O ato pode indicar tédio, medo, apreensão ou até mesmo desconforto dos pets.
Para os cães, os latidos são uma forma de
comunicação; é por meio desse som que eles podem manifestar as mais diversas
emoções. Porém, quando ocorrem de forma excessiva, podem ser um indicativo de
que algo está incomodando o cão.
“A vocalização constante é o meio utilizado pelo
cão para alertar o tutor de que algo está errado. O comportamento pode ser
estimulado por uma série de fatores, como excitação, barulho desconhecido ou
até mesmo questões relacionadas ao estresse e à ansiedade. É preciso ficar
atento, pois esse é um indicativo de que o animal está enfrentando uma situação
desafiadora”, explica a Médica-veterinária e Gerente de Produto da Unidade de
Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, Marina Tiba.
Dessa forma, identificar as razões que estimulam o
comportamento é indispensável para solucionar o problema. Alguns cães, por
exemplo, latem ao associar um som desconhecido a uma ameaça. Nesse cenário, o
ideal é distrair o animal do foco do barulho, voltando sua atenção para outra
atividade, como uma brincadeira. Dessa forma, o pet entenderá que está tudo sob
controle.
Entretanto, a ansiedade por separação é a causa
mais associada aos latidos excessivos. Os animais afetados por essa condição
sentem-se incomodados ao ficarem sozinhos e demonstram sua frustração por meio
de comportamentos destrutivos, como arranhar portas, roer itens da mobília ou
até mesmo tentar sair da residência, o que pode acarretar acidentes. Nestes
casos, a vocalização é utilizada pelo cão como uma forma de manifestar seu
desconforto.
Para tratar a ansiedade por separação em cães, é
necessário adotar cuidados efetivos e buscar a ajuda de um médico-veterinário
especialista em comportamento para indicar a melhor terapia. “É muito
importante que o animal seja treinado desde filhote a lidar com situações em
que ficará longe do tutor. Podem ser pequenas horas do dia em que ele fica em
um cômodo diferente da casa, ou até mesmo uma saída rápida do tutor, por
exemplo. A dica é sempre associar a ausência do tutor a algo positivo para o
cão, como um brinquedo recheado de petisco ou mesmo um novo brinquedo para ele
passar o tempo com uma atividade diferente. Dessa forma, o pet começa a ter
contato com alguns graus de separação e entenderá que ficará, por alguns instantes,
separado do tutor e que ficará tudo bem nesses momentos. O ideal é fazer isso
diariamente”, detalha Marina.
O excesso de energia é outro fator que pode
estimular os latidos. Animais que ficam muito tempo sem realizar atividades se
entediam com facilidade. Algumas medidas simples, como exercitar o cão
diariamente, realizar passeios e brincadeiras, podem auxiliar a minimizar o
problema.
“O enriquecimento ambiental é outro fator importante que pode contribuir para o bem-estar do pet, especialmente dos que ficam mais tempo sozinhos. O cão precisa associar aquele momento com algo positivo. A dica é entretê-los; para isso, o tutor pode esconder petiscos pela casa ou adquirir brinquedos educativos que ajudem a manter o pet ocupado enquanto estiver sozinho. O uso de feromônios sintéticos no ambiente também é uma ferramenta importante, pois eles transmitem ao cão a sensação de conforto e bem-estar e ajudarão a diminuir o estresse e a ansiedade”, finaliza a profissional.
Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br

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