Aprovado no Brasil em 2020, o
paracetamol injetável é uma opção inovadora para tratamento de curta duração e
no alívio da dor
Considerada uma das doenças mais comuns do sistema urinário, as pedras nos rins podem afetar crianças, adultos e idosos. A Sociedade Brasileira de Urologia estima que 1 em cada 10 pessoas no Brasil sofra de cálculo renal 1.
Os cálculos renais, ou pedras nos rins, são uma das maiores causas de dor abdominal intensa 2. O problema é causado pela formação de massas sólidas, que se assemelham a pedras, compostas pelo acúmulo de cristais presentes na urina e que dificultam o funcionamento adequado do sistema urinário 3.
As pedras alojadas nos rins não costumam causar desconforto. Porém quando se deslocam e se encaminham até a bexiga, o paciente pode sentir picos intensos de dor abdominal - a chamada cólica renal 2.
O paracetamol é um dos analgésicos mais utilizados no mundo, considerado primeira linha no tratamento de dor aguda e febre4. Quando utilizado corretamente, apresenta bons resultados para o tratamento de dores e não tem efeitos colaterais significativos.
No ambiente hospitalar, o paracetamol intravenoso (Halexminophenâ) é um importante aliado na analgesia com resultados muito satisfatórios, aliviando rapidamente e com segurança o desconforto causado por cólicas renais, além da facilidade de ser uma medicação pronta para o uso 5, reduzindo o tempo de manuseio, bem como a incidência de erro durante o preparo do medicamento. A utilização do paracetamol injetável é vantajosa em pacientes que não podem usar outros analgésicos, como a dipirona, e anti-inflamatórios, como ibuprofeno 6.
Um estudo7 com 108 pacientes comparou a analgesia
proporcionada pela morfina com a analgesia do paracetamol e demonstrou que o
paracetamol intravenoso proporcionou uma redução de dor significativamente
maior, sugerindo que ele pode ser mais eficaz que a morfina intravenosa no
alívio da dor em pacientes com cólica renal aguda.
O Halexminophen, da Halex Istar, é o único paracetamol injetável
comercializado no Brasil.
A administração intravenosa de paracetamol pode ser preferível em situações
em que se deseja um rápido alívio da dor, como é o caso da dor decorrente de
cólica renal, além de ser benéfica em situações em que o paciente não consegue
tomar medicamentos por via oral (por exemplo quando há náuseas associada)8.
Ainda, a ausência de um efeito de primeira passagem hepática com a
administração intravenosa de paracetamol pode resultar em menor exposição
hepática e um melhor perfil de segurança em comparação com doses equivalentes
de paracetamol pela via oral9.
Referências
1 Procedimentos menos agressivos são tendência contra pedras nos rins – SBU-SP. Disponível em: < link >. Acesso em: 12 nov. 2024.
2 Pedras nos rins ou no trato urinário (cálculos renais) - Manual MSD Versão Saúde para a Família. Disponível em: < link >. Acesso em: 12 nov. 2024.
3 Alves, B. / O. / O.-M. Cálculo renal (pedra no rim) | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <link>.
4 Ayoub SS. Paracetamol (acetaminophen): A familiar drug with an unexplained mechanism of action. Temperature (Austin). 2021 Mar 16;8(4):351-371. doi: 10.1080/23328940.2021.1886392. PMID: 34901318; PMCID: PMC8654482.
5 BULA PACIENTE HALEXMINOPHEN ® HALEX ISTAR SOLUÇÃO PARA INFUSÃO 10 mg/mL. [s.l: s.n.]. Disponível em: <link>. Acesso em: 12 nov. 2024.
6 Piovezan, M. et al. Opioid consumption and prescription in Brazil: integrative review. Brazilian Journal Of Pain, v. 5, n. 4, 2022. - Link
7 Zhili X, Linglong C, Shuang J, Baohua Y. Comparing the analgesic effect of intravenous paracetamol with morphine on patients with renal colic pain: A meta-analysis of randomized controlled studies. Am J Emerg Med. 2020 Jul;38(7):1470-1474. doi: 10.1016/j.ajem.2020.03.061. Epub 2020 Apr 2. PMID: 32349890.
8 Pyati S, Gan TJ. Perioperative pain management. CNS Drugs 2007;21:185–211
9 Royal MA, Gosselin NH, Pan CC, et al. Route of administration significantly impacts hepatic acetaminophen exposure: a simulation based on a first pass model. [111th Annual Meeting of the American Society for Clinical Pharmacology and Therapeutics, PII-73]. Clin Pharmacol Ther 2010;87: S39–65.
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