Consultor do ISB explica a importância do uso de sistemas de
combate a incêndio, como os sprinklers, nesses equipamentos
As ocorrências de
incêndio em transportadores de correia industriais são comuns e geram prejuízos
estruturais e materiais incalculáveis. Desde o começo do ano foram registrados
dois incêndios de grandes proporções em empresas localizadas no Espírito Santo e
no Mato Grosso.
De acordo com
Marcelo Lima, consultor do Instituto Sprinkler Brasil, organização sem fins
lucrativos dedicada à divulgação de informações sobre o combate a incêndios com
uso de sprinklers, ainda é necessário que empresas e operadores de terminais
logísticos, que costumam utilizar esse tipo de transportador, reconheçam que
esses equipamentos podem pegar fogo e parar toda a operação por um longo tempo.
“A norma NBR 14608
indica os requisitos que devem ser seguidos para a proteção de transportadores.
Os riscos envolvem não somente o transporte de materiais combustíveis como
grãos, milho e soja, como também produtos incombustíveis como minério de ferro,
por exemplo. Não se trata do material transportado, mas da correia, que é um
grande tapete de borracha”, afirma Marcelo Lima, consultor do ISB.
Os transportadores
de correia industriais são utilizados principalmente em portos e terminais de
carga para a movimentação de materiais a granel produzidos em setores como
agronegócio, mineração, siderurgia e nas cimenteiras. “Os componentes presentes
nesses equipamentos, como o elastômetro de borracha, podem ser altamente
combustíveis quando expostos a temperaturas elevadas. Implantar um sistema de
sprinklers nas esteiras transportadoras pode mitigar esse risco e auxiliar na
prevenção e combate a focos de incêndio durante a operação”, explica Lima.
As empresas que
utilizam esses equipamentos em suas operações precisam estar atentas a cinco
riscos, como o travamento dos rolos, ocasionado pelo calor gerado pelo atrito
nos equipamentos; bloqueio da correia, quando a movimentação da correia é
interrompida e o tambor continua girando, podendo superaquecer e iniciar o
fogo; bloqueio de tambores, causando o superaquecimento do elastômetro;
desalinhamento da correia, impactando no superaquecimento, em danos estruturais
do equipamento e eventuais incêndios; e vegetação próxima da correia
transportadora, principalmente em épocas de seca - chamas na vegetação em
locais próximos aos transportadores podem provocar ocorrências.
“Os empresários
precisam entender a importância de adotar sistemas de proteção contra incêndio
adequados, como os sprinklers, para reduzir os riscos de ocorrência em suas
operações, preservando seu patrimônio e contribuindo para a manutenção de suas
atividades”, finaliza o consultor.
Sobre o ISB
(Instituto Sprinkler Brasil)
O Instituto
Sprinkler Brasil (ISB) é uma organização sem fins lucrativos que tem como
missão difundir o uso de sprinklers – também conhecidos como chuveiros
automáticos – nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações
industriais e comerciais no País. Fundado em 2011, o ISB defende o uso desta
tecnologia como a medida mais eficaz de evitar perdas humanas e materiais.
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