Uma doença silenciosa e com difícil
diagnóstico clínico é a responsável por uma em cada quatro mortes no mundo: a
trombose. De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 180 mil brasileiros são acometidos
pela doença. A trombose ataca principalmente as veias das pernas (Trombose
Venosa Profunda) e os pulmões (embolia pulmonar).
“Essa doença, que atinge
principalmente pessoas com mais de 40 anos, tem como característica a formação
de um coágulo sanguíneo que causa a obstrução e inflamação na parede do vaso,
impossibilitando o fornecimento de sangue para o corpo”, explica Nívea
Malafaia, fisioterapeuta e coordenadora do colegiado de Fisioterapia da UNEX.
Ainda de acordo com o especialista,
os principais sintomas são dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura no
local em que se formou o trombo.
Fisioterapia em pacientes com
trombose
Os médicos separam os trombos de
acordo com o tipo de vaso sanguíneo em que eles se desenvolvem. Se o trombo é
formado em uma artéria, como o coração ou cérebro, é chamado de trombose
arterial. Mas, se ele ocorrer em uma veia, é denominado de trombose venosa.
“Quando esse tipo ocorre em veias profundas da perna, do braço, do abdômen e no
cérebro, chamamos de Trombose Venosa Profunda (TVP)”, informa a especialista.
“A fisioterapia entra na prevenção da
trombose, já que a mobilidade do paciente é o fator que podemos mudar durante a
internação, assistência ambulatorial ou home care”, explica.
“É importante ressaltar que apenas
50% dos pacientes apresentam sintomas de trombose, antes que ela se torne um
risco à vida”, salienta o especialista.
A fisioterapia também é indicada para
o paciente que está internado em tratamento médico, já que auxilia na redução
do inchaço, reduz a dor e, principalmente, faz os exercícios de respiração.
“Através dessas atividades trabalhamos a prevenção da síndrome do imobilismo,
que representa um fator importante de comprometimento da qualidade de vida”,
explica Malafaia.
Causas da doença
A coagulação do sangue pode ser
causada por diversas reações químicas entre as plaquetas e proteínas, chamadas
de fatores de coagulação. “Se a pessoa está saudável, o próprio corpo regula o
processo de coagulação de acordo com suas necessidades”, explica Hayana Leal,
enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da UNEX.
Porém, alguns casos aumentam as
chances de trombose, como o ato de fumar, colesterol alto, obesidade, câncer,
diabetes, estresse e sedentarismo.
“Aliar um estilo de vida saudável e
uma alimentação equilibrada, além de ter os exames em dia, facilitam para que a
saúde permaneça forte”, finaliza Hayana.
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