Segundo Reinaldo
Boesso, CEO da TMB Educação, problema foi causado por sistema da Microsoft, que
armazena boa parte dos dados mundiais
Na madrugada desta sexta-feira, 19 de julho, um
apagão cibernético prejudicou uma série de serviços bancários e de comunicação
em todo o mundo e ainda provocou atrasos em voos. O problema teria sido causado
pela CrowdStrike, empresa que fornece serviços de segurança digital. Mas como entender
esse cenário e também se precaver?
Segundo Reinaldo Boesso, especialista
em tecnologia e CEO da fintech TMB
Educação, empresa que atua com inteligência de crédito, é preciso
compreender inicialmente que, no cenário atual, todos os sistemas de bancos,
aeroportos e grandes empresas estão na nuvem. “E quem são as nuvens que
respondem por abrigar a maior parte desses sistemas? São duas grandes empresas
americanas, uma é a Amazon, com o AWS, e a outra é a Microsoft, com o Azure.
Juntas, elas armazenam os dados mundiais, controlam praticamente todos os
sistemas”, explica.
De acordo com Reinaldo Boesso, o que aconteceu foi
um problema técnico com o CrowdStrike. “Essa empresa teve um problema e
derrubou o sistema da Microsoft que, por sua vez, acabou derrubando bancos,
aeroportos e aplicativos que o utilizam. Ou seja, tratou-se de um impacto
global, mas que já está se estabilizando”, afirma o especialista em tecnologia.
O CEO da TMB Educação ressalta que os sistemas mais
usados no mundo costumam ser super estáveis e raramente têm qualquer tipo de
problema, mas naturalmente estão sujeitos a riscos. Para ele, a melhor forma
das empresas se precaverem contra eventuais falhas de um ou de outro é optarem
pela redundância, ou seja, contratarem ambos.
“Alguns bancos grandes até fazem algo nesse
sentido, mas a questão é que contratar os dois gera um custo extremamente alto,
já que há um custo dobrado de sistema, de equipe, de manutenção de software e
atualização. Com esse custo tão elevado, a maioria opta por uma ou outra
alternativa e não pelas duas”, diz Reinaldo Boesso.
O especialista em tecnologia conta que, apesar do ocorrido ter causado alguns inconvenientes, a Microsoft prontamente trabalhou para resolver o problema. “Por volta das 2h da madrugada a empresa já estava lançando um protocolo de correção. Pode ser que, em razão da complexidade de alguns sistemas, alguns bancos ainda estejam instáveis porque é preciso mais tempo para aplicar todas as mudanças sugeridas. Ainda assim, acredito que ao longo do dia tudo já estará resolvido”, finaliza Reinaldo Boesso.
Reinaldo Boesso - É CEO da TMB Educação, uma fintech especializada em crédito educacional, que tem como grande missão democratizar o conhecimento para transformar a economia através da educação. É formado em Análise de Sistema e possui pós-graduação em gestão empresarial e gestão de projetos. Também é especialista financeiro liderando times de M&A em fundos de investimento. Linkedin https://www.linkedin.com/in/rboesso/
TMB
site
@tmbeducacao
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