Cerca de 11 mil brasileiros serão
afetados pela leucemia até 2025Freepik
Recentemente, a influenciadora Fabiana Justus, filha do empresário Roberto Justus, anunciou em suas redes sociais que está em tratamento contra a leucemia.
A leucemia, também conhecida como ‘câncer de sangue’, é um tipo de
câncer que afeta os glóbulos brancos e interfere na produção de células
sanguíneas normais na medula óssea. De acordo com uma estimativa do Instituto
Nacional do Câncer (INCA), cerca de 11 mil brasileiros serão afetados pela
leucemia até 2025.
O equilíbrio e a função dos glóbulos brancos são responsáveis por
uma resposta imunológica contra infecções e outras doenças. Quando esse sistema
está comprometido, seja por condições, como a leucemia, que afetam o sistema
imunológico, o corpo pode ter dificuldade em combater complicações.
A Dra. Daniela Ferreira Dias, coordenadora de hematologia do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), diz: “Na maior parte dos casos, a leucemia não é hereditária, entretanto, uma síndrome genética rara que pode estar relacionada a uma maior predisposição é chamada de Li-Fraumeni. É uma condição em que o gene TP53 (gene supressor tumoral), sofre uma mutação e não consegue impedir o desenvolvimento de um câncer”.
As leucemias podem ser agudas (início súbito de sintomas) ou
crônicas (sintomas mais lentos ou sem sintomas, com diagnóstico em exames de
rotina), sendo os principais tipos: Leucemia linfoide aguda (LLA), Leucemia
Linfoide Crônica (LLC), Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e Leucemia Mieloide
Crônica (LMC).
“O diagnóstico pode ser suspeito pelo hemograma, que pode apontar
a presença de blastos (células imaturas) e a confirmação é feita nos exames que
chamamos de ‘mielograma’ e ‘imunofenotipagem’”, afirma a médica. “Os exames de
citogenética, PCR e FISH também têm importante papel na classificação de risco
das leucemias e direcionamento para tratamentos específicos”, completa.
Prevenção e tratamento
O tratamento é feito inicialmente com a quimioterapia e continua com outras estratégias para consolidar a resposta inicial e impedir que os glóbulos brancos doentes voltem a proliferar. Para isso, pode ser necessário uso de medicamentos orais, imunoterapia e transplante de medula óssea. A terapia genética de Car T-Cell pode ser indicada para pessoas com Leucemia Linfoide aguda B (LLA-B).
“Há pouco a se fazer em termos de prevenção primária, mas evitar
exposição a substâncias cancerígenas é de grande importância. Embora as
leucemias agudas sejam diversas e potencialmente graves, há chances de cura com
os tratamentos oferecidos. As respostas podem variar de acordo com o tipo,
idade do paciente e características genéticas da doença”, finaliza a Dra.
Daniela Ferreira Dias.
Instituto Paulista de Cancerologia - IPC
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