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domingo, 26 de maio de 2024

VOCÊ PUXA A GUIA DO SEU PET? SAIBA PORQUE ISSO É ERRADO

Comportamentalista animal Wagner Brandão, explica que puxar a guia do pet pode aumentar a ansiedade e o medo do animal, fazendo com que ele associe os passeios a uma experiência desagradável.

 

Passear com o pet é, sem dúvidas, o ponto alto do dia do bichinho. Geralmente é nesse momento que eles ficam mais agitados, pulando, latindo e querendo explorar ao máximo o mundo ao seu redor. Porém, para conter alguns animais, seus donos, durante os passeios, têm o hábito de puxar a guia em determinados momentos e isso pode ser muito prejudicial. 

Wagner Brandão comportamentalista animal, com mais de duas décadas de atuação na área, explica que, embora pareça uma prática comum e inofensiva, puxar a guia pode ter efeitos negativos no comportamento e na saúde do seu animal de estimação. “Esse ato pode causar desconforto e até dor no pescoço e na garganta do animal. Se você utilizar o peitoral, pode causar dores no peito e nas patas frontais, além de gerar um estresse desnecessário. Além disso, em minha experiência, já vi que pode levar a condições graves de saúde, como lesões na traqueia e na coluna cervical, especialmente em cães de raças menores ou com predisposição a problemas respiratórios.”, resume. 

Os reflexos desse ato podem ser vistos também no comportamento diário do animal. “Puxar a guia do pet pode aumentar a ansiedade e o medo do animal, fazendo com que ele associe os passeios a uma experiência desagradável. Isso pode resultar em comportamento reativo, como latidos excessivos, tentativas de fuga e até agressividade.” comenta Wagner Brandão. 

Por outro lado, é possível adotar algumas medidas simples, mas eficazes, para tornar o passeio um momento prazeroso tanto para o tutor quanto para o animal. "O ideal é treinar o cachorro para andar ao seu lado de forma calma e controlada, utilizando reforços positivos como petiscos e elogios.” Sugere Wagner, e completa: “Esse tipo de treinamento, conhecido como "caminhada solta", permite que o animal explore o ambiente de forma segura e relaxada, sem a necessidade de puxões ou correções bruscas, já que o passeio precisa ser prazeroso tanto para o tutor quando para o pet.” 

Confira algumas dicas práticas para ter um passeio tranquilo com o pet, destacados pelo comportamentalista. 

Use Equipamentos Adequados: Utilize uma coleira unificada para passear com o animal, pois ela ajuda a diminuir as puxadas tanto dos tutores quanto dos cachorros. Evite utilizar peitorais para não criar uma situação de “cabo de guerra” com o seu pet. 

Reforço Positivo: Recompense seu pet por andar ao seu lado sem puxar a guia. Petiscos e elogios são excelentes formas de encorajar o bom comportamento. 

Treinamento Consistente: Dedique tempo para treinar seu cachorro diariamente. A consistência é chave para que ele aprenda a caminhar de maneira adequada. 

Ambiente Calmo: Escolha locais tranquilos para os passeios, especialmente durante o processo de treinamento, para minimizar distrações e facilitar a aprendizagem.
 


Wagner Brandão: Wagner Brandão comportamentalista animal desde 2002, formado pela Universidade de São Paulo, é ex-investigador da Polícia Civil e ex-treinador de cães policiais para faro e ataque. Colaborador de mais de 156 protetores animais independentes, Wagner já treinou mais de 50 mil cachorros. Seus clientes incluem não apenas animais de estimação, como gatos, mas também grandes felinos como tigres e tigresas, além de peixes e até mesmo moscas. Atualmente, Wagner presta atendimento a clientes de todo o mundo, tanto de forma online quanto presencial. Saiba mais em: adestradorwagnerbrandao


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