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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Setembro amarelo e a importância da psicologia no combate ao suicídio

O Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio e, em 2022, ganha o lema “A vida é a melhor escolha!”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil suicídios são registrados em todo o mundo. No Brasil, os números chegam a mais de 14 mil casos por ano. Os dados chocam, mas, de acordo com a OMS, seguem a tendência da América Latina, por causa da pobreza, desigualdade e situações de violência. 

 

“Falar sobre saúde mental é de extrema importância, pois a população passa a compreender que isso também é uma questão de saúde pública”, explica Francileide Pimental, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UNEX, em Feira de Santana.

 

Em pesquisa realizada pela OMS, em 2017, revelou que o Brasil possui o maior índice de ansiosos do mundo, com 9,3% da população diagnosticada com o problema, e a terceira maior em depressivos, com 5,9%. 

 

Porém, os efeitos da pandemia causada pela COVID-19 foram o estopim para a piora desses números. Em 2022, o índice de depressivos subiu para 13,5%, de acordo com pesquisa feita pela Universidade Federal de Pelotas.

 

“O medo de adquirir o vírus e morrer, associado à incerteza quanto ao futuro, sentimento de inutilidade, afastamento dos entes queridos e a solidão, afetou a todos nós, cada um de uma maneira singular de acordo com os conflitos e sofrimento já vivenciados anteriormente”, salienta a psicóloga Francileide. 

 

Importância dos psicólogos

 

No ano em que a psicologia comemora os 60 anos da regulamentação da profissão no Brasil, o Conselho Federal de Psicologia alerta para a importância do psicólogo na prevenção do suicídio e dos transtornos psicológicos, como a depressão e a ansidade. 

 

“O papel do psicólogo é importante justamente para oferecer uma escuta atenta, ética e responsável, do sofrimento humano e acompanhar a busca de saídas possíveis para cada um, desse sofrimento”, explica Pimentel.

 

A profissional também defende que a saúde mental está diretamente ligada ao acesso a serviços básicos, como saúde, educação, lazer, esporte e cultura. “A saúde mental está intrinsecamente ligada com o bem-estar físico e psíquico, mas também o social”, diz.

 

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