Desconforto nos olhos, dor de cabeça e
sonolência podem ser sinais de problemas na visão
Imagem de 8photo no Freepik
Algumas pessoas podem passar anos sem perceber que
enxergam mal. Por terem se habituado ou sempre terem visto o mundo daquela
forma, acreditam que é normal ter dificuldade para reconhecer rostos à
distância, precisar de mais luz para ler, sentir dor de cabeça após longos
períodos de estudo ou até mesmo ter sono e peso nos olhos ao fim do dia. Esses
sinais, no entanto, podem indicar os chamados erros refrativos – alterações na
visão que comprometem a formação da imagem na retina.
De acordo com o Dr. Edvaldo Figueirôa, oftalmologista do H.Olhos,
Hospital de Olhos da Rede Vision One, os erros refrativos mais comuns são
miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. “Não existe um grau mínimo a
partir do qual seja necessário utilizar óculos. O que realmente importa é se o
paciente sente dificuldade para enxergar bem, tem limitações nas atividades do
dia a dia ou apresenta sintomas ocasionados pelo esforço da musculatura ocular
para compensar o erro refracional”, explica o médico. Esse esforço excessivo é
conhecido como astenopia, um conjunto de sinais e sintomas que incluem dor de
cabeça, visão turva, desconforto na região frontal e até sonolência.
Em crianças, a situação pode ser ainda mais silenciosa. Muitas
convivem com alterações visuais sem saber. “Às vezes, crianças hipermétropes
têm acuidade visual de 100% por causa do esforço da musculatura, e isso faz com
que não apresentem sintomas aparentes. Em alguns casos, o problema pode estar
em apenas um olho e a visão binocular mascara a alteração”, alerta o
oftalmologista do H.Olhos. Por isso é fundamental que os pais observem sinais
como proximidade excessiva dos objetos, vermelhidão ocular e desvios dos olhos.
Mas, segundo o especialista, a conduta mais segura é realizar a primeira
consulta oftalmológica já a partir dos 18 meses, garantindo diagnóstico
precoce.
Um mito comum é acreditar que os óculos “viciam” ou que a visão
piora após começar a usá-los. Dr. Figueirôa esclarece: “O que acontece é que o
paciente se acostuma a enxergar bem com a correção e não tolera mais a ausência
dela. A visão não piorou, ela apenas foi comparada ao que deveria ser o
normal.”
Os óculos e as lentes de contato têm o mesmo objetivo: focalizar
corretamente os objetos no fundo do olho para que o cérebro interprete a imagem
sem esforço. A escolha entre um e outro, no entanto, deve ser feita com
cautela. “As lentes de contato, na maioria das vezes, não substituem os óculos.
A decisão pelo uso precisa ser individualizada, levando em conta a indicação
médica e o desejo do paciente”, reforça o médico do H.Olhos.
Para quem deseja se livrar dos óculos, a cirurgia refrativa é uma
alternativa. “Esse procedimento corrige definitivamente os erros refrativos,
mas só pode ser indicado após avaliação detalhada. O candidato precisa
preencher critérios como idade, estabilidade do grau, magnitude da deficiência
visual e condições anatômicas da córnea”, explica Dr. Edvaldo.
O oftalmologista reforça que cada caso é único e que a avaliação
com oftalmologista é indispensável. “Quando o paciente apresenta sintomas como
dor de cabeça, fadiga ocular e dificuldade para enxergar em determinadas
situações, é o momento de procurar o especialista. Só assim conseguimos
identificar corretamente o problema e indicar o melhor tratamento para devolver
qualidade à visão”, finaliza o Dr. Edvaldo Figueirôa.
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