Dr Evaldo Stanislau, da Inspirali, explica sobre
disseminação e prevenção
Já conhecido por
ter causado surtos em cruzeiros marítimos e no litoral no ano de 2024, o
norovírus voltou com força total no começo de 2025 aqui no Brasil e também no
exterior. Mas o que sabemos sobre este vírus e quando é recomendado procurar um
profissional médico?
Segundo o
infectologista Dr. Evaldo Stanislau, líder nacional de epidemiologia e pesquisa
na Rede de Assistência da Diretoria Médica Acadêmica da Inspirali, principal
ecossistema de educação médica do país, a transmissão do norovírus é bastante
facilitada pelo convívio inter-humano por meio das mãos, objetos e superfícies
contaminadas, sendo o isolamento dos infectados e a higiene essenciais no
controle. “Um dos fatores que favorecem a disseminação são as aglomerações
típicas tanto em ambientes fechados, como um navio, quanto nas casas e
apartamentos e temporadas, tão comuns na época das férias”, complementa. O
aquecimento global, levando a fenômenos extremos, também contribui para o
potencial aumento dos casos, pois facilita ainda mais a transmissão do
vírus.
Do grupo dos
calicivírus, o norovírus é muito resistente a calor, luz e até desinfectantes.
Dr Evaldo destaca que sua manifestação é bastante típica das doenças diarreicas
agudas com vômito, diarreia e mal-estar, em geral autolimitados e de curta
duração, cabendo apenas as medidas de suporte e hidratação aos acometidos. “É
recomendado procurar um especialista caso os sintomas persistam por mais de
três dias, se há sinais de desidratação como boca seca, tontura e urina escura,
caso haja febre alta persistente ou presença de sangue nas fezes ou vômitos
frequentes”, orienta Stanislau.
“Infelizmente
ainda não existe uma vacina comercialmente disponível, mas existem estudos
avançados iniciando as fases finais de desenvolvimento”, finaliza Stanislau.
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