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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Medicamentos à base de tretinoína: alta de 241% nas buscas reflete impacto das redes sociais e reforça necessidade de uso consciente

 

Dados da CliqueFarma | Afya mostram crescimento da procura pelo princípio ativo na comparação entre 2023 e 2024; médica alerta sobre cuidados necessários para uso no tratamento da pele



Novo levantamento da CliqueFarma | Afya, plataforma que compara preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, aponta um aumento de 241% nas buscas por itens à base de tretinoína em 2024 comparado ao ano anterior. Utilizado no tratamento de pele, o princípio ativo ganhou destaque no skincare dos brasileiros ao viralizar nas redes sociais, especialmente entre maio e setembro, período em que ocorreu o pico de interesse, concentrando 70% dos cliques registrados ao longo do ano.
 

A tretinoína, quando utilizada no tratamento da acne, reduz a produção de sebo, previne a formação de cravos, combate a inflamação e ajuda a equilibrar a flora microbiana da pele. No rejuvenescimento, promove a renovação celular, melhora a textura da pele, reduz linhas finas e sinais de envelhecimento, além de estimular a produção de colágeno, deixando a pele mais uniforme e saudável. 

No entanto, a Dra. Isabela Maria Dupin, dermatologista e coordenadora de pós-graduação na Afya Educação Médica, alerta que há efeitos colaterais e é preciso ficar atento. Os mais frequentes incluem vermelhidão, descamação, ressecamento e sensibilidade da pele, especialmente nas primeiras semanas de uso. Pode haver também piora transitória da acne no início, o que é temporário. 

“É essencial que o tratamento seja acompanhado por um médico para evitar complicações. Além de haver contraindicações, como para gestantes e pacientes com doenças de pele em atividade, como eczema ou rosácea não controlada, a automedicação pode causar efeitos adversos graves, como irritação severa, manchas escuras na pele e até piora de condições dermatológicas pré-existentes. A ausência de um acompanhamento profissional impede o ajuste individualizado, comprometendo sua eficácia e aumentando os riscos”, orienta a médica.

Segundo a especialista, são necessários também alguns cuidados ao longo do tratamento, visto que a pele fica mais suscetível à radiação ultravioleta, sendo indispensável o uso de protetor solar com FPS 30 ou superior, reaplicado periodicamente, sempre que ocorrer a exposição solar. “É recomendado evitar o sol nos horários de maior intensidade, entre 10h e 16h, e utilizar barreiras físicas, como chapéus de aba larga e viseiras”, complementa a Dra. Isabela Maria Dupin.


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