de até cinco ou seis anos de idade já nasceram na Era da Informação. Estão incrivelmente acostumadas a ter em suas mãos e efetivamente manusear gadgets como celulares e tablets. Eles brincam de trabalhar em notebooks, como veem seus pais, tios e avós fazendo. Ou seja, não é um absurdo para eles encarar o amiguinho e as professoras por meio de uma tela e interagir por ali, mostrando seus desenhos, cantando juntos, fazendo danças e manifestando suas ideias.

Para eles, é uma experiência marcante receber uma atividade proposta pela professora por meio de um vídeo na tela do computador e executar com alguém da família. E é notável, mesmo com pouco tempo de ensino à distância para crianças tão pequenas, que é possível que eles se desenvolvam e que a educação aconteça quando a escola e a família estão, efetivamente, de mãos dadas, caminhando juntas e atuando em parceria. Observe você também!





Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.


São Judas oferece teste vocacional gratuito e digital


Ferramenta Minha Escolha está disponível no site da instituição


Escolher a carreira é um momento de dúvidas para muitos jovens. Segundo a BRG Educacional, plataforma de orientação profissional online, mais de 25% das pessoas desistem no primeiro ano do curso porque percebem que não era bem aquilo o que buscavam.

Para ajudar a tomar uma decisão mais assertiva, a São Judas está disponibilizando de forma gratuita e digital a ferramenta Minha Escolha. É um teste vocacional que identifica as aspirações do candidato, apontando mais de 100 opções de cursos em várias áreas do conhecimento.

Baseado nos pilares Psicologia, Práticas de Mercado e Matrizes Curriculares, o Minha Escolha já ajudou mais de 2 milhões de pessoas e traz duas versões de teste, a completa, que leva cerca de 20 minutos; e a reduzida, em torno de 10 minutos.

Ao final do teste interativo, o candidato não só confirma suas áreas de interesse como também fica sabendo sobre vestibulares, bolsas e financiamentos para o curso.

“É um serviço importante para quem está fazendo a escolha da profissão, o que, neste momento de pandemia, gera ainda mais dúvida e ansiedade. Neste sentido, a São Judas também oferece palestras virtuais com profissionais da área, abordando, inclusive, o novo cenário das profissões com todas as mudanças tecnológicas que estamos passando”, destaca Roberta Xande, supervisora de Relacionamento com Escolas e Empresas da São Judas – Campus Unimonte.


Minha Escolha – A ferramenta Minha Escolha é uma parceria da São Judas com a BRG Inteligência Educacional. Para fazer o teste, basta acessar o site saojudas.minhaescolha.com.br, preencher alguns dados pessoais e clicar em fazer o teste. O código de acesso que deve ser digitado é MEAJUDE.

Com quase 50 anos e considerada a segunda melhor universidade privada do Estado, segundo o Ministério da Educação, a São Judas possui 11 unidades em São Paulo, que seguem com as atividades acadêmicas por meio de recursos digitais, sendo realizadas ao vivo e no mesmo período da aula.




Sobre a São Judas
Fundada em 1971, a São Judas é a segunda melhor universidade privada do estado de São Paulo, segundo o Ministério de Educação (MEC), com nota 4 de 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). Com aproximadamente 33 mil alunos, a instituição combina qualidade e acessibilidade, tradição e inovação, com o uso de novas metodologias educacionais, laboratórios de aprendizagem integrada e programas de desenvolvimento de competências socioemocionais. Além disso, o aluno aprende na prática desde o primeiro dia de aula.


Volta às aulas: 9,3 milhões de adultos pertencem a grupos de risco para Covid-19 e moram com crianças em idade escolar



Estudo da Fiocruz usou dados da Pesquisa Nacional de Saúde para estimar a quantidade de brasileiros que vão ficar ainda mais vulneráveis com a reabertura das escolas


A volta às aulas pode representar um perigo a mais para cerca de 9,3 milhões de brasileiros (4,4% da população total) que são idosos ou adultos (com 18 anos ou mais) com problemas crônicos de saúde e que pertencem a grupos de risco de Covid-19. Isso porque eles vivem na mesma casa que crianças e adolescentes em idade escolar (entre 3 e 17 anos). A quantidade de pessoas que pode passar a se expor ao novo coronavírus foi calculada por análise da Fiocruz feita com base na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), que foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Laboratório de Informação em Saúde (LIS) da Fiocruz.

