Problemas como
asma, bronquiolite e até covid-19 podem ser tratados com exercícios específicosEnvato
Quando o inverno chega, traz consigo uma série de
doenças respiratórias que atingem desde as crianças até os idosos. Asma,
bronquiolite, pneumonia, covid-19 e outros problemas são muito mais frequentes
quando as temperaturas estão mais baixas e os espaços, menos arejados devido ao
frio. Todas essas doenças podem ter seus sintomas atenuados com a ajuda da
fisioterapia.
De acordo com o boletim do InfoGripe divulgado no
final de junho, dez estados brasileiros apresentaram aumento no número de casos
de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A SRAG, ainda segundo o documento,
foi causada principalmente pelos vírus da influenza A, vírus sincicial
respiratório (VSR) e rinovírus. “O início do inverno é motivo de atenção para o
aparecimento das doenças respiratórias, porque as temperaturas mais baixas
favorecem a disseminação dos vírus que são causadores dessas infecções, já que
os ambientes ficam pouco ventilados”, explica a professora do curso
de Fisioterapia da Universidade Positivo (UP), Francieli Gimenez. Em alguns
casos, esses problemas podem fazer com que o paciente tenha dificuldade para
respirar mesmo estando em repouso e com as medicações corretas indicadas pelos
médicos. Daí a necessidade de uma intervenção com um fisioterapeuta.
Dentre os benefícios que a fisioterapia
respiratória pode proporcionar para esses pacientes está a melhora da
capacidade respiratória. Isso acontece, segundo a especialista, porque “muitos
dos exercícios que a fisioterapia realiza ajudam na mobilização dos músculos
ventilatórios, o que contribui para a desobstrução das vias aéreas e,
consequentemente, para facilitar o fluxo de ar”. Se o tratamento exigir uma
internação, a fisioterapia respiratória e a fisioterapia motora atuam no
sentido de reduzir o tempo de hospitalização do paciente. Não à toa, os profissionais
de fisioterapia foram tão fundamentais na pandemia de covid-19. Eles eram os
responsáveis por auxiliar na recuperação dos pacientes internados nas unidades
de saúde. Em alguns casos, o tratamento medicamentoso associado à fisioterapia
pode evitar que o paciente precise ser hospitalizado.
Como e quando começar
Para Francieli, é hora de buscar ajuda sempre no
inicio dos sintomas, quando houver dificuldade para respirar, grande acúmulo de
secreção, febre, cansaço ou mesmo um diagnóstico médico de doença respiratória.
“Outra preocupação é com as crianças, principalmente as menores de dois anos.
Como elas ficam muito em creche ou na escola, o ambiente fechado nessa época de
inverno favorece muito a disseminação dos vírus, devido à pouca ventilação, o
que faz com que elas possam ser contaminadas por vírus respiratório e evoluir
para uma bronquiolite. É importante que os pais percebam logo os primeiros
sintomas, como febre, tosse com secreção e, principalmente, dificuldade para
respirar”, alerta.
Todas as intervenções devem ser feitas com o
acompanhamento de um profissional de fisioterapia. “Os tratamentos incluem
algumas manobras específicas no pulmão do paciente e, por isso, é preciso
realizar uma avaliação sobre a condição geral desse paciente para saber o que é
indicado e o que é contraindicado”, explica. Embora alguns exercícios possam
ser realizados em casa para acelerar a recuperação, eles também devem ser
orientados por um profissional especializado.
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