A terapeuta Amanda Damasceno, da Ixer, explica quando o prazer de comer se torna um problema
O dia 26 de janeiro é marcado pela comemoração do Dia da Gula.
Mas, além de ser um momento para apreciar os prazeres da culinária, a data
serve como um alerta sobre um problema que afeta muitas pessoas: a compulsão
alimentar. Essa condição, marcada pela ingestão excessiva de alimentos, mesmo
quando a pessoa está saciada está intimamente ligada a questões emocionais. De
acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros
sofrem da condição, quase o dobro da média global, que gira em torno de 2,6%.
De acordo com a terapeuta Amanda Damasceno, o estresse, a
ansiedade e a depressão são gatilhos comuns para a compulsão alimentar. A
comida, nesse contexto, se torna uma forma de buscar conforto e alívio,
desencadeando um ciclo vicioso que pode comprometer tanto a saúde física quanto
a mental.
“A compulsão alimentar não se limita à quantidade de
comida ingerida, mas envolve também a incapacidade de controlar os impulsos
alimentares, especialmente em momentos de vulnerabilidade emocional. Após os episódios
de compulsão, a culpa e a busca por soluções rápidas, como o uso de laxantes ou
a indução ao vômito, são comuns, agravando ainda mais o problema”, explica.
O tratamento terapêutico, segundo Amanda, desempenha um
papel fundamental na melhora da compulsão alimentar. “Através das sessões, os pacientes
podem identificar as causas emocionais por trás da compulsão, como traumas e
experiências passadas, e desenvolver estratégias para lidar com essas questões.
É importante ressaltar que o tratamento da compulsão alimentar é
multidisciplinar, envolvendo psicoterapia, acompanhamento nutricional, terapias
complementares e, em alguns casos, tratamento médico", orienta.
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