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segunda-feira, 22 de abril de 2024

5 mitos e 5 verdades pouco ditas sobre diabetes

Enquanto muitos profissionais exaltam e incentivam a busca de um único padrão de beleza, Dra Marcela Rassi fala sobre a importância de mudar o discurso para saúde 

 

Atualmente quase 11% da população brasileira convive com o diabetes. O número parece ser pouco expressivo, mas são mais de 15 milhões de pessoas que precisam lidar com esse diagnóstico, bastante presente mas ainda com muitos mitos que precisam ser esclarecidos.

Dra Marcela Rassi, médica endocrinologista, lista 5 mitos e 5 verdades sobre diabetes. Confira:

Mito 1: Diabetes é causado pelo consumo excessivo de açúcar

Muitos creditam o desenvolvimento do diabetes ao consumo excessivo de açúcar, mas a realidade é que embora a alimentação inadequada seja um fator de risco expressivo, diabetes é uma condição complexa que pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo genética, estilo de vida e história médica pessoal. Embora o consumo excessivo de açúcar possa contribuir para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, especialmente quando combinado com outros fatores de risco, como obesidade e falta de atividade física, ele não é a única causa da doença. O diabetes tipo 1, por exemplo, é uma condição autoimune em que o corpo ataca as células produtoras de insulina, não tendo relação direta com a ingestão de açúcar


Mito 2: Apenas pacientes com sobrepeso ou obesas podem desenvolver diabetes

O diabetes tipo 2 está fortemente ligado à obesidade e excesso de peso, mas pessoas com peso normal também podem desenvolvê-lo. Fatores genéticos e estilo de vida desempenham um papel significativo.


Mito 3: Diabetes é uma “doença da terceira idade”

Pelo contrário, por conta dos maus hábitos cada vez mais presentes no estilo de vida atual, o diabetes tipo 2 é um diagnóstico que vem crescendo entre crianças e adolescentes. Já o diabetes tipo 1, particularmente, é bastante comum em jovens.


Mito 4: Insulina é a cura para o diabetes

A insulina não cura o diabetes; ela controla os níveis de glicose (açúcar) no sangue e é fundamental para o controle e a qualidade de vida de pacientes diabéticos.


Mito 5: Pacientes com diabetes nunca podem comer açúcar

Pessoas com diabetes podem consumir açúcar, mas precisam monitorar sua ingestão e equilibrá-la dentro de uma dieta saudável e equilibrada. A chave está no controle da quantidade e na escolha de opções mais saudáveis. Além disso, é importante considerar o impacto do açúcar na glicemia e ajustar a dose de medicamentos, como insulina, conforme necessário.


Verdade 1: O diabetes tipo 2 pode ser prevenido ou retardado com alterações no estilo de vida

A mudança dos hábitos, especialmente as que estão ligadas à alimentação e atividade física regular, bem como a manutenção de um peso saudávelsão medidas altamente eficazes na prevenção e controle do diabetes tipo 2.


Verdade 2: O estresse pode afetar os níveis de glicose no organismo

Quando uma pessoa está estressada, o corpo libera hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina, que podem aumentar os níveis de glicose no sangue. Daí a importância em cuidar também da saúde mental, pois o estresse pode dificultar o controle dos níveis de açúcar no sangue, comprometendo a qualidade de vida do paciente com diabetes. 


Verdade 3: O diabetes afeta a saúde bucal

Pacientes com diabetes precisam ter maior atenção à saúde bucal, pois estão mais propensos ao desenvolvimento de gengivite e periodontite.


Verdade 4: O diabetes pode contribuir para complicações renais

O controle inadequado do diabetes pode, sim, causar danos aos rins. Diabetes sem controle aumenta o risco de insuficiência renal e pode levar à necessidade de diálise.



Verdade 5: O diabetes gestacional pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 no pós-gestação

Mulheres que desenvolveram diabetes gestacional têm risco aumentado no desenvolvimento de diabetes tipo 2 numa fase posterior da vida. Isso destaca a importância do acompanhamento médico regular e da adoção de hábitos de vida saudáveis para reduzir esse risco. O recomendado é fazer monitoramento anual dos níveis de glicemia mesmo depois da gestação. 

 

Dra Marcela Rassi - formada em Medicina pela Universidade Federal de Goiás. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Universidade de São Paulo (USP) Doutora em Endocrinologia pela mesma universidade - e com passagem pelo National Institute of Health (Estados Unidos), Dra Marcela certificou-se internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida pelo International Board of Lifestyle Medicine, a instituição mais renomada mundialmente neste tema. Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, do American College of Lifestyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, Dra Marcela é também professora da Pós Graduação em Endocrinologia da Sanar e Afya-IPEMED. Além disso, é presença constante em eventos de sua área, tanto como palestrante como participante, mantendo-se sempre atualizada no que há de mais moderno na Medicina do Emagrecimento, do Estilo de Vida e do estudo hormonal.

 

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