Pesquisa aponta menor chance de conflitos socioeconômicos, aumento de renda e produtividade em decorrência do liberalismo econômico.
A liberdade econômica produz um
crescimento econômico mais rápido, padrões de vida mais altos e até mesmo mais
felicidade à medida em que as pessoas ganham o controle de suas vidas, de
acordo com uma ampla revisão de pesquisa divulgada pelo Centro Mackenzie de
Liberdade Econômica (CMLE) e pelo Fraser Institute.
O Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE),
da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), em parceria com o Fraser
Institute, divulgou pesquisa que revela que a implementação da liberdade
econômica está relacionada à redução de conflitos, guerras, distúrbios civis e
ataques terroristas; aumento do empreendedorismo e inovação; crescimento
econômico mais forte; melhoria dos Direitos Humanos e desenvolvimento social;
aumento de renda e produtividade; e melhoria dos resultados do mercado de
trabalho, como redução do desemprego e aumento dos salários e da participação.
O resultado vem de uma revisão de 721 estudos
empíricos - publicados entre 1996 e 2022- usando o Índice de Liberdade
Econômica Mundial, que mede a capacidade dos indivíduos de tomar suas próprias
decisões econômicas, analisando políticas e instituições de diversos países e
avaliando indicadores como regulação, tamanho do governo, direitos de
propriedade, abertura comercial, gastos governamentais e tributação.
“Muita da discussão acerca do bem-estar material da
humanidade é passional e baseada em conceitos abstratos, porém, o fato objetivo
é que maiores níveis de liberdade econômica estão associados a indicadores
socioeconômicos mais elevados. As evidências empíricas mostram isso”, afirma o
professor Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de
Liberdade Econômica.
Mais de 50% dos artigos relataram boas correlações
entre liberdade econômica e bons resultados (crescimento econômico mais rápido,
padrões de vida mais altos, redução de conflitos etc.), enquanto cerca de 45%
relatam resultados mistos/nulos/incertos. Apenas um em cada 20 artigos relatou
um resultado ruim.
“No mundo acadêmico, há um consenso crescente de
que o aumento da liberdade econômica se correlaciona com resultados positivos
para as pessoas em vários países ao redor do mundo”, disse Robert A. Lawson,
professor de economia da Southern Methodist University e autor de Economic
Freedom in the Literature—What Is It Good (Bad) For?, um dos referenciais
teóricos do estudo.
“A pesquisa não apenas mostra que a liberdade
econômica aumenta a prosperidade e o crescimento econômico, mas também leva a
resultados positivos em várias outras áreas”, observou Lawson. “São os
indivíduos e famílias verdadeiramente livres, e não governos superpoderosos ou
elites com laços profundos com o poder público, que tomam as melhores decisões
por si mesmos.”, complementou.
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