Pesquisar no Blog

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Especialista do Sabará Hospital Infantil esclarece dúvidas sobre Sepse

Reconhecimento dos sintomas e intervenções podem reduzir a mortalidade 


 

De acordo com dados divulgados pela Global Sepsis Alliance cerca de 11 milhões de pessoas entram em óbito devido a complicações da Sepse. Desse número, 80% acontecem fora do ambiente hospitalar e 40% desses casos acontecem em crianças menores de cinco anos de idade.

 

Com o slogan “Antibiótico muito além da primeira hora”, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) promove estudos e iniciativas para o combate a Sepse. Esse ano o tema está fundamentado em 4 pilares, são eles: 1) Prevenção – que é realizada por meio de ações como: conscientização, vacinação, higiene adequada das mãos e alimentos e condições de saneamento básico; 2) Reconhecimento precoce – conhecendo os principais sinais e sintomas, para rápida atuação, dessa forma divulgar esse sinais para a população e na chegada ao hospital a identificação pelos nossos profissionais; 3) Tratamento correto – através de medidas pré-definidas com coleta de exames e administração de antibiótico no tempo correto, a chance de mortalidade é menor e a 4) Reabilitação – felizmente a mortalidade diminuiu e precisamos olhar para as possíveis sequelas dos sobreviventes, esse acompanhamento faz toda a diferença no planejamento da alta e na continuidade do cuidado.


Em 2020, o Sabará Hospital Infantil identificou uma média de 19 casos de sepse por mês, sendo que, em 2023 (só no primeiro semestre) esse número subiu para 89 casos por mês. “Esse aumento de casos no Sabará ocorreu porque nossa equipe está apta a detectar a Sepse já nos primeiros sinais, agilizando todo o procedimento protocolar e trazendo muito mais eficácia ao tratamento. A Sepse ainda é uma causa importante de mortalidade infantil não só no Brasil, mas no mundo todo. Já é consenso entre os especialistas do mundo inteiro que, a maioria dos casos de Sepse poderia ser tratada por meio de um diagnóstico precoce e um manejo clínico adequado. Nessa semana, em que nos dedicamos a conscientizar sobre a Sepse, devemos lembrar que informar a sociedade sobre o assunto certamente vai levar a um diagnóstico mais precoce e ajudar a diminuir a morbidade e a mortalidade”, explica Dra. Regina Grigolli Cesar, Supervisora médica da UTI pediátrica do Sabará Hospital Infantil.


Para comemorar o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), a especialista esclareceu algumas das principais dúvidas dos pais e responsáveis sobre o assunto.

 

 

O que é a Sepse?

A Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo que podem ser causadas por uma infecção.

 

É um problema que só atinge crianças?

Não. A Sepse pode atingir pessoas de qualquer idade. Entretanto, a faixa etária mais vulnerável, que são as crianças e idosos, está mais propensa a apresentar essa condição.

 

A Sepse é o que conhecemos como infecção generalizada?

Não. A Sepse é uma resposta inflamatória generalizada a uma infecção. Ou seja, não significa que a infecção está em vários órgãos, mas, sim, que o organismo causa inflamações diversas na tentativa de combater os agentes da infecção (bactérias ou vírus), o que pode levar à disfunção ou falência dos órgãos, e até mesmo à morte, quando não descoberta e tratada rapidamente.

 

Quem está mais suscetível a ter Sepse?

Bebês prematuros de baixo peso, crianças que têm alguma doença complexa como os oncológicos.

 

A Sepse pode levar à morte?

Infelizmente, se não for detectada de maneira precoce por uma equipe especializada pode levar a criança a óbito. Entretanto, com intervenções rápidas e eficazes, é possível prevenir em até 84% das mortes.

 

Como identificar a Sepse?

Os sintomas da Sepse nem sempre são fáceis de serem identificados e variam de febre ou temperatura muito baixa, vômitos, aceleração do coração (taquicardia), respiração rápida (taquipneia) até fraqueza e tonturas. O reconhecimento rápido de uma equipe especializada e uma intervenção clínica eficaz e adequada podem salvar vidas.

 

É possível prevenir a Sepse?

Sim. Para isso, é necessário que se tome algumas medidas de saúde pública, como por exemplo a melhora no saneamento básico, vacinação e controle de infecções. Uma higiene adequada das mãos também é fundamental para evitar a Sepse.

 

Sabará Hospital Infantil



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados