Preventivamente, precisamos ter um olhar consciente para as redes sociais.Usadas de uma forma equilibrada, elas oferecem soluções produtivas e proveitosas. Porém, utilizando as redes como meio de entretenimento ou ferramenta profissional, de toda maneira acessamos a vitrine do mundo em tempo real, vemos a vida de pessoas que têm uma realidade totalmente diferente. Se a mente está condicionada a ver somente o que as crenças permitem, o frequentador das redes pode acreditar que 100% daquilo que está exposto é real, que não há nenhum tipo de edição, que a vida é sempre linda e isso pode ser perigoso, principalmente para quem sofre de depressão.
Abaixo, listo alguns sinais de alerta que evidenciam que o uso excessivo das redes sociais está prejudicando a saúde mental do usuário.
1) Isolamento social – veja como é paradoxal. Apesar de serem chamadas de redes sociais, uma das primeiras características de alguém que se torna “dependente digital” é deixar de lado a vida social. Então, recomendo atenção redobrada para a pessoa que você ama e que, aos poucos, tem ficado cada vez mais tempo em um canto, sem interagir, restrita ao microuniverso do telefone celular;
2) Descompromisso com os relacionamentos – outro termômetro que indica a proximidade da pessoa com a depressão é o momento em que ela prioriza as redes sociais e não se preocupa com as consequências que isso pode acarretar aos seus relacionamentos. Por exemplo: casais que se sentam à mesa para almoçar e, na verdade, só fazem “navegar”. Antes que a depressão se instale, o caminho é reduzir o distanciamento social, passando a interagir, viver e conviver;
3) Agressividade – proponha retirar o celular de alguém ou observe o comportamento da pessoa quando a internet cai. Se qualquer dessas situações deixar a pessoa agressiva, o sinal de alerta está aceso.
4) Bullying digital – estamos acostumados a ouvir ou ver esse tema debatido presencialmente, quase sempre no ambiente escolar. Entretanto, é nas redes sociais que os nossos filhos interagem e, uma vez lá, podem ser ofendidos pela aparência, pelo estilo ou por razões diversas. As pessoas que frequentam as redes sociais podem ser bem cruéis, o que deixa para nós, pais e educadores, o compromisso de entender “de quem” os nossos filhos são “amigos” e se recebem dessas pessoas o merecido respeito;
5) Comparação digital – cuidado com
as associações e comparações involuntárias. Cada ser é único por essência, mas
não é fácil legitimar essa unicidade, uma vez que vemos nas redes pessoas mais
magras, mais belas, mais ricas, mais isto e mais aquilo. Lembre-se de algo que
há de fazer toda a diferença no sentido de que você não se aproxime da
depressão: a única pessoa que pode fazer comparações é você. Ou seja, ninguém
vai forçar você a se comparar e, além disso, é possível ser feliz e manter a
alegria do jeitinho que você é, com aquilo que possui e com as pessoas que
escolheu para viverem ao seu lado.
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