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Ana Shvets |
O Brasil é o país com mais diagnósticos de
depressão na América Latina. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde
sobre a doença, cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão.
Outros estudos dão conta que, apenas em 2024, foram registrados mais de 470 mil
afastamentos do trabalho por transtornos mentais. Para combater os sintomas, o
uso de antidepressivos é uma saída segura, desde que sob supervisão de um
psiquiatra e respeitando as particularidades do tratamento, especialmente ao
início e final do ciclo.
Em primeiro lugar, é preciso esperar mais tempo do
que com outros medicamentos para que os antidepressivos tenham efeito – em
média, é necessário cerca de duas a quatro semanas para que as melhorias sejam
sentidas pelos pacientes, o que faz com que muitos deles desistam do tratamento
antes da hora. A outra particularidade está no “desmame”, nome dado ao momento
em que o especialista opta pela diminuição gradual da dosagem antes de
interromper a medicação. “Suspender o uso de remédios de forma abrupta, de um
dia para o outro, pode resultar em danos consideráveis à saúde mental, afetando
a vida do paciente de maneira intensa”, explica Dra. Mariana Maciel, diretora
da Thronus Medical, empresa brasileira radicada no Canadá.
O canabidiol (CBD) tem se mostrado cada vez mais
promissor como tratamento principal para a depressão, devido à sua baixa
toxicidade e à ausência de efeitos colaterais significativos. Ele atua
modulando os receptores do sistema endocanabinoide, responsável por regular
funções como percepção de dor, inflamação, apetite e sono — sintomas que podem
surgir durante o processo de redução gradual de medicamentos, especialmente no
caso de antidepressivos, ansiolíticos e outros psicotrópicos de uso comum no
Brasil.
A substância canabinoide é extraída da folha de
Cannabis Sativa, não tem qualquer efeito psicoativo, e está se tornando uma
alternativa positiva para pacientes que querem tentar outras opções
farmacológicas ou estão sofrendo com as consequências do desmame de
medicamentos.
“Justamente por agir no Sistema Endocanabinoide, sistema regulatório vital envolvido em todos os nossos processos fisiológicos, inclusive memória e emoções, o CBD tem recebido bastante atenção nos estudos na área de saúde mental. E comprovamos os resultados dentro do consultório, com pacientes pontuando a melhora de sintomas ligados à interrupção de fármacos”, diz a Dra. Mariana Maciel.
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Daniel Reche |
Depressão ou tristeza?
Cerca de 10% da população mundial sofre com
transtornos mentais, e a depressão está entre os principais problemas do tipo.
Antes de pensar em tratamento, porém, convém saber a diferença entre uma
tristeza comum e a depressão – viver o luto após uma perda, por exemplo, é uma
resposta natural do organismo, e isso não é um problema. “Se o estado de
letargia permanecer por muito mais tempo que o normal, com distúrbios de sono,
alimentação, irritabilidade, distúrbios de humor e ansiedade, entretanto, é
preciso procurar um tratamento”, explica a especialista. “Terapia, exercícios
físicos regulares e cuidado com a alimentação são complementos à medicação e
não podem ser descartados inclusive durante o período de medicação”, completa.
Thronus Medical
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