Profissionais
mulheres no mundo da TI ainda são minoria, mas transformações promovidas nesse
mercado sinalizam perspectivas de acolhimento e crescimento
Enquanto o mundo avança rumo a um futuro digital,
um desafio ainda é crescente: a disparidade de gênero no setor de Tecnologia da
Informação (TI). Apesar de um crescimento notável de 60% na participação
feminina nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED), a representação feminina ainda é
substancialmente menor em comparação aos profissionais masculinos.
Com impressionantes 83,3% de homens ocupando cargos
de tecnologia em relação a 12,3% de mulheres, ainda segundo o CAGED, há um
chamado para a ação - o mercado de TI precisa desafiar estereótipos, promover a
inclusão e capacitar mulheres para liderar a inovação tecnológica.
Karina Sena, Project Management Officer (PMO) da
Gateware, é exemplo e destaque nesse desafio, uma vez que é única mulher em um
time de TI predominantemente masculino. Ela oferece suporte na gestão de
projetos e mudanças, além de gestão financeira, de tempo e de riscos,
realizando atividades na suite GW Outsourcing na Electrolux, em
Curitiba (PR).
A presença crescente das mulheres no setor de TI
traz benefícios não apenas para elas individualmente, mas também para as
empresas e para a sociedade como um todo. A diversidade de perspectivas e
experiências contribui para a criação de soluções mais completas e inovadoras,
além de promover um ambiente de trabalho equilibrado e justo.
Karina sabia das disparidades desde que escolheu
como formação a engenharia, uma área também majoritariamente masculina e,
depois, quando se sentiu atraída pela inovação por meio da tecnologia como área
para desenvolvimento de sua carreira. Ela equilibra seu trabalho com a criação
de seus dois filhos adolescentes e aprendeu a lidar com situações estressantes
por meio do autoconhecimento e da compreensão das emoções humanas.
A especialista destaca que as decisões que a levaram
ao crescimento profissional foram embasadas na importância do networking e de
grupos de apoio para mulheres em TI, com a constante busca por incentivo no
desafio de entrar no universo de oportunidades de tecnologia, além da
persistência na busca por objetivos e metas.
É importante, por outro lado, que as empresas
estejam abertas a receber mulheres como colaboradoras, o que demonstra o avanço
da questão da paridade de gênero nas organizações.
“Contei com a sensibilidade de uma recrutadora que
percebeu minhas habilidades e, de alguma forma, foi persistente até a minha
contratação para a vaga quando surgiu uma oportunidade na empresa. Já havia
tentado outras vagas inclusive, mas veio o contato para o que eu queria, depois
a entrevista e o processo foi se encaixando. A Gateware abriu todas as portas,
foi uma empresa totalmente ativa em me perceber e continuou na mesma intenção
de me posicionar de acordo com a minha experiência”, comenta Karina.
Encontrar a carreira desejada exige persistência e
relacionamento. No mundo atual, o LinkedIn e outras redes sociais substituíram
os já aposentados cartões de visita e, muitas pessoas, especialmente mulheres,
estão dispostas a ajudar umas às outras.
“Em minha jornada para ingressar na área de TI em
2019, encontrei grupos como o Meetup, que oferecem suporte e
conhecimento, que me ajudaram muito. Começar pode ser desafiador, mas a
persistência é a chave e existem diversas oportunidades no universo da
tecnologia, desde ser autônomo ou oferecer serviços em plataformas como Hotmart e
Sparkle.
Com determinação e ação, resultados podem ser alcançados”, enfatiza Karina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário