Veterinário aponta
que alimentação é essencial para proporcionar o início de uma vida saudável ao
animal
Uma adoção responsável envolve vários detalhes que
devem ser levados em consideração antes da chegada do novo integrante da
família. Além dos cuidados básicos, como a primeira consulta ao veterinário,
vacinas e casinha para transporte, a alimentação é essencial para proporcionar
o início de uma vida saudável ao pet.
Para os tutores, é importante garantir que os novos
amigos estejam bem nutridos, pois a alimentação é essencial para o funcionamento
adequado do sistema imunológico.
No momento da adoção é sempre importante entender e
conhecer o histórico alimentar do animal a fim de evitar qualquer problema
gastrointestinal.
Flavio Lopes, supervisor de assuntos veterinários
da Hill’s Pet Nutrition Brasil, explica que muitos dos abrigos de animais,
felizmente, recebem doações de vários alimentos de marcas diferentes de
voluntários e de outras fontes, porém essa prática faz com que não se tenha um
padrão de alimentação.
"Além disso, como normalmente existem muitos
animais nos abrigos, pode existir uma competição no momento da alimentação
entre eles, principalmente cães, o que pode levar alguns animais a não
conseguir ingerir a quantidade de alimento suficiente para a sua manutenção ou
até mesmo uma quantidade maior do que necessita”. Por isso, a importância de
saber o máximo de informações possíveis referentes ao animal antes de levá-lo à
sua primeira consulta ao médico-veterinário.
Dificilmente o tutor saberá exatamente como foi a
alimentação do pet ao longo do tempo em que permaneceu em um abrigo ou até
mesmo na rua. Nesses casos, a orientação é que o tutor ofereça um alimento
completo e balanceado de alta qualidade.
Lopes orienta para a escolha de uma ração super
premium, pois esta garantirá que serão fornecidos todos os nutrientes
necessários na manutenção da boa saúde destes animais. "A ideia é que o
novo amigo comece seu recente ciclo com um alimento que possa suprir as necessidades
nutricionais do animal", ressalta Lopes.
É sempre recomendável um bom bate-papo com o
médico-veterinário e responsáveis pelo local da adoção para levantar o
histórico alimentar e de doenças, não só do pet, mas de todos os animais que
ali convivem. Lopes orienta que o tutor pergunte quais alimentos o animal já
comeu e se em algum momento, teve reação alérgica a algo específico que tenha
comido.
É importante os novos pais também terem em mente
que existem alimentos que são conhecidamente tóxicos a cães e gatos, como
chocolate, café, açaí, cebola, alho, uvas e uvas passas. “Portanto, nada melhor
do que conversar com o médico-veterinário para entender o que pode ou não pode
ser oferecido”, lembra Lopes.
Transição para uma nova dieta
Para a transição de alimentação, uma dica é o tutor
solicitar um pouco da ração que o pet estava ingerindo no local de adoção e
trocar gradualmente, em até sete dias, para que o organismo se adeque a nova
dieta, evitando, assim, problemas gastrointestinais como vômitos, diarreias,
flatulência e borborigmos. "Uma troca gradual para a atual alimentação vai
permitir uma adequação da microbiota intestinal ao novo alimento e garantir uma
saúde intestinal".
Lopes ressalta a importância dos tutores observarem
sinais que o pet está enfrentando problemas de alimentação ou na transição da
dieta escolhida. Caso o novo amigo apresente alguns dos problemas citados
acima, é recomendado levá-lo ao médico-veterinário para ele entender o que pode
estar acontecendo e dar as instruções mais adequadas.
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