O estufamento da região abdominal, que caracteriza o problema, tem diferentes faces. Entenda melhor a questão para saber qual a melhor solução para cada caso
Diástase. Eis um problema que pode atingir homens e mulheres, provocando o abaulamento ou estufamento da região abdominal. Trata-se do afastamento do par de músculos reto abdominais, que vão do tórax ao púbis, projetando o abdômen à frente. É especialmente comum em mulheres no pós-parto, podendo afetar 30% delas nessas situações.
Para
que não haja mais dúvidas sobre a questão e de modo a ajudar a encontrar a
melhor solução para o problema, Dr. Laercio Guerra, cirurgião plástico, membro
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarece os principais pontos
sobre ele:
1.Gravidez. A diástase por conta da
gestação pode ocorrer pelo próprio aumento do volume abdominal. Gestações
múltiplas, gestação de gêmeos ou ganho de peso acima do indicado pelos
ginecologistas em geral (superior a 12 Kg) favorecem seu aparecimento.
2.Avaliação. A palpação abdominal, feita
por um médico com conhecimento de causa, pode identificar o problema. Mas a
confirmação passa por exames de imagem como uma tomografia ou uma
ultrassonografia da parede abdominal, que também avaliam a dimensão da
diástase. Eles determinam, em centímetros, o tamanho do afastamento da parede
abdominal.
3. Solução. Diástases pequenas, variando
entre 1 e 2 cm, podem ser solucionadas com um programas de exercícios
isométricos, quando apenas se contrai a musculatura abdominal, sem movimento,
orientado por um profissional que entenda do assunto. A ideia é promover a
hipertrofia (aumento da musculatura). “Em caso de diástases superiores a 2,0
cm, a solução é a cirurgia de reposicionamento da musculatura, já que a
hipertrofia não é suficiente para fechar a parede abdominal, pois passa a ser
um problema anatômico”, diz Dr. Laercio. Nos casos cirúrgicos, a principal
abordagem é feita por cirurgias de abdominoplastia ou mini abdominoplastia, em
que, além do fechamento da diástase, se garante o tratamento do excedente de
pele no abdômen com sua retirada.
4. Tecnologia. A medicina evoluiu de
modo a oferecer tratamentos muito interessantes para pacientes que têm diástase
associada à flacidez leve a moderada, sem excesso de pele. Por exemplo: a
cirurgia robótica, menos invasiva, que compreende três incisões de 0,8 cm. Esse
tipo de intervenção evita cicatrizes longas, que eram comuns após uma
abdominoplastia, até então necessária mesmo para pacientes sem excesso de pele.
5. Gordura. Pode ser eliminada de forma
complementar à diástase, com lipoaspiração ou com a chamada
lipoabdominoplastia, quando retira-se também o excesso de pele, melhorando,
assim, o contorno corporal.
6. Exceções. A diástase é mais comum pós
gestação, mas também pode ocorrer em caso de fraqueza da musculatura abdominal,
algo comum em pessoas sedentárias. Ou, ainda, quando há aumento de peso, com
acúmulo de gordura visceral, próxima aos órgãos internos. Isso, evidentemente,
pode provocar o afastamento da musculatura abdominal, tanto em homens quanto em
mulheres.
7. Homens. A causa mais comum neles é a
fraqueza da parede abdominal e o acúmulo da gordura visceral, que faz com que o
problema seja bem visível por formar o que é popularmente conhecido como
“barriga de chope”. Nesse segundo diagnóstico, a primeira indicação de
tratamento é um programa de emagrecimento e não uma lipoaspiração, como muitos
acham, pois trata-se de uma gordura, digamos, mais profunda, e não depositada
entre a pele e a parede muscular. Se o problema persistir, passa-se a pensar em
cirurgia. “Diástases em homens não costumam estar associadas à flacidez e
principalmente ao excesso de pele, que promove aquela barriga caída. Assim, uma
excelente opção pode ser a cirurgia robótica, que, além de resolver a questão,
é menos invasiva, como se sabe”, sugere. Dr. Laercio.
8. Prevenção. Passa pelo controle de peso, inclusive durante a gestação, seguindo orientação médica, e também pelo fortalecimento da parede abdominal. Obviamente, tudo isso está ligado a adoção de hábitos saudáveis que pedem cuidados com a alimentação e a prática regular de exercícios.
Dr. Laercio Guerra - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, Dr. Laercio Guerra fez Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral do Grajaú e, em Cirurgia Plástica, no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica com Título de Especialista em Cirurgia Plástica. Foi médico colaborador do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora do Hospital do Prenda em Luanda, Angola. Atualmente, tem uma clínica privada, e é responsável pelo Núcleo de Cirurgia Plástica da Clínica Mantelli e atua nos principais hospitais de São Paulo com foco em cirurgia corporal, especialmente as que envolvem o Mommy Makeover. É idealizador do Aurora By Evive, programa multidisciplinar de cuidado para mulheres que desejam se sentir mais confiantes após a gestação, com o propósito de harmonizar o corpo e aumentar a autoestima. O programa oferece uma trilha de transformação completa composta por uma plataforma de autoavaliação, consulta (presencial ou online), telemonitoramento com equipe multidisciplinar de grande experiência, canal exclusivo de atendimento e concierge Aurora.
CRM 101095 – RQE 25783
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