Transtorno do Espectro Autista em mulher adultas é o tema no novo workshop da EID - Escola Internacional de Desenvolvimento
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma
condição neurológica caracterizada por diferenças na interação social,
comunicação e comportamentos restritos e repetitivos. Embora o TEA seja mais
comumente associado a homens, é cada vez mais reconhecido que as mulheres
também podem ser afetadas por essa condição.
Nos últimos anos, tem havido um aumento do
interesse e da pesquisa sobre o TEA em mulheres, com o objetivo de entender
melhor as diferenças de apresentação clínica, desafios específicos e
necessidades de suporte. Essa compreensão mais aprofundada é crucial para
fornecer intervenções adequadas e personalizadas às mulheres no espectro
autista.
Diversos estudos têm destacado que as mulheres com
TEA podem apresentar características e padrões de comportamento diferentes dos
homens. Por exemplo, elas podem ter habilidades sociais aparentemente mais
desenvolvidas, o que pode levar a um diagnóstico tardio ou a uma subestimação
das suas dificuldades. Além disso, a presença de interesses e atividades
repetitivas pode ser mais sutil ou diferir daquelas observadas em homens.
Outro aspecto importante é a questão da saúde
mental. Segundo a palestrante Amélia Dalanora da EID - Escola
Internacional de Desenvolvimento “mulheres com TEA podem ter um maior risco de
desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e distúrbios
alimentares. É fundamental garantir que elas tenham acesso a serviços de saúde
mental e apoio adequados, levando em consideração suas necessidades
específicas”.
No entanto, ainda há desafios significativos na
identificação e no suporte a mulheres com TEA. Muitas vezes, o estereótipo de
que o TEA é predominantemente um transtorno masculino pode levar a
subdiagnóstico e falta de apoio adequado para mulheres. É essencial
conscientizar profissionais de saúde, educadores e o público em geral sobre
essa diversidade no espectro autista.
À medida que a pesquisa e o conhecimento sobre o
TEA em mulheres continuam a avançar, é esperado que haja uma melhoria no
diagnóstico precoce, suporte e inclusão das mulheres no espectro autista.
Segundo a professora Mirian Revers, palestrante do
workshop da EID - Escola Internacional de Desenvolvimento “é necessário um
esforço conjunto da sociedade para garantir que todas as pessoas,
independentemente do gênero, recebam a atenção e o suporte necessários para
viver uma vida plena e satisfatória”.
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