Como os pais podem ajudar os filhos neste momento?
No
dia 08 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização: data criada pela
ONU (Organização das Nações Unidas), por meio da UNESCO - Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A ONU instituiu essa data
como comemorativa no intuito de acentuar a relevância da alfabetização para o
desenvolvimento socioeconômico mundial, enfatizando cada vez mais essa questão
como “essencial para a dignidade e os direitos humanos”.
Segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 6,6% da população
brasileira não sabia ler e nem escrever no ano de 2019. Isso significa que
aproximadamente 11 milhões de pessoas eram analfabetas.
Os
números sinalizam urgência em reverter esse quadro, a fim de propiciar educação
de qualidade a todos, o que – incontestavelmente – confere cidadania.
A
pandemia potencializou desigualdades e não seria diferente no âmbito
educacional. Acerca da alfabetização, muitos devem ser os cuidados para que
esse momento essencial às demais etapas da escolarização não seja frágil,
inconsistente. E isso, por inúmeros fatores.
De
acordo com a coordenadora do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, do Colégio
Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista, Lilian Gramorelli,
“dentre todos os desafios que surgiram com a pandemia, lidar com o processo de
alfabetização dos filhos foi um dos que mais geraram ansiedade nas famílias”.
Para ela, deve haver um olhar cuidadoso para que as lacunas de aprendizagem
sejam as mínimas possíveis.
A
fase da alfabetização representa um dos momentos mais importantes na trajetória
escolar da criança. Para Lilian, quanto mais a família colocar a criança em
contato com o mundo letrado, mais experiências e repertórios para a alfabetização
ela terá. “Os pais podem auxiliar na familiarização das letras, palavras e
expressões, estimulando o interesse pela leitura e escrita”, explica.
“Vale
ressaltar que a alfabetização é um processo e o tempo de duração depende muito
de cada criança, levando em conta o contato com o mundo letrado que ela possui
desde bebê”, complementa a coordenadora.
Como,
então, ajudar os filhos nesse momento?
Um
fator que pode ajudar as famílias é ter consciência de que cada criança tem um
tempo de aprendizagem, o qual deve ser respeitado. Os pais podem começar
encorajando, incentivando os filhos a lerem palavras, frases, pequenos textos
que façam parte do seu contexto social e, aos poucos, de forma natural, será
possível desafiá-los a avançar para textos um pouco maiores. Isso tudo, vale
ressaltar, num processo agradável, criativo e reflexivo.
“É
importante ressaltar que sempre que falamos de alfabetização, citamos o
letramento, que é um conceito na educação para essa fase de desenvolvimento”,
afirma Lilian Gramorelli.
Alfabetização
é o processo de aquisição de leitura, de técnicas e habilidades para a prática
da leitura e da escrita. Quando a criança domina o sistema de escrita ela
conquistou habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de decodificação
de grafemas em fonemas. Pode-se dizer que ela está alfabetizada.
Já
o letramento é um conjunto de práticas que dizem da capacidade de usar
diferentes materiais escritos, ou seja, a habilidade de interpretar e aplicar a
leitura e a escrita no cotidiano.
Cinco
dicas de como auxiliar no processo de alfabetização das crianças:
1. Leia para a criança: o hábito de
contar histórias ajuda os filhos a se interessarem pela leitura e a terem
vontade de aprender.
2. Seja presente: é importante se
interessar pelo processo de aprendizagem, acompanhando a criança e estando
atento para cada passo avançado.
3. Valorize as pequenas conquistas: mesmo
que a criança não aprenda a ler de uma hora para outra, elogie quando ela
aprender a identificar uma letra nova e a formar alguma palavra.
4. Invista em caça-palavras: alguns jogos
verbais são super interessantes para ajudar a criança a identificar letras e
palavras.
5. Seja modelo de leitor: pais que têm o
hábito de ler demonstram para os filhos o prazer da leitura e acabam
incentivando as crianças.
Colégios
Maristas
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