Daiane Milani,
empresária especialista em branding e desenvolvimento humano, explica as
vantagens e desvantagens do CLT e PJ
Na gestão de pessoas, a escolha entre contratação
via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ou por prestadores de serviço é uma
decisão estratégica que pode impactar diretamente a sustentabilidade de um
negócio.
De acordo com dados do IBGE, o Brasil conta com
aproximadamente 33 milhões de trabalhadores formais contratados via CLT,
enquanto cerca de 24 milhões atuam como autônomos ou prestadores de serviço.
Ambas as modalidades possuem vantagens e desvantagens que devem ser
cuidadosamente analisadas.
Segundo Daiane Milani, empresária
especialista em branding e desenvolvimento humano, a escolha entre CLT e
prestadores de serviço deve ser guiada pela estratégia da empresa e pelo tipo
de trabalho a ser realizado. “É essencial considerar o perfil dos projetos, a
cultura organizacional e o custo-benefício a longo prazo. A flexibilidade e a
especialização dos prestadores de serviço podem ser uma vantagem competitiva em
determinados cenários, enquanto a segurança e a estabilidade da CLT são
fundamentais para empresas que buscam construir um time coeso e engajado”,
explica.
Contratação CLT: vantagens e
desvantagens
- Estabilidade:
oferece uma relação de trabalho mais estável e segura tanto para o
empregador quanto para o empregado.
- Benefícios
trabalhistas: direito à férias remuneradas, 13º salário, FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço), licença-maternidade/paternidade, entre outros.
- Engajamento
e fidelidade: Promove maior engajamento e fidelidade dos colaboradores,
assegurando que todos os direitos trabalhistas sejam cumpridos.
- Custos
elevados: Pode ser onerosa para a empresa, devido aos encargos
trabalhistas e à burocracia envolvida, principalmente para empresas
pequenas e médias.
Contratação de prestadores de
serviço ‘PJ’: vantagens e desvantagens
- Flexibilidade:
Permite a contratação para projetos específicos, sem a necessidade de
vínculo empregatício e os respectivos encargos.
- Redução
de custos: Pode ser uma opção interessante para empresas que buscam mais
flexibilidade e redução de custos.
- Riscos
jurídicos: É importante que o contrato de prestação de serviços esteja bem
definido para evitar problemas jurídicos futuros, como a caracterização de
vínculo empregatício disfarçado.
Milani também reflete sobre o assunto na esfera do branding
da empresa contratante. “É fundamental alinhar a escolha à identidade da marca
e aos valores corporativos. A contratação via CLT pode reforçar a cultura de
estabilidade e compromisso, essencial para marcas que valorizam a lealdade e o
desenvolvimento a longo prazo”, pontua
Já sobre os contratos conhecidos como “PJ”, a
especialista acredita que os prestadores de serviço oferecem a flexibilidade e a
inovação necessárias para marcas que operam em mercados dinâmicos e precisam de
soluções rápidas e especializadas. “A chave está em entender como cada modelo
de contratação pode fortalecer a proposta de valor da marca e a experiência
oferecida ao cliente”, relata.
Para que o empregador tome uma decisão, é importante avaliar não apenas os custos imediatos, mas também o impacto a longo prazo na cultura organizacional, na satisfação dos colaboradores e na capacidade de inovação e adaptação do negócio. “Com uma análise criteriosa e alinhada aos objetivos estratégicos, as empresas podem tomar decisões mais assertivas, garantindo uma gestão de pessoas que contribua para o crescimento sustentável da organização”, finaliza.
Daiane Milani - Empresária, natural do interior do Rio Grande do Sul, atualmente mora em Alphaville - SP, investidora, maratonista, escritora, palestrante e fundadora da Pense Algo Novo, uma empresa especializada em branding, já tendo refinado a marca de mais de 500 empresas, sendo incentivadora do empreendedorismo e alta performance no esporte: “É possível ter equilíbrio em todas áreas da vida”.
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