No dia 5 de setembro, a partir das 15 horas, no Plenário 1º de Maio, da Câmara de Vereadores de São Paulo será realizada uma solenidade que marca as comemorações pelos 100 anos do rádio no Brasil. O evento é uma iniciativa proposta pelo vereador Eli Corrêa (União) que, há mais de 50 anos, ajuda a escrever a história do veículo mais amado e versátil do Brasil.
“Sou radialista porque um professor identificou essa vocação
em mim, em uma leitura na sala de aula”, recorda o vereador. Aquele incentivo
em sala de aula, fez com que, ainda na adolescência, começasse a atuar como
locutor apresentando produtos em um comércio varejista.
Ao deixar Sertaneja, sua cidade natal no interior do
Paraná, e mudar para Barra Bonita, interior de São Paulo, também por mediação
de uma professora, Eli Corrêa começou a trabalhar em uma rádio local.
Em 1972, decidiu por um passo mais audacioso e
desembarcou na capital paulista onde iniciou a sua trajetória de sucesso. “O
rádio me deu oportunidade de exercer uma vocação dada por Deus e, também, ao
longo do tempo abriu portas para que pudéssemos ajudar as pessoas”, pondera
Eli. “Isso reforça o valor social do rádio que, por muito tempo, foi o meio de
conexão entre as pessoas nas regiões mais remotas do País”, avalia.
VOCAÇÃO FAMILIAR
O criador do bordão “oiii, gente”, também se consagrou
como “Homem sorriso do rádio”, um reconhecimento pela forma alegre de se
comunicar que alterou a forma sisuda como a comunicação era feita no rádio. Sua
trajetória no rádio foi seguida pelos filhos Eli Corrêa Filho –deputado federal
pelo União Brasil– e Ursula Corrêa. As netas Sophia e Luna também mantém uma
relação de intimidade com o veículo.
A solenidade será, também, o momento de homenagear a
grande família do rádio. Profissionais como locutores, repórteres, técnicos de
som, zeladores. “Queremos homenagear tanto as vozes que fazem parte do nosso
cotidiano, quanto aqueles que não são conhecidos, mas são fundamentais para o
sucesso do rádio”, pondera Eli.
LONGEVIDADE
Para o comunicador, a magia do rádio sobreviveu ao
advento da TV e da Internet. “Muitos anunciaram o fim do rádio, assim que a
televisão começou no Brasil. Erraram. Nos anos 1990, nova profecia de fim,
erraram novamente”, recorda o radialista. “Na verdade, o rádio se adaptou,
modernizou e, na prática, tanto virou TV quanto está presente nas redes
sociais”, destaca.
O deputado federal Eli Corrêa Filho, que preside a Frente
Parlamentar da Radiodifusão, na Câmara Federal, destaca a versatilidade e
longevidade deste meio de comunicação. “A possibilidade de ter acesso a
informação, lazer, entretenimento, enquanto viaja, realiza atividades
cotidianas é um diferencial do rádio”, avalia. “Por isso, o rádio chega ao seu
centenário no Brasil, com fôlego para mais 100 anos”, conclui.
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