São Paulo é o estado com maior número absoluto de pessoas nessa situação, cerca de 2,1 milhões de adultos e idosos em grupos de risco com crianças em casa, seguido por Minas Gerais (1 milhão), Rio de Janeiro (600 mil) e Bahia (570 mil). O Rio Grande do Norte é o que possui a maior percentagem da população nesses grupos: 6,1% do total.

Pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) analisaram dados da PNS 2013 sobre dois grupos populacionais que se encontram nos chamados grupos de risco da Covid-19: os adultos com idade entre 18 e 59 anos que têm diabetes, doença do coração ou doença do pulmão, e os idosos (com 60 ou mais anos). Em seguida, cruzou os dados para verificar quantos desses dois grupos residem em domicílio com pelo menos um menor entre 3 e 17 anos – ou seja, em idade escolar. 

O resultado do estudo trouxe números preocupantes. Quase 3,9 milhões (1,8% da população do país) de adultos com idade entre 18 e 59 anos que têm diabetes, doença do coração ou doença do pulmão residem em domicílio com pelo menos um menor em idade escolar (entre 3 e 17 anos). Já a população idosa (60 anos e mais) que convive em seu domicílio com pelo menos um menor em idade escolar chega a quase 5,4 milhões de pessoas (2,6% da população). 

De acordo com o estudo, o retorno da atividade escolar, que vem sendo anunciado de forma gradativa por vários estados e municípios, coloca os estudantes em potenciais situações de contágio. Mesmo que escolas, colégios e universidades adotem as medidas de segurança (e elas sejam cumpridas à risca), o transporte público e a falta de controle sobre o comportamento de adolescentes e crianças que andam sozinhos fora de casa representam potenciais situações de contaminação por Covid-19 para esses estudantes. O problema é que, se forem contaminados, esses jovens poderão levar o vírus SARS-CoV-2 para dentro de casa e infectar parentes de todas as idades que tenham doenças crônicas e outras condições de vulnerabilidade à Covid-19, representando uma brecha perigosa no isolamento social que essas pessoas mantinham até agora.

Divulgado através da Nota Técnica “Populações em risco e a volta as aulas: Fim do isolamento social”, da plataforma MonitoraCovid-19, o estudo alerta para o fato de que “a discussão sobre a retomada do ano letivo no país não segue um momento em que é clara a diminuição dos casos e óbitos e ainda apresenta um agravante, que é a desmobilização de recursos de saúde e o desmonte de alguns hospitais de campanha”. 

O epidemiologista do Icict Diego Xavier, que participou do estudo, destaca que, até agora, a maioria desses milhões de brasileiros em grupos de risco e que têm algum estudante dentro de casa vinha se mantendo em isolamento social. “Mas a volta às aulas pode representar uma perigosa brecha nesse isolamento. Nós estimamos, no estudo, que se apenas 10% dessa população de adultos com fatores de risco e idosos que vivem com crianças em idade escolar vierem a precisar de cuidados intensivos, isso representará cerca de 900 mil pessoas na fila das UTIs. Além disso, se aplicarmos a taxa de letalidade brasileira nesse cenário, estaremos falando de algo como 35 mil novos óbitos, somente entre esses grupos de risco”, analisa Xavier. 

Christovam Barcellos, sanitarista e vice-diretor do Icict, acha que seria recomendável que estados e municípios oferecessem aos pais informações necessárias para os cuidados que devem passar a adotar dentro de suas casas. “Se isso não for feito, muitos pais se sentirão inseguros frente à decisão de retomar os estudos presenciais dos seus filhos. Com a expansão da população exposta à infecção pelo vírus, deveriam também ser ampliadas as atividades de vigilância epidemiológica desses grupos vulneráveis por meio de testagens e acompanhamento clínico permanente”, afirma.  

Os dados sobre a população de risco podem ser consultados no sistema MonitoraCovid-19, desenvolvido pela equipe do Icict e disponível em bigdata-covid19.icict.fiocruz.br

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