Cibercultura e sociabilidade levantam
debates sobre conectividade, presença social, experiências imersivas e
interação com a inteligência artificial
A vida
contemporânea já não se separa mais do digital. Se antes “entrávamos” na
internet, hoje é a rede que sai para colonizar o nosso mundo, atravessando
relações pessoais, espaços de convivência, práticas profissionais e até a forma
como aprendemos. Essa transformação permanente é o que chamamos de
cibercultura, um campo que abre novas possibilidades de sociabilidade, mas
também traz dilemas sobre privacidade, pertencimento e até a interação entre
humanos e máquinas.
“Os
conceitos de cibercultura e sociedade em rede foram se transformando à medida
que a própria tecnologia avançava. Isso nos obriga a repensar não apenas as
teorias, mas também as práticas sociais e educacionais”, explica a professora
Patrícia Bassani, doutora em Informática na Educação.
Entre os
fenômenos que ganham cada vez mais espaço estão a chamada cultura da
conectividade, marcada pela internet dos dados, das coisas e até dos corpos, e
os ambientes de interação e colaboração em rede, que hoje funcionam como
verdadeiros espaços de aprendizagem e de sociabilidade.
“Muitas
vezes não entendemos por que preferimos um ambiente digital a outro. Isso tem a
ver com aspectos ligados à presença social, quanto esses espaços nos acolhem e
nos estimulam a participar”, destaca Patrícia, professora da disciplina de
Cibercultura e Sociabilidade, oferecida pela American Global Tech University
(AGTU) para o Mestrado em Educação.
A
pesquisadora reitera que a discussão sobre o assunto ultrapassa os muros da
academia e se mostra essencial para profissionais de diferentes áreas. “Em um
mundo onde redes sociais, plataformas digitais e IA moldam práticas e
comportamentos, refletir sobre esses fenômenos significa compreender melhor não
só o presente, mas também os caminhos futuros da sociedade”.
Experiências
imersivas
Realidade
virtual, aumentada e metaverso já não são apenas recursos de entretenimento,
mas ambientes de encontro e de produção de conhecimento. Patrícia afirma que
essas tecnologias criam novos espaços de convivência e aprendizagem, o que
amplia o horizonte da sociabilidade digital.
“Não
há como falar de cibercultura sem discutir inteligência artificial. A interação
entre humanos e não humanos, tema cada vez mais presente no cotidiano, traz
tanto desafios quanto oportunidades. Não é uma disputa entre nós e as máquinas,
mas uma construção conjunta. O ponto central é entender como podemos criar com
elas, e não contra elas”, finaliza.
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