Psicóloga e professora da UniAvan explica como o bem-estar e a qualidade de vida são fatores importantes para evitar situações graves e ajudar no tratamento de pacientes.
Tema que por muito tempo foi tratado como tabu, o
suicídio é assunto sério e precisa ser abordado. Por isso, setembro ganha a cor
amarela para alertar a todos da necessidade da prevenção. A psicóloga e
professora da UniAvan,
Claudia Maria Petri conta que os fatores e sintomas são diversos, mas por
vezes, atitudes cotidianas se tornam importantes aliadas. “Quando falamos nesse
tema, estamos falando diretamente de saúde mental, de bem-estar, de qualidade
de vida”.
Realizar práticas esportivas de forma cotidiana,
atividades de lazer, artesanato, ter um passatempo, buscar uma boa alimentação,
manter um relacionamento agradável com a família e amigos são atitudes que
podem auxiliar a evitar situações graves, pois oferecem bem-estar. Ela
acrescenta um fator primordial, que é o relacionamento em grupos. “Quando
estamos com outras pessoas, passamos a ser reconhecidos, a ter uma função
social, ganhamos o fator proteção. Há um grande risco quando a pessoa está em
isolamento e não se vê útil para nada”, explica.
O relacionamento com os grupos, seja família,
amigos, entre outros, também é primordial na oferta de apoio pessoal. A
professora de Psicologia da UniAvan conta
que ficar perto de quem passa positividade e compreende e respeita os momentos
de sofrimento do próximo pode ajudar no enfrentamento da situação. “Muitos
dizem que isso é frescura ou que a pessoa quer chamar a atenção, mas isso não é
verdade. É necessário observar que aquela pessoa está em sofrimento e que
precisa de uma solução”.
Como identificar uma situação grave
Para identificar a situação, é preciso ficar atento
às mudanças de atitudes, rotinas e humor das pessoas. A profissional explica
que existem os “4Ds”: desesperança, depressão, desespero e desmotivação, e
esses seriam um alerta. “É necessário que esses sintomas sejam mostrados para
que as pessoas saibam que eles existem e busquem ajuda, assim conseguimos a
prevenção”, afirma.
A professora da UniAvan conta
que muitos casos são motivados por algo relacionado à saúde mental, doenças,
luto e conflitos pessoais, mas não existe um único fator que possa desencadear
a situação. “De uma maneira geral, as pessoas acabam pegando uma última questão
que aconteceu, ou brigou com alguém, ou separou, mas se for investigar a
história por trás, há uma soma de fatores. São questões sociais, culturais,
aspectos genéticos, psicológicos, individuais”, esclarece.
O diagnóstico pode ser feito por médicos e psicólogos
e o tratamento é focado no grau de intensidade do paciente. Alguns casos podem
ser controlados e solucionados com terapia, tratamentos em grupo e mudanças de
hábito. Já para os mais graves, pode ser necessário o uso de medicação
prescrita por profissional habilitado. “Por isso se faz tão necessário a
constante busca pelo bem-estar real. Seja a pessoa que não esteja sentido nada
incomum, passando por aquele que tenha sintomas iniciais de uma possível
tristeza até os pacientes já diagnosticados em tratamento. Todos precisam
prezar por algo tão importante e que, às vezes, esquecemos: qualidade de vida”,
finaliza.
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