Ciência já
comprovou que a alimentação balanceada, aliada à atividade física, reduz o
risco de desenvolver a doença
Entre 2023 e 2025, o Instituto Nacional de Câncer
(INCA) estima que devam surgir 704 mil casos novos de câncer no Brasil. A
ciência descobriu, por meio de pesquisas realizadas ao longo dos anos, que
fatores ambientais e comportamentais aumentam o risco de desenvolvimento da
doença. “Inúmeros estudos comprovaram que é possível adotar uma série de
cuidados com a alimentação e mudar alguns hábitos para protegermos nosso
organismo contra o câncer. São medidas simples, efetivas, mas que requerem
dedicação e esforço”, explica o nutricionista funcional da
Growth Supplements, Diogo Cirico.
O primeiro passo é eliminar hábitos como o
tabagismo, etilismo e sedentarismo. “A atividade física é fundamental para combater a
obesidade, que por si só aumenta a predisposição à doença. Além disso, os
exercícios modulam o sistema imunológico, promovendo a síntese de substâncias
que protegem as nossas células, como os antioxidantes e os anti-inflamatórios”,
resume.
Exercícios modulam o sistema imunológico |
Equilíbrio
Além de se mexer mais, é preciso controlar o
estresse, ter boas noites de sono e dar ao organismo o combustível que ele
precisa para funcionar adequadamente. “Não existe uma lista de alimentos indispensáveis,
mas sim de nutrientes que contribuem para a prevenção de doenças, como os
antioxidantes e as fibras”, explica.
Elixir contra a degradação
Antioxidantes auxiliam o sistema imune e previnem a degradação celular. “Podemos citar cinco nutrientes que têm maior poder antioxidante: a vitamina A (alimentos alaranjados, amarelos e vermelhos); a vitamina C (frutas cítricas); vitamina E (grãos e óleos vegetais); o zinco (oleaginosas, como castanhas e amêndoas) e o selênio (carnes, leite e algumas oleaginosas)”, enumera.
Alguns alimentos podem inibir a chegada de compostos cancerígenos até as células |
Cirico explica que a hidratação e o consumo de
fibras regularizam o trânsito intestinal e ajudam na limpeza, por meio das
fezes, de toxinas consideradas agentes promotores de câncer. “Além disso
elas melhoram a saúde da microbiota intestinal, o que aumenta a síntese de
ácidos graxos de cadeia curta, que também têm a função de modular o sistema
imune, reduzindo bastante quadros inflamatórios”, detalha.
Mais colorido
A American Institute for Cancer Research (AICR) e World Cancer Research Fund International (WCRF) destacam a importância de uma alimentação colorida e composta, majoritariamente, por legumes, frutas e grãos integrais para a redução do risco de câncer. O nutricionista funcional explica que é imprescindível aumentar o consumo de vegetais (frutas, verduras e legumes), cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes. “Esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de compostos cancerígenos até as células e de consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. A recomendação é incluir pelo menos duas porções de vegetais regularmente em todas as refeições, ou pelo 400 gramas de vegetais ao longo do dia”, detalha.
Restrinja ultraprocessados
Outra ação importante é diminuir o consumo de ultraprocessados e bebidas com alto teor de açúcares. “Salgadinhos, biscoitos e produtos prontos para consumo têm elevadas quantidades de açúcar, gordura, sal e aditivos químicos. Além de favorecerem o excesso de peso, promovem uma dificuldade maior do organismo em metabolizar as toxinas, aumentando a chance de desenvolver câncer”, explica.
Menos sal
Outra classe de alimentos que deve ser evitada é a
de carnes processadas, como salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela,
presunto e peito de peru. “Além do excesso de sal e de conservantes, como os
nitritos e os nitratos, esses alimentos contêm substâncias presentes na fumaça
do processo de defumação que podem provocar o surgimento de câncer de
intestino, cólon e reto. Na hora do lanche, opte por queijos brancos, ovo,
saladas e pastas preparadas com grãos para acompanhar os pães”,
completa.
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