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Investimento envolve custos médicos, hospedagem e logística; especialista explica como famílias se organizam para dar este passo
Ter um filho nos Estados Unidos é um desejo cada
vez mais comum entre famílias brasileiras que buscam ampliar oportunidades para
o futuro. Além de garantir a cidadania americana automática para o bebê, o
nascimento no país oferece vantagens que podem impactar toda a vida da criança
e da família, como acesso facilitado à educação, possibilidade de trabalho
legal nos EUA, benefícios imigratórios no futuro e mobilidade internacional
ampliada.
Segundo Guilherme Vieira, CEO da On Set
Consultoria, empresa especializada em imigração e visto americano, o primeiro
passo é entender que ter um filho nos Estados Unidos exige planejamento
financeiro, logístico e legal. “Muitas famílias acreditam que é um processo
inacessível, mas, quando organizado com antecedência, pode se tornar viável”,
explica.
Os valores variam conforme o estado, a cidade e o
hospital escolhido. Em média, o investimento total gira entre US$ 20 mil e US$
40 mil (cerca de R$ 110 mil a R$ 220 mil, na cotação atual), incluindo:
- Despesas
médicas: honorários médicos, pré-natal, parto e internação;
- Custos
hospitalares: taxas e equipamentos;
- Hospedagem:
aluguel temporário durante a estadia, geralmente de dois a três meses;
- Passagens
aéreas: da gestante e, em alguns casos, de acompanhantes;
- Despesas
extras: transporte local, alimentação, seguros e documentação.
Vieira ressalta que a preparação vai além dos
custos médicos. “É fundamental programar a estadia mínima de 90 dias,
considerando a chegada antes do parto e o tempo necessário para emissão da
documentação da criança, como a certidão de nascimento americana e o passaporte
dos EUA”, detalha.
Outro ponto decisivo é a regularidade da viagem e a
seriedade do planejamento. De acordo com as recentes publicações do
Departamento de Estado e da Imigração Americana, autoridades consulares têm
reforçado que o chamado birth tourism (ou “turismo de parto”) pode levar à
negativa de vistos B-1/B-2, quando identificado que o principal objetivo da
viagem é exclusivamente dar à luz para garantir a cidadania do bebê. “Não há
ilegalidade em ter um filho nos EUA, desde que as regras sejam respeitadas,
todas as despesas médicas sejam arcadas e a viagem seja conduzida de forma
transparente. O que o governo americano reprova é o ‘jeitinho’, e isso faz
parte da cultura americana: agir sempre de forma correta, planejada e legal”,
afirma o especialista.
Vieira também reforça que antes de tomar a decisão,
as famílias devem analisar fatores como:
- A
estabilidade financeira para arcar com todos os custos médicos e de
estadia;
- O
impacto logístico da viagem, considerando o último trimestre da gestação;
- O
tempo de permanência mínima nos EUA até a liberação da documentação da
criança;
- E,
principalmente, os objetivos de longo prazo da família em relação à
educação, carreira e imigração da criança no futuro.
O investimento traz retornos que se estendem por
toda a vida do filho. Além do passaporte americano, que garante acesso a mais
de 180 países, a criança terá direito à dupla cidadania (brasileira e
americana), podendo usufruir das oportunidades e benefícios de ambos os países.
Isso inclui estudar e trabalhar legalmente nos Estados Unidos, além de, quando
atingir a maioridade, poder patrocinar pedidos de imigração para os pais e
familiares diretos, conforme a legislação vigente.
“Para muitas famílias, trata-se de um projeto de
legado. Não é apenas o nascimento em outro país, mas a possibilidade de abrir
portas para educação de qualidade, segurança e mobilidade internacional. Mas é
essencial destacar: o processo deve ser feito dentro da lei, seguindo as
diretrizes do Governo Americano e com responsabilidade. É assim que se constrói
um legado sem erros, com ganhos expressivos para todas as partes, tornando-se
sólido e duradouro”, finaliza o CEO da On Set.
On
Set Consultoria Internacional

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