Como as mulheres têm problemas diferentes quanto a halitose
No
universo feminino, as oscilações hormonais não apenas desenham as nuances do
humor e da aparência, mas também deixam suas marcas na saúde bucal, um aspecto
pouco discutido, mas de grande importância. No Dia Internacional da Mulher,
voltamos nossa atenção para uma condição que pode afetar a autoestima e a
qualidade de vida das mulheres: a halitose, ou mau hálito, e sua relação
intrínseca com as variações hormonais características do sexo feminino.
A
boca, uma janela para a saúde geral, responde de maneira sensível às mudanças
hormonais vivenciadas pelas mulheres. A gengiva, em particular, é a área mais
afetada, reagindo de forma distinta durante períodos marcantes como a
adolescência, a gravidez e a menopausa. "Esses momentos, caracterizados
pelo aumento ou diminuição de hormônios sexuais como estrogênio e progesterona,
podem levar a uma maior circulação sanguínea na região gengival e,
consequentemente, a reações inflamatórias", diz a dentista especialista em
halitose Claudia Gobor.
A
evolução destes hormônios na puberdade, por exemplo, permite uma reação
inflamatória gengival resultando num aumento do fluxo sanguíneo. Já na
gravidez, a sensibilidade gengival é intensificada e, com isso, o risco de
gengivite gravídica — condição que exige uma atenção à parte. Por fim, a
menopausa traz a diminuição do hormônio estradiol, podendo diminuir a
lubrificação da mucosa bucal e, consequentemente, a produção de saliva. Claudia
Gobor alerta, "A redução da lubrificação da mucosa bucal pode levar a uma
diminuição na produção de saliva. Com a diminuição da umidade, a saliva,
essencial para a saúde bucal, fica reduzida, o que pode favorecer o surgimento
de halitose e aumentar a incidência de cáries."
Compreendidos
esses fatos, é possível entender que a halitose na mulher vai além de uma
higiene bucal inadequada: pode ser, em alguns casos, o reflexo de alterações
hormonais profundas. E que isso sublinha a necessidade de um acompanhamento
mais ligado à saúde bucal feminina, sobretudo em fases de transição hormonal.
Tal como ressalta a especialista, a recomendação é: “Manter consultas
periódicas com um dentista” — o que não só ajuda a evitar problemas orais
ligados às oscilações hormonais, como “mantém as mulheres saudáveis, bonitas e
confiantes em todas as etapas da vida”.
Neste
Dia da Mulher, é vital reconhecer e abordar a halitose como uma questão de
saúde que merece compreensão, prevenção e tratamento adequados. Ao fazer isso,
celebramos não apenas a beleza e a força das mulheres, mas também sua saúde
integral, promovendo um bem-estar que transcende o físico e toca no cerne da
dignidade feminina.
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