A dermatologista Dra. Juliana K. de
Almeida, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), fala
sobre as principais doenças causadas e agravadas pelo excesso de tensão
emocional e os tratamentos mais indicados
Acne, psoríase, dermatite e queda
de cabelo são os quadros mais recorrentes causados e agravados pelo excesso de
tensão emocional
Sabe aquela queda de cabelo
excessiva sem motivo aparente? Ou a alergia que surge pouco antes de uma prova
importante? Por trás de muitos desses problemas de pele, estão fatores
psicológicos. Não é novidade que o estresse e doenças mentais podem desencadear
sintomas no corpo humano como se fossem patologias físicas. Assim, pele e
cabelos também podem apresentar problemas quando algum transtorno mental se
instala e não é percebido num primeiro momento. Segundo Dra. Juliana K. de
Almeida, dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD), algumas doenças dermatológicas podem ter sua agudização ou mesmo
aparecerem como um sinal de transtornos emocionais como depressão e ansiedade.
O estresse tem se mostrado tão marcante
em nossa sociedade que foi desenvolvida a campanha de conscientização do Dia
Mundial de Combate ao Estresse (23/09), que tem o objetivo de informar sobre as
melhores formas de prevenção e controle. E, embora seja uma reação natural do
organismo, para muitas pessoas, trata-se de um fardo cotidiano, que reflete
também na saúde dermatológica.
“A pele realiza a função de barreira
entre os meios externo e interno e, por conta disso, recebe a interferência de
neurotransmissores, além da produção em excesso de cortisol, um dos hormônios
ligados ao estresse, que são capazes de afetar o sistema imunológico e provocar
ou agravar uma série de enfermidades", explica a especialista.
Acne, psoríase, dermatite seborreica
(caspa), dermatite atópica (dermatite alérgica) e queda de cabelo intensa, são
apenas algumas das doenças cutâneas que podem ser causadas ou agravadas por
conta da tensão emocional. Para Juliana, é de extrema importância que logo no
início dos sintomas, o paciente procure um dermatologista, e ela ressalta que
nem sempre o problema é superficial. “É preciso entender qual é a patologia e
as características de evolução, além de compreender suas fases de agudização
para, então, decidir quais medidas devem ser tomadas”, ressalta a
dermatologista.
Juliana conta, ainda, que a condição de
pele, quando não tratada, pode evoluir para problemas mais graves, inclusive
para outros órgãos do corpo. Seja ao nível de estética ou doença, é
imprescindível que o paciente busque ajuda e faça o tratamento adequado com
especialista. “Caso a pessoa tenha alguma ocorrência de crise emocional que
desencadeia irritações na pele, o ideal é procurar ajuda de um psicólogo para
contribuir no diagnóstico e tratamento”, ressalta.
Segundo a médica, pele e mente andam
interligados, e de uma maneira geral, existem muitas doenças exacerbadas pelo
estresse, sendo assim, sugere-se um controle da tensão emocional por meio da
realização de atividades físicas, qualidade de sono e alimentação balanceada,
ou seja, a busca do equilíbrio, além de tratamentos pontuais de acordo com cada
caso. "Sempre digo aos meus pacientes: ‘mente sã, corpo são”, finaliza
Juliana.
Dra. Juliana K. de
Almeida - Dermatologista, é formada em Medicina pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), com Residência na mesma instituição e Observação Médica na
Universidade da Pensilvânia. Com título de especialista pela Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD), sua trajetória profissional também conta com
passagens pelo Hospital Sírio Libanês e pela conceituada Clínica Dr. Guilherme
de Almeida, ambos em São Paulo.
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