O mercado de cloud já atingiu sua consolidação. De acordo com um recente estudo da McKinsey, a computação em nuvem pode gerar até US$ 3 trilhões com a redução e otimização de custos e contribuir com a geração de novos modelos de negócios até 2030. Fatores como agilidade, eficiência, melhor custo-benefício e, principalmente, a segurança, tem feito com que, cada vez mais, as organizações compreendam a importância de estabelecer a gestão em cloud. Por outro lado, mesmo com uma ampla conscientização no mercado, é fundamental acender o alerta da importância de considerar uma série de aspectos antes de escolher o provedor, a fim de evitar uma contratação equivocada.
A adoção de serviços em nuvem já vem, há muito
tempo, se tornando uma tendência crescente nas organizações. Não à toa, temos
grandes players de mercados consolidados nessa modalidade, que exploram cada
vez mais suas funcionalidades na prestação de serviços. Por sua vez, diante do
protagonismo dessa tendência, abre-se também a porta para que novos
“provedores” surjam, tentando convencer de que possuem a melhor oferta quando,
na verdade, não têm qualquer tipo de especialização e conhecimento necessários
para esse serviço.
Essa realidade tem feito com que, infelizmente,
muitos usuários se enganem e tenham uma experiência catastrófica na utilização
do serviço, potencializando a maiores chances de riscos para o negócio. Em se
tratando do serviço em nuvem, isso é algo grave, visto que, cada vez mais, tem
sido enfatizada a importância dos dados que precisam ser operados de forma
segura e eficiente. Sendo assim, mais do que olhar o preço, na hora de escolher
o provedor em cloud, é importante se atentar para alguns aspectos. Veja sete
deles:
#1 Propriedade e controle: é comum que, para “fisgar” o cliente, algumas empresas ofereçam o total
manuseio das operações. Mas, é importante questionar: isso é realmente
vantajoso ou oportunista? Afinal, a ideia de contratar um servidor em nuvem é
ter o apoio no gerenciamento e manutenção da nuvem, otimizando o tempo da
equipe e garantindo a segurança.
#2 Gerenciamento e backup: complementando o tópico anterior, é necessário avaliar se a provedora
possui um time direcionado na gestão da nuvem, garantindo a continuidade das
operações diariamente. Além disso, é crucial averiguar qual a frequência em que
é feito o backup, a fim de garantir a segurança e proteção dos dados.
#3 Escalabilidade e
flexibilidade: esse é um aspecto que precisa de muita atenção,
afinal, a utilização da nuvem se torna atrativa para muitos, pois existe a
opção de pagar apenas pelo aquilo que usa. No entanto, na eventual necessidade
de aumento de capacidade, a empresa consegue garantir? É essencial checar se o
serviço prestado não se trata de um Data Center, que exige um ponto físico e
demanda um alto custo para expansão.
#4 Preço: este tópico é algo sensível nas corporações, que estão sempre na busca
pelo melhor custo-benefício. Entretanto, é importante avaliar se o valor
envolvido leva em conta todas as conformidades regulatórias, bem como ponderar
no caso de uma nuvem estrangeira, se a precificação não está de acordo com a
moeda da sua matriz, de forma que, quando convertida para o Brasil, possua
algum tipo de diferenciação.
#5 Localização geográfica: qual a origem da nuvem? Por ser uma tecnologia que independe de um
ponto físico, ela pode operar a partir de diversos lugares. Por isso, é
importante solicitar a demonstração do seu desempenho, para conferir questões
como a velocidade, latência e transição.
#6 Integração e compatibilidade:
cada empresa possui o seu software. Deste modo, é
preciso garantir que a nuvem tenha capacidade de integração com a ferramenta,
bem como, em uma eventual troca de sistemas, tenha a capacidade de se adequar e
exportar os dados com alta efetividade.
#7 Histórico e reputação: pesquise sobre a marca. É essencial verificar se a provedora tem, de
fato, experiência na prestação de serviço, qual a sua avaliação no mercado e
referências de projetos anteriores de sucesso.
Atualmente, vivemos o chamado “canibalismo
empresarial”, que é quando um grupo de empresas concorrentes começam a adotar
práticas não éticas e, nessa competição, vale tudo, inclusive, a promessa da
oferta de serviços abaixo do preço, o que, para o cliente, parece ser algo
vantajoso, e faz com que deixe de olhar os aspectos técnicos extremamente
importantes no ato de contratação.
Esse descuido no ato da escolha da nuvem pode ser
revertido na maior exposição à riscos de segurança como, por exemplo,
ciberataques, exposição de dados, interrupção das operações, entre tantos
outros que podem comprometer o desempenho do negócio. Sendo assim, todo cuidado
é essencial e, mais do que escolher uma opção atrativa, é preciso se atentar em
comprovar se aquilo que é prometido será, de fato, cumprido.
As nuvens mostram que, para a tecnologia, o céu não é o limite. Entretanto, é essencial tomar cuidado com as tempestades que podem surgir quando o provedor não tem domínios do clima e passam uma previsão do tempo equivocada.
Glaucia Vieira - sócia proprietária da G2.
G2
https://g2tecnologia.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário