A condição é responsável por uma em cada cinco mortes no planeta, liderando as estatísticas de óbitos e readmissões hospitalares, bem como altos custos para o sistema de saúde.
No dia 13 de setembro, o mundo volta sua atenção para uma
realidade sombria e crescente: a sepse. Estabelecido pela Aliança Global da
Sepse, o Dia Mundial da Sepse busca conscientizar a população sobre essa
síndrome e as medidas para o diagnóstico precoce e tratamento. Com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) , a sepse figura como uma das principais causas de morte em
escala global, responsável por 11 milhões de óbitos anualmente. No Brasil, a
situação é alarmante, com aproximadamente 240 mil mortes atribuídas a essa
condição, a cada ano.
Um processo infeccioso pode apresentar desfechos graves,
assumindo o triste posto de principal causa de mortes nas unidades de
tratamento intensivo (UTIs). A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais essa
problemática dentro dos hospitais. A mortalidade atinge 65% dos casos no Brasil, enquanto a média
global varia entre 30 e 40% .
O
Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) enfatiza que a sepse, além de ser a principal causa de
mortes hospitalares tardias, supera o infarto do miocárdio e o câncer, em
termos de mortalidade. A sepse não discrimina, atingindo tanto pacientes
internados quanto aqueles atendidos em serviços de urgência e emergência. A
campanha deste Dia Mundial da Sepse tem como missão sensibilizar, tanto
profissionais de saúde quanto o público leigo, sobre a urgência do
reconhecimento e tratamento dessa condição que, a cada hora, pode fazer a
diferença entre a vida e a morte.
A Dra. Franciny Gastaldi, infectologista da Rede Mater Dei
Uberlândia, destaca a necessidade urgente de conscientização: “a sepse afeta
qualquer pessoa com infecção, mas os grupos de risco incluem aqueles em
extremos de idade ou com condições que comprometem sua resposta imunológica. O
acompanhamento regular de problemas de saúde, especialmente os crônicos, é
fundamental para a prevenção”, explica.
Um dos principais desafios para profissionais de saúde é a
identificação precoce da sepse, uma vez que seus sintomas podem ser sutis no
início e evoluir rapidamente, sem tratamento adequado. A Dra. Gastaldi
enfatizou a importância de protocolos e treinamentos contínuos para garantir a
detecção eficaz da sepse entre os pacientes internados na Rede Mater Dei
Uberlândia.
Além disso, estratégias para reduzir infecções hospitalares
desempenham um papel crucial na prevenção da sepse, já que, muitas vezes, ela
se origina de infecções adquiridas durante a hospitalização. “A higiene das
mãos, limpeza do ambiente, uso adequado de antibióticos e checklist para
dispositivos médicos são algumas das medidas implementadas pela Rede Mater Dei
Uberlândia para combater infecções hospitalares e, consequentemente, reduzir o
risco de sepse”, explica a infectologista.
No Dia Mundial da Sepse, a mensagem central é clara: a sepse
é uma ameaça que pode afetar qualquer um, mas a conscientização, prevenção e
ação rápida podem salvar vidas. “A Rede Mater Dei Uberlândia continua
comprometida em garantir cuidados de saúde de qualidade e eficazes para seus
pacientes, com ênfase na detecção e prevenção da sepse”, finaliza a médica.
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