Dispositivo inovador melhora a qualidade de vida de pacientes e coloca o país na vanguarda da cardiologia
O Brasil alcançou um marco importante na cardiologia com a
realização do primeiro implante de cardiomodulador em pacientes no Hospital Vaz
Monteiro, na cidade de Lavras, Minas Gerais e no Hospital Samaritano Paulista,
em São Paulo. O procedimento com tecnologia inovadora, realizado pelo Dr.
Ricardo Ferreira, especialista em Estimulação Cardíaca Artificial e Arritmia
Clínica e Invasiva, trouxe uma nova opção para o tratamento de insuficiência
cardíaca (IC), uma das principais causas de morte no país. O dispositivo, que
melhora a capacidade de contração do coração sem alterar o ritmo cardíaco, foi
implantado com sucesso em setembro de 2023 junho de 2024, marcando o início de
uma nova era no cuidado com pacientes que enfrentam essa condição.
O cardiomodulador já se consolidou em países da Europa e nos
Estados Unidos como uma alternativa eficiente para pacientes que não respondem
de forma adequada aos tratamentos convencionais. Diferente de outros
dispositivos, como desfibriladores e resincronizadores, que atuam na parte
elétrica do coração, o cardiomodulador foca na melhora da qualidade das
contrações cardíacas, sem interferir diretamente no ritmo.
A insuficiência cardíaca afeta milhões de pessoas e continua a
crescer. No Brasil, estima-se que aproximadamente 6,4 milhões de pessoas sofram
dessa condição, com 240.000 novos casos anuais, segundo dados divulgados pela
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). De acordo com o Dr. Ricardo
Ferreira, a incidência da doença cresce a cada ano, e fatores como hipertensão, diabetes, sedentarismo e hábitos não saudáveis, como o
tabagismo, são alguns dos principais agravantes da condição, que afeta tanto
homens quanto mulheres na pós-menopausa.
A doença é também uma das principais causas de hospitalizações
recorrentes no país, o que afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
"Diante desse cenário, tratamentos inovadores têm se mostrado essenciais
para o controle e a mitigação dos efeitos da doença.
Segundo o Dr. Ricardo, essa tecnologia atua diretamente nos
canais de sódio, potássio e cálcio do coração, fundamentais para a qualidade
das contrações cardíacas. “Trata-se de uma nova abordagem terapêutica que
melhora significativamente a contração do coração sem alterar a frequência
cardíaca", explica. Esse avanço possibilita que pacientes tenham uma
melhor circulação sanguínea, reduzindo internações e prolongando períodos de
estabilidade clínica. "Para alguns pacientes, é um tratamento que não só
melhora a qualidade de vida, mas diminui o número de hospitalizações",
acrescenta.
Essa nova modalidade de tratamento, conduzida por médicos como o Dr. Ricardo Ferreira, coloca o Brasil no mapa das inovações tecnológicas em cardiologia e fornece qualidade de vida para milhões de pessoas que convivem com a insuficiência cardíaca.
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