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domingo, 28 de setembro de 2025

No Dia Mundial do Vegetarianismo, novos famosos e dados revelam a força do movimento à base de plantas no Brasil

Pesquisa Datafolha aponta que 14 milhões de brasileiros já se identificam como veganos, enquanto a campanha "Segunda Sem Carne" ganha apoio de uma nova geração de artistas e influenciadores.

 

Em comemoração ao Dia Mundial do Vegetarianismo, celebrado em 1º de outubro, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) destaca a crescente adesão a dietas à base de vegetais no país, um movimento impulsionado por uma maior conscientização sobre saúde, sustentabilidade, pela causa animal e por uma nova onda de celebridades que abraçam a causa. Uma pesquisa recente encomendada pela SVB ao Datafolha revela que 7% da população já se reconhece como vegana, projetando um número aproximado de 14 milhões de pessoas. Os vegetarianos já somavam 14% da população brasileira na última pesquisa do IBOPE Inteligência divulgada em 2018. 

A campanha Segunda Sem Carne (SSC), implementada no Brasil pela SVB, tem sido uma porta de entrada fundamental para essa transformação. O movimento, que incentiva a substituição de proteínas animais por vegetais pelo menos uma vez por semana, é o maior do mundo em adesão e está presente em escolas, hospitais e órgãos públicos de todo o país.
 

O poder da influência: artistas abraçam a causa  

Historicamente apoiada por ícones globais como Paul McCartney e nacionais como Xuxa Meneghel e Reynaldo Gianecchini, a campanha conta com o engajamento de uma nova geração de artistas. Nomes como os atores Henrique Camargo e Maicon Santini e as atrizes Dani Moreno e Day Mesquita são apenas alguns dos que compõem o time de apoiadores, utilizando suas plataformas para inspirar uma alimentação mais consciente. 

"O Dia Mundial do Vegetarianismo é o momento perfeito para celebrar essa transformação cultural", comenta a presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, Mônica Buava. "O que vemos hoje é uma união poderosa: de um lado, dados que mostram que milhões de brasileiros estão mais conscientes sobre o impacto de sua alimentação. Do outro, uma nova geração de formadores de opinião que usam sua voz para normalizar e incentivar essa mudança. A 'Segunda Sem Carne' serve como um convite para descobrir novos sabores de forma leve, e o apoio desses embaixadores é fundamental para que a mensagem chegue a cada vez mais pessoas."
 

Mercado em ebulição: os números da transformação no Brasil  

Os dados reforçam a percepção de mudança. A pesquisa Datafolha (final de 2024) aponta os principais motivadores para os brasileiros deixarem de comer carne: saúde (74%), meio ambiente (43%) e a causa animal (42%). Além disso, um estudo do IPEC (2021) revelou que 46% dos brasileiros com mais de 35 anos já deixaram de consumir carne ao menos uma vez na semana por vontade própria, caracterizando o crescimento do flexitarianismo - nome dado às pessoas que adotam uma alimentação predominantemente vegetal, reduzindo o consumo de produtos de origem animal.

O mercado responde a essa demanda. De acordo com a Bloomberg Intelligence, o setor global de produtos à base de plantas deve saltar de US$ 29,4 bilhões em 2020 para US$ 162 bilhões até 2030. No Brasil, o programa Selo Vegano da SVB já certificou mais de 4.000 produtos, e o volume de buscas pelos termos "vegano" e "vegan" cresceu aproximadamente 600% entre 2014 e 2023.
 

Um movimento global com impacto local  

Presente em mais de 40 países, a campanha Segunda Sem Carne tem no Brasil seu maior case de sucesso. Ao longo de 15 anos de trabalho, o programa já ultrapassou a marca de 530 milhões de refeições à base de vegetais servidas pelos seus parceiros. O impacto ambiental é igualmente impressionante: apenas no estado de São Paulo, a iniciativa já poupou mais de 1 bilhão de litros de água e evitou a emissão de 197 mil toneladas de CO.
 

Sobre a Segunda Sem Carne  

A Segunda Sem Carne é uma campanha global presente em mais de 40 países. No Brasil, é coordenada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e convida as pessoas a descobrirem novos sabores ao substituir a proteína animal pela vegetal pelo menos uma vez por semana, causando um impacto positivo na saúde, no meio ambiente e na vida dos animais.


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