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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Comédia romântica questiona o amor contemporâneo

 


Espetáculo Esse Maldito Fecho-Eclair propõe uma visão cômica e questionadora sobre o amor e suas adversidades com enfoque no casamento. 

 

Com uma história envolvendo a complexidade das relações humanas, além de discutir a viabilidade da vida a dois, Esse Maldito Fecho-Eclair estreia no dia 24 de julho, quarta-feira, às 20h no Teatro Itália Bandeirantes. O texto inédito é do dramaturgo Ed Anderson e a direção de Ricardo Grasson Heitor Garcia, já o elenco conta com os atores Felipe Barros e Mayara Dornas. A temporada segue até 5 de setembro, com sessões de quartas e quintas, às 20h.

A trama segue um casal em sua lua de mel após uma festa de casamento cheia de acontecimentos. O marido anseia pela primeira noite com sua esposa, enquanto ela procura aflita pelo seu batom. De repente, um fecho-éclair emperrado do vestido da noiva é gatilho para uma série de eventos inesperados e questões existenciais.

 

Esse desdobramento provoca um turbilhão de emoções colocando em xeque a ideia do "felizes para sempre", e questiona a veracidade do ideal romântico e a aceitação da impermanência do amor.

 

“O amor é um tema universal, desde Adão, Eva e a tal serpente disparadora de conflitos, esse sentimento nunca sai de moda. O que é cafona está relacionado a falta de escuta aos anseios da parceria proposta. Acredito na pulsão dos desejos e a sociedade pode e deve estar atenta a este acolhimento. Senão regredimos a tempos bicudos”, destaca Anderson.

 

A obra aborda assuntos como amor, casamento, filhos, traição, monogamia, responsabilidade afetiva, desejos sexuais e solidão. O espetáculo faz um panorama atual das relações monogâmicas e as complexas culpas carregadas pelos casais brasileiros. 

 

“Uma peça que nos diverte e nos convida a pensar sobre como construímos nossas relações e o porquê de nos permitirmos chegar ao desgaste extremo. Por que tanta dificuldade em conversar e identificar o que sentimos? Não percebemos que muitas situações nos torna agressivos, ofensivos, irritados, tristes e estes estados nos adoecem”, constata Mayara.

 

A Encenação

O texto indica um quarto de motel antigo, onde eles passam a lua de mel, ambientado nos anos 70, calorento e com a decoração duvidosa. Presente dado por um dos padrinhos aos noivos. O cafofo possui um quadro, que entra na história como um narrador da relação desse casal, ele se modifica e acompanha os pensamentos dessa relação durante a história, esse pano de fundo também é usado para memorar outros momentos da história do casal.

 

A trilha sonora vem com ritmos que falam de amor, de amor visceral, amor antigo e a peça é embalada por hits melódicos da música brega, movimento tão importante de fácil identificação e potente nos dias de hoje.

 

Os figurinos também contam histórias. "O título do nosso espetáculo traz um impedimento na abertura do fecho-éclair do vestido de sua noiva, o que nos abriu diversas possibilidades e discussões na construção da encenação. As escolhas seguem por um traje de casal clássico, com a referência da década e com a personalidade impressa de cada um. O figurino contribui para a narração dos sentimentos desse casal no decorrer da trama, é rasgar se de amor ou de ódio? É tirar a roupa ou não tirar? Quem tira de quem? Eu quero rasgar seu vestido mas é alugado!", completam os diretores.

 

Sinopse

Um jovem casal suburbano e apaixonado assume pactos inusitados diante de um fecho-éclair enguiçado em plena lua de mel. Até onde eles conseguirão chegar antes do "até que a morte os separe"? Cantar com rouquidão todo o repertório de um karaokê, borrar a boca com batom barato ou devorar cartelas de antidepressivos?

 

Ficha Técnica:

Direção: Ricardo Grasson. e Heitor Garcia. Elenco: Felipe Barros e Mayara Dornas. Produção: Lígia Fonseca. Desenhos de Luz: Cesar Pivetti. Cenografia: Marisa Bentivegna. Figurino:Rosangela Ribeiro. Aderecista e assistente de figurino: Neemias Villas Bôas Visagismo: Edgar Cardoso Som: Aghata. Designer: Carol Cevdar. Fotos e Vídeos: Rafael Duckur e Lanther Lincoln. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Redes Sociais: Jéssica Fioramonte. Trafégo: Cauê Baldo. Realização: Malisgüe Produções.

 

 

Serviço:

Esse Maldito Fecho-Eclair

Teatro Itália 

Temporada: de 24 de julho a 5 de setembro - Quartas e quintas, às 20h.

Ingresso: R$ 80,00 e R$ 40,00 (meia entrada para estudantes, idosos, professores e classe artística)

 

Teatro Itália 

Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo - SP


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