Hospital Evangélico de Sorocaba aprimora protocolos diante do avanço da doença
Com o calor e o tempo chuvoso, típicos desta
época do ano, a dengue volta a ser uma preocupação crescente, especialmente
devido ao aumento expressivo de casos nos últimos anos. Em Sorocaba/SP, apenas
no ano passado, a doença infectou 46.786 pessoas e resultou em 48 óbitos.
A dengue é causada pelo vírus transmitido pelo
mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes, sendo
DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção pode se manifestar de forma leve,
moderada ou grave, sendo que casos mais severos podem evoluir para a dengue
hemorrágica, caracterizada por sangramentos, queda acentuada de plaquetas e
choque circulatório.
Os principais sintomas da doença incluem febre alta, dores no corpo
(especialmente abdominal), dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos
e diminuição do volume de urina. A recomendação é que a população procure
atendimento médico caso os sintomas se agravem, como vômitos persistentes,
dificuldade para se hidratar, dores abdominais intensas, falta de ar, queda de
pressão ou piora dos sintomas.
O tratamento inclui repouso, hidratação intensa e
acompanhamento médico para evitar complicações. Já a progressão da doença pode
levar à desidratação severa, falência de órgãos e choque circulatório, tornando
a busca por atendimento médico imediato indispensável para evitar complicações
graves.
Desafios enfrentados e diretrizes
Diante do aumento expressivo de casos de dengue, o Hospital
Evangélico de Sorocaba (HES) se destaca no atendimento à população, enfrentando
desafios significativos e aprimorando seus protocolos para garantir um cuidado
de qualidade. Em 2025, a instituição continua investindo em estrutura e equipe
para lidar com a nova temporada de infecções, com diretrizes claras para a
triagem e o manejo clínico da doença, como destaca o diretor técnico do
hospital, Dr. Mário Sérgio Moreno. "Estamos focados em garantir a
segurança e a recuperação dos pacientes, desde a chegada ao hospital até a alta
médica, além de intensificar as ações educativas para prevenção da
doença", explica.
A instituição também vem se preparando desde janeiro para um
possível novo pico da doença, ajustando equipes e protocolos de atendimento.
"Nosso objetivo é atender cada vez melhor as pessoas que nos
procuram", reforça o diretor técnico.
Fluxo de atendimento e internação
O atendimento a casos suspeitos de dengue começa na triagem feita
por enfermeiros, que avaliam os sintomas e sinais de alarme da doença. Com base
nessa avaliação, os pacientes recebem uma classificação de risco e podem
iniciar a hidratação oral imediatamente, se necessário.
Durante a consulta, os casos suspeitos passam por exames de
sorologia para confirmação do diagnóstico e são classificados conforme os protocolos
do Manejo Clínico das Arboviroses da Secretaria de Saúde de São Paulo. Para
casos mais graves, a internação pode ser necessária, seguindo critérios como:
- Presença de sinais de alarme, choque ou sangramento grave;
- Comprometimento respiratório;
- Queda crítica das plaquetas;
- Intolerância a alimentos e líquidos;
- Comorbidades descompensadas;
- Falta de condições sociais para um tratamento ambulatorial
adequado.
